Entre Tapas E Beijos escrita por Florence


Capítulo 42
Epílogo.


Notas iniciais do capítulo

Não é miragem. Não é alucinação. É o ultimo capítulo da fic! Hahahha acharam que eu tinha abandonado voces? NUNCA! Bom, eu queria me desculpar pela demora da postagem, e o tamanho do cap... E bom, nos vemos lá embaixo rs'



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5 meses depois

POV Fatinha

Os dias se passavam como se eles estivessem correndo para algum lugar, ontem eu estava com uma barriga enorme, esperando meu bebê chegar e hoje ela já completava cinco meses.

Era uma noite de sexta feira, metade do Rio de Janeiro fora atingido pelo apagão repentino, o Mateus havia ido para a casa dos pais do Bruno, então estávamos sozinhos, sentados no sofá apenas um apreciando a companhia do outro.

Bruno: Amor?

Fatinha: Hm?

Bruno: Pensei que você tinha dormido.

Fatinha: Diga-me o único dia que você me viu dormindo enquanto caia o mundo lá fora? ele riu.

Bruno: Pensei que esse medo seu tivesse passado, afinal agora você será mamãe.

Fatinha: O medo passou, mas só porque você esta aqui comigo.

Bruno: E onde eu ficarei para sempre.

Fatinha: Tenho certeza que sim.

Alguns minutos de silencio se passaram quando eu senti minha primeira cutucada na barriga, e de novo. Flexionei mais a mão no lugar e senti mais um empurrãozinho.

Fatinha: Oh Meu Deus Bruno! Me de a sua mão aqui. puxei a mão dele que estava em minha perna para o lugar onde havia sentido o cutucão.

Bruno: O que foi, Faat?

Fatinha: Aqui... Sente isso. lagrimas lutavam para cair dos meus olhos.

Bruno: Ela se mexeu...

Fatinha: Sim!

Bruno: Ahh Faat... ele se inclinou sobre a minha barriga beijando-a. - Oi meu anjo, você esta nos ouvindo né? Papai te ama muito viu, e estamos muito ansiosos para ver você. eu coloquei uma mão em cima da sua que estava em minha barriga e com a outra acariciei seus cabelos. E Carlie chutou mais uma vez.

Fatinha: Acho que ela também nos ama, e esta curiosa para nos conhecer. eu não via seu rosto por causa da escuridão, mas sabia que ele estava tão emocionado quanto eu. Então senti seus lábios colados no meu, e ele me beijou com muito amor.

Bruno: Eu te amo, obrigado por tudo. Minha vida.

Fatinha: Eu te amo, amor da minha vida.

Sorri com a lembrança.

O amor é algo lindo, engraçado, causa varias incertezas, mas ele também é o autor da maior felicidade que alguém pode ter.

Carlie Menezes, estava com cinco meses, era a meninininha da família, ela era como um anjo e encantava a todos. Sua pele era branca com um leve tom de moreno, seus cabelos eram castanho claro, e seus olhos eram um tom de mel. Uma mistura perfeita.

Depois de três meses do seu nascimento eu já havia voltado a trabalhar, mas em casa. Doutor Ovaldo estava se aposentando e seus clientes, e os casos, foram passados para mim, resumindo eu teria um grande desafio pela frente.

Bruno: Faat? ele me chamou entrando em meu escritório.

Fatinha: Oi amor. eu disse arrastada. Carlie dormiu?

Bruno: Dormiu sim, e o Mateus também só falta nós. eu suspirei.

Fatinha: Ah Bruno, eu estou exausta! Esse caso está me desgastando, eu não sei o que fazer. Eu queria dar mais atenção para você, eu sou uma esposa horrível. ele abriu os braços para mim, eu me levantei e fui para ele.

Bruno: Vou te levar para descansar... Olha para mim. ele segurou meu rosto entre suas mãos. Eu sei o quanto isso é difícil, eu sei o tamanho da responsabilidade que você assumiu quando pegou esse caso de paternidade, mas amor, você vai conseguir. Você vai vencer esse, vai vencer os próximos que virão também. É claro que nem todos você vai ganhar, porque essa é a lei da vida, ganhar e perder, superar e vencer os obstáculos, e eu sempre estarei com você tanto na vitoria como na derrota. Então por favor, não desista, porque se eu não desisti de nada, dos meus sonhos, dos meus projetos, até agora foi por você e nossos filhos e eu realmente não vou deixar você fazer isso. E se você disser mais uma vez que você é uma esposa horrível, vou te jogar pela janela. eu ri. Você é a melhor esposa do mundo inteiro, você acha que o que? Você é a mulher maravilha. Mas você também tem suas limitações, e eu nunca vou te cobrar ou acusar por causa disso. -eu o abracei, enterrando meu peito em seu rosto.

