Suzuki Akira Pov.

 

 

 

Era noite, retirei o cansaço dos olhos com uma boa dose água gelada à eles.

 

Mas apesar disso, eu não conseguia dormir.

 

Não agüentava mais continuar sozinho,

 

Não agüentava mais fechar os olhos e sempre visar você.

 

Tentei te esquecer, mas é inútil...

 

Você me marcou.

 

 

 

O negro som da noite me dizia para permanecer

 

E que aos poucos você desocuparia a minha vida,

 

Mas a noite estava errada, a lua, e as estrelas...

 

Nem mesmo você, entenderia o que é, o que eu passo.

 

 

 

Realmente eu queria poder te ver de perto,

 

Te dizer diretamente enquanto olhava em seus olhos o quanto sou um covarde.

 

Acordei cedo aquele dia. Para falar a verdade, não dormi.

 

Vi a lua e as estrelas se despedirem e o sol tomar seu lugar.

 

Um vazio tão imenso tomou meu corpo.

 

O único lugar em que eu queria estar era em seus braços...

 

Mas eu não posso... posso?

 

 

 

Por favor, não desista de mim, eu continuo aqui,

 

Esperando o dia certo chegar.  

 

Mas eu sou fraco de mais pra esse dia,

 

E um dia ele chegará? 

 

 

 

Queria poder ter a sua espontaneidade, para chegar em seus sonhos e dizer que te amo.

 

Mas não a tenho. Quem a tem é você... e você ainda não apareceu para me dizer isso.

 

Talvez se eu conseguisse dormir...

 

Isso fosse possível.

 

Você pode me ver? Você consegue reconhecer a minha fragilidade?

 

Você consegue reconhecer o que eu sinto por você?

 

Não sou bom com palavras, caso contrário você já haveria percebido...

 

Mais diretamente, que o que sinto... não é, e nunca foi fingimento.

 

Sinto sua falta...

 

 

 

Queria saber ler seus pensamentos...

 

Tenho tanto medo de dizer,

 

Tenho tanto medo que você não me entenda.

 

Enquanto para você foi apenas mais uma noite.

 

Para mim foi o descobrimento de um novo amor.

 

Por que você aparece na minha vida se não vai mais voltar?

 

Está querendo me fazer passar mal?

 

Sinto sua falta...

 

 

 

Meus batimentos diminuíram.

 

A campainha tocou e eu consegui imaginar seus dedos pequenos e pálidos tocarem a porta enquanto tremiam.

 

Eu não sabia o que dizer...

 

Abri a porta. Meus batimentos diminuíram ainda mais, enquanto minha voz ficava escassa.

 

Seu rosto estava branco, mais branco que o normal.

 

Seus lábios pequenos e detalhadamente perfeitos agora se encontravam escarlate.

 

Havia neve em seus cabelos e um olhar melancólico e indefeso.

 

Não sei por que lhe perguntei o porquê de estar aqui...

 

Até por que, era o melhor acontecimento da minha vida há semanas;

 

Eu não sou bom com palavras, e estava me amaldiçoando por isso.

 

Olhá-lo daquele modo me dera uma imensa vontade de abraçá-lo para mim, mas apenas peguei em sua mão.

 

Por mais que quisesse abraçá-lo e tê-lo para mim, tive que me conter...

 

Eu nunca sei demonstrar o que sinto,

 

Eu nunca vou conseguir dizer à ele.

 

 

 

Espero sentir a brisa das flores, que me lembra em perfume você.

 

Eu te amo.

 

Palavras fracas que soam leves, talvez não suficientes;

 

Para demonstrar que o que sinto, mas talvez se você se esforçar...

 

Talvez isso possa ser possível, se você sentir o mesmo.

 

 

 

“Você não pode ficar ai fora nesse frio, aliás como você consegue...?”

 

Perguntei mais uma vez me amaldiçoando.

 

As palavras que realmente queria que saíssem de meus lábios travavam quando chegavam ao meu consciente e encontravam meu medo.

 

Olhei para ele o máximo que pude.

 

Admirei seus olhos, seu perfil... sua perfeição.

 

“Suas mãos estão tremulas!”  

 

Disse segurando suas mãos.

 

Não agüentando mais apenas olhá-las.

 

Então, se não podia dizer com palavras o que eu sentia...

 

Diria em toques.

 

“Não são por causa do frio...”.

 

Ele falou com a voz de um anjo.

 

Senti mais uma vez uma imensa vontade de abraçá-lo, protegê-lo...

 

Não fui capaz...

 

 

 

Eu não apenas te amo;

 

Você é tudo para mim, é ainda algo mais.

 

Isso é possível?

 

Eu queria saber transparecer isso melhor, mas é difícil;

 

Eu me esforço, espero que você entenda, eu sinto.

 

Uma grande vontade...

 

De te fazer saber. 

 

 

 

O olhar do pequeno se abaixou,

 

Ele se tornou ainda mais frágil.

 

Eu adorava olhá-lo.

 

Mas eu estava preocupado...

 

Será que havia lhe acontecido algo?

 

“O que houve meu anjo?”

 

Toquei-lhe levemente o rosto, direcionando seus olhos aos meus.

 

Havia uma tristeza indefinida neles...

 

Que me machucavam tanto quanto não saber o motivo de ele estar assim.

 

 

 

Sentimentos, uma palavra simples, mas com o significado mais complexo que conheço.

 

Qual é o jeito certo de tentar demonstrá-los?

 

Me sinto inseguro e fraco de mais para isso.

 

Mas sei que você acredita em mim.

 

Você ainda esta aqui...

 

É por isso que eu te amo?

 

 

 

Antes de meu último pensamento.

 

Taka não demonstrou resposta.

 

Impulsionou seu corpo contra o meu, desabando-o.

 

E sentir seu calor, seu cheiro...  

 

Me fizera sentir-me tão bem...

 

Fechei os olhos e consegui transparecer toda a minha intensidade naquele simples abraço.

 

Após seu toque, fui capaz de ouvir as únicas palavras que eu sonharia ouvir se dormisse.

 

Antes de reponde-las igualmente...

 

Você fechou os olhos, deixou que uma lágrima escorresse deles, e desmaiou no único lugar em que eu lhe garantiria segurança.

 

Meus braços...

 

 

 

Diante dos seus braços, eu pude sentir...

 

Que simplesmente o que eu preciso é você.

 

Não sei demonstrar o que sinto em palavras,

 

Mas aprendi com você a simplesmente dizer eu te amo...

 

 

 

Coloquei-o deitado em minha cama.

 

Vendo-o adormecer de um modo inocente e perfeito.

 

Finalmente me sentindo protegido ao seu lado...

 

Eu consegui dormir...

 

Preciso ter certeza de que isso não é apenas um sonho.

 

Por que é perfeito.