Just Love escrita por Beija Flor


Capítulo 30
You Make Me Happy.


Notas iniciais do capítulo

Heey *--* Gente,estou feliz e triste ao mesmo tempo. É,esse é o último capítulo. E estou muito triste por isso :( Eu realmente estou em depressão só de pensar que não irei mais escrever essa estória. Mas estou feliz por finalmente dar um final nela. Sabem o que isso significa ? Novas fics chegando por aí ... Eu levei dias para chegar até isso,digo,esse capítulo. Já tinha o final na cabeça a algum tempo, e comecei a escrever por ele. Estranho escrever do final para o início, né ? É assim que funciona para mim. E gostaria de agradecer a Some Girl pela linda recomendação *--* Esse capítulo é dedicado para você, e também para todos os divos que recomendaram :) Fiz esse capítulo escutando Ellie Goulding - Beating Heart , então,recomendo como trilha sonora. Espero sinceramente que gostem do último capítulo de Just Love. Até lá em baixo ^^



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Pov. Ally

– Ally ? Não vai descer para o jantar ? - Melanie perguntava enquanto entrava em meu quarto. Ela usava uma saia branca e uma blusa rosa. Era a sua cara. Os cabelos loiros e lisos estavam prendidos em uma trança passando pelo seu ombro.

– Ah, já estou indo. - Falei.

Encarei a janela.

Estava fazendo muito isso nos últimos dias. Nostalgia era mesmo uma droga. O tempo parecia estar passando rápido.

Rápido demais. E eu não estava percebendo. A faculdade me ocupava o bastante. E nos momentos em que não, eu ficava num estado total de demência. Pelo menos,era assim que Melanie dizia. Sem falar do quanto ela ria de mim.

Mas eu cheguei ao ponto de sentir falta até mesmo da praia,e do calor de Miami. Aquilo simplesmente virou familiar demais pra mim. Minha casa. Assim como o que eu costumava sentir no lugar aonde estou agora.

Melanie riu.

– Você está metendo a cara nos estudos só para se distrair, não é ?

– Talvez. - Murmurei dando de ombros.

Austin está na Espanha já a alguns dias. Isso quer dizer que ele está ainda mais longe de mim. Não vejo justiça no mundo por fazer isso comigo,mas eu o aconselhei. E sinceramente,acho que ele fez o certo.

Mas isso não muda nada.

– Está tudo bem, Ally. Todo mundo passa por momentos difíceis,mas sair mais com a sua prima pode melhorar qualquer situação,sabia ?

Duvido, pensei.

Mas assenti. Ela estava se referindo a todos esses dias da semana em que preferi ficar trancada estudando e assistindo as aulas até mais tarde do que ir no cinema ou no shopping com ela.

Suspirei e me levantei da cama. A seguindo para fora do quarto e descendo as escadas até chegar na sala de jantar. Jason e Jullie estavam ali. A ruiva sorriu para mim,e eu sentei ao seu lado.

Meu irmão conseguiu o que queria. Eles voltaram.

– Está melhor ? - Jullie perguntou. - Fiquei sabendo que as aulas de Juiliard são pesadas.

Ela não estava realmente se referindo a isso. Mas era uma boa indireta.

– Vou ficar bem. - Garanti a enviando um pequeno sorriso.

A mesa estava cheia. Tanto de gente quanto de comida. Era bom estar ali com eles de novo,como uma grande família feliz. Meus primos menores não pararam de falar por um minuto,e acabávamos rindo deles.

Aquela sensação,era no fundo,familiar.

Pov. Austin

Eu não sabia exatamente o que falar para minha mãe.

O que ela acharia isso ? E quanto ao meu pai ? Nada disso me importava tanto quanto pegar aquele avião o mais rápido possível.

As semanas aqui na Espanha,estavam sendo maravilhosas. Digo, as aulas eram ótimas. O programa de música me fez pensar no por que não tinha me dado conta de que era na música o meu lugar,desde o início.

