Jasmim! Viro-me e vejo o Joel da portaria, parado, me observando com cara de tacho. Penso se devo ir até lá ver o que quer, mas ele logo segue em minha direção.
Chegou uma carta para você. Ele diz nervoso.
Pra mim? Pergunto pasma.
Quem me escreveria? Não consigo pensar em ninguém.
Tomo a bruscamente de suas mãos e em meio a ansiedade de descobrir o que está ali, me vem à ideia de que posso não gostar muito do que possa estar escrito ali. Percebo que o Joel observa a carta em minhas mãos com certa impaciência no olhar.
Que curioso, eu em! Aperto sua bochecha e sigo correndo para o meu apartamento. Fechando a porta atrás de mim, observo a carta em minhas mãos. Quero abrir e ver quem me escreve, mas tenho medo... Coloco a em cima da mesinha de centro e sigo para meu quarto, preciso de um banho e descanso, mas tarde talvez eu a abra.

Quando dou por mim, já são quase 19:00 horas, dormir de mais, tenho que me levantar e comer alguma coisa.
Levanto e me dirijo á cozinha, chegando em frente a geladeira me lembro que tenho que cozinhar alguma coisa se eu quiser comer.

Não to com saco nem paciência para isso. Cruzo os braços e suspiro, não sei o que devo fazer agora.
Percebo então que fico assim na maior parte do tempo, quando me mudei para cá, minha mente se ocupava com tudo que via, era tudo tão grande e eu menina de interior, lógico,me encantava com tudo, TUDO mesmo! Agora nada mais é tão bonito ou impressionante assim. É tudo na maior parte do tempo, chato, repetitivo e enfadonho. Suspiro e percebo a minha deprê. Não posso ficar assim, eu me recuso a ter novamente esses tipos de sentimentalismo. Saudades de casa? Bom vai ter que se acostumar com isso agora, aqui é seu lar, foi você mesma que quis vir.
Alinho meus cabelos para trás tentando afastar esses tipos de pensamentos,mas o ambiente esta me sufocando.Tenho que sair daqui.

Pego minhas chaves, sigo pro quarto arrumo um casaco pra vestir e saio.