Fatinha: Obrigada por existir na minha vida, obrigada por ser tão perfeito para mim. Eu não vou desistir, por nossos filhos, por você. E obrigada por sempre me acalmar, confiar em mim, e ser tão compreensível. Eu te amo.

Bruno: Eu só sou o que você é para mim. Meu tudo. Eu te amo. ele depositou um beijo no alto de minha cabeça.

Fatinha: Meu tudo.

Depois de um banho, tomei um chocolate quente para relaxar, e fui para meu quarto. Meu marido estava deitado apenas de boxer, com um óculos que ele usava para leitura e com a luz do abajur acesa, lendo um livro que ele mesmo havia editado. Sorri com a cena, e caminhei até a cama me deitando sobre ele.

Fatinha: Já chega de ler, amor. fechei seu livro com uma mão, e beijei seu pescoço.

Bruno: Ate que estava interessante a leitura, mas você tem um plano melhor? ele sorriu maliciosamente.

Fatinha: Talvez... beijei seu peito nu.

Bruno: Hm, eu acho que tenho.

Ele me virou de costas para a cama, e deitou sobre mim. Nós nos amamos. Depois de cinco meses.

3 anos depois

Já se passavam das 2h da manhã, quando um grito de desespero vinha do quarto da Carlie, que agora completava seus quatro anos. Vesti uma camiseta por cima da roupa intima, e fui correndo para o quarto dela, abri a porta e ela ainda estava dormindo, mas chorava.

Fatinha: Carlie meu amor, acorda. disse passando a mão em seu rosto.

Carlie: Não, não, eu não te conheço, sai. Eu quero a minha mãe. ela pedia em desespero.

Fatinha: Acorde amor, sua mamãe esta aqui. então ela abriu o olho e pulou em meu colo. Ei, esta tudo bem? ela fungou.

Carlie: Mamãe... Me protege. ela pedia com medo.

Fatinha: Eu te protego flha, está tudo bem. disse aninhando ela mais em meus braços.

Bruno: Aconteceu alguma coisa Fatinha? eu dei um pulo.

Fatinha: Ai! Que susto Bruno. Não, esta tudo bem. Ela só estava tenho um pesadelo eu acho. ele entrou no quarto e se sentou ao meu lado.

Bruno: Filha... Vem aqui com o papai. ela pulou para o colo dele. O que você sonhou amor?

Carlie: Eu não sei direito, papai. Eu sonhei com um moço e uma moça, e sonhei muitas vezes com eles já, mas dessa vez eles estavam querendo me pegar.

Fatinha: Como eles se chamavam?

Carlie: EU não me lembro.

Bruno: O que eles diziam para você?

Carlie: Que eram os pais do meu irmão, e que queria que nós fossemos ver eles. eu e o Bruno nos entreolhamos.

Bruno: Vamos voltar a dormir agora, bebê.

Carlie: Vocês vão ficar aqui comigo?

Fatinha: Claro, filha, vamos ficar aqui abraçadinhos com você.

Deitamos um de cada lado dela, e ficamos ali até ela adormecer. Assim que isso aconteceu, eu me levantei dali e corri para meu quarto, deitando-me na cama, o Bruno veio logo atrás de mim, mas não falou nada, nós dois precisávamos de um tempo em silencio. A insônia havia me pegado e eu não conseguia dormir, então me levantei e comecei a andar de um lado pro outro do quarto, preocupada. Um homem e uma mulher nos sonhos da minha filha, perturbando ela e todas as evidências apontavam que era eles, Henk e Manuela.

Bruno: Dá para você parar de andar para lá e para cá? eu dei um pulo.

Fatinha: Bruno! Seu passatempo é me dar sustos? Caramba.

Bruno: Eu te dar sustos? Eu acordo e vejo minha esposa andando de um lado para o outro, e depois eu que te dou susto? Virou sonâmbula?

