Our Curse escrita por Bells


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, to tão feliz q teve mais do q três reviews, por favor meus amores continuem assim, agora eu acho q já posso aumentar, vou querendo mais reviews, espero q adorem a fanfic fiz com toda vontade
aqui está o primeiro capitulo

agora vou para o banho q tenho q lavar e secar o cabelo -.-

Minha eterna lucinda é a lucy hale ou a kaya, mas a gente lida com o q tem ne



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PDV LUCINDA

—Lady! Lady acorde! Lady Lucinda! Vai se atrasar para o café – Era impossível não acordar em alerta com os gritos histéricos de Madalena, minha ajudante. –Ande, o seu vestido está sobre a cama, levante! –Ela abriu as janelas e o sol nos saudou.

Sentei-me na cama e esfreguei os olhos, assim parece que eles se adaptam melhor a claridade, e então olhei para Madalena.

—Madalena, não precisas gritar – Falei calmamente. Gostava do som da minha voz, quando calma parecia uma leve melodia.

—Ah, desculpe-me Lady Lucinda, é que eu estava preocupada que perdesse o café novamente e vossos pais a castigassem.

—Oh, não se preocupe com isso... Então, ajuda-me a vestir?

—Com toda a certeza, Lady Lucinda.

Levantei e tirei minha camisola, com as mãos tremendo Madalena botou o corpete em mim, tomando todo cuidado para não aperta-lo demais.

—Madalena?

—Sim?

—Se não o apertar mais, não fará sentido usá-lo.

—Ah, perdoe-me.

Madalena é uma garota jovem, jovem demais para ser ajudante, sei que a maioria das garotas começa aos doze anos, mas mesmo assim acho demasiado cedo para Madalena que possuía apenas um ano a menos que eu, ela tem quinze anos, eu havia recém completado meus dezesseis. Suas mãos normalmente tremem, seus olhos normalmente baixos e envergonhados, suas bochechas sempre coradas e sua voz sempre insegura. Madalena havia começado comigo já que sua mãe era ajudante da minha e sua irmã mais velha ajudante de minha irmã mais nova.

Depois do corpete ela seguiu para meia calça, que me incomodava em imenso usar, mas era obrigatório para damas, ela pegou o vestido e passou-o pelo meu corpo até se encaixar perfeitamente, depois sentei-me e ela botou em mim os sapatos de salto que eu tanto odeio, mas também é obrigatório, vir-me-ei para meu espelho e Madalena soltou meus cabelos que caíram em ondas negras lindas, eu o amava assim e odiava o fato de saber que ela iria escova-lo e prendê-lo, obrigatoriamente, é claro. Ela começou a puxar minhas ondas negras para trás após escova-las, ela prendeu uma com alguns grampos e depois outra e para minha surpresa ela deixou assim, apenas a parte da frente presa, ainda havia ondas caindo, sorri. Estava preso, como pedia a etiqueta, não totalmente, mas estava.

Ela começou a minha maquiagem, se tem algo que eu abomino é o pó branco que passam em meu rosto, eu odeio isso, mas bem esse é o básico do dia-a-dia, graças a Deus não há baile nenhum. Ainda. Se houvesse minha mãe obrigaria ela a passar carvão ao redor de meus olhos.

Depois de deixar meus lábios avermelhados ela ajudou-me a levantar e eu fitei meu corpo todo no espelho.

—Obrigada Madalena... E obrigada pelo cabelo.

—Sim?

—Sei que é obrigatório prendê-lo, mas eu odeio, embora você tenha prendido de jeito que me agrada.

—Ah, que bom Lady.

—Vamos descer.

Quando sai de meu quarto encontrei minha irmã mais nova correndo, ela se bateu contra mim e caiu no chão, ela olhou para cima e me encarou confusa. Lady Agatha, minha irmã, tem três anos, e é completamente diferente de mim, tendo puxado nosso pai, com os olhos azuis e os cabelos em cachos dourados, a nossa única semelhança é a pele branca. Ela sorriu a me ver e se levantou ajeitando o vestido azul que havia sido posto nela.

—Agatha, correndo de novo?

—Não quero prende cabelo! –Explicou ela.

Sorri, eu a entendia completamente.

—Eu prendi o cabelo, vê?

—Sim! Está bela, mana!

—Ficaras bela também!

—Prende para mim?

—É claro.

Ela me conduziu até seu quarto e sentou em frente a seu espelho, então eu apanhei os grampos e fiz um penteado idêntico ao meu, que teve efeito diferente no cabelo dela, já que era dourado e parecia brilhar toda a vez que o sol batia nele.

—Estás linda – Falei.

—Estou! Obrigada, Lucie!

—De nada, vamos para o café?

—Aham.

Apanhei sua mão e nós as duas descemos a escada central da mansão, com as criadas atrás, seguimos até a sala de jantar onde estavam papai e mamãe, discutindo novamente, porém calaram-se ao nos ver.

Sorri.

—Bom dia, papai, mamãe.

Sentei-me a mesa e a criada de Agatha a ajudou a sentar.