Eu me sentia bem cantando e tocando. Considerei essa ideia uma ou duas vezes,mas nunca tinha levado tão sério quanto agora. E eu realmente ainda estaria sem saber o que fazer,se ainda estivesse em Miami. Agora,eu tinha um bom plano para o meu futuro. Sabia o que fazer.

Graças ao meu pai.

Estranho isso,não ? Mas eu já tinha desistido da música antes,sem ao menos perceber. Era como se ele tivesse abrido os meus olhos quando me deu esse presente.

E agora,eu iria o jogar fora.

Bom, não totalmente. A ajuda dele foi bastante útil. Agora sei o que fazer,não iria usar seu presente material,mas sim,um maior. Podia se dizer que eu estava começando a acreditar na carta que ele havia me mandado.

Foi útil,de alguma maneira.

Fechei o zíper da mala grande e preta que eu tinha trazido pra cá e a carreguei até a porta daquele apartamento.

Apartamento.

Isso vinha junto com o presentinho sútil de Mike. Pena que eu não o usaria mais. Mas ele entenderia. Eu espero. E minha mãe também.

A própria Mimi havia me dito para ouvir meu coração,antes de aceitar ou não o presente. Eu particularmente,achei aquela frase brega. Mas,eu seguiria um conselho. Não exatamente o dela. Mas também era de alguém importante.

Respirei fundo antes de fechar a porta.

Minha mãe me acharia louco. Meu pai também.

Mas eu não precisava da ajuda deles,mesmo sabendo que quando eu chegasse ao meu verdadeiro destino,iriam ficar preocupados e se perguntando com que dinheiro fui parar ali.

Mike tinha deixado uma boa quantia de dinheiro pra mim aqui. E eu já tinha trazido comigo algumas economias.

Estava me virando sozinho.

E quando cheguei na frente do aeroporto,tive ainda mais certeza da minha decisão. E de qualquer maneira,percebi naquele momento, que eu estava seguindo meu coração.

Pov. Ally

Eu estava me sentindo completamente desolada naquele dia. Era praticamente o único dia em que eu não tinha mais de mil trabalhos da faculdade para fazer,nem treinar ou estudar. Era o meu dia de folga,posso dizer.

Estava sentada no mesmo banco em que tive a conversa mais séria da minha vida com meu irmão,e aquela vez,era justamente por causa da Jullie. E ele se deu bem,está mais feliz do que uma criança com um saco de doces.

Eu não estou assim.

Pelo menos,não mais.

Eu obviamente sabia que iria sentir falta dele,sabia que ia ser horrível e insuportável. Eu esperava por isso. Mas conseguiu ser ainda pior. E eu não pensei que fosse possível.

Estávamos a exatos 2 meses sem nos ver,e alguns dias sem nos falar.

Isso era muito tempo pra mim,tempo demais.

Pensei na saudade que sentia do meu falecido pai,e percebi que,eu sentia falta dele,mas sabia que não poderia o ver. Isso não diminuía nada,mas me acostumei com aquele tipo de vazio. E eu também sinto falta da minha mãe,que está em Miami,construindo uma vida de verdade. Mas sei que ainda posso vê-la. Ela viria pra cá se eu pedisse.

Com Austin,as coisas não eram assim.

Tínhamos escolhido caminhos diferentes. Eu o aconselhei a escolher o que o fazia feliz. E fiquei contente por ele. Muito. Mas isso não diminuía a nostalgia.

Era como se não estivéssemos mais juntos. Porque eu não podia mais sentir seus lábios gentis nos meus. Nem suas mãos na minha cintura,e seu hálito quente no meu rosto ou no meu pescoço.

Lembrei do dia em que ele me pediu em namoro, ou no Natal,que foi quando eu realmente soube que o amava. Estar apaixonada era ótimo,mas seria melhor se ele estivesse aqui do meu lado.

Não era inverno em Nova York,mas havia um vento frio. Senti minha pele se arrepiar com a corrente fria e tentei me aconchegar mais no banco,como se aquilo fosse diminuir o meu frio.

Foi quando alguém sentou do meu lado.

