What Doors May Open escrita por Strawberry Fields Forever


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente quero agradecer a micheleguerraa pela recomendação. Deixou meu dia mais colorido. Muito, muito obrigada! ;)

Esse capítulo é curtinho e como eu tinha prometido a vocês capítulos duplos no decorrer da semana, nada mais justo.

Então leiam esse e sigam para o próximo, combinado? :)

Contagem regressiva no 22, hehe.

Ôh, guys, problemas, grandessíssimos, no paraíso.

Enjoy!



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Capítulo 21

Leroy e Hiram olhavam preocupados para a filha que não respondia sentada à mesa com eles. Rachel não tinha falado uma palavra desde que a pegaram com lágrimas velhas e novas estragando seu rosto, e ela não estava muito melhor agora. Os soluços histéricos tinham parado, mas novas lágrimas ainda corriam por sua face enquanto seu olhar passeava de seus pais, para, em seguida, correrem para o lado com uma careta.

Hiram coçou o queixo, olhando para Leroy.

Leroy encolheu os ombros e Hiram revirou os olhos.

"Não podemos lhe dizer alguma coisa?"

"Nós tentamos isso," Leroy disse de lado. Eles a tinham assistido em silêncio por cinco minutos e a preocupação de Hiram estava começando a elevar. Rachel era falante, quase de maneira demasiada, por vezes, e seu silêncio estava deixando ele desconfortável. Normalmente seus raros ataques de silêncio significavam que algo estava realmente errado, e seus pensamentos estavam muito confusos para que ela realmente pudesse se explicar corretamente. Os únicos sons que Rachel tinha exalado nos últimos minutos foram pequenos soluços aqui e ali.

"Vou chamar os paramédicos," Hiram anunciou.

"Aguente um pouco. Eu não acho que devemos fazer isso ainda."

"Bem, nós não podemos simplesmente não fazer nada," ele assobiou.

"Dê-lhe tempo. Ela é como um vulcão—olha como ela está agitada. Ela não consegue ficar em silêncio por muito tempo."

Rachel se mexeu desconfortavelmente diante daquele exame. "Eu posso ouvir vocês," ela murmurou depois de um momento. Ela cruzou os braços sobre o peito, os lábios presos em aborrecimento com toda aquela situação em que ela se viu inserida.

"Ah, ela fala," Hiram adulou. "Reuna as tropas, Leroy, eu acho que é hora da nossa princesa pavonear ao redor do castelo."

"Isso não é engraçado," ela continuou.

A sua tentativa de brincadeira foi esquecida ao ver que sua filha sequer curvou o sorriso. Leroy inclinou-se para trás, olhando para Rachel criticamente enquanto cruzava a perna sobre o joelho.

"Você vai nos dizer o que aconteceu?" Hiram persuadiu.

A respiração de Rachel engatou com a pergunta. Ela passou a mão pelo rosto em frustração, olhando através da mesa, e sussurrou: "Eu conheci os pais de Quinn esta manhã antes de vocês chegarem."

Leroy se virou bruscamente para Hiram, as emoções em cheque agora se mostrando claramente na ampliação de seus olhos. Hiram não parecia muito melhor quando ele tirou os olhos de Leroy virando de volta para Rachel. "Eu suponho que não foi bem", ele disse suavemente.

"Eles não iriam parar!" Rachel explodiu de repente, chocando tanto Hiram e Leroy que se encostaram ainda mais em seus assentos. Ela enxugou furiosamente os olhos antes de colocá-los em ambos os pais. "Eles continuaram falando sobre o quanto eles odeiam o fato de que Quinn só ter amigos gays!"

"Puxa, eu me pergunto o que ter amigos gays, diz sobre sua filha", Hiram soltou sarcasticamente diante do fanatismo dos Fabrays de acordo com o que Rachel estava contando. Bastou apenas uma declaração de sua filha para irritá-lo e ele estava a dois segundos de pegar as chaves do carro, dirigir para a casa Fabray e dar aos pais de Quinn um pedaço de sua mente.