—Olá Luce, olá Agui. – Falou meu pai com seu sorriso cansado.

—Agatha, Lucinda, bom dia – Mamãe não sorria, ela estava mal humorada devido à discussão.

—Dormiram bem? –Perguntei.

—Claro, e você querida? –Perguntou papai.

—Perfeitamente.

—Seu mingau, Lady – Disse Madalena o botando em minha frente com os talheres de prata.

—Obrigada, Madalena.

Voltei-me para meu mingau, eu gostava de conversar com meus pais, mas eu não queria que eles começassem novamente uma discussão, e no momento é só o que eles fazem.

—Papai? Mamãe? – Falou Agui suja pelo próprio mingau.

—Sim? –Respondeu mamãe.

—Por que você e papai discutem?

Ah, que droga... Ai, desculpe. Digo, não! O que Agui inventou de perguntar?! Não, não!

—Coisa de adultos, você não precisa saber – Disse mamãe olhando por cima dos óculos meia lua, com seu cenho franzido.

—Hunf! –Ela cruzou os braços em frente ao peito e fez um beiço adorável.

—Agui – Chamei, ela olhou para mim – Come o mingau e depois você pode ir brincar com Meredith!

Meredith era sua criada. Ela torceu o nariz e depois relaxou.

—Ta bom.

Ela terminou o mingau e estendeu os braços para Meredith que subiu com ela para limpá-la e levá-la para brincar.

—Madalena, Maria –Maria era a criada de mamãe –Podem, por favor, se retirar? Eu e o Senhor Dalton gostaríamos de conversar com nossa filha.

—Claro Lady Abigail.

Maria e Madalena, após o comprimento adequado, se retiraram.

Encolhi-me na cadeira, sem perder a postura, imaginando tudo o que eu havia feito de errado, eles não sabiam de todas ás vezes que pela madrugada eu havia ido cavalgar com trajes para equitação, já que mulheres só devem andar de cavalo com seus trajes diários e com elegância, certamente não sabiam de quando eu praticava arco e flecha, não sabiam de quando eu e a Condensa Clarie, minha melhor amiga, íamos em algumas festas onde os homens caiam de bêbados... Minha vida inteira passou pela minha cabeça, não achei nada que pudesse ser usado contra mim.

Mamãe lançou um olhar para papai que fingia estar entretido no jornal, e então pigarreou. O que seria que eles falariam comigo que papai tentava evitar? Eu estava ansiosa em saber, mas algo em mim dizia que eu não gostaria nada disso, eu queria correr, pois todos os meus sentidos gritavam, porém eu obedecia, exatamente como não deveria fazer segundo meus princípios.

Papai olhou para minha mãe e para mim, meus olhos rondavam o lugar, eu comecei a ficar nervosa, sentia que estava suando frio, eu não queria essa conversa, minhas palmas das mãos estavam escorregadias, o que me fez soltar a colher de prata e deixar meu mingau no prato, ele já não era tão atraente como antes. Eu sentia minha respiração acelerar, e ao mesmo tempo sentia que ela estava parando. De repente o corpete se tornou apertado demais e começou a me sufocar.

—Querida –Começou papai –Nós queríamos... Sua mãe queria...

—Ah, francamente Leonardo! Nós queremos conversar com você, Lucinda, algo importante. Determinara nossa reputação e sua vida daqui em diante.

Não pude focar meus olhos neles, foquei-os na janela tão convidativa a minha fuga. Não, eu não podia. Precisava haver outra saída... E havia.

Por dentro sorri, por fora botei a mão em minha cabeça e me escorei na mesa. Pude sentir meus pais se entre olharem.

—Lucinda, minha filha, tu estás bem? –Perguntou mamãe.

—Talvez não seja hora da conversa – Disse papai.

—Leonardo Dalton!

—Lord.

—Que seja!

—Eu não... –Murmurei afastando a cadeira para ficar mais fácil de cair. Eu cai no chão e me fingi de desacordada.

—Oh, Deus! –Disse mamãe e ouvi o salto dela bater no chão e ouvi a cadeira de papai se afastar.

Mamãe correu para chamar ajuda, enquanto eu tentava não rir da situação, papai estava do meu lado chamando meu nome, e eu precisava fingir não estar ouvindo.

Logo pude sentir Madalena e Maria ali e também o nosso mordomo que foi quem me pegou no colo e me levou até meu quarto onde ficamos apenas eu, Madalena, Maria e mamãe.

—Madalena! Dispa-a! Maria, querida, por favor, traga um pano com água morna para botarmos em sua cabeça, oh! E um chá de camomila para quando acordar. A propósito, dois, preciso de um também.

—Sim, Lady.

Deixei meu corpo mole enquanto as mãos trêmulas de Madalena tiravam meu vestido e depois desprendiam o corpete, o que foi um alívio, senti como se pudesse respirar de novo. Se eu não tivesse fingido o desmaio certamente desmaiaria. Senti quando minha camisola de seda escorreu pelo meu corpo e senti quando elas soltaram meu cabelo, o que foi um alívio também, apesar de ele já estar basicamente solto. Eu não via nada, mas ouvia e sentia tudo, eu tinha uma vontade enorme de rir, mas precisava aguentar, eu imaginava Clarie quando soubesse disso, riríamos muito.

