POV Bruno

Eu amava cada dia mais aquela mulher, sim para mim ela era uma mulher e não mais uma garota.

A Julia me deu a ideia e me ajudou a comprar as passagens, eu estava com medo da Fatinha não gostar, ou não querer aceitar e no começo ela realmente não estava aceitando, mais no fim acabou cedendo.

No outro dia eu havia acordado primeiro como sempre, e me lembrei daquele rapaz que estava com ela e que até hoje eu não tinha descoberto o que ele queria, e fiquei pensando o que seria e senti um medo terrível ao pensar que ele poderia querer tira-la de mim. Ela começou a acordar devagar.

Fatinha: Bom dia... –disse sonolenta.

Bruno: Bom dia anjo. –dei um beijo no alto de sua cabeça e ela me deu um sorriso.

Depois eu me levantei e fui fazer minhas higienes matinais e ela foi logo depois, tomei meu café calado e ela percebeu que algo estava errado.

Fatnha: Ou você fala agora o que esta de errado ou eu vou te torturar até você falar! –eu olhei para ela assustado mais logo entendi.

Bruno: Não é nada não Faat.

Fatinha: AAh mais não é possível isso! Você quer morrer?

Bruno: Senti um medo agora, mas já passou. –ele riu.

Fatinha: Então fala!

Bruno: É que eu estou me perguntando o que aquele cara loiro que se diz amigo seu estava fazendo aqui.

Fatinha: Não acredito que é isso Bruno.

Bruno: É sim, o que ele queria? –ela suspirou, e olhou para mim.

Fatinha: Ele sempre foi meu amigo desde criança, ele dizia que ia casar comigo quando nós ficássemos mais velhos, mas ele se mudou de cidade para estudar e eu também, só que ele voltou dizendo que me amava que nunca me esqueceu, que eu vou ser muito mais feliz ao seu lado e essas coisas e me pediu em casamento.

Bruno: Preferia não saber sobre esses detalhes...

Fatinha: Por isso que não te contei, não era importante.

Bruno: Às vezes eu penso se eu realmente te faço feliz.

Fatinha: Não, por favor, não, não comece.

Bruno: Você casaria com ele?

Fatinha: Não lógico que não.

Bruno: Mais e se nós não estivéssemos nos acertado aquele dia, você ia?

Fatinha: Amor, eu sinceramente pensei sim, estava disposta a tudo para amenizar a dor que eu estava sentindo por não ter você, mais eu sei que tudo tem o seu tempo e que o que tem que dar certo dá, não importa nada. –ela sorriu para mim. –E não vem com essa para cima de mim: “aah você seria mais feliz com ele”, eu não seria feliz com ninguém ao não ser com você, e sabe por quê? Porque você é a metade que faltava, você é tudo o que eu sonhei, é a minha felicidade, é o meu amor, e ninguém será capaz de mudar isso, porque quando se ama de verdade é para sempre, e é com você que eu quero passar o meu sempre.

Bruno: Você sempre me supera com as palavras, você é perfeita para mim, e eu posso dizer com toda a certeza, você é a mulher da minha vida, é quem eu amarei e com quem eu quero viver o meu para sempre.

(...)

POV Fatinha

No mesmo dia conversei com meu chefe e noosssa daqui a pouco ele me despediria, nos dias de mais movimento eu o abandonava, mais eu tinha horas para tirar, pois estava trabalhando dia e noite, então estava tudo certo.

Estávamos saindo para ir até a casa do Bruno quando um cara nos parou, eu o conhecia e estava me tentando lembrar de onde...

Bruno: Roberto! –Roberto? Acho que o Bruno o conhece, ele me passou para trás de seu corpo em sinal de defesa. –O que você quer aqui?

Roberto: Calma cara vim em missão de paz.

Bruno: Paz? Você e aquele amigo seu não sabem o que é isso.

Roberto: Sobre ele mesmo que eu vim falar, o Henk. –HENK, esse nome me trazia uma das piores lembranças da minha vida, e agora eu me lembrei de onde eu conhecia esse tal de Roberto.