Fatinha: Bruno você escutou aquilo? Henk e Manuela estão nos sonhos da Carlie.

Bruno: Você não sabe se são eles Faat, e eu não acredito que você esta pensando nisso, ela é uma criança é normal ter sonhos. ele disse dando de ombros.

Fatinha: Não é normal! Ela nunca os viu, nunca nos viu falando sobre eles. Como ela iria sonhar com isso?

Bruno: Sinceramente? Eu não sei.

Fatinha: Acho que precisamos ir visitar...

Bruno: Não! Eu não vou deixar você ir lá e ainda levar nossos filhos. ele disse me cortando.

Fatinha: Mas Bruno...

Bruno: Não! Esta fora de cogitação, você não vai lá, e muito menos nossos filhos.

Fatinha: Precisamos tentar Bruno! Olha para mim...- eu me sentei mais perto dele. Por favor, sei que isso é ridículo, mas precisamos liberar o perdão, se não nunca teremos paz em nós. Isso é tanto por nós como por eles, eles também precisam de paz. E se para isso tivermos que ir até lá nós iremos.

Bruno: Eu não consigo ser tão bom quanto você.

Fatinha: Eu te ajudo. ele suspirou.

Bruno: Isso é loucura!

Fatinha: Que seja, mas nós precisamos tentar. ele ficou um tempo em silencio.

Bruno: Se você acha que isso é o que temos que fazer... Tudo bem, nós iremos.

Fatinha: Obrigada, eu te amo muito.

Bruno: Eu também, agora vem aqui. ele me puxou para seu peito. Vamos dormir, e amanhã resolvemos isso. -deixei-me levar pelo cansaço e adormeci.

Depois de uma longa e difícil conversa com o Mateus, ele acabou aceitando ir junto conosco. Na manhã do outro dia, uma manhã fria de inverno, tomamos um café, e partimos para nossa missão. No caminho Carlie pediu para o Bruno parar em uma floricultura, e pediu para que eu entrasse com ela. Enquanto ela escolhia as flores eu tentava entender o porquê de tudo isso. Enfim, ela saiu com quatro botões de rosa, o Bruno me encarava curioso, mas eu apenas dava de ombros, eu também não entendia o que estava acontecendo.

Chegamos ao cemitério Colina das Flores, onde eles haviam sido enterrados, mesmo depois de anos, era difícil para eu ter que encarar... Eles novamente. E lembrar de todo aquele meu passado sombrio e doloroso. Senti um nó se formando em minha garganta, e algumas lagrimas escaparam, eu fiquei imóvel diante da entrada.

Bruno: Você realmente que fazer isso, amor? ele perguntou acariciando meu rosto com o polegar.

Fatinha: Abraça-me. enterrei meu rosto em seu peito, e ele passou seus braços em minha volta me segurando bem forte. Isso é muito difícil para mim, ter que encarar tudo de novo...

As imagens do pesadelo tomaram conta da minha mente. Senti meu corpo tremer, e minha mente parecia girar.

Bruno: A gente vai embora agora! Eu sabia que isso não ia dar certo. eu levantei meu rosto para olhar em seus olhos.

Fatinha: NÃO! É difícil sim Bruno, mas eu tenho que me livrar desse fardo. me soltei de seu abraço e peguei a mão de Carlie. Vamos? disse olhando para o Bruno e o Mateus.

Carlie: Vai ficar tudo bem, mamãe. Estamos com você agora.

Fatinha: Eu sei minha menina, eu sei. disse olhando para ela.

Bruno: Estamos todos juntos, vem filhão. ele disse passando um braço pela minha cintura e o outro passou por cima do ombro do Mateus, que estava calado até agora.

Nós entramos em silêncio até chegarmos a lapide, onde estavam seus nomes, as fotos, data de nascimento e data de morte. Eles estavam lado a lado. Carlie se aproximou dos túmulos.

Carlie: Oi. ela disse sorrindo. Vocês estavam trites né? Não precisa mais ficar, tudo bem? Eu trouxe a mamãe, o papai, e o meu irmão. ela disse apontando para nós. Papai? Vem aqui comigo? ele andou até ela, e eu puxei o Mateus para perto de mim. Eles estão felizes que nós viemos.

Bruno: Estão? -ela balançou a cabeça positivamente.

