What Doors May Open escrita por Strawberry Fields Forever


Capítulo 26
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, ontem tive um dia cheíssimo, cheguei quase à meia noite e sem condições de me manter de pé. Então, obviamente, desmaiei, rs.

Mais um capítulo no dia de hoje com promessa de uma segundo à noite. Pretendo concluir a história amanhã.

"Seu amor é... silencioso. E eu não entendia no começo, mas agora eu entendo. Está só alieu não tenho que questioná-lo, na verdade."

Porque Rachel é a mais fofa, ever!



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Capítulo 25

Assim que chegaram às escadas, a mão de Quinn caíram da de Rachel. Quase tropeçando, Rachel girou para encontrar o olhar de Quinn correndo nervosamente do barulho vindo do andar de baixo até Rachel.

"Eu não posso," Quinn sussurrou. "Não com ele aqui."

As sobrancelhas de Rachel se juntaram em perplexidade. "Ele é gay, Quinn", ressaltou. "Ele não se importa."

"Eu me importo," Quinn disse a ela.

Rachel se virou para encará-la totalmente. "Você não deveria. Se existe um lugar na Terra onde você poderá ser você mesma é aqui, Quinn."

"Rachel?" Leroy chamou de muito mais perto e Quinn olhou por cima do ombro de Rachel enquanto ela se virava para encontrar seu pai na parte inferior da escada olhando para elas.

Seu rosto se iluminou quando ela voou andar abaixo para os braços de Leroy. "Oi, papai. Eu quero que você conheça minha namorada, Quinn."

Ela fez um gesto em direção a Quinn que parecia dolorosamente apreensiva enquanto rigidamente se adiantava estendendo a mão com um sorriso educado. "É um prazer conhecê-lo, senhor."

O olhar de Leroy suavizou quando ele observava a postura inquieta. "Leroy," ele corrigiu gentilmente, tomando a mão de Quinn. Ele a puxou para mais perto e Quinn engasgou quando ele a puxou para um abraço caloroso. "E bem-vinda, Quinn. Espero que Rachel tenha sido hospitaleira."

"Ela foi," assegurou Quinn quando ela se afastou.

"Mas não muito hospitaleira."

Rachel franziu a testa.

A tonalidade vermelha escureceu o rosto de Quinn. "Não, senhor."

"Leroy," ele disse com uma piscadela brincalhona. Desviou o olhar para Rachel. "Por que vocês não se juntam a mim na cozinha?"

Quinn começou. "Eu provavelmente deveria ir para casa."

Leroy acenou para ela. "Bobagem, Quinn. Você foi doce o suficiente para vir checar Rachel hoje. Não há nenhuma maneira de eu te mandar pra casa sem alimentá-la. Além disso, você é a namorada de Rachel. É natural que eu a conheça melhor." Com um aceno de cabeça Leroy fez um gesto para as meninas o seguirem para a cozinha.

Rachel caminhou rapidamente em direção a um assento, puxando a cadeira ao seu lado e sorrindo para Quinn. Olhando apenas levemente desconfortável, Quinn se sentou ao lado de Rachel enquanto Leroy caminhou para o balcão ao lado do fogão. "Estou supondo que você está se sentindo melhor agora, Rachel?" ele perguntou, mudando seus olhos entre Rachel e Quinn, até que ambas coraram de vergonha.

Ela ergueu o queixo desafiadoramente embora ela respeitasse Leroy. "Por uma questão de fato, eu estou, papai. Tomei a dose adequada de remédio e passei o dia dormindo longe deste frio terrível. Quinn veio aqui para trazer a minha lição de casa."

Com os olhos brilhando em diversão, Leroy se voltou para Quinn. "Obrigado por trazer a lição de casa de Rachel, Quinn."

Quinn brilhou em um tentativo e educado sorriso. "Não foi um problema."

