Imprevistos E Surpresas Da Vida escrita por Liz


Capítulo 43
Percorrendo Cancun


Notas iniciais do capítulo

Fico feliz que tenham gostado da reconciliação! Até eu já estava cansada de ver a Paulina e o Carlos Daniel separados kkkkkkk

Boa Leitura!!



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E essas foram às últimas frases, tanto de Carlos Daniel quanto de Paulina naquele momento pleno de amor. Então a noite se repete naquela manhã: duas pessoas loucamente cheias de amor, vivendo um momento onde nada mais importava lá fora, só a paixão dos dois naquela manhã, naquele quarto.

Um barulho repetitivo acordou Paulina, que virou-se para seu lado direito e percebeu que se encontrava sozinha na cama. Era o chuveiro do banheiro, nesse momento Carlos Daniel tomava banho.

– Carlos Daniel? – chamou Paulina para ter a certeza que seu amado estava ali.

Logo o chuveiro foi desligado e Carlos Daniel saiu do banho, estava de roupão e com uma tolha enxugando seus cabelos ensopados.

– Oi Amor, te acordei? – disse ele caminhando em sua direção.

– Não. Eu já até devia ter acordado mesmo, não tenho costume de ficar até tarde na cama. – respondeu Paulina, que em seguida se levantou da cama, embrulhada por lençóis. Ela foi de encontro ao seu amado, deu-lhe um selinho e passou ao banheiro do quarto.

Novamente a água começou a cair do chuveiro, agora era Paulina que tomava seu banho.

Era possível perceber quão luxuoso era o hotel “Mar azul” somente por cada detalhe do banheiro: uma grande banheira de espumas chamava atenção. Porém, aqueles hóspedes não ligaram para um banho de banheira, somente um simples banho lhes era necessário.

– Carlos Daniel? – chamou Paulina em um tom mais alto por conta da distância entre ambos e por causa do barulho da água caindo. – ESTÁ ME OUVINDO?

– SIM AMOR, PODE FALAR. – disse ele enquanto vestia suas meias e calçava seus sapatos.

– EU...voltaremos hoje pra capital? – Paulina diminuiu o tom da voz, pois seu banho havia terminado e já caminhava pra fora do banheiro.

– Essa era minha intenção, mas se você prefere, podemos ficar mais um pouco. – Agora vestido, terminava de abotoar os broches de sua linda camisa azul-celeste.

– Eu queria passar no meu antigo bairro, rever a Filó – um pequeno sorriso apareceu nos lábios de Paulina quando ela lembrou a grande pessoa que é Filó. – e levar flores ao túmulo de minha mãe. – Seu sorriso desapareceu ao lembrar-se de sua falecida e tão amada mãe. Uma lágrima escorreu pelo canto do olho. Paulina falava enquanto enxugava seus cabelos.

– Como você quiser meu amor. – Carlos Daniel colocou suas mãos no rosto de Paulina e lhe deu um selinho.

– Vamos agora, então? E de lá podemos ir para o aeroporto. - propôs

– Sim. Vou descendo para fechar a conta do hotel, e te espero lá embaixo.

– Ah! Mas, antes tenho que vestir-me, e minha mala está no outro quarto. Você pode pegá-la pra mim? - pediu Paulina

– Posso. Claro que posso. – Carlos Daniel deu um beijo em sua amada e logo depois saiu para buscar os pertences dela

Enquanto ele não voltava, Paulina ficou admirando pela janela a beleza daquela praia. Foi tomada por seus pensamentos que iam e vinham como as ondas daquele mar.

Lembrou-se do dia que conhecera Carlos Daniel, sua festa de aniversário, seus outros aniversários que passava na esperança de rever seu amor. Logo recordou a ida pra capital, juntamente com o reencontro inesperado que teve com o amado na fábrica Bracho.

Lembranças que um dia tanto a atormentaram, agora lhe rendiam um sorriso de satisfação no rosto. Fazendo uma rápida análise dos últimos acontecimentos, Paulina sentiu-se aliviada e privilegiada por ter perdoado Carlos Daniel e por estar vivendo momentos tão bons ao seu lado.