Rachel assentiu com entusiasmo, feliz que alguém tenha entendido ela. "Certo?"

Leroy esfregou o queixo com preocupação, enquanto observava a troca de Rachel e Hiram. "Então, o que Quinn estava fazendo durante tudo isso?"

À simples menção de Quinn, Rachel se esvaziou voltando para o banco. "Ela meio que ficou lá," murmurou.

"Olhando desconfortável," Leroy adivinhou.

Ela abaixou a cabeça solenemente, recordando o olhar vazio no rosto de Quinn até o momento em que Rachel saiu até os pais. Sua irritação se deslocou em sugestão de simpatia por tudo o que sua não-realmente namorada passou durante toda a situação.

"Deixe-me ver se entendi," Leroy continuou. "Você vai para a casa de Quinn, sai do armário para os pais intolerantes-a-gays dela... e depois vai embora."

Hiram se virou para Leroy. "Eu não vejo muito cuidado em seu tom de voz."

Rachel não falou.

"Nossa filha colocou a garota em uma posição desconfortável com sua família."

Seus olhos brilhavam desafiadoramente quando ela olhou para Leroy. "Papai—"

"Querida, eu te amo. Admiro o orgulho que você tem de si mesma e sua bravura imortal," Leroy assegurou. "No entanto, o que você fez não foi legal."

Imediatamente, Rachel se levantou de seu assento, apoiando as mãos na mesa, na tentativa de ser vista e ouvida porque Leroy simplesmente não estava conseguindo. "M-mas eles continuaram dizendo todas aquelas coisas ofensivas!" ela chorou. "Eles agiram como se os gays não fossem bons amigos e depois de terem elogiado minhas maneiras, eu pensei que eu poderia mostrar que podia ainda ser muito respeitosa e gay! E eu pensei que eu poderia mostrar a Quinn que não seria tão ruim ela sair," Rachel insistiu.

"E você fez bem, querida," Hiram disse.

Leroy olhou entre os dois, completamente implacável quando seus olhos caíram sobre Rachel calmamente novamente. "Você disse que queria mostrar a Quinn que sair não seria tão ruim. Entretanto, quando te peguei, você parecia ter chorado por um tempo."

"Leroy—"

"Então, talvez tudo o que você conseguiu mostrar a ela é que sair do armário seria estranho e cheio de lágrimas", Leroy continuou calmamente.

"Leroy, não a repreenda", Hiram o cortou.

"Eu não estou." Ele se virou para encontrar Rachel caindo para trás em sua cadeira, enxugando os olhos. Arrodeou a mesa e agarrou as mãos dela delicadamente quando Rachel tentou se afastar. "Rach, querida, o que eu estou tentando fazer você entender é que você não pode apenas de forma egoísta sacrificar o conforto de alguém assim em função própria. Você saiu do armário para duas pessoas, em seguida, voltou para casa e chorou para seus pais gays. Presumindo que Quinn seja lésbica—"

"Ela disse que acha que é," Rachel disse suavemente.

Leroy acenou com simpatia. "Veem? Ela nem parece ter cem por cento de certeza ainda. Ela ainda está se ajustando a tudo isso. E ela é a única pessoa gay que vive com os pais intolerantes depois que você saiu do armário para eles. Ela tem que lidar com isso sozinha agora, querida."

Sua respiração continuou pesada e ela recordou do olhar no rosto de Quinn, o jeito como ela estremeceu indo para longe antes dela sair do quarto. Quando Rachel lembrou do tom perdido na voz de Quinn, as ultimas palavras proferidas, pode sentir novas lágrimas acumularem em seus olhos e transbordarem. O que ela fez?

Seu queixo caiu completamente em horror ao recordar apenas o que Quinn havia dito a ela, o que ela realmente quis dizer, e como ela estava completamente jogada na insegurança que Quinn tinha sobre o relacionamento delas o tempo todo.