À vista do sorriso de Quinn, os próprios lábios de Rachel marcaram para cima feliz. Ela estendeu a mão lentamente, testando as águas, enquanto sua mão levemente pousou na de Quinn. O olhar de Quinn subiu para encontrar Leroy cantarolando de costas na geladeira, em seguida, de volta para Rachel. Não querendo assustá-la mais, Rachel simplesmente descansou a mão lá e se voltou para Leroy como se nada tivesse acontecido. "O que você está cozinhando, papai? Eu estou realmente com fome."

"Você não me disse isso," Quinn falou calmamente. Rachel se virou para olhar para o cenho franzido, as sobrancelhas suspensas e os lábios desenhados para baixo. "Eu poderia ter— Eu não sei... preparado alguma coisa."

O coração de Rachel flutuou diante da urgência sincera na voz de Quinn. Como diabos ela não deveria segurar a mão de Quinn quando ela estava agindo assim? "Está tudo bem, Quinn, de verdade," ela garantiu. Suas bochechas polvilharam de rosa quando ela abaixou a voz para sussurrar, "Francamente, eu não queria que nenhuma de nós deixasse o meu quarto."

"Não querendo interromper este momento," Leroy cortou ao mesmo tempo em que a mandíbula de Quinn caia com a forma como a declaração de Rachel tinha sido contundente. "Mas— Quinn? Você gosta de lasanha?"

"Sim, se-Leroy," Quinn respondeu com um aceno de cabeça.

"Lasanha Vegan?"

Ela vacilou pausando para em seguida, responder. "Eu nunca comi isso antes."

"Papai, isso vai levar o dia todo para cozinhar," Rachel disse.

"Bobagem. Posso fazer em uma hora." Seu olhar brilhou no desafio. "Contabilize".

"Tudo bem." Rachel se levantou, puxando para baixo a bainha da camisa que ela havia conseguido enfiar nela antes de descer as escadas com Quinn. Ela caminhou em direção aos armários, pegando o timer. Só que ela tinha subestimado sua altura durante a sua marcha orgulhosa e acabou passando a mão apenas sob os armários enquanto estava nas pontas dos dedos dos pés.

Um iluminado riso de menina soou atrás dela e, surpresa, Rachel se virou para encontrar Quinn rindo com... Leroy, de todas as pessoas. Cortando o seu olhar escuro para Leroy, Rachel o viu apontando para ela com um sorriso divertido no rosto. "Não é engraçado," declarou Rachel, enquanto cruzava os braços sobre o peito em um bufo. "Alguns de nós são apenas verticalmente desafiados."

"Eu acho que ela quis dizer 'curtos'," Leroy sussurrou para Quinn, e ela riu mais.

Apesar de Rachel ter aqueles dois rindo às suas custas, era bom ver Quinn lentamente relaxando. Ela estava muito longe da dominadora capitã Cheerios que ela era na escola, e, apesar de bonito, era desconfortável para Rachel ver Quinn tão nervosa.

"De qualquer forma," frisou, uma vez que ambos tinham se acalmado. Ela olhou para o pai intencionalmente. "Você pode pegar o timer para mim, por favor?"

Leroy se aproximou e o retirou facilmente do gabinete. "Uma hora", disse ela, girando o dial até atingir 60 minutos.

"E se você não conseguir fazer em uma hora," Rachel começou quando caminhou de volta para a mesa "então você deverá biscoitos para Quinn de sobremesa."

Os olhos de Quinn se arregalaram com a sua inclusão no joguinho. Rachel sorriu para ela enquanto colocava a mão levemente contra a de Quinn mais uma vez.

"E se eu conseguir fazer isso em uma hora, então você deverá biscoitos para Quinn. Você sabe, do tipo não-sexual," ele emendou.

"Papai!" Rachel gritou enquanto Quinn corava de vergonha.

Leroy deu de ombros pegando uma travessa grande de vidro de um armário sob o balcão. "Eu estou ciente das gírias dos jovens de hoje."