Agora sentia-se definitivamente livre daquele presídio em que se encontrou tanto tempo. Não só de corpo, mas também de alma e coração.

Seus pensamentos cessaram com a volta de seu amado no quarto.

– Amor? Paulina? – Carlos Daniel a chamou, trazendo-a de volta ao “quarto” e apontando seus pertences que havia colocado em cima da cama. – Estou descendo, não demore. – disse ele sorrindo, e em seguida retirou-se.

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Vinte minutos foi o tempo que Paulina levou para encontrar Carlos Daniel. Este já havia pagado a conta e estava sentado em um dos sofás da recepção do hotel. Lia um jornal local que pegara na mesinha ao lado do sofá.

– Demorei? – perguntou Paulina, já pronta para ir.

– Não. – respondeu ele, depois jogou o jornal na mesinha e se levantou. – Podemos ir?

– Sim, devemos. – Paulina sorriu, mas por dentro estava aflita por saber que poucos minutos a separavam de reviver um pouco de sua infância e adolescência.

Os dois saíram do hotel de mãos dadas e levando suas malas. Já no carro, Carlos Daniel perguntou onde deveriam ir primeiro. Paulina ficou pensativa, mas logo deu uma resposta:

– Ao cemitério. – falou demonstrando grande tristeza em seu rosto. – Rever Filó poderá diminuir a tristeza que será ir até o túmulo da minha mãe.

Os dois assim fizeram, seguiram em direção ao cemitério, mas antes pararam em uma loja de flores, para que Paulina comprasse algumas e depositasse no túmulo de sua mãe.

Chegando lá, Paulina colocou as flores, e deixou cair algumas lágrimas. Só um silêncio havia entre ambos. Carlos Daniel abraçou sua amada, tentando confortá-la.

Os dois permaneceram ali durante 15 minutos, depois saíram para visitar Filó.

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A antiga casa de Paulina, assim como a casa de Filó, não eram tão longe do cemitério, portanto só levaram alguns minutos até que chegassem.

Primeiro, pararam em frente daquele que foi o lar de Paulina por tantos anos. Ela percebeu que por fora estava tudo basicamente como ela havia deixado.

No entanto, não teve coragem de entrar. Só de estar ali seu coração já apertava, um pouco pela saudade e um pouco porque tudo lhe recordava sua mãe e os difíceis momentos vividos naquela simples casa. Carlos Daniel respeitou sua decisão, pois não podia suportar ver Paulina sofrendo.

Após um curto tempo, foram em direção a casa de Filó. Agora o coração de Paulina palpitava de alegria, rever sua grande amiga era algo que com certeza tiraria a tristeza de rever o túmulo de sua mãe.

Toc. Toc.

Paulina bateu na porta e só levou alguns segundos até alguém vir abri-la.

– Olá, o que deseja? – disse um jovem, de aparência simples e com feições que demonstravam mais ou menos vinte anos de idade, ao atender a porta.

– A Fi.. – Antes que terminasse de pronunciar o nome da amiga, o jovem a interrompeu.

– A dona Filó? Não, ela não mora mais aqui.

– Como assim? – perguntou triste com o que acabara de ouvir.

– Ela se mudou para aquela casa. – O jovem apontou para uma casa que ficava poucos metros a frente daquela.– Ela deve estar lá nesse horário.

Paulina agradeceu e foi junto a Carlos Daniel rumo a casa que o jovem havia falado. Ela outra vez bateu na porta.

Toc. Toc.

– JÁ VOU, ESPERA UM MINUTO. – uma voz ecoou de dentro da casa.

Paulina reconheceu a voz. E sim, era sua amiga que sempre lhe ajudara.

– Olá! – Filó primeiro deparou-se com a presença de Carlos Daniel, um homenzarrão bem vestido, e não percebeu quem, de imediato, era a mulher ao seu lado.

– Filó! – exclamou Paulina, emocionada

– Paulina? – A mulher levou um susto ao perceber quem era a pessoa que lhe chamara. – Minha filha, é você? - Um abraço e lágrimas foi o que houve naquele momento.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!