Não olhei para a pessoa,meus olhos estavam passando pela paisagem em volta,ou até mesmo pelo chão. Eu não estava no meu melhor dia,e queria ficar sozinha. Pensei em levantar do banco,mas seria falta de educação,eu acho. Pelo menos na minha vista.

Pensei em pedir para a pessoa se retirar. Afinal,tinha outro banco vazio ali do lado. Era de manhã. Então,por que raios ele tinha que vir sentar bem ao meu lado ? Aquele era o meu momento, mesmo que fosse depressivo,ainda era o meu momento. E eu queria passá-lo sozinha.

Só então notei que era mesmo um cara,e estava usando um capuz. Da onde eu estava, não podia ver seu rosto,e pensei que assim fosse melhor. Eu deveria ser rude ou pedir com gentileza ? A algum tempo atrás,eu nem precisaria pensar.

Decidi seguir pela gentileza,se não funcionasse, eu seria grossa.

– Hã,com licença - comecei,mas o cara não olhou pra mim,mas deveria estar me ouvindo - , sem querer parecer mal-educada,mas,hã, você poderia sentar no outro banco ? Eu realmente queria ficar sozinha.

Pensei que ele não tivesse ouvido,ou que simplesmente ignorou,e também já estava pensando em ser hostil,quando ele falou,ainda sem olhar pra mim:

– E eu não quero ficar sozinho. - Sua voz era rouca,e estranha. Parecia estar contorcida,como se ele não estivesse usando sua própria voz. Mesmo assim, parecia familiar.

Arqueei as sombrancelhas,surpresa por sua resposta. Agora sim,eu estava pronta para ir embora dali sem me preocupar em parecer mal-educada ou não. Mas decidi ser gentil:

– Você está bem ? - Perguntei.

– E você, está bem ? - A voz não parecia mais tão estranha agora. E senti um aperto no coração ao perceber quem me lembrava.

O cara se mexeu um pouco,como se tentasse ficar mais reto. E pude ver alguns fios loiros caindo do capuz.

– Você ... - comecei,mas balancei a cabeça e deixei a frase no ar.

Ele deixou o capuz cair com cuidado até o pescoço,e abri a boca,em surpresa. Senti lágrimas nos meus olhos. Mas acabei rindo, sorrindo,tanto faz. Só sei que eu havia acabado de pular em cima do meu loiro. Que,eu não fazia a mínima ideia de como veio parar aqui e por que.

Estávamos então,de pé. Seus braços estavam em volta de mim,e eu afundei a cabeça em seu pescoço,sentindo seu cheiro de novo.

E então,comecei a chorar,me agarrando cada vez mais a ele.

E eu estava feliz,lágrimas de felicidade. Transbordando felicidade por estar com meu corpo colado ao seu,de novo. E eu sentia falta daquilo.

– Austin ... - Sussurrei,com o rosto ainda escondido no seu pescoço. Ele mantinha uma mão na minha cintura e a outra brincando com meu cabelo,num gesto suave. - Como ... Como veio parar aqui ?

– Eu peguei um avião,ué. - Austin disse,com sua voz totalmente normal e podia ouvir o sorriso nela. Me afastei um pouco dele parar olhar em seus olhos. - E isso foi muito feio da sua parte,sabia ? - Franzi a testa. - Você namora com a pessoa durante meses e nem reconhece a voz dela.

Ele estava brincando. Mas eu dei um tapa leve em seu braço.

– Eu não estava tendo um bom dia. - Falei. - Mas você o fez melhorar.

Ele sorriu,e eu o beijei.

Passei as mãos por seus cabelos,e sorri,no meio do beijo,me lembrando de como cada toque dele me fazia bem. Era especial.

– Sabia que a Juiliard tem bolsas integrais ? - Austin perguntou. - Só é preciso fazer uma audição ... E é claro,eles precisam avaliar sua ficha completa e admito que,eles realmente escolhem as pessoas ... Mas não é impossível.

Não entendi por que Austin estava falando aquilo. E de qualquer maneira,eu já sabia. E meu processo de inscrição foi um pouco menos complicado por causa das influências,mas é quase igual.