Rachel esfregou seu polegar sobre o dorso da mão de Quinn e ela se virou para olhá-la. "Não está sendo tão ruim, está?" ela perguntou baixinho para que seu pai não pudesse ouvir. "Exceto pelos eufemismos embaraçosos."

A cor estava deixando o rosto de Quinn quando ela respondeu. "É um pouco.. embaraçoso. Mas eu— ele é realmente... aberto," ela sussurrou de volta, surpresa. "E gentil".

"Ele sou eu," Rachel tocou com um sorriso orgulhoso.

Quinn assentiu. "Isso é um pouco estranho", ela admitiu.

Rachel sorriu, tomando-o como um elogio. "Nós não nos escondemos aqui, Quinn."

"Então, Quinn," Leroy começou há alguns metros de distância, separado delas por uma bancada. "Você está no segundo ano também?"

Rachel revirou os olhos. "Ele sabe que você está. Falo de você o tempo todo. Ele está apenas cumprindo algumas tarefas 'paternais' que ele sente que tem."

"Hey, hey, eu tomo esses deveres muito a sério," Leroy se defendeu. "Agora, Quinn— estudante do segundo ano?"

"Sim, Leroy," Quinn respondeu da forma mais respeitosa que ela possivelmente conseguiu enquanto faltava a formalidade do último nome.

"E, a julgar pela sua roupa, eu acho que você é uma líder de torcida, certo?"

Quinn assentiu. "Capitã Cheerios."

Sua voz de repente ganhou mais confiança e Rachel sorriu. Ela deslizou sua mão até que sua palma se fixou nas costas da mão de Quinn, seus dedos passeando pela palma dela.

Leroy ficou em silêncio por um momento e o olhar de Rachel deslizou para ele. Toda a cor sumiu de seu rosto. Essa era a cara que ele fazia quando estava pensando. Ele olhou para ela por um longo momento, então seu olhar foi para Quinn. "Você e Rachel estavam brigando por um menino, certo?"

Rachel arregalou os olhos quando Quinn endureceu ao seu lado. Com os olhos suplicantes, Rachel balançou a cabeça minuciosamente para os lados. A mão de Quinn deslizou da dela, e ela suspirou, deixando cair a cabeça e pendendo para o lado para encarar Quinn.

"Ela e eu... estivemos," Quinn concordou depois de um momento. Seu lábio inferior desapareceu entre os dentes em apreensão. "Mas eu— nós superamos isso."

"Obviamente," Rachel disse, olhando para Leroy. Ela sabia o assunto que ele cuidadosamente estava tentando abordar e lhe suplicou que não. Ele aquiesceu  com os olhos.

Leroy observou Quinn por um longo momento. Ela não conseguia encará-lo quando Rachel trabalhou para segurar sua mão novamente, e o olhar dele começou a amolecer quando o nervosismo dela se tornou mais evidente. Seu olhar caiu para o macarrão molhado que ele estava separando. "Bem, eu estou feliz que tudo deu certo," disse, a voz de repente calma e gentil.

"Talvez eu devesse ir—"

"Não," Rachel a cortou "Eu não quero que você vá," choramingou.

"Você não pode ir," Leroy adulou. "Você não teve a oportunidade de provar um dos famosos biscoitos de Rachel!"

"Embora os cookies do papai não sejam tão deliciosos quanto os meus, posso atestar o fato de que você vai gostar deles," Rachel disse, torcendo-se na cadeira para encarar Quinn mais plenamente. Ela segurou sua mão com força, com um sorriso tranquilizador. "Eu sei que você está nervosa," sussurrou. "Mas você está indo bem."

"Eu não sinto que estou", Quinn sussurrou naquela voz tensa, sem fôlego que Rachel já associava com o fato de que o coração de Quinn batia aceleradamente enquanto falava.

"Você esta," Rachel insistiu. "Você é maravilhosa, e eu quero que o meu pai conheça o quão maravilhosa você é. Por favor, fica?"