Bruno: Vai embora daqui agora, antes que eu chame a policia.

Roberto: Acho melhor você me escutar.

Fatinha: Bruno o escuta... –eu sussurrei em seu ouvido, ele olhou para mim e concordou.

Bruno: Bom, por favor, continue.

Roberto: Então eu vim avisar vocês sobre uma coisa... O Henk desapareceu, e ninguém sabe onde ele está.

Bruno: Estamos procurando ele desde o momento em que ele sumiu naquela noite, mas não achamos até agora, e você vem me dizer que ele desapareceu só agora? Ah por favor né?!

Roberto: COMO É QUE É? –ele olhou furiosamente para mim. –Você! Você não tirou a policia de trás dele, sua... –ele estava vindo para cima de mim, mas o Bruno o parou.

Bruno: HEY! Sua o que em? –ele peitou o Roberto e claro, ele sabia que se o Bruno batesse nele, seria uma só e seu rosto estaria destruído.

Roberto: Você fala isso porque não sabe de nada não é? –ele olhou para mim de novo. –Se você tivesse tirado a policia disso, não teria aquele acidente, agora eu estou entendo as atitudes do Henk. –eu tremia de medo.

Bruno: EU NÃO ESTOU ENTENDENDO MAIS NADA! DÁ PARA ALGUEM ME FALAR DO QUE VOCÊS ESTÃO FALANDO?

Roberto: AAh sua gata vai te falar, eu sei que ela vai, e você sabe né princesa ele só não morreu por muita sorte... –eu não conseguia mais me mover, não raciocinava mais e estava tudo rodando. –Mas enfim Bruno, só vim avisar que o Henk endoidou de vez, e agora ele vai fazer de tudo para ter essa menina ai, quando ele quer ele consegue.

Bruno: Se você sabe onde ele está então fala.

Roberto: Eu não sei ele fugiu e agora eu tenho que ir. Se cuida princesa, e acho melhor fazer o que ele mandou antes que seja tarde demais. –e ele se foi, o Bruno virou para mim e me olhou, eu não sentia mais meu corpo.

Bruno: Fatinha, você está pálida.

Fatinha: Eu acho que vou... -e apaguei geral.

POV Bruno

Ela desmaiou ali mesmo, e eu a segurei em meus braços, a levei para o meu apartamento, e apenas a Juh estava lá.

Juh: OOOH meu Deus Bruno o que aconteceu? –ela deu um pulo do sofá.

Bruno: Ela desmaiou.

Juh: Desmaiou? Como assim? To ligando para a mamãe vir aqui! Já que você nem a levou no hospital.

Bruno: NÃO VAI LIGAR NÃO! –gritei do meu quarto, e a coloquei na minha cama.

Juh: Agora não é hora para machismo. –não discordei realmente ela precisava de um médico. –Pronto, ela já esta vindo, o que aconteceu Bruno?

Bruno: Um amigo do Henk apareceu e começou a dizer um monte de coisas, e eu não sei! EU NÃO SEI. –eu estava nervoso, e ela sentou do meu lado.

Juh: Ohh meu irmão venha aqui. –ela me deu um abraço. –Calma ela vai ficar bem, não é nada demais.

Bruno: A Ana já está vindo?

Juh: Está sim. Ela já estava na rua de casa. –escutamos a porta abrir, e ela passou pela porta do meu quarto.

Ana: Filha você está bem?

Juh: Estou mãe, é ela que não.

Ana: O que aconteceu?

Juh: Ela desmaiou.

Ana: Vou examiná-la, me dê licença filho. –nós nos levantamos na cama, e ela examinava a minha loira, e ela estava em sono tão profundo...

Alguns minutos de silêncio se passaram.

Ana: Ela não precisa ir para um hospital, e vai ficar bem, só foi um “apagão” no cérebro, isso acontece devido ao estresse e o emocional da pessoa, já já ela acorda, vai depender de sua mente. –eu apenas olhava para a minha namorada, e a Juh estava com o braço ao redor de mim em sinal de apoio.