Rachel se levantou da mesa imediatamente, parecendo uma mulher em uma missão quando ela pegou o telefone dela e saiu sem dizer uma palavra. Ela subiu as escadas rapidamente, caminhou para o seu quarto e bateu a porta. Seus dedos se atrapalharam com o teclado do seu telefone, rolando para o número de Quinn e pressionando o botão de chamada.

Uma vez que conseguiu passar do terceiro toque, Rachel sabia que ela não ia atender. Com um suspiro pesado, sua postura diminuiu em exaustão quando a linha caiu para o correio de voz.

"Olá, Quinn," ela murmurou para o telefone, sentindo-se totalmente despreparada para deixar uma boa mensagem, detalhada. "Eu só estava ligando para ver se você estava bem." Sua mente virou rapidamente um espiral, evocando todas as possibilidades de como ela devia estar bagunçada e como ela devia estar perdida, mesmo que este fosse apenas um telefonema. Ela chutou a autopreservação, dizendo a si mesma para terminar aquela breve mensagem antes que ela acabasse chorando a sua alma para Quinn. "Me ligue, ok? Espero ouvir você em breve," ela terminou fracamente. "Bye, Quinn."

Ela desligou o telefone, mordendo o lábio enquanto olhava para ele em sua cama. Então, ela o pegou, castigando-se por quão pouco cuidadosa tinha sido no correio de voz então escreveu uma mensagem de texto para Quinn.

Oi, Quinn, é Rachel. Novamente. Eu pensei que seria pertinente nos falarmos logo depois de tudo que aconteceu. Eu realmente espero ouvir você em breve.

Não sentiu que a mensagem tinha sido suficiente. Nada era, e tudo o que ela queria fazer era escrever eu te amo no final da mensagem para fazer Quinn ver de uma vez por todas que aquilo era real. Mas não era o certo no momento. Não seria romântico. E se Quinn realmente terminasse com ela depois de tudo o que aconteceu como a parte de trás de sua mente estava lhe contando, então derramar suas entranhas só iria machucá-la no final.

Ela enviou a mensagem de texto, exalando alto em seu quarto vazio. Quinn estava provavelmente sobre ela. No que estaria pensando? Tudo o que ela quis fazer era provar aos Fabray que nem todas as pessoas homossexuais eram ruins, e... ela possivelmente arruinou o que estava se transformando no melhor relacionamento que ela jamais pensou que teria.

Cinco minutos se passaram sem uma resposta e Rachel estava se sentindo louca. A mão dela abriu o telefone e ela rapidamente digitou uma mensagem para enviar a Finn, mordendo o lábio inferior enquanto escrevia para ele.

Eu acho que estraguei tudo.

Era tão... diferente dela. Ela não estragou tudo. Ela não era perfeita, de nenhuma maneira, mas ela nunca cometera um erro como aquele. E, certamente, não à custa de alguém que ela amava tanto. No entanto, ali estava ela, enviando aquela mensagem para Finn Hudson de todas as pessoas, porque se alguém havia bagunçado tudo com Quinn antes, isso era algo que ela compartilhava com seu ex-namorado.

Seu telefone tocou indicando uma mensagem alguns segundos depois e a simplicidade do escrito a fez quebrar o primeiro sorriso em horas, desde que tinha sido presa sob Quinn em sua cama.

umm você cantou uma nota errada ou algo assim?

E pela primeira vez, ela realmente desejava que tivesse sido isso. Cantado uma nota fora do tom seria um destino muito mais justo do que irritar, prejudicando Quinn Fabray, porque uma Quinn com raiva e uma Quinn ferida eram duas coisas completamente diferentes e o coração de Rachel sofria com a ideia de, inadvertidamente, tê-la machucado.

Eu acho que eu perdi Quinn.