Os olhos de Quinn afastaram de Rachel até Leroy, que mais uma vez cantarolava alegremente enquanto colocava a lasanha no forno. Sua mão se contorceu nos braços de Rachel quando ela olhou de volta para ela. "Eu acho que isso é... tipo normal, em comparação como a minha casa tem sido ultimamente".

"Quinn," Rachel murmurou tristemente. "Eu sinto—"

"Não faça isso. Eu—" Quinn acenou. "Está tudo bem."

"Não está."

"Eu não— não na frente de seu pai, ok? Está tudo bem. Nós já discutimos isso de qualquer maneira."

Mais do que tudo, Rachel queria consertar a bagunça que ela tinha criado entre Quinn e seus pais, e estava começando a se fixar um pouco, mas no instante em que Quinn fechou aquela conversa os lábios de Rachel cerraram. "Ok," ela finalmente sussurrou. "Só... eu sei que você será sempre bem-vinda aqui, Quinn", ela não pode deixar de acrescentar. "Sempre— dia e noite."

"O que eu sou— um cão de rua?" Quinn respondeu com uma piada.

"Você é minha namorada," Rachel respondeu com sinceridade. "E eu quero estar aqui para você."

Quinn abriu a boca para dizer alguma coisa, então, parou, parecendo tímida como sempre acontecia quando Rachel fazia uma de suas declarações ousadas.

Leroy sorriu, pegando o temporizador e caminhando em direção à mesa para sentar na frente delas. "Cronometrem", ele demandou, virando o pequeno dispositivo em relação a elas. Ele colocou os cotovelos na mesa e apoiou a cabeça nas mãos. "Eu já lhes contei a história de quando eu conheci os pais de Hiram?"

Rachel tinha ouvido a história várias vezes antes, mas exageradamente balançou a cabeça negativamente com a esperança de aliviar as preocupações de Quinn com a história dolorosamente estranha de seu pai.

"Um desastre total," Leroy imediatamente precedido por um revirar de olhos dramático e sorriso carinhoso. "Hiram tinha me dito que ele já tinha contado a seus pais sobre ele". Leroy nivelou Quinn com um olhar inexpressível. "Grande Mentira".

Quinn arfou, uma mão voou até sua boca. "De jeito nenhum," ela murmurou, piscando rapidamente.

"Acredite," Leroy confirmou. "Meu fora-e-orgulhoso namorado ainda não tinha contado para seus pais. Ele estava esperando por mim para aparecer. Para ter coragem, ele me disse mais tarde."

"Como foi?" Quinn perguntou imediatamente, pendurada em cada palavra. Seus dedos inconscientemente apertaram contra os de Rachel que aproveitou a oportunidade para entrelaçá-los. Ela olhou para cima com um sorriso vitorioso.

"Alguma vez você já tentou sair do armário com pais judeus ortodoxos? Foi pior. Terrivelmente estranho. Fui acusado de ter tornado Hiram gay."

Quinn zombou. "Você não pode fazer alguém gay."

Rachel arregalou os olhos com o orgulho inchando no peito ao som da voz inflexível de Quinn ao fazer tal afirmação. Ela era tão apaixonada por aquela garota que ela temia ficar louca.

Leroy balançou a cabeça. "Isso foi o que eu lhes disse." Ele acenou com a situação de fora. "Mas Hiram e eu— nos sobrevivemos, principalmente porque tínhamos um ao outro, embora eu estivesse chateado com ele por não ter me contado que nós dois estaríamos empurrando ele para fora do armário para os seus pais judeus que pensavam que ele iria se casar com uma moça judia. Mas, isso é que faz uma boa história, certo? "Perguntou com uma pequena risada.

"É muito... interessante", disse Quinn.

