Paulina colocou as mãos na nuca de Carlos Daniel e lentamente aproximou-se de sua boca. O toque de lábios foi intenso, longo... parecia que há anos estavam separados, e ambos curtiam ao máximo cada segundo daquele beijo.

Quando o ar lhes faltou, foram encerrando o beijo com leves selinhos. Durante algum tempo ficaram com as testas coladas, apenas se fitando, como se quisessem eternizar o que estavam vivendo.

– Por um momento tive medo que você não fosse me perdoar. - disse ele baixinho, ainda com o rosto colado ao dela

– Depois de tudo isso, seria impossível não te perdoar. Eu te amo! - afirmou Paulina, voltando a beijá-lo

– Sabe... eu duvidei um pouco antes de vir, mas não me arrependo da minha escolha. A noite está perfeita! - disse ela, assim que cessaram o beijo

– E se depender de mim, vai ficar melhor ainda. - falou Carlos Daniel, com um certo ar de mistério

– O que quer dizer com isso?

– Lembra que eu comentei sobre um dos motivos do nosso jantar ser algo que você só saberia depois? Pois bem, chegou a hora, vamos!

– Vamos aonde?

– Posso te surpreender mais uma vez? - pediu ele

– Está bem! - respondeu sorrindo

E assim seguiram em direção ao carro de Carlos Daniel.

================ Casa Bracho ==================

– Será que Carlos Daniel conseguiu se acertar com a Paulina? - Vovó Piedade estava esperançosa, conversando com Estephanie

– Tomara, Vovó! Ela me pareceu ser muito boa pessoa, bem diferente da Paola. Nunca vi Carlos Daniel tão feliz como agora que está com ela. - respondeu Estephanie

Paola as observava de longe e ouvia tudo.

– Então estão juntos agora? Não por muito tempo... vou separá-los seja como for, ou não me chamo Paola Bracho! - disse baixinho para que ninguém a escutasse, em sua expressão estava claramente estampada a raiva que sentia.

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Já no carro, Paulina não parava de fazer perguntas para Carlos Daniel, tentando descobrir aonde estavam indo. Mas ele sempre desconversava e ria de sua curiosidade. Durante todo o tempo os dois estavam em total clima de descontração.

Depois de aproximadamente 40 minutos, eles chegaram. O local era um pouco fora da cidade. Tratava-se de um hotel fazenda, porém com um diferencial.

– É aqui, chegamos! - disse Carlos Daniel animado, estacionando o carro

– E o que estamos fazendo aqui?

– Logo, logo você saberá! - deu um selinho na amada

Desceram e foram direto para a recepção. Ele deixou Paulina esperando um momento, enquanto conversava com a recepcionista. Quando estava tudo certo, foi até ela com uma chave em mãos.

– Vem comigo! - disse entrelaçando sua mão com a de Paulina

Assim que entraram, Paulina pôde perceber a beleza do lugar. Era um campo todo iluminado, com várias e grandes cabanas, uma ao lado da outra.

Carlos Daniel tapou os olhos de Paulina, e a guiou até uma delas. Logo que abriu a porta, deixou que ela abrisse os olhos, a deixando impressionada com o que via.

A cabana era dividida em duas peças. A primeira, onde estavam, tinha um estilo bem rústico. A segunda era um quarto.

– Esse lugar te lembra algo? - disse ele, feliz

– Como poderia não lembrar? - respondeu com os olhos marejados, observando tudo

Ali havia pétalas de flores do campo espalhadas pelo chão, formando um caminho que terminava em duas almofadas.

Durante algum tempo, Paulina ficou em silêncio. Carlos Daniel a abraçou por trás e assim eles ficaram. Enquanto imagens de 15 anos atrás vinham à mente dos dois, algumas lágrimas escorriam pelos olhos de ambos.

– Vamos sentar? - disse Carlos Daniel dando um beijo no rosto de Paulina, quebrando aquele silêncio

Então os dois sentaram um de frente para o outro e Carlos Daniel, um tanto quanto nervoso, pegou nas duas mãos dela, a olhou nos olhos e começou a falar:

– Naquele dia, ficamos com algo para que nós nunca nos esquecêssemos. Eu com um chaveiro e você com uma pulseira –tirando-os do bolso e colocando os dois na palma da mão-

E seguiu:

– Ah, essa pulseira... graças a ela eu tive a confirmação naquele dia de que realmente era você, minha doce Paulina, aquela a quem eu tinha beijado momentos antes. Sabe... eu guardei esse chaveiro durante todos esses anos, e sei que você fez o mesmo com meu presente. Lembra do que mais eu falei naquele dia?

Paulina apenas fez sinal de positivo com a cabeça. Estava tão emocionada que as palavras não saíam de sua boca.

– Eu disse que quando voltássemos a nos encontrar, eu trocaria esses dois por um par de alianças. - continuou ele

Carlos Daniel então levantou-se, e logo após auxiliou Paulina a se levantar também. Assim, de frente para ela, ele guardou a pulseira e o chaveiro, se ajoelhou e retirou do outro bolso uma bela caixinha vermelha de veludo.

– Vida minha, quer se casar comigo? – perguntou entregando a caixinha para ela. Ambos tinham lágrimas nos olhos, lágrimas de felicidade.

Paulina com as mãos trêmulas devido à emoção, pegou a caixinha. A abriu, e viu que nela havia duas alianças de compromisso. Elas eram de ouro e dentro tinham gravados os nomes dos dois.

Com um sorriso de orelha a orelha, respondeu:

– Claro que sim, meu amor!

Ele voltou a ficar em pé, e então colocou a aliança na mão direita dela, que em seguida fez o mesmo. Logo após os dois trocaram um longo e apaixonado beijo. E outro, e outro...

Os beijos foram se intensificando, e Carlos Daniel começou a dar leves selinhos no pescoço de Paulina. Ela sentia sua pele queimar a cada toque dele.

– Carlos Daniel, amor meu... – disse ela com voz ofegante

Ele então parou de beijá-la e olhou fixamente nos olhos, percebeu então que ela estava chorando e simplesmente a abraçou.

– Me desculpe, minha vida - disse ele. Tinha medo de estar indo rápido demais e não queria pressioná-la a nada, jamais faria isso.

– Desculpar por quê?

– Eu disse que vou te esperar a vida inteira se necessário, me desculpe por querer apressar as coisas. - disse ainda abraçado a ela

– Carlos Daniel, estou me sentindo a pessoa mais contente do mundo, por isso choro. –ela parou de falar durante alguns segundos- Eu...eu quero. - disse com voz baixa

Os dois se separaram do abraço e ele voltou a olhar para ela.

– Tem certeza? - perguntou buscando segurança em seu olhar

– Nada me faria mais feliz nesse momento.

Carlos Daniel a pegou no colo e então se dirigiram ao quarto. A cama tinha lençois vermelhos e todo o aposento tinha uma bela decoração. Ele a deitou calmamente na cama, e foi beijando novamente seu pescoço, descendo agora para os ombros. Paulina com uma mão acariciava os cabelos dele, e com a outra bem devagar foi desabotoando o paletó do amado.

– Eu te amo! - afirmou Carlos Daniel ao pé do ouvido de Paulina, enquanto ia abrindo o zíper do vestido dela

– Também te amo, mais que tudo. - respondeu, totalmente entregue as carícias dele

E assim, sem pressa, os dois se amaram. Paulina sentia-se plena, todas aquelas sensações novas a estavam fazendo delirar. Carlos Daniel sentia como se aquela também fosse sua primeira vez. Talvez porque sabia que agora sim estava com a pessoa certa. Sem dúvidas, aquele momento foi mágico para ambos.