Truly, Madly, Deeply escrita por sunshine of alice


Capítulo 1
Capítulo 1 - Truly, Madly, Deeply


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povinho. Como vão?
Bom, essa é uma one um pouco diferente, ainda é uma fralice, mas dessa vez com o ponto de vista do Frank, ficou meio fofa e vai ter uma segunda versão onde eles se encontram e começam a namorar, mas ela está em andamento. É isso. Até lá embaixo.
xx



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Ele reparava quando ela abaixava a cabeça sorrindo, e reparava em como suas amigas pareciam tão maiores que ela, ele também reparava em como ela podia ficar horas olhando para um mesmo lugar, sorrindo e tombando a cabeça para o lado. Mas o que ele mais reparava era em como seus olhos brilhavam em todos os segundos do dia, e se perguntava como alguém poderia ter tal brilho sem nem saber dessa tão especial anormalidade.

Toda noite, antes de dormir, ele olhava para a janela e via a cor tão densa no breu e se lembra de seus curtos cabelos negros e sorria ao ver, em sua mente, a garota pequena e delicada, colocando uma mecha rebelde para trás da orelha.

Nessa manha de primavera, ele olhava para ela de longe, como ele sempre faz todos os dias, mas hoje ela estava com uma beleza tão sobrenatural que só um completo tolo não enxergaria ela. Alice estava com as amigas na beira do lago, seu curto cabelo preto dançava a favor do vento e suas pequenas mãos faziam círculos na grama, ele percebeu que ela, ao contrário das amigas, não ria, ou conversava sobre coisas alheias, ela estava olhando para cima, de olhos fechados e com um sorriso pronto para desabrochar no canto dos lábios

Ele a olhou com mais interesse, se perguntando o que se passava pela mente dela. Olhou para cima e fechou os olhos, tentando imitá-la e em uma tentativa inútil, entender o que ela sentia no momento. Espiou o céu azul com o olho esquerdo, e bufou raivoso tornando a fechar os olhos e respirou fundo, tornando a se concentrar em algo mais produtivo que sua frustração e falta de tato. E nada. Ele não a entendia, voltou a olhar para ela, que agora colocava o dedo indicador na água e dava risadinhas baixas ao ver as pequenas ondas que se formava, ele abriu um pequeno sorriso com a imagem dela tão indefesa e longe de tudo.

Naquele momento, ele a retirou do mundo e a focou somente do dele. Frank parou de ver as amigas espalhafatosas dela, parou de ver os amigos e as arvores, ele somente a via em fundo preto e belo. Ele ouvia a risada dela tão perto de seu ouvido, sentia sua respiração e parecia seguir seu olhar por onde quer que ele pousasse. Longbottom nem se quer entendia o que sentia, mas sabia que gostava. Gostava de olhá-la de longe, de perceber que ninguém mais a via de tal modo ou com a mesma intensidade, ele adorava passar as noites pensando em como a voz dela deveria ser ainda mais bela sendo ouvida de perto e sem o seu coração estar prestes a pular para fora da boca e dançar tango enquanto ele caia duro no chão.

Ele sabia que deveria estar olhando para ela com um sorriso bobo no rosto, e com a maior expressão de apaixonada que um menino de 16 anos poderia fazer, mas ele não poderia negar nem que tentasse que não era verdade o que diziam sobre o que ele sentia sobre a bela Alice. Ele simplesmente não podia mais mentir para si mesmo.

Ele ansiava por seus toques, por sua boca, por suas palavras, por suas covinhas. Ele queria ser o motivo de suas risadas, queria poder admirar o sorriso dela todos os dias, queria experimentar seu abraço e sentir sua pequena mão o acariciando.

Ele sentia o medo dela não sentir o mesmo que ele sabia que seu coração se partiria no meio e morreria enquanto a chamava para ajudá-lo. Talvez, ele fosse muito dramático para ser um menino, mas Frank Longbottom nunca sabia como deveria, ou poderia ser, quando o assusto era a menor das grifinórias e se sentia um total bobo por fazer o que fazia perto dela.

