The Weight Of My Mistakes - Dramione escrita por G Malfoy


Capítulo 1
Capítulo 1




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Ela simplesmente não podia acreditar que depois de tanto tempo de amizade eles poderiam fazer tal coisa com ela.

Obviamente, não era algo tão grave assim, mas deixa-la sozinha por tanto tempo era praticamente entrega-la a mercê dos insultos da doninha albina.

Certo que estava recém indo para Hogwarts e eventualmente, Harry e Rony desapareceram novamente.

Porque novamente?

Bom, eles simplesmente resolveram pegar o carro no segundo ano, agora devem ter inventado alguma coisa mais excitante que isso. Vai saber.

O caso era: ela estava sozinha na cabine, até aí tudo bem.

Mas daí chega Malfoy. Ele não é a melhor companhia que alguém pode querer. Na verdade, ele era a pior companhia que ela poderia pedir no momento.

Apesar disso, pressentia que aquele ano seria diferente. Não tinha noção do por que. Mas alguma coisa dizia isso.

— Posso sentar aqui? – perguntou genuinamente Malfoy.

Olhou intrigada.

Não era uma coisa realmente normal de ele fazer, a final, ela é uma sangue-ruim, sabe aquela que ele insulta desde sempre.

— Claro. – Respondeu gentilmente, para logo depois baixar os olhos para o livro que estava sobre seu colo.

Apesar de o livro estar ali, ela não estava prestando a mínima atenção nas palavras que estava ‘’lendo’’. Digo ‘’lendo’’, pois apesar de passar os olhos pelas palavras, linhas, páginas, não tinha a mínima ideia do que estava escrito.

Sua atenção estava inteiramente no loiro que estava sentado na sua frente. Sentado não, praticamente deitado no banco à frente.

Levantava os olhos rapidamente para espiar o que ele estava fazendo, mas logo os voltava para baixo com medo de ser pega.

Afinal, não seria realmente interessante se fosse pega no flagra olhando para um Malfoy.

Não podia negar que ele é realmente bonito. Nenhuma garota conseguia resistir a ele. Tudo bem que ela não mostrava interesse, ele nem era tão lindo assim, mas se ele desse mole... Bem, ela pegaria.

Balançou a cabeça tentando tirar esses pensamentos da cabeça. Estava ficando realmente louca.

Desistiu de ler o livro, colocando-o de lado e encostando-se na janela. Não estava realmente feliz por estar indo para Hogwarts, obviamente, adorava estudar e aprender o máximo que podia. Mas não era mistério para ninguém que a guerra estava próxima. No fim, ela não queria realmente participar de tudo isso, pelo menos não tão envolvida quanto estava.

Pensava também, como seria o lado dos comensais. Não que ela almejasse virar uma. Óbvio que não. Mas, o que os levava a fazer o que faziam lutar contra mestiços e sangues-ruins quando estavam seguindo fielmente, exatamente, um mestiço?

Não tem muita lógica, isso é claro.

Mas ainda sim, ela não conseguia não se fascinar pelo fato do poder que eles exalavam. Até quando estavam perdendo conseguiam passar autoconfiança e superioridade.

Queria ela ser assim.

Queria mostrar que podia ser mais do que somente a amiga do Potter, o eleito. Provar para todos que ela tinha muito mais valor do que simplesmente servir de biblioteca ambulante para ele.

Queria ajudá-lo, no entanto, não via sua recompensa. O mundo não a via. Só existia o menino que sobreviveu. E ele só estava vivo até hoje, por sua causa.

Voltou seus olhos para Malfoy.

Ele não estava dormindo, ela sabia. Estava com um braço tapando os olhos. Prestando bem atenção, percebeu que ele chorava.

Isso a assustou, afinal, não é tão normal assim o seu inimigo entrar na sua cabine sendo amigável e ainda por cima chorar na sua frente. Ainda que fosse um choro sutil. Sabia que ele não queria mostrar isso a ela. Não queria que ela soubesse que ele poderia ser fraco. Nenhum sonserino quer isso. Muito menos um Malfoy.