Carlie: Papai, eles estão. ela disse o abraçando. Ele olhou para mim, e eu sorri.

Carlie colocou em nossas mãos as rosas que havíamos comprado, e pediu para que colocássemos em cima o tumulo.

Carlie: Mamãe escute seu coração agora.

Eu olhei para ela assustada, minha filha era uma criança, mas ela não era uma simples criança. Ela era diferente e especial. Me trazia uma paz enorme. Ela era um anjo que Deus havia mandado nas nossas vidas. Por mais que eu ainda sentisse receio por tudo o que o Henk e a Manuela me causaram, por eles ter destruído parte da minha vida, eu não podia carregar isso para sempre. Agora eu estava casada com o homem da minha vida, e com meus dois flhos que eu amava mais do que minha própria vida. Não existia mais razoes para eu os acusar.

Fatinha: Henk e Manuela... eu suspirei. -Eu perdoo vocês.

E como se instantaneamente, um peso tivesse saído das minhas costas. Carlie andou até o Bruno, pegando em sua mão, e ele suspirou.

Bruno: Eu perdoo vocês. ela sorriu, e andou até o Mateus, que estava agarrado a minha cintura.

Carlie: Ela quer que você fale alguma coisa, irmão.

Mateus: Não tenho nada para falar... sua voz saiu tremula. Eu aceitei vir até aqui porque a minha mãe disse que seria melhor, mas não quero dizer nada.

Fatinha: Ei meu menino, você sempre foi tão corajoso, sempre foi tão forte... Aproveita esse momento e diz tudo o que você sempre quis dizer, eu estou aqui do seu lado.

Mateus: Eu... Eu não consigo. Ela sabe o que eu queria dizer. ele deixou escapar algumas lagrimas, e olhou em direção dos túmulos.

Bruno: Tudo bem filho, não precisa dizer mais nada. Acho que podemos ir? Tudo isso foi demais para nós. ele disse pegando Carlie em seu colo.

Fatinha: É melhor irmos.

Bruno: Hummm, que tal um chocolate quente da mamãe?

Fatinha: Ei da mamãe não! Quem vai fazer o chocolate hoje é você, senhor Bruno! nós rimos. E começamos a caminhar em direção a saída, eu dei uma ultima olhada para o lugar, e um vento passou, roçando nas rosas e as balançando, eu sorri.

Bruno: Se sente melhor? ele disse enquanto caminhávamos.

Fatinha: Muito melhor.

Bruno: Ótimo, eu também.

Fatinha: Obrigada por sempre estar comigo. eu disse passando um braço em sua volta.

Bruno: Para sempre, eu fiz uma promessa lembra?

Fatinha: É claro que eu lembro.

Nós sorrimos.

Mateus: Pai que dia vamos poder pular de asa delta?

Bruno: Assim que sua mãe tomar coragem.

Fatinha: Porque vocês não vão só vocês dois? Eu em.

Bruno: Porque eu quero ver se você tem coragem.

Carlie: Acho bom vocês pularem logo então, porque tem alguém vindo por ai, e a mamãe não poderá mais.

Fatinha: Como é que é Carlie?

Carlie: Um bebe, mamãe.

Mateus: Ah ótimo, minha irmã tem bola de cristal.

Carlie: Como você é tonto Mateus. Espere para você ver então.

Eu e o Bruno nos entreolhamos. E sorrimos.

1 mês depois

Desde o primeiro movimento que Carlie deu dentro de meu ventre, eu tinha certeza que ela era especial. Gravida. Eu estava grávida de novo. E mais uma vez ela tinha acertado, e eu me perguntava como ela sabia disso. Mas não havia duvidas, há uma semana comecei a passar mal novamente, mas resolvi não dizer nada a ninguém até ter certeza, no começo da semana fiz o teste e era positivo.

Bruno: Vamos Faat! Vamos chegar atrasados no casamento. ele gritou.

Fatinha: Calma Bruno, estou terminando de me arrumar. gritei também.

Carlie: Mamãe?

Fatinha: Sim, filha?

Carlie: Tia Juh não vai mais morar aqui? ela fungou, eu olhei para ela que estava sentada na cadeira atrás de mim.

Fatinha: Oh amor. agachei para ficar a sua altura. Tia Ju, vai morar em outro prédio, mas assim como a tia Alice, ela sempre virá para nos ver, e nós sempre iremos ver-la.