"Parece muito familiar," Rachel murmurou quando Quinn não o fez. Honestamente, ela tinha ouvido esta história de seu pai várias vezes antes, e para a vida dela, ela ainda não conseguia entender como aquela história não tinha deslizado em sua mente quando ela decidiu sair do armário para os pais de Quinn.

Quinn olhou para ela, apertando os dedos como se soubesse onde seus pensamentos estavam e lhe dizendo para sair dessa.

"Depois disso eu pensei que eu poderia fazer mais nada," Leroy continuou. "Como ser assumido e orgulhoso em Lima, Ohio de todos os lugares, com uma filha... e sua namorada."

Para a surpresa de Rachel, Quinn deu um sorriso hesitante de volta a seu pai.

O cronômetro apitou na frente deles e Rachel e Leroy, ficaram de olhos arregalados e excitados antes de Leroy rapidamente levantar da mesa. "Agora, Quinn, este é o momento decisivo," afirmou quando deslizou suas mãos em um par de luvas de forno. "Se você terá os meus biscoitos deliciosos, ou os de Rachel, mas também grandes biscoitos."

"Os meus são os melhores," declarou Rachel de forma sucinta.

Leroy moveu a panela do forno e a colocou no fogão com um sorriso.

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Rachel colocou uma folha de plástico em seu prato de biscoitos recém assados ​​para mantê-los quentes e frescos enquanto ela fazia beicinho. Havia um em um guardanapo ao lado dela e ela o agarrou e a placa, caminhando até a mesa e entregando-o a Leroy.

"Ao vencedor, os despojos," Leroy declarou satisfeito. "Obrigado, querida."

Rachel bufou em resposta e caminhou até as escadas sem dizer uma palavra. Ela era, na maioria das vezes, a própria definição de uma má perdedora, e Leroy sempre aproveitava para provocá-la por isso.

Ela subiu as escadas para o quarto dela, onde Quinn estaria, reunindo seus pertences para voltar para casa. Os pés de Rachel se arrastaram a cada passo que dava na melancolia com o fato de que Quinn não poderia ficar mais tempo. Ela chegou ao seu quarto para encontrar a porta aberta e caminhou lentamente para dentro. No interior, Quinn tinha as mãos atrás das costas, olhando para os cartazes sobre pálidas paredes amarelas de Rachel.

Quinn virou-se no grito das tábuas e congelou ao ver Rachel caminhando lentamente pelo quarto.

Rachel levantou o prato de biscoitos com um pequeno sorriso ao ver a expressão no rosto de Quinn. "Seus cookies, como prometido."

Um sorriso curvou os lábios de Quinn enquanto ela caminhava em direção a Rachel. "Você realmente não tinha que fazer isso para mim," ela murmurou, quando pegou o prato cheio de cookies.

Rachel deu de ombros. "Eu nunca recuo de um desafio."

Quinn sorriu com um pequeno revirar de seus olhos. "Não sei disso." Ela segurou firmemente o prato enquanto se sentava na cama de Rachel, os lábios trêmulos com um sorriso ao ver o rosto sorridente e corações que Rachel gravara nos cookies.

Rachel se sentou ao seu lado, apoiando a cabeça no ombro de Quinn. "Eu realmente não quero que você vá para casa," ela murmurou.

Quinn olhou para a cabeça de cabelos castanho escuros descansando contra seu ombro. Ela trouxe uma mão, hesitou, mas finalmente acariciando serenamente os cabelos de Rachel. "Eu realmente não quero ir para casa também," admitiu depois de um momento.

Rachel subiu do ombro de Quinn, olhando para ela. "Então, passe a noite," ela implorou.

Quinn sorriu provocante. "Amanhã tem escola. Tenho que ir para casa."

"Mas você não gosta de estar em casa," Rachel respondeu com uma careta.

Quinn hesitou por um momento, passando a língua ao longo de seu próprio lábio inferior como se isso pudesse amenizar a fome antes que ela desceu, prendendo o lábio inferior de Rachel entre os dentes e beliscando asperamente.