Sentia raiva dele, por tudo que já havia feito a ela, mas não conseguia não se derreter com a visão.

Abaixou-se bem ao lado dele, tirando seu braço que tapava os olhos. Queria ter certeza daquilo.

— Me deixa Granger.

Ele falou. Pela voz, ela sabia que ele estava realmente chorando. Agora tinha certeza.

Queria confortá-lo, apesar de tudo.

Tentou novamente tirar o braço dele, e conseguiu, ele não obteve resistência. Apenas virou o rosto para o lado do encosto do banco.

Passou levemente a ponta dos dedos pelo rosto dele. Olhando assim, ele parecia um anjo.

— Você... Quer conversar?

Ela perguntou.

Não sabia exatamente o que falar. Na verdade, não tinha a mínima ideia do que falar.

Queria saber o porquê do choro, para poder ter no mínimo em o que se firmar para manter uma conversa amena. Mas assim era complicado.

Ele não respondeu.

Ela esperava isso. Mas agora, pior do que antes, não sabia mesmo nem como agir.

Levantou a cabeça dele, sentou-se no banco e colocou sua cabeça em seu colo.

— Porque está fazendo isso? Eu sei que não se importa.

Ele indagou.

Era verdade que a situação estava estranha, mas não podia deixar de fazer alguma coisa, era caridosa acima de tudo.

— Só porque não nos damos bem, Malfoy, não quer dizer que eu não possa me importar ao vê-lo chorando.

Draco virou a cabeça para o outro lado, meio constrangido.

Ele sempre a insultou das piores coisas possíveis. Fez mundos e fundos de piadinhas sobre ela. Sempre quis o pior pra ela e seus amigos. E no momento que ele mais precisava era ela que estava lá pra ajudá-lo.

— Não acho que... Eu realmente mereça isso, sabe... O fato de você se importar. Sempre fiz coisas ruins para você... – Ele murmurou. Não olhava nos olhos dela.

Sentia vergonha, pelo que havia se tornado.

Queria tanto seguir os passos do pai, para que pelo menos ele tivesse orgulho do filho. Mas tudo o que conseguiu foram indiferença e raiva nas horas que cometia alguma falha, por mínima que fosse.

Agora carregava o peso do que havia escolhido.

Queria voltar atrás e refazer tudo. Poder ser a pessoa exemplar que sua mãe queria que ele fosse.

Ela nunca aceitou a situação. Tanto que foi ameaçada por Lucius por tentar proteger Draco de tudo.

Era um instinto de mãe. Ela sabia que um dia daria errado. E estava dando tudo errado, e nem ela podia intervir.

— Você parece tão perdido...

Hermione sussurrou, não queria falar para ele. Estava pensando sozinha. Não gostava de ver as pessoas sofrendo. E as lágrimas não paravam de cair dos olhos dele, que olhava para um ponto fixo. Olhava há muito tempo para esse mesmo ponto. Ela não queria interromper. E não iria. Mas ele ouviu o que ela disse.

— Parece que tudo que eu acreditei até hoje... Acabou. Foi tudo ilusão. Eu não posso ser isso... Eu não tenho vocação pra ser isso. Eu tentei deixar meu pai orgulhoso, pra ver se ao menos um pouco de atenção dele eu conseguia a final, ele deveria ser meu herói, meu exemplo. Mas agora eu não tenho como voltar atrás. Eu só queria que... As pessoas acreditassem em mim, não desistissem como todos fazem, eu queria apenas alguém pra me apoiar agora.

Ela podia sentir a sinceridade daquelas palavras, a dor que ele estava sentindo. Sentia-se mal por isso.

Sempre teve amigos com quem contar quando estava em maus momentos. Sempre teve pais presentes para ajudá-la quando fazia alguma burrada.

Queria ajudá-lo. Não só porque era caridosa ou porque sentia pena. Queria ajuda-lo porque não são só em romances que as pessoas merecem uma segunda chance.


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Notas finais do capítulo

E aí? Continuo ou não? Só vou continuar se tiver reviews u-u Bjoos ;))