Logo fui tapada por um lençol e logo um pano quente jazia em minha testa, com uma água morna que me fez querer torcer o nariz, odeio água morna, gosto de água fria, gelada, como a do rio que tem aqui perto de casa onde eu nado fora do conhecimento de meus pais.

Ah, eu não contava com isso.

Titio Lawrence, o médico da família, ótimo! Ele era muito legal como tio, mas não gosto de médico. Nem um pouco.

Senti suas mãos me examinando, pondo o termômetro de baixo da minha língua e constatando que eu não tinha febre, tirando, graças a Deus, o pano de água morna de minha cabeça, examinou minha pressão e constatou que ela havia subido antes, mas que não foi isso a causa do desmaio. Ele constatou a mamãe que foi pelo nervosismo e calor.

Tremi minhas pálpebras propositalmente e abri os olhos, fingindo-me de desentendida.

—Oh, querida, como se sente? –Perguntou minha mãe.

—Hm? –Forcei uma voz cansada – Bem, eu acho. Ah, olá titio Lawrence.

—Olá, Lucinda. Ah, Lady Abigail, pode me dar licença?

—Ah? Como?

—Gostaria de falar com Lady Lucinda.

—Ah, como... Como quiser. Maria, Madalena, venham.

As três fizeram uma reverencia como era de se esperar mamãe fez primeiro já que era a Lady e elas as criadas. Algo que sempre achei injusto, mas que não vinha ao caso agora.

Olhei para meu tio e sorri amarelo, ele riu.

—Lucinda, Lucinda, não toma jeito né?

—O que eu fiz titio?

—Desmaio falso.

Opa! Engoli em seco.

—Como... Como você...?

—Sou médico. Por quê?

—Conversa séria, odeio isso –Cruzei os braços –Mas eu desmaiaria de qualquer jeito eu estava mais nervosa que galinha quando vai ser degolada.

Ele riu.

—Você não mudou nada desde pequena.

—Gosto de mim assim, não vou mudar.

—Também gosto.

Sorri.

—Obrigada, tio.

—Não repita isso.

—Ah, por favor, tio!

Ele rolou os olhos.

—Tchau Lucinda.

—Tchau titio.

Mamãe entrou de volta ao quarto seguida de Maria e Madalena.

—Como se sente agora, minha filha?

—Melhor.

—Ótimo! Não queria que você perdesse o baile.

—Como? Que baile?

—Fomos convidados, chegou agora, o convite para o baile de Condensa Marie Annie Smith. –Era a mãe de Clarie Annie Smith, minha melhor amiga – É aniversário de casamento do casal, e nós estaremos lá. Ah, Conde Nicholas Smith também estará.

—E?

—Ele é encantador!

—Ele é meu amigo. E Clarie minha melhor amiga.

Mamãe balançou o leque, irritada.

—Que seja! Ande, levante! Quero que se arrume e faça as lições, depois pelas quatro horas da tarde todos começaremos a nos arrumar!

Ela saiu do quarto pisando salto, Maria a seguiu, olhei para Madalena que me olhava atenta. Bufei e rolei os olhos. Levantei em um salto da cama, Madalena se assustou.

—Ah, Lady! Cuidado, passastes mal recentemente!

—Coisa nenhuma! Ande, por favor, não bote novamente esse vestido, me veja um leve, e, por favor, ignore o fato de que temos de apertar o corpete, ele está me sufocando.

—Claro.

Ela voltou com um vestido branco e leve, prendeu o corpete em mim levemente e depois jogou o vestido por cima, voltei a calçar os sapatos e ela prendeu meu cabelo, dessa vez em uma trança, não me agradou tanto, mas eu estava com pressa.

—Obrigada, Madalena, estou descendo - Falei puxando o vestido para descer as escadas que viriam a seguir.

Caminhei até o escritório onde eu tinha aulas, hoje o professor contratado por meus pais daria aula de geografia, ótimo. Não tenho muito interesse em saber sobre nosso mundo, nem me interesso nos perigos reais e imaginários que os mares aguardam, não tenho medo de despencar no mundo por ele ser quadrado, e não tenho medo de um monstro do mar gigante me atacar, monstros não existem, embora marinheiros digam o contrário. Eu queria velejar até o mais longe possível, eu queria conhecer tudo na prática e não na teoria.

Sentei-me em frente ao professor, minha cara não estava nenhum pouco animada, e o falso desmaio era a desculpa perfeita para isso. Quando ele começou a falar apontando para a miniatura da terra que tínhamos na mesa eu senti minhas pálpebras pesadas e senti que dormiria a qualquer segundo.


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Notas finais do capítulo

reviews? favoritos? recomendações?
lembrem quero de 3-5 pra um novo capitulo



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