Carlie: É que eu vou ficar com saudades. sorri para o doce de criança em minha frente.

Fatinha: Hey amor, também vou ficar com saudades dela.

Carlie: Elas vão gostar de mim quando meu irmãozinho nascer? eu arregalei os olhos, ela sabia, claro que sabia.

Fatinha: Claro que vão meu amor, o amor não vai se dividir, ele vai se multiplicar. Mas porque você diz irmãozinho?

Carlie: Porque será um menino! ela disse toda contente.

Fatinha: Carlie como você sabe dessas coisas?

Carlie: Não sei mamãe, eu simplesmente sei. Isso é ruim?

Fatinha: Claro que não filha, isso é ótimo! eu dei um beijo em sua testa. -Mas agora vamos, antes que seu pai entre aqui e nos carregue. me levantei dando a mão para ela, que deu um salto da cadeira ficando de pé.

Chegamos até a sala e lá estavam os dois impacientes com a nossa demora.

Mateus: Até que enfim elas apareceram, podemos ir agora pai?

Bruno: Podemos, filhão. Mas antes deixa eu ver a minha princesa , nossa como você esta linda. ele disse Carlie no colo e se aproximando de mim. Você esta maravilhosamente linda, também. ele disse passando um braço pela minha cintura.

Fatinha: Obrigada, amor. Você está muito lindo, e ainda bem que essa aliança brilha bastante, que é pra todo mundo ver que você é meu.

Bruno: Orgulhosamente seu. -dei um beijo em seus lábios.

Fatinha: Vamos, antes que sua irmã chegue primeiro que nós. disse me soltando de seu braço, e indo até o Mateus. Está lindo em garotão, desse jeito vou ficar com ciúmes do meu filho. disse para ele, o abraçando.

Mateus: Ai mãe, que exagero. Não precisa ter ciúmes. Claro que eu estou lindo, eu sou lindo. nós rimos.

Fatinha: Abusado.

Bruno: Esse é o meu garoto. nós rimos.

(...)

POV Bruno

Eu sempre dizia a todos que eu era um cara de sorte, minha família era linda, Mateus mesmo não tendo nossos genes, tinha seu cabelo louro escuro e sua pele clara, e se parecia muito com a Fatinha, já Carlie era em um tom mais corado de pele, seus cabelos passaram de castanho claro, para um médio, e seus olhos ainda tinham sua cor adorável de mel. Minha esposa, cada dia que passava ficava mais linda e incrivelmente mais sexy.

Com seu vestido verde, deixando suas costas a amostra, e seus cabelos louros presos em um coque frouxo, Fatinha seria a mulher mais linda do casamento, é claro acompanhada pela Júlia.

Hoje o dia se enquadrava na lista dos mais especiais para mim, a menina que virou uma grande mulher, a birrenta que se tornou a melhor amiga e irmã do mundo inteiro, uma das mulheres da minha vida, iria se casar e finalmente construir sua própria família.

Estavamos de um lado do altar, e do outro estavam Alice e Guilherme que esbanjavam alegria, principalmente com Alice grávida de cinco meses. Mateus estava com Carlie do lado de fora da igreja, ele seria o pajem, e ela a dama de honra.

Fatinha: O que você esta pensando? ela sussurrou pra mim.

Bruno: Pensando em como eu fui sortudo na vida. ela sorriu. E pensando também, em como minha irmã cresceu olha só já vai se casar, e a amiga dela que eu conheço desde quando sou adolescente, está casada, grávida e muito feliz.

Fatinha: Voce esta parecendo uma pessoa prestes a morrer dizendo isso. ela riu baixinho. Amor, eu sei que é a sua irmã casando, mas procure manter a calma tudo bem? Não quero que você desmaie aqui.

Bruno: Não vou me acostumar com isso.

Fatinha: Vai sim... disse beijando a minha bochecha. -Lá vem ela. ela disse olhando para a porta da frente, e sorrindo. Eu a acompanhei.