Seu coração se apertou em angústia com a mensagem de texto. E isso a fez perceber que talvez ela tivesse Quinn aquele tempo todo. Porque a antítese do último par de meses de beijos acalorados e mãos seguradas era... isso. Nada. Esse vazio que ela estava começando a sentir estava se tornando insuportável, porque tinha se passado dez minutos e Quinn ainda não tinha respondido ao seu correio de voz ou mensagem de texto.

Mas Finn estava rapidamente disparando textos em tempo hábil. Ela abriu o mais recente e teve vontade de bater nele. Difícil.

no shopping?

Figurativamente, Finn. Eu fiz algo e acho que ela está chateada comigo.

Uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Ela não conseguia desligar seu cérebro e ele continuava dizendo a ela que Quinn estava chateada, que ela tinha deixado Quinn sozinha para lidar com as consequências do que ela criou. E depois, então, quando tudo o que Quinn precisava era de uma garantia de que elas ainda estavam bem, ela a deixou lá e voltou para casa para chorar.

Ela sufocou um soluço, assim que o telefone tocou e correu para ver se era Quinn que ligava.

Era Finn, no entanto.

Ela suspirou e respondeu ao chamado, sua voz numa bagunça ilegível. "Olá, Finn."

"Você não parece boa."

"Bem," ela corrigiu com delicadeza. "E eu não estou bem, Finn. E se Quinn não quiser mais nada comigo? E esse medo que eu tenho dela voltar para o armário?" Esse pensamento fez com que toda uma série de pensamentos explodissem em sua mente. "Oh, não, e se ela começa a namorar Noah?"

"Ei, ei, Rach, acalme-se," Finn abrandou. "O que diabos aconteceu?"

"Eu sai do armário para os pais dela, foi isso o que aconteceu!" exclamou. "Eu disse a seus pais que eu era gay, então apenas deixei Quinn lá depois dela me perguntar se meus sentimentos por ela mudaram por conta da forma fanática e pequena que seus pais pensam!"

"Ok, Eu-desacelere. Serem intolerantes é uma coisa ruim, certo?"

Rachel suspirou, exasperada. "Sim, Finn, é ruim. Por favor, foco."

"Eu estou tentando!" ele insistiu. "Pare de usar palavras grandes. Okay. Bem. Enfim. Você disse aos pais de Quinn que você era gay. Entendi isso. E o que é que tem isso de sentimentos e toda essa coisa?"

Ela se sentou de costas, olhando para o teto melancolicamente. "Finn, eu apenas fui embora," ela sussurrou. "Ela me perguntou se meus sentimentos por ela mudaram—na verdade, ela achava que eu não gostava mais dela por causa do que os pais dela disseram. E eu-eu deveria—mas ela já sabe, Finn," ela balbuciou, incapaz de expressar seus pensamentos coerentes com sucesso. "Ela sabe, ou pelo menos ela já deveria saber como me sinto sobre ela."

"Como você se sente sobre ela?" Finn perguntou de repente.

Ela recuou com a pergunta, franzindo o cenho em incompreensão. "O que você quer dizer?"

"Como você se sente sobre ela?" ele perguntou de novo.

"Eu a amo," Rachel respondeu com facilidade.

"Ok, então isso é bom. Mas Quinn é como, uma total garota quando se trata de coisas desse tipo."

Ela fez uma careta para o quão ofensivo o comentário soou, mas pediu a si mesma paciência, "O que isso quer dizer, Finn?"

"Isso significa que ela é insegura. Que eu não consigo nem te dizer quantos vezes por dia eu tinha que falar que a amava. Isso é loucura, sabe? Ela apenas deveria acreditar em mim."

"Mas você a traiu," Rachel murmurou para si mesma, um momento depois. Ela bateu com a mão na testa. "Você sempre disse a ela que a amava, mas depois de alguns meses você a traiu, Finn."

"Ei, você está me culpando? Porque isso não foi culpa minha, nem nada. Você foi a única a fazer piqueniques para mim e outras coisas."

