Bella, amor. Eu vou caçar, estou sedento.

– Edward, você acha que consegue sem mim?- ela disse com ternura, era por isso que eu a amava, sempre tão altruísta...

–Bella, isso já faz muito tempo. Eu já me recuperei, alem do mais, eu convivi tanto tempo com a minha La tua cantante. –e não me arrependo disso.

–Boa sorte amor, te amo – ela disse me dando um beijo doce e calmo.

– BOA CAÇADA PAPAI! EU TAMBEM TE AMO. – minha pequena Nessie apareceu de repente no quarto me dando um beijo na bochecha com um sorriso enorme no rostinho angelical, cachorro estúpido. Ele sempre conseguia a deixar feliz.

–Obrigada, meu anjo – tentei retribuir o sorriso de orelha a orelha que ela me lançava. Não era muito difícil, afinal eu estava com as duas pessoas que eu mais amo no mundo. – CACHORRO, NEM TENTE FAZER GRACINHAS PORQUE EU ESTOU FORA!- gritei por cima do ombro escada abaixo, rosnei na verdade. Disparei pela janela, começando a entrar na floresta, aliviado, a minha sede estava muito grande, senti vontade ate de atacar Nessie, isso é inadmissível.

Chegando à floresta me entreguei aos instintos de vampiro, meu maior erro. Senti um cheiro, não o que os meus instintos pediam, mas era bom o suficiente. Comecei a correr em direção ao veado sem sorte, ate que senti exatamente o cheiro que os meus instintos pediam, ate melhor. Deus, como eu sentia falta desse aroma, era quase como o de Bella quando humana. Meus instintos gritavam na minha cabeça para correr atrás deles, casal frágil que, segundo a mente da mulher, só estavam acampando por perto. Minha consciência gritava para se afastar e voltar correndo imediatamente para os braços de Bella, mas era impossível , porque quando eu vi , estava pulando em direção a eles. Agarrei firmemente os ombros do homem e cravei meus dentes em sua jugular, doce, mas nem tanto, não era o sangue dele que tinha o tentador cheiro de lavanda. Mas quando percebi isso, já era tarde demais, ele já não tinha mais sangue suficiente para sobreviver, então acabei de sugá-lo, poupando o da dor de morte lenta. Sem pensar pulei para a mulher, e comecei a sugá-la, também não era ela. Então quem poderia ser?

‘minha filha!Oh Deus, e agora?’ pensou a mulher desesperada. Droga! Eles têm uma filha? Eu não sabia. Meu Deus, Bella vai me matar. Procurei pelos lados a menina, não a encontrava. Achei o cheiro delicioso!

Era ela, encantadora, linda, com cachos loiros e olhos azuis parecendo um anjinho, em media um ano de vida apenas embolada em um pequeno cobertor rosa de pelos macios. Deitada no lençol estendido no gramado da campina. Só nessa hora percebi o estrago que tinha feito, tinha tirado a família daquela pequena. Não podia deixá-la desamparada.

Resolvi levá-la para casa, jurei que cuidaria dela para sempre, como se fosse minha filha. Eu estraguei a vida dela, eu tenho que tentar consertar. Não vou deixar isso tomar o mesmo rumo da outra vez...

‘’–EDWARD, PARE! EDWARD, POR FAVOR, PARE !EDWARD! – gritava Bella desesperada para mim. Eu nem ouvia direito, meu cérebro não queria processar aquela informação, só queria deliciar o gosto doce e inigualável do sangue humano. – Edward, você matou essa criança!’’

Quando fui pega-la em meus braços, ela olhou para mim e começou a chorar assustada. Meus olhos, claro. Eles estavam vermelho agora, reflexo do monstro que eu era agora, e ficaria assim um tempinho, ela teria que se acostumar. Peguei a nos braços e sai correndo pela floresta, rumo à mansão cantando a canção de ninar de Bella para acalmá-la, mas eu percebi que o murmúrio da canção, tomava um rumo diferente, mais delicado. Era a sua própria canção...