"Ai!" Rachel guinchou, pulando para trás. Suas pupilas dilatadas enquanto ela chupava o lábio inferior. "Isso dói, Quinn."

"Então pare de me contradizer", disse Quinn elevando a sobrancelha em ousadia.

Completamente atordoada, mas com a má vontade ligada, o queixo de Rachel caiu quando ela bocejou abertamente para Quinn. Com outro beicinho e frustrado rosnar, Rachel pulou em Quinn, pressionando seus lábios firmemente, sufocando os risos de Quinn enquanto ela caia de costas na cama.

Rachel se estabeleceu em cima dela, soprando a franja dos olhos com mau humor quando e olhando para Quinn. "Você é muito difícil."

"Você gosta disso," Quinn acusou de volta. Seus olhos brilhavam quando ela levou uma mão para alisar franja de Rachel para baixo.

Rachel corou reveladora, mergulhando a cabeça para enterrar no pescoço de Quinn. Ela sentiu os braços ao redor dela, as mãos pressionando em suas costas para trazê-la para mais perto e suspirou. "Você vai me ligar hoje à noite?" ela perguntou, franzindo os lábios para colocá-los contra a coluna da garganta de Quinn. Ali ela se assentou e prendeu a respiração, podendo sentir os batimentos cardíacos de Quinn, rápidos e irregulares contra o peito.

Dedos ágeis tamborilavam ao longo de suas costas e se agarraram a ela quando seis dentes roçaram ao longo do pescoço de Quinn. "Sim," Quinn respirou. "Após a lição de casa, ou algo assim..."

Ela parecia completamente distraída e Rachel sorriu. Depois de alguns momentos apenas descansando contra ela, Rachel se afastou sabendo que Quinn teria que voltar para casa em breve.

"Talvez você pudesse vir neste fim de semana," Rachel sugeriu enquanto Quinn colocava sua mochila no ombro.

Quinn se virou para ela com um pequeno sorriso. "Ok, ok. Vou ver o que posso fazer."

Rachel estendeu a mão e agarrou a de Quinn, puxando-a junto. "Eu vou te levar lá fora."

Não havia nenhum sinal de Leroy à vista, felizmente, e Rachel puxou Quinn em direção à porta, girando ao redor para dar um beijo em sua bochecha. "Obrigado novamente por trazer a minha lição de casa," ela sussurrou, sentindo-se tímida, de repente, enquanto seu olhar mergulhava no dela.

"Quando você precisar." Quinn colocou a mão sob o queixo de Rachel, levantando-a até que ela pudesse ver seus olhos, largos e sinceros como sempre. "Vejo você amanhã".

"E me ligue hoje," Rachel lembrou.

Quinn revirou os olhos. "Claro," ela demorou.

Rachel rapidamente colocou os braços em torno de Quinn, moldando seus corpos. Ela não queria deixar Quinn ir, especialmente após passar a tarde com ela e todo o progresso que tinham feito. Ela apertou os braços ao redor de Quinn com um suspiro. "Eu te amo".

"Vamos ser um desses casais?" Quinn perguntou com uma risada, inconsciente de como a frequência cardíaca de Rachel acelerou ao ouvir Quinn usando a palavra casal para descrevê-las.

"Eu gostaria que sejamos," Rachel murmurou contra seu ombro. "Com certeza, eu não espero que você seja o tipo de pessoa que vá gritar bem alto o seu amor por mim em uma sala lotada, ou-ou sempre me encher de presentes caros para mostrar seu amor, porque o seu amor é—"

"Eu também te amo," Quinn cortou em voz baixa.

Rachel derreteu contra ela quando as palavras de Quinn flutuaram em direção a sua orelha. Ela deu um beijo em seu ombro, murmurando: "Seu amor é... silencioso. E eu não entendia no começo, mas agora eu entendo. Está só ali—eu não tenho que questioná-lo, na verdade."