Juh: Vai demorar muito mãe?

Ana: Não, não vai demorar não, mas vamos deixa-la descansar.

Juh: Vamos bruno, a deixa sozinha.

Bruno: Não! Eu não vou, vou ficar aqui até ela acordar. –disse me sentando ao seu lado.

Juh: Tudo bem se precisar de mim me chama. –eu apenas sorri para ela, e dei um beijo em sua mão, minha irmã e a Fatinha eram as mulheres da minha vida.

Passaram-se 5 horas, e ela começou acordar aos poucos, eu apenas a observava, e quando ela viu que era eu, me deu um abraço como se tudo dependesse daquilo, e eu logo retribui.

Bruno: Você está bem meu amor? –e ela começou a chorar, depois de afastou de mim levantou-se disse um baixo “já volto” foi para o banheiro e logo voltou, sentou-se a minha frente, deu um longo suspiro e olhou para mim.

Fatinha: Não me olha assim...

Bruno: Como que você quer que eu te olhe? –ela começou a chorar de novo. –Desculpa minha vida... Você está melhor?

Fatinha: Um pouco, eu preciso te contar algumas coisas... -eu apenas olhava para ela. –No dia do enterro do Heitor, quando eu sai lá para fora, meu celular tocou e era o Henk, e ele disse que se eu não tirasse a policia que estava atrás dele, aqueles a quem eu amo, e especialmente você sofreria as consequências, ele mandou matar o Heitor para me dar medo... –ela sussurrava e depois de ouvir tudo isso que iria desmaiar seria eu.

Bruno:E porque você não me contou isso antes?

Fatinha: Eu fiquei com mais medo ainda, não sei, eu fui uma idiota eu sei, foi ele que te atropelou, eu só trago problemas na sua vida...

Bruno: HEY HEY HEY, para de falar essas coisas ok?! Você não tem culpa meu amor, eu entendo você e no seu lugar também ficaria, e você não trás problemas para a minha vida, e sabe por quê? Porque você é a melhor parte dela, ela não era tão boa até você aparecer e a mudar completamente, sem você ela não vale mais para mim entende?

Fatinha: Para de falar essas coisas para me ver bem.

Bruno: É só a verdade, olha para mim... –ela olhou em meus olhos. –Você acha que eu seria capaz de mentir sobre isso?

Fatinha: Não...

Bruno: Então Fatinha, eu amo você mais que tudo. –e as palavras que saiam da minha boca era a maior verdade.

Fatinha: O que eu fiz para te merecer em? –agora ela sorriu para mim. –Melhor do mundo! Pensei que você nunca mais ia querer olhar na minha cara ou algo assim...

Bruno: Acha que eu sou louco? Sou não loira, nem que você quiser vai ficar longe de mim.

Fatinha: Eu? Eu não sou louca! –nós nos beijamos.

Bruno: Precisamos contar essas coisas para meu pai.

Fatinha: Nãaaao Bruno... A policia tem que ficar fora disso!

Bruno: mas nem que você quisesse, é sua proteção em jogo.

Fatinha: E é a sua também! Você não pensa em mim?

Bruno: Exatamente por pensar em você que eu vou falar com meu pai, e não tente me impedir.

Fatinha: BRUNO! –ela chorava, e muito, fui até ela e a abracei.

Bruno: Minha loira, você tem que entender que agora mais do que tudo aquele cara tem que ser pego, e o mais rápido possível, pensa se tirarmos a policia disso... Ele vai ficar livre e ai sim vai fazer coisas terríveis. –ela se afastou de mim limpando as lagrimas e deu um beijo doce em meus lábios.

Fatinha: Você tem razão... Me perdoa... Vamos falar com seu pai. –ela pegou na minha mão e me puxou para a sala.

Juh: Você acordou Faat! –ela pulou em cima dela, para abraça-la. –Você está bem?

Fatinha: Estou sim Juh...

Juh: Hoje você vai dormir aqui, então vou fazer brigadeiro para nós!