"Isso é inacreditável." Ela se sentou na cama, penteando o cabelo com os dedos. Sentia-se tão esfarrapada e tensa. E ela queria, mais do que qualquer coisa, tomar um banho quente, se enrolar na cama e ouvir a voz de Quinn.

Todos os sinais apontavam para não fazer as coisas que tinha feito. Quinn tinha avisado a ela sobre seus pais, antes mesmo de terem descido. Mas chegara ao ponto em que Rachel não conseguiu se calar mais. Ela sentiu que ela tinha para falar em nome de si mesma e de seus pais, porque todos eles eram pessoas boas e os Fabray não sabiam o que eles estavam falando.

Mas deixar as coisas do jeito que ela deixou foi o que ela lamentou mais do que tudo. Brittany havia dito meses atrás como Quinn suspeitava das pessoas, porque ninguém nunca tinha gostado dela por quem ela era, só pelo poder e pela popularidade que ela exercia sobre os outros. E o fato de que Finn a ter traído com Rachel, de todas as pessoas, provavelmente não ajudava em nada.

"Rach?" Finn chamou do outro lado. "Você ainda está aí?"

"Sim," ela murmurou. "Eu estou aqui. E eu—obrigada, Finn."

"Desculpe, ela é louca por você. Mas, quero dizer, se você pedir desculpas, ela vai te perdoar. Eventualmente".

Ela riu tristemente. "Sim, está bem. Eu só não quero ter que começar de baixo novamente."

"Quinn é apenas muito mais sensível do que as pessoas imaginam," ele disse a ela.

"Sim, bem, obrigado, Finn. Acho que estou indo agora. Vejo você segunda-feira."

"Te vejo então."

Ela desligou o telefone com um suspiro, levantando-se da cama para tomar um banho.

Depois que ela terminou toda a lição de casa e se preparou para a cama, ela se arrastou sob as cobertas, sentindo-se completamente sugada. Mas ela não conseguia dormir, e não dormiria por horas.

Quando a meia-noite rolava e ela ainda estava acordada, Rachel se virou para seu telefone uma última vez para descobrir que ela não tinha chamadas perdidas ou mensagens de texto.

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"Quinn? Oi, é Rachel. De novo. Estou preocupada e eu realmente preciso que você me ligue, ok? Por favor? Se passou um dia inteiro—apenas fale comigo. Eu-eu tenho esperança de ouvir de você em breve. Tchau, Quinn."

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A semana devia apenas começar às terças-feiras, porque as segundas-feiras estavam pedindo muito.

Rachel tinha bolsas escuras sob os olhos que eram uma força a ser contada. Ela as puxou enquanto se olhava no espelho de seu armário. Ela via como se sentia. Uma completa e total merda.

Ela se perguntava se o Glee iria melhorar com sucesso o seu humor naquele dia, enquanto fazia um rápido trabalho de pegar os livros e fechar o armário. No meio do corredor, Kurt vinha sasaricando em sua direção e a visão apenas a cansou mais. 

"Bom dia, senhorita Popular!" Kurt exclamou enquanto caminhava em sua direção. "Como foi seu fim de semana?"

Ela lhe lançou um olhar seco que, combinado com as bolsas sob os olhos, assustou Kurt inteiramente. "O que transformou sua carruagem dourada em uma abóbora?" ele resmungou.

Rachel agarrou seus livros firmemente e se recostou contra os armários. "Eu não quero falar sobre isso." A escola em geral parecia exatamente a mesma. Todos os casais andavam orgulhosamente de mãos dadas de uma forma que fez os olhos de Rachel se estreitarem em descontentamento.

"Alguma coisa ruim aconteceu?" Kurt perguntou, puxando seus olhos de volta para ele.

Ela encolheu os ombros, impotente, e olhou para ele. "Defina ruim."

Kurt bateu com a mão na testa. "Rachel Berry, o que você fez?"

"Nada!" ela insistiu, embora a culpa tenha apodrecido dentro dela desde sábado.