"E como você ficou sabendo de tudo isso, hmmm?" Quinn perguntou, brincando com a parte de trás da camisa de Rachel.

"Deixe-me contar as maneiras," disse Rachel, jogando junto. Ela se afastou para descansar um cotovelo no quadril enquanto começava a assinalar uma lista. "Você trouxe a minha lição de casa."

"Mhm," Quinn murmurou.

"Você concordou em ser minha namorada."

"Esse é um grande problema."

Rachel sorriu. "Você tende a ficar com um pouco de ciúmes quando eu dou atenção aos outros."

"Eu..." Quinn parou de falar, vermelha de vergonha. "Vamos para a próxima."

"Por último, mas certamente não menos importante," Rachel prefaciou. "Você me disse que me ama."

Quinn abaixou a cabeça, levantando a bolsa ao longo de seu ombro com um sorriso tímido. "Eu acho que eu fiz."

Não sendo capaz de ficar muito tempo sem contato, Rachel agarrou a mão dela novamente, puxando-a para frente enquanto ela descansava contra a porta. "Beijo de despedida?"

"Eu não estou indo para a guerra, Berry," Quinn brincou mesmo enquanto se aproximava.

Elas se beijaram de leve, e muito em breve, Quinn estava fora da casa, deslizando em um pequeno carro esporte vermelho e o tirando da garagem. Rachel observou ela ir com um suspiro.

"Ela é uma boa menina," Leroy disse em algum lugar nas proximidades.

Rachel fechou a porta uma vez que Quinn estava fora de vista e caminhou de volta para a cozinha, deslocando seu afeto por Quinn para Leroy quando ela colocou os braços ao redor da cintura dele. "Obrigado por não trazer a coisa toda da intimidação à tona."

"Eu quase fiz isso," Leroy avisou.

"Eu sei. Mas Quinn já estava bastante nervosa e falando sobre isso teria tornado as coisas piores."

"Ela precisa saber que nós não esquecemos—"

"Nem ela, papai. Na verdade, quando eu disse a ela que eu gostaria de fingir que não aconteceu, ela foi a única a me dizer que aconteceu e que eu precisava reconhecer o que ela fez. Ela reconhece, pai, e ela está triste por isso. Eu não quero pensar nisso quando eu e ela já temos sua sexualidade para lidar. "

Leroy ficou em silêncio por um longo momento, acariciando o cabelo de Rachel. Finalmente, ele suspirou. "Ela me lembra de mim mesmo."

"Eu poderia dizer," Rachel concordou.

Ele riu. "Ela estava tão nervosa."

"Ela estava," Rachel concordou com uma risadinha. "Tão tímida, fiquei surpresa."

"As coisas ainda estão estranhas com ela e seus pais?"

"Sim," Rachel suspirou. "Aparentemente, sua mãe está esperando por ela para colocá-la pra fora do armário."

Leroy se afastou, a testa franzida, enquanto olhava para Rachel. "Então, a mãe dela já suspeita de alguma coisa?"

Rachel assentiu.

"E ela está apenas esperando por Quinn sair?"

"Essencialmente."

Ele refletiu sobre a situação por um momento. "Então, talvez as coisas não sejam  tão ruins, se a mãe dela já sabe."

Rachel mordeu o lábio em contemplação. Ela nunca tinha pensado nisso dessa maneira e se perguntou se já tinha ocorrido a Quinn que talvez se Judy já achava que ela era gay e estava apenas esperando que Quinn dissesse alguma coisa, as consequências poderiam não ser tão ruins quanto Quinn tinha pensado originalmente.

"De qualquer forma, apenas deixe que ela saiba que é sempre bem-vinda aqui," Leroy disse.

"Eu fiz isso," Rachel confirmou com um sorriso, agradecendo aos pais que ela tinha. "E ela vai vir neste fim de semana," ela cantarolou alegremente, feliz por estar passando um tempo com Quinn.

Sua namorada.


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Notas finais do capítulo

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