Atrapalhada como somente ela, Alice não ria quando Frank enrolava as palavras, ou quanto tropeçava no nada, jurando que havia uma pedra malvada em algum lugar. Pouco ela sabia que essas coisas embaraçosas só aconteciam quando ela estava presente, e que ele se xingava mentalmente cada vez que isso acontecia.

Frank ainda a encarava sorrindo feito um bobo, e ela agora franzia as sobrancelhas tentando acompanhar o rumo da conversa das amigas, e apesar de não estar conseguindo, ela concordava e sorria amigavelmente, e nenhuma delas parecia ter percebido que Alice tinha, por poucos segundos, se distanciado do mundo que elas conheciam e tinha entrado no fantasioso mundo de Alice Fortescue - futura Longbottom, já pensava Frank.

Uma das amigas de Alice sussurrou algo em seu ouvido, e ela olhou para trás e seu olhar encontrou o olhar de Frank, que envergonhado passou a olhar o sapato muito corado e constrangido. Alice e a amiga loira riram antes de voltaram a prestar atenção na conversa que elas estavam, há pouco tempo, participando.

Frank pode não ter reparado, ou se quer ligado, mas depois desse misero segundo de troca de olhares, Alice não conseguia parar de sorrir e de olhar por cima do ombro para onde o moreno estava sentado com seu grosso livro de Herbologia aberto em uma pagina qualquer.

Ele rabiscava coisas que, para um mero ser seria uma babaquice, mas que para ele era tão importante como o peru no Natal. Ele rabiscava o nome de Alice nas várias línguas na qual ele sabia pronunciar seu nome, ele escrevia em um velho pergaminho frases e juras de amor para ela, mesmo sabendo que essa carta não terminaria de um jeito diferente das tantas outras:  guardada em uma caixa de madeira embaixo de sua cama e protegida por uma porção de feitiços.

A tarde começou a cair, e as meninas sentadas a sua frente se levantaram e marcharam para a porta do castelo. Frank admirou Alice como sempre fazia, olhou suas pernas, suas costas perfeitamente retas, sua boca carnuda e avermelhada, se admirou em como alguém tão pequeno poderia ser dona de tamanha doçura e perfeição. Mas Frank, apesar de tudo ainda era homem, e achava Alice um tanto atraente em questão de curvas. Nada muito exagerado ou pequeno demais, ela parecia ser o equilíbrio perfeito de tudo de ele sempre sonhou em ter para si.

Ele voltou a olhar para o livro assim que ela sumiu de vista e se assustou com o tamanho de seus rabiscos e tentou apagar a maioria deles enquanto ria.

Ninguém talvez entendesse o como ele gostava dela, o incrível era que ele também não entendia, mas simplesmente não podia evitar se apaixonar por alguém como ela. Perguntava-se como ela ainda estava solteira, por que para Frank a Alice era tudo que um menino poderia querer para si próprio e muito mais, parecia estranho ele afirmar que faria de tudo por ela, que daria sua vida, o que quer que fosse, para salva-la.

Em tempos como esse encontrar algo tão puro como esse sentimento que eles sentiam um pelo outro era a coisa mais rara e bela que poderia existir, se não fosse mágica. Nenhum dos dois acreditava em deus, cresceram aprendendo que a igreja os odiava e que há muitos anos atrás matavam seus antepassados, mas nem mesmo eles poderiam negar a obra de algo muito maior. Pois é isso que é o amor, algo mais puro, belo e maior do que tudo que já existiu na terra, e eles o encontraram.

Ainda apagando os muitos rabiscos em seu livro, Frank sorria, como se apenas olhá-la de longe fosse o suficiente para que seu dia fosse bom até a noite cair, e provavelmente dormiria sorrindo por conta disso também. Ele se sentia, muitas vezes, uma pobre garota tola perdida em seus sentimentos, mas sabia que isso era de algum modo curioso, muito bom, pois assim ele estava aceitando o que sentia.

Uma breve brisa bagunçou seus cabelos e beijou lhe a face, e Frank fechou os olhos pensando em como tudo parecia perfeito naquela tarde. 


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Ficou fofinha, eu acho. Bom, comentem e me desculpem qualquer erro...



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