Minha irmã estava maravilhosa, o vestido branco marcando sua silhueta, os cabelos castanhos presos em um coque, e meu pai todo orgulhoso ao seu lado. Ela manteve o sorriso intacto no rosto, seus olhos brilhavam, sempre foi o seu sonho se casar, e agora ela estava realizando-o. E não poderia estar mais orgulhoso da mulher que ela havia se tornado. Quando nosso pai passou sua mão para o Alex, eu pude ver seus olhos se encherem de lagrimas, e os meus também, ela olhou para mim, e nós sorrimos. Era difícil pensar que minha irmã, não seria mais aquela garotinha que brigava comigo quando eu trocava de canal na TV, ou quando escondia suas bonecas. Minha mãe chorava emocionada também, e meu pai por mais que ele tivesse sua mascara de durão ele estava um tanto triste, por passar a mão de sua única filha, e feliz por ela ter encontrado o homem certo para isso. Na hora das alianças, minha filha entrou como uma princesa, sorrindo para todos, e as levou até o ministro, e depois veio para perto de nós. Assim que a cerimônia se encerrou, nós partimos para o salão de festa.

Assim que os noivos entraram no salão, todo mundo se colocou de pé e os aplaudirão. Todos os convidados foram direcionados para a pista de dança.

Os noivos dançaram uma primeira música, depois foi a vez do Dr. Ovaldo dançar com ela, e por ultimo, para a minha surpresa, eu fui chamado para acompanha-la.

Juh: Achou que eu não iria querer uma valsa contigo? ela perguntou enquanto dançávamos suavemente.

Bruno: Eu realmente , pensei isso. nós rimos.

Juh: Passamos por tantas coisas né, meu irmão.

Bruno: Passamos por tantas coisas...

Juliana: Muitas delas eu só consegui suportar porque eu tinha você.

Bruno: Eu digo o mesmo, não importava nada, você sempre estava lá, me dando forças.

Juh: E você, sempre estava lá, socando uns caras que so queriam se aproveitar de mim.

Bruno: Você sempre vai ser a minha irmãzinha birrenta, e a melhor do mundo.

Juh: E você, o idiota e chato que me fazia sorrir sempre que eu acordava berrando e chorando após um pesadelo.

Bruno: Eu espero e quero que você seja muito feliz, pois você merece toda a felicidade do mundo, e se o Alex não for um bom marido, eu posso resolver isso também. nós rimos.

Juh: Acho que não será preciso, mas por via das dúvidas. E ai de você também se não dar valor a sua mulher, eu te deixo estéril.

Bruno: Minha família é a coisa mais preciosa do mundo para mim Juh, aquela mulher mudou minha vida, eu não sou tão louco assim de de não ama-la.

Juh: Já estava escrito, era para ser assim, e foi assim. Não tem como eu me orgulhar mais pelo homem que você se tornou. Eu te amo. Para sempre.

Bruno: Eu te amo, para sempre, Julia.

Quando a musica acabou eu a abracei bem forte. E nós sorrimos.

Juh: Gente! ela disse ao microfone chamando a atenção dos convidados. Eu queria, hm dizer algumas coisas, sei que não se fazem discurso em casamentos mais, bom eu farei. ela riu envergonhada. Primeiro, queria agradecer a todos que vieram prestigiar o dia mais feliz da minha vida, é muito importante para mim e eu amo vocês. Segundo eu queria agradecer as duas pessoas que me ensinaram o que era a vida, meu pai Ovaldo, e meu irmão Bruno, sem vocês eu não seria quem eu sou hoje e não teria nada do que eu consegui. Vocês sempre foram e sempre serão os melhores do mundo! E eu queria agradecer a minha mãe, por ter voltado para nossa família e para mim. ela suspirou e secou as lagrimas que caiam do rosto. Mas, eu queria agradecer especialmente, a uma pessoa que merece, a uma pessoa que batalhou muito para chegar onde ela está hoje, uma pessoa que passou por muitos momentos difíceis, momentos esses que muitas outras não suportariam passar, e que mesmo assim ela superou, ela passou por cima de tudo e venceu, a melhor pessoa que eu já vi nesse mundo, minha amiga, e que agora é minha cunhada Maria de Fatima. ela apontou para a Fatinha, que estava agarrada ao meu braço chorando. Obrigada por tudo o que você fez pela minha família, se não fosse você talvez hoje não seria tão perfeito assim, e obrigada por fazer o meu irmão um dos homens mais feliz do mundo. E agradeço a Deus por ele ter enviado você para nós. ela jogou um beijo no ar para Fatinha. Alice, minha gêmea, lembra quando nós nos chamávamos assim? Você sabe o quanto eu te amo? Eu te amo muito, e eu agradeço a você por me ensinar e me mostrar o significado de uma amizade verdadeira para sempre. E por ultimo, mas não menos importante... Alex, obrigada por entrar na minha vida, obrigada por me fazer a mulher mais feliz do mundo. Obrigada pela breve atenção. ela sorriu e todos aplaudiram.

