Minha vida estava começando a voltar ao normal. O James passava o dia todo comigo e só embora depois de se certificar que eu estava bem.

Os sonhos já não eram mais tão intensos e tão frequentes, mas eu ainda tinha minhas dúvidas. Eu tinha certeza que não teria respostas durante um bom tempo.

Mas um dia "meu mundo desabou", o James estava diferente, triste.

- Clara, aconteceu uma coisa.

- O quê?

- Sua tia Anita, ela...

- ELA O QUÊ? FALA JAMES.

- Ela está morta.

- Como ela morreu?

- Há umas coisas que você precisa saber Clara, eu queria te contar antes, mas a Anita não me deixou. Vamos até a casa do Benjamin.

O caminho todo o James seguiu calado. Eu sentia as lágrimas em minha face.

- Posso te pedir uma coisa?

- O que você quiser, Clara.

- Eu... eu queria que você me prometesse uma coisa.

- O quê?

- Não me abandona, por favor, eu não suportaria.

- Eu jamais te abandonaria, eu te amo.

Eu não suportaria perder o James, ele é a única coisa que me restou. Tia Anita achou melhor que meus pais fossem morar em outro país para a segurança deles. Tenho a impressão que não voltarei a vê-los.

Chegamos a cabana do Benjamin.

- Oi, entrem.

- Clara, será que você poderia deixar que eu e o James conversássemos um pouquinho? Você parece tão cansada.

- Acho que eu preciso mesmo dormir um pouco.

Espero um tempo, o Ben chega no quarto para se certificar de que eu estou dormindo. Espero ele sair e vou atrás dele.

- James, você sabe que é perigoso que ela fique aqui.

- Ela precisa saber da verdade. Droga, Ben! A Anita morreu por causa dessa demora.

- Você está apressando as coisas. Lembre-se que assim que ela descobrir, a vida dela vai mudar, isso vai acabar com ela.

- Ele precisa pagar.

- Será que o seu desejo de vingança é maior do que o seu amor por ela?

- Nunca. Ela é a minha vida agora.

- Então, apenas dê tempo ao tempo.

- Na escola dela tinha um garoto chamado Leo?

- Sim, o que você sabe sobre ele?

- Oh!

- Ben, o que houve?

- Esse garoto, o Leo, ele trabalha com o Caius. Ele pode estar mais perto da verdade do que imaginamos.

- Isso muda tudo.

- Nem tudo, ela não precisa saber ainda. Vamos descansar, amanhã será um longo dia.

O James vai até o quarto dele e eu o sigo.

- James, estou com medo.

- Clara, você deveria está dormindo.

- Não, eu não sei o que acontecerá com a gente, mas eu não quero morrer virgem. Tem que ser com você.

- Agora?

- É o momento perfeito.

Me aproximo dele e o beijo, ele corresponde bem. Tiro a camisa dele.

- Tem certeza?

- Sim.

Continuo beijando ele, tiro minha blusa, ele passa as mãos pelo meu corpo, a sensação é maravilhosa. Em poucos minutos estamos sem as nossas roupas e deitados na cama.

Ele me toca de um jeito bom. É tudo tão perfeito. Parece que ele foi feito para mim.

- Bom dia, Bela Adormecida.

- Bom dia, o que aconteceu?

- Uma noite comigo é tão desimportante assim?

- Disso eu me lembro, foi maravilhoso. Não me lembro de dormir.

- Eu também não. Vou procurar o Benjamin.

O James saiu há um tempão e nada de voltar.

- Clara? O Ben sumiu.

- Sumiu? Por quê?

- Eu não sei, mas algo me diz que nós temos que sair daqui agora.

- Mas para onde vamos?

- Eu conheço um lugar perfeito.

Dirigimos por um caminho que eu sinto que já conhecesse, mas não faço ideia aonde ele vai. Espere um pouco... esse caminho, eu tô me lembrando dele, ele vai chegar até as... RUÍNAS!

- James, não acho legal esse lugar.

- Você já esteve aqui antes?

- Sim e senti várias sensações desagradáveis.

- Tipo o quê?

- Dor, perda, medo, destruição. Foi horrível.

- Só vamos ficar aqui durante pouco tempo. Só até temos certeza que o Ben está bem. Siga-me, conheço um esconderijo.

Seguimos para uma trilha que dava em uma caverna, aparentemente, muito antiga.

- Clara, agora que chegamos aqui, há uma coisa que você precisa saber...

Bônus do Caius:

Agora eu sei quem é a menina da profecia. Vou eliminar um por um e vou deixa-la para o final. Ela merece sofrer por ter pensado que poderia derrotar o grande Caius.

- Leo, venha até aqui.

- O que deseja, mestre?

- Você já está com tudo preparado? Partiremos em poucos dias, não posso perder mais tempo.

- Mestre, o senhor ainda não está com os poderes totalmente estáveis, é arriscado demais.

- EU NÃO PEDI A SUA OPINIÃO!

- Mas, eu só queria ajudar.

- Se quisesse mesmo ajudar não estaria aqui e estaria obedecendo a minha ordem.

- Sim, mestre.

A hora está chegando. Aproveite seus dias de vida enquanto ainda os tem, pois se depender de mim, você morrerá em breve pequena caçadora.