– Sim,eu sei. - Falei,ainda confusa. - Mas por que está falando isso ?

– Porque estou naturalmente lisonjeado por eles terem me aceitado.

Franzi a testa,mais uma vez. E agora sim eu estava muito mais confusa. Do que ele estava falando ? Que foi aceito em Juiliard ? E quanto a faculdade que seu pai o tinha inscrito na Espanha ?

Arregalei os olhos quando finalmente entendi alguma coisa. Austin estava disposto a vir estudar na Juiliard,ele havia feito a inscrição,e foi aceito. Balancei a cabeça, e mais lágrimas caíram dos meus olhos. Ele limpou cada uma delas.

– E quanto a Espanha ? - Perguntei. - Foi um presente do seu pai ...

– Ele não precisa me comprar assim. - Austin falou,com um leve sorriso no rosto. Seus olhos estavam sérios,e me encaravam tranquilamente,quase que com um brilho neles. - A faculdade da Espanha é ótima. As semanas que passei lá me provaram isso. Mas Juiliard tem quase o mesmo sistema,e é a melhor dos Estados Unidos. - Ele pausou,e relaxou os ombros,ainda me olhando. - E é aonde você está.

Ele segurou meu rosto nas suas mãos,firmemente,e com cuidado. Senti como se estivesse prestes a desmaiar. E tudo o que eu estava sentindo naquele momento parecia grande demais para o meu coração aguentar.

– Você vai mesmo fazer isso por mim ? - Perguntei. Minha voz estava falhando. E realmente não me importava com o fato de eu estar chorando de verdade agora. Só estava chocada,surpresa,mas muito,muito feliz.

– É claro. - Ele deu um enorme sorriso. - Eu não posso viver sem você. Percebi isso nos últimos meses,minha vida estava uma droga. E Juiliard tem imensas qualidades,mas a mais importante é você. Você está aqui,então,é aonde eu devo estar também. - Austin beijou de leve meus lábios. - Eu te amo.

– Eu te amo. - Repeti.

O loiro me abraçou. E eu o agarrei com força,ainda não acreditando que ele estava mesmo ali,e que iria ficar. Por mim. Nunca pensei que amaria alguém desse jeito,muito menos que o sentimentos fosse recíproco. Me senti completa.

Senti o sorriso se espalhar pelo meu rosto e seus lábios tocaram os meus de novo, e nos beijamos como se fosse a primeira e a última vez. Tínhamos todo o tempo do mundo,e um futuro pela frente. E eu tenho certeza que não importa o tempo que passe, sempre vou me emocionar ao lembrar desse momento. Apenas o amor fez isso acontecer.

– Sabe,eu só precisei seguir seu conselho. - Ele disse, o olhei,confusa. - Você me disse para fazer o que me faz feliz. - Ele mordeu os lábios,e sorriu pra mim. - Você me faz feliz.


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Notas finais do capítulo

É,meus cupcakes,foi isso. Esse foi o final. Sinto muito se não agradou a alguém,mas nesse tempo em que escrevo no Nyah! , percebi que como autora,preciso agradar a mim mesma. E eu simplesmente amei desse jeito. Espero que vocês também. Lamento por não ter uma segunda temporada,mas uma autora sente quando é o final. E tudo tem um ciclo,e esse é o fim de Just Love. A primeira fic que eu finalizo ... Sei que vou chorar quando for marcar a história como "terminada". Mas me digam o que acharam,podem me falar qualquer coisa. Seus capítulos preferidos,o que mais gostaram nesse. Tudo! A opinião de vocês sempre vai ser importante pra mim. Fantasminhas que nunca comentaram,essa é a sua última chance! E novas recomendações também são bem-vindas. Muito obrigado a todos que acompanharam desde o início até o final,a todos que sempre comentaram e me deram total apoio pra continuar,aos que favoritaram, e até aqueles que pararam de ler na metade. Amo todos vocês :33
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Muito obrigado por tudo,de novo. Vocês são muito importantes pra mim,e sempre estarão em um lugar muito especial dentro do meu coração.

A gente se vê em breve, Mil Beijos, Rafa