Fatinha: Vou? Tá bom eu vou.

Bruno: Julia cadê o pai?

Juh: Ele foi lá embaixo e já volta.

Nós ficamos assistindo TV, e logo meu pai voltou, conversamos com ele e ele sendo um bom advogado logo nos deu conselho.

Ovaldo: Já que vocês estão de férias, acho melhor irem o mais longe possível, eu vou até a policia e já vou informa-lhos, e nós vamos tomar a devidas providências. Maria, você vai viajar e vai tomar os devidos cuidados para não ser percebida, e você também Bruno, e quando vocês voltarem esse caso já vai estar quase solucionado, fica tranquila, e o delegado é meu amigo e ele já disse que se eu precisasse ele disponibilizaria guardas para ficarem rondando aqui.

Bruno: A Fatinha vai para a casa dos pais dela, e depois vamos para a Europa, mas antes eu e a Juh podemos ir para a casa em Angra se for o caso.

Ovaldo: Ótimo filho, assim eu fico mais tranquilo e posso trabalhar em paz sabendo que vocês estão bem.

Bruno: Tudo bem? –eu me virei para ela, e ela apenas balançou a cabeça, e a Ana chegou.

Ana: Boa noite! Que bom que você acordou querida, trouxe um remédio para você tomar. Vem comigo.

Ela se levantou e foi para a cozinha, depois fui para o meu quarto, ela ficou comigo por algumas horas e foi dormir, só que no quarto da Julia.

POV Fatinha

Estava tudo pronto para eu ir, malas feitas, me certifiquei que não estava esquecendo nada, me despedi do meu chefe e sai, o Bruno e a Juh me esperavam para me levar ao aeroporto, já tinha me despedido da Alice e do Gui, pois eles também viajariam hoje.

-Primeira chamada do voo 3476 destino a Belo Horizonte-.

Fatinha: É acho que é o meu voo. – a Juh veio me abraçar chorando.

Juh: Vou sentir sua falta! Queria muito poder ir com você.

Fatinha: Eu também queria vocês comigo, e não chora que eu choro junto.

Juh: Sabe o que é Faat, você já é parte de mim, e sem você e a Alice aqui me sinto tão sozinha. –eu me afastei para olhar em seu rosto.

Fatinha: Mas é só uma semana e meia, e depois não vou desgrudar de você.

Juh: Não vejo a hora de viajarmos!

Bruno: Hey, aqui não é lugar para conversar meus amores, dá licença que agora é a minha vez. –ele me puxou pelo braço e me abraçou também.

Fatinha: Vou sentir tanto a sua falta... Me promete que você vai se cuidar e tomar muito cuidado? –eu disse olhando em seus olhos.

Bruno: Prometo não morrer sem você... –nós rimos. –Eu prometo loira, vou tomar o máximo de cuidado possível.

Fatinha: Queria que você fosse comigo! –eu disse abraçando-o de novo.

Bruno: Vai ficar tudo bem tá? Eu vou ficar bem, vou te ligar todos os dias.

Fatinha: Olha lá em juízo!

Bruno: Juízo é meu sobrenome, não trocaria você nem por um sorvete de chocolate, e olha que eu amo sorvete de chocolate!

Fatinha: Você é tão romântico...-disse ironicamente, mas com um fundo de verdade. –Por isso que eu gosto um pouquinho de você.

-Ultima chamada do voo 3476 com destino a Belo Horizonte-.

Bruno: Já passou a segunda?

Juh: Já e vocês nem escutaram.

Fatinha: Nossssa amor, eu vou perder o avião! Até semana que vem... –e lágrimas começaram a cair enquanto nos beijávamos. –Eu te amo... –sussurrei para ele.

Bruno: Eu te amo. –ele sussurrou para mim também, e então eu embarquei.

Estava muito feliz por estar indo ver meus pais, mas estava triste e angustiada por deixar eles aqui, mas ok! Nada aconteceria.

GRAÇAS A DEUS, meus amigos estavam todos fora do país uma hora dessas e em breve eu também.