Ele abriu a boca para falar novamente, mas Rachel rapidamente agarrou seu braço e o puxou para o lado enquanto Quinn, Santana e Brittany caminhavam pelo corredor. Para quem teve tempo para perceber, os ombros de Quinn estavam tensos naquele dia, em vez de, naturalmente, rolá-los para trás como sempre foram. Seus olhos estavam bem juntos e seu olhar permaneceu direcionado para frente todo o caminho, nem uma vez desviando na direção de Rachel enquanto ela caminhava de passagem. Essa sempre fora sua forma de comunicação, Rachel gemeu de frustração por não ter sido reconhecida quando Quinn passou por ela.

"Bem, isso não foi muito bom," Kurt murmurou enquanto os dois assistiam as Cheerios caminhando. Rachel ignorou perguntas de fogo rápido de Kurt, enquanto olhava para o corredor até Quinn parando em seu armário.

Seu coração batia contra suas costelas, ela deu um tapinha no ombro de Kurt distraidamente na tentativa de dizer, simultaneamente, para ele calar a boca e que ela o veria mais tarde.

"É melhor você me contar o que está acontecendo mais tarde!" ele alertou.

Rachel respirou fundo, enquanto segurava seus livros ainda mais apertadamente. Sentia-se nervosa para falar com Quinn. Parecia o início do ano letivo de novo quando Quinn a hostilizava sempre que se cruzaram. Sua marcha se encurtava para pequenos passos quanto mais se aproximava de Quinn, que parecia bastante irritada enquanto tirava livros fora de seu armário. Rachel parou a o lado de Quinn, olhando-a por sobre os ombros tensos. "Olá, Quinn," ela cumprimentou timidamente.

Quinn franziu os lábios, nenhuma vez olhando na direção de Rachel, enquanto continuava a trocar seus livros.

Rachel balançou a cabeça, não realmente surpresa com o ombro frio que estava sendo apresentado a ela. Ela lambeu os lábios nervosamente, limpando a garganta quando ela olhou para Quinn novamente. Ela parecia tão intocável naquele momento, como se estivesse a quilômetros de distância, em vez de centímetros na frente dela e a distância emocional estava se tornando intimidante. "Eu estava me perguntando se poderíamos conversar."

Se aquilo fosse possível, os tensos e pálidos ombros pareceram travar ainda mais com todo o corpo de Quinn que ficou rígida. Ela se prendeu na posição por alguns segundos tensos, em seguida, bateu a porta fechada do armário. Várias bugigangas dentro dele podiam ser ouvidas caindo pela força e jeito que ela bateu com ele. Quinn ergueu seus livros em seus braços cruzados e se afastou de Rachel, sem uma palavra.

Rachel assistiu impotente Quinn desfilar pelo corredor e virar a esquina. Seus pés estavam firmemente enraizados no chão, petrificados de medo. Então Kurt estava lá, enxugando as lágrimas que ela nem sabia que estava derramando. "Garota," ele murmurou, o rosto se contorcendo no que se assemelhava a simpatia quando  agarrou seus ombros. "O que pode ter acontecido entre vocês da festa até agora?"

"Eu perdi ela," Rachel choramingou. "Ela se foi, Kurt".

Ele esfregou seu ombro suavemente. "Não pode ser tão ruim assim."

"É," Rachel chorou.

Ele tentou puxá-la para mais perto, mas se contorceu distanciando-se no último segundo, acenando para o casaco que estava em seu corpo. "Este é o couro, menina. Você não gosta dele e eu não gosto de lágrimas sobre ele." Ele contornou o corpo dela e passou um braço em torno do ombro. "Vamos lá. Vamos te limpar. Não posso ter você parecendo um lixo enquanto Quinn parece uma estátua de deusa de pedra."

Rachel esboçou um pequeno sorriso que doeu mais do que qualquer coisa e permitiu que Kurt a levasse ao banheiro das garotas.


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Notas finais do capítulo

Já volto!

:D



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