Algumas semanas depois...

Rony e Eu já estávamos quase tendo um relacionamento, a julgar pelo número de vezes que nos encontrávamos.  A gente saia pra jantar quase 3 vezes por semana, almoçávamos juntos quando dava e ele sempre me levava em casa depois do trabalho, não sei o que nos impedia de termos um relacionamento.  Só que ainda não havíamos ido pra cama, e acho que nem iriamos, não por agora, acho que está muito cedo.

Eu tenho quase certeza que eu estou apaixonada pelo Rony, quando o vejo eu sinto borboletas no estômago, eu fico travada e não consigo falar, só consigo olhar pros seus olhos e mexer a cabeça, eu sei que é estranho mas é assim que eu me sinto!

- É óbvio que você está apaixonada por ele, você ainda não percebeu? – Disse Gina minha colega de trabalho quando disse a ela tudo o que eu sentia quando estava perto dele.

- Ai, Gina, eu não sei, talvez seja só coisa da minha cabeça! E eu também não quero me decepcionar. – respondi

- Cara, vocês almoçam juntos todos os dias, saem quase toda semana, e não é você que faz o convite não é? Então o que você está esperando? Ele também está caidinho por  você – falou e eu assenti.

Será? Eu não sei, já me decepcionei tantas vezes, que eu não sei se devo mesmo começar um relacionamento.

Meu telefone tocou e eu atendi.

- Tem como você me encontrar no parque daqui 25 minutos ?– falou Rony ao telefone.

- Acho que sim  – falei olhando no meu relógio e verificando a hora.

- Ótimo, até daqui a pouco. – falou, desligando logo em seguida.

Coloquei o celular e fiquei olhando para o nada, sendo despertada por Gina, que me fitava com um olhar curioso.

- Tá bom, era o Rony. – afirmei , vendo um sorriso emoldura-se em seu rosto.

- Eu já sabia! – concluiu.

- E porque você tava me olhando? – perguntei incrédula.

- Porque eu queria saber o que ele falou. – Respondeu rapidamente.

- Ele perguntou se podemos nos encontrar daqui vinte e cinco minutos no parque. -  falei

- Uhuul! – deu um grito, e logo se calou pois fechei minha mão em torno de sua boca. – shiiiu! – falei.

- Desculpa – sussurrou.

- Será que você pode me encobertar? Prometo que volto rápido. – Falei.

- Claro, ta esperando o que?  Vai se arrumar, retocar  a maquiagem... – respondeu

Levantei da minha cadeira, peguei minha bolsa e fui até o banheiro, escovei meu dente rapidamente, retoquei meu batom, brush e sombra, o lápis de olho já estava de bom tamanho.

Ótimo, saí do prédio e fui caminhando devagar porque estava adiantada quando cheguei na porta do parque veio uma coisa na minha cabeça: Meu Celular.

Saí correndo todo o caminho de volta, é bem provável que eu fosse me atrasar. Entrei no prédio desesperada, entrei no elevador e subi, quando cheguei lá em cima, fui andando disfarçadamente, até minha mesa, peguei meu celular e saí, parecia que ninguém havia me visto, nem mesmo Gina.

Desci tudo novamente, agora eu estava realmente atrasada.  Quando estava quase chegando na entrada do parque, peguei um espelhinho dentro da minha bolsa e olhei o meu reflexo nele, dei um jeito no meu cabelo, coloquei-o dentro da minha bolsa novamente e peguei um vidro de perfume que eu sempre carregava comigo, vai que seja necessário né?

Passei um pouco do perfume, guardei-o na bolsa e continuei a andar, logo avistei Rony sentado perto de uma árvore. Dei uma última arrumada no meu cabelo e caminhei até lá.

- Oi – falei dando um susto nele que levantou de um salto.

- Oi – falou, vindo até mim e me dando um selinho. Que fez com que meu corpo tremesse como se tomasse um choque.

- Vira pra lá – falou e o obedeci. Senti ele abaixar e quando levantou falou:

- Pode virar novamente. – falou e para minha surpresa ele carregava um lindo buquê de flores e uma caixa de chocolate.

Agradeci-o com um selinho e sentei junto a ele perto da árvore. Ficamos conversando enquanto comíamos os chocolates, até que o chocolate acabou e percebi uma coisa estranha na caixa, ela parecia ter uma espécie de fundo falso. Então abri o fundo falso e me surpreendi pois continha um envelope, Rony me olhava esperançoso. Então eu o abri e meu coração deu um salto pois dentro do envelope continha um lindo anel e um bilhete.

Peguei o anel e ele colocou-o a mão sobre a minha e me pediu permissão para que ele o colocasse em meu dedo, deixei claro. E Continuei peguei o bilhete abri-o e coloquei a mão na boca surpresa com o que estava escrito, antes que pudesse perceber, uma lágrima escapou dos meus olhos. Ele as enxugou com cuidado.

- E então? – perguntou

Voltei a reler o bilhete que dizia com uma caligrafia fina e desregulada:

  “Querida Hermione, quando lhe vi pela primeira vez, eu tinha certeza que você era a mulher da minha vida, e é com amor que lhe dedico esse presente e com o mais puro sentimento que aflora em meu peito, lhe pergunto:

                Você gostaria de ser minha namorada?”