TEMPOS MODERNOS - JOTA QUEST http://www.youtube.com/watch?v=4UI_HTv-6Zs

Depois de muitos abraços e lagrimas, foi a hora da dança, eu, e os amigos da Julia e do Alex nos reunimos na pista, e dançamos todos juntos, esbaldando a felicidade.

Bruno: Você fica linda nesse vestido sabia? disse enquanto dançávamos uma musica mais calma juntos.

Fatinha: Aproveite bem moreno, porque daqui a alguns meses ele não servirá mais. eu olhei em seus olhos, e eles estavam lacrimejados.

Bruno: Fatinha, você esta... Nós vamos ter... -ela riu.

Fatinha: Foi exatamente essa reação que você teve quando te contei que teríamos a Carlie.

Bruno: Fatinha! Oh Meu Deus, eu... eu ... eu não sei o que dizer. Deus, eu te amo mulher eu te amo.

POV Fatinha

Fatinha: Eu te amo tanto moreno, tanto! ele me beijou como se sua vida dependesse disso. Olha, quando eu disse que nunca mais iria deixar você fazer um filho em mim, era mentira.

Bruno: Eu sei minha vida, até porque depois você também falou que sua maior recompensa é poder carregar um filho meu, poder dar a luz, e olhar para mim e ver meu sorriso bobo de pai.

Fatinha: Você é convencido mesmo em.

Bruno: Mas foi você que disse. -eu lhe dei um cutucão e nós rimos.

Fatinha: Eu sei, digo e repito porque é a verdade. Não se ache por isso.

Bruno: Nunca, esta longe de eu pensar assim. eu revirei os olhos e ri. Ele me abraçou enquanto continuamos a dançar.

Na vida você não precisa de carrões, mansões, ou uma conta bancaria que esteja explodindo de dinheiro. Você so precisa de coragem e força. Voce precisa de coragem para poder enfrentar todos os obstáculos que surgirem, e prosseguir. Porque a vida é assim. Mas você tem que manter a cabeça erguida. Sempre haverá outra montanha para se escalar, sempre será uma batalha difícil, muitas vezes vamos perder, essa é a escalada. Faz parte da vida. E então lembraremos sempre desses momentos, e o quão importante é ser forte. E sempre continuar. Eu aprendi isso, as dificuldades sempre vão vim, e vamos superar todas elas, tudo dá certo no final, e se não deu certo, é porque realmente não era o fim.

E eu sabia, por mais difícil que fosse, iríamos passar por qualquer momento, todos juntos, como uma família.

Carlie veio correndo até nós, e Bruno a pegou no colo. Mateus andou até nós também, e nos abraçamos, com todo o amor do mundo.


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Notas finais do capítulo

Acabou! :( É gente, eu estou com meu coração na mão, mas ao mesmo tempo com um sorriso de dever cumprido. Queria agradecer a todos quando acompanharam, vibraram, se alegraram e choraram junto comigo e com essa história. Obrigada por todos os comentários, recomendações e favoritos! Espero que a "Entre Tapas e Beijos" fique na memoria de vocês assim como ficará na minha. Foi ótimo passar esses meses com vocês. Eu agradeço por tudo. E enfim, essa talvez seja a última chance de vocês comentarem a fic, então vamos lá babys, comentem, recomendem ou favoritem. "Antes tarde do que nunca" haha
Quem nao tiver conta no nyah, mas tiver twitter, podem mandar o comentário por lá também, @amorsimasepaiva ou @wtsrobsten. É isso galera! Eu vou continuar postando a "Trouble", e voltarei com uma nova fic Brutinha, para os amadores do casal.
ps: Queria dizer a vocês que daqui a alguns meses, eu vou mudar a fic, vou melhorar a escrita, e vou betar ela, tudo para melhorar, okay angels?
Um grande beijo e eu amo vocês.
Se a Clarisse Lispector estivesse aqui com certeza diria "A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre."