The Powerful escrita por rafa_s


Capítulo 35
Capítulo 33: It's time




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- Você ainda ta acordado? – perguntei pela sexta vez.


Digamos que depois do acontecido no corredor, eu não consegui mais dormir. Sentia como se algo estivesse para acontecer a qual quer momento. Eu sabia o que era, e acho que Edward partilhava dos mesmos pensamentos.


- To – ele disse me abraçando mais forte. – Durma minha Bella, qual quer coisa eu te acordo – e enfiou o rosto em meus cabelos, como fazia de costume.


Me aconcheguei ao corpo dele inspirando fundo e inalando seu aroma diferenciado. Fechei os olhos e tentei não pensar em nada, só relaxar. Aos poucos eu fui me sentindo melhor, mas isso não durou muito.


Alguém começou a esmurrar a nossa porta, e o Edward levantou correndo. Estiquei a barreira, mas tudo o que ele disse foi:


- Ta na hora.


Meu estômago apertou e eu senti uma imensa vontade de vomitar. Um frio subiu pela minha espinha e todos os meus pêlos se arrepiaram como em uma onda. Nesse momento eu não conseguia pensar em nada além das últimas três palavras. “Ta na hora”.


Ele abriu a porta e os quatro já estavam ali. Todos tinham a expressão dura e faltava cor em seus rostos. Não pareciam meus amigos, e sim soldados corajosos e preparados, porém com mais medo do lobo mau que a chapeuzinho.


Se não fosse a situação, eu com certeza estaríamos rindo da cena. Mas hoje estava longe disso.


- Temos que chamar a Glow – Jasper disse sério. – Precisamos de mais instruções.


- Eu vou com você – Edward falou e se virou pra mim. – Bella, faça uma barreira em vocês e por nada, e é por nada mesmo, deixe alguém entrar. Só quando nós chegarmos.


Eu assenti.


- Ninguém, ok? – ele estava bem estranho.


Foi até o armário e colocou uma blusa e um tênis, depois veio até mim e beijou meus lábios intensamente. Essa foi à hora em que meu coração apertou.


- Toma cuidado – pedi dando um abraço forte nele.


Ele sorriu pra mim o meu sorriso, aquele que já sabia que eu amava.


- Pode deixar gostosa – beijou minha testa. – Eu vou voltar pra você – afagou meu rosto.


Quase dei um berro ao ver uma luz na minha porta. Era Dorothy. Fiz menção em abrir a barreira pra ela, mas a mesma não precisou disso pra entrar no quarto.


- Como vo…? – ia perguntar mas ela foi mais rápida.


- Esqueceu da origem dos seus poderes? – perguntou sorrindo.


É verdade, que pergunta a minha.


A cara das meninas, Emmett e Jasper era impagável. Como eles podiam ficar tão assustados com ela? Imagina quando déssemos de cara com o barrigudo da biblioteca, ou o Dr. eu odeio alegria.


A fantasma resolveu relevar e foi logo falando:


- Eu vou com vocês dois – apontou pro Edward e pro Jazz. – Posso estar morta, mas meus poderes continuam intactos – declarou orgulhosa.


O Ed assentiu e depois de alguns segundos Jazz pareceu voltar ao seu estado normal – ou bem perto disso.


Enquanto eles foram atrás da Shamira, eu troquei de roupa. Como eu ia saber o que teríamos que fazer hoje? Ninguém aqui tinha experiência no assunto.


Cada minuto que se passava, durava o equivalente há uma hora. Alice quicava de um lado pro outro, enquanto Rosalie batia o salto – sim, salto. – no chão de madeira. Emmett jazia de cabeça baixa, fitando o seu tênis.


Eu já estava quase saindo, quando ouvimos batidas na porta. Olhei imediatamente pra Rose, afinal, ela era a dona do raio-x.


- São eles – falou se levantando.


Abri a porta e grudei do pescoço de Edward – que prontamente me segurou pela cintura, dando um beijo na minha cabeça. Só isso pra me acalmar.


- Entrem logo meninos – Shamira pediu, segurando a maçaneta.


Nos acomodamos pelo quarto, enquanto a Glow andava de um lado pra outro. Era engraçado vê-la olhando desconfiada para Dorothy sempre que passava perto de seu corpo brilhante.


- Eu posso falar? – a outra Bela levantou a mão timidamente. O mais engraçado ainda era ela pedir permissão. Será que havia esquecido que era a mais velha e experiente dali?


- Fala logo – respondi impaciente.


Ela sorriu pra mim e se virou pro resto do grupo.


- Eles não vão fazer nada hoje. Vão demorar umas 25 horas pra que tenham energia o suficiente para chegarem ao portal – disse tranquila. – O que vocês têm que se preocupar, que nós não sabíamos na época, e os guardiões depois da gente nunca conseguiram, é em achar o responsável humano.


Ela olhou pra cada um de nós e respirou fundo.


- Ele que ajuda em tudo os fantasmas – explicou. – Ajuda a chegar ao portal, a dar energia, e principalmente – nessa hora ela fez uma pausa. – atrapalhar vocês.


- Como nós vamos achar essa pessoa? – Emmett perguntou indignado. Coitado, ele parecia se esforçar pra pensar.


- Uma luva preta – ela respondeu. – É tudo o que sei sobre ele. Não sou muito popular entre os fantasmas daqui – riu de alguma piada interna.


O fato de não termos que dar uma de Scooby Gang hoje foi um alívio. Todos ficaram mais animados, e até corajosos. Na hora H todo mundo estava pianinho, agora competem pra quem vai ser o Clark Kent da semana.


Combinamos de nunca abaixar a guarda e ficar atentos. Como podia ser qual quer pessoa, a Glow me aconselhou a manter a barreira sempre erguida, do mesmo jeito que os outros foram induzidos a usar sempre os seus respectivos poderes. Tudo o que não precisávamos era de uma surpresa.


Cinco e meia foi a hora que nós fomos dormir.


Já que era a última semana, não tinham mais atividades certas com grupos, e nem tínhamos mais um cronograma fixo. Esme havia colocado no quarto de cada um folhetos que mostravam os passeios que estariam dispostos durante a semana, e quem quisesse ir, que fosse.


Os empregados do castelo estavam focados em uma só coisa, o baile de sábado. Seria a despedida do castelo e dos novos amigos, pois no domingo de manhã já era a hora de embarcar de volta pra América.


Não dormi muito bem, e acho que nenhuma pessoa normal no meu lugar iria dormir. Qual é? Tem fantasmas sedentos por poder do lado de fora da minha porta tentando acertar minha cabeça com armas medievais.


Acordei com Edward fazendo carinho em minha cabeça. Seria uma manhã perfeita, se não fosse a madrugada anterior. Mas, já que essa história me trouxe ele, eu não iria reclamar.


- Bom dia amor – falei coçando os olhos.


- Bom dia linda – me dei um beijo rápido.


- Sai Ed, vou lavar o rosto – me soltei e fui até o banheiro. Eu precisaria de um bom SPA quando chegasse ao meu país. Esse lugar podia ser lindo e tranquilo, mas isso só era verdade para meros mortais.


Não que eu não fosse morrer, mas poxa, eu já tinha amizades pra quando chegasse na luz do fim do túnel. Imagina eu e Dorothy dando uma voltinha pelo outro plano? Iríamos abalar! Se é que isso existe, é claro.


Afinal, se fosse fácil, ela e o outro Edward já teriam se encontrado por aí e se atracado pelo resto da eternidade, e pela cara dela eu tenho certeza que isso nunca aconteceu.


Tomei uma ducha e escovei os dentes. Eu estava com uma cólica horrível, mas quando saí do banheiro e dei de cara com o cara mais gostoso do mundo deitado só de boxer me fitando com um meio sorriso, fiquei hipnotizada.


Estava indo em sua direção, mas meu objetivo foi atrapalho por alguém batendo na porta. Fiz uma cara de derrotada, enquanto o lindão se levantava pra atender.


Ta, eu estava meio puta.


- Oi cunhadinho – Alice entrou correndo e fechou a porta atrás de si. – Desculpem chegar aqui há essa hora, mas eu não consegui ficar tranquila até ver se a Bellinha estava bem – disse com um sorriso sem graça.


Fofa. Isso que minha irmã era. Além de extremamente baixa, irritante, tagarela e sem vergonha na cara. Mas acho que o fofa ainda ganhava.


Fui até ela e dei um abraço bem apertado, esmagando-a entre meus braços e meus seios. Ela soltou sua risadinha e depois se esticou pra me dar um beijinho na bochecha.


- Pode ficar tranquila, maninha. Eu sou a garota do escudo, esqueceu? – tentei fazer piada, mas pra minha surpresa ela ficou séria e me encarou com seus olhos escuros.


- Não se ache uma menina super poderosa, Florzinha – cruzou os bracinhos. – Quando ficou dias apagada você já tinha esse anel, então, não subestime os MVs!


Lembra das características da Alice? Esqueci do Louca. E isso sim ganhava do fofa.


- O que seriam MVs, Docinho? – riu do nome que eu usei, e depois pareceu relaxar.


- Mortos Vivos – disse afirmando com a cabeça.


- Esses não seriam os zumbis? – Edward perguntou com o cenho franzido.


Alice foi até ele e deu um tapa em seu braço – creio eu que ela escolheu esse lugar por não alcançar a cabeça.


- Nem inventa Edward. Já não basta esses fantasmas brilhantes que vão aparecer pra gente, e você já quer colocar zumbis na história? – fez um bico.


- Você viu isso? – indaguei curiosa.


Ela sorriu e foi até a cama, sentando com as pernas cruzadas.


- Eu não vejo muita coisa – explicou. – Ontem, eu estava tentando dormir quando eu tive uma visão – fez um gesto com a mão pra dar mais ênfase. – Eles vão tentar agir na missa de quarta – declarou.


Minha boca caiu, meus olhos saltaram e meu coração tentava furar meu peito. Como assim? Ela me diz isso nessa calma? Já temos hora marcada pra bater de frente com as lanternas andantes e ela me fala assim? Sorrindo e de pernas de chinês.


Retardada; outra característica da minha linda irmã.


- Sério? – Edward sentou animado ao lado dela. – Me diga detalhes – pediu.


Será que isso pega? Não é possível, o que aconteceu com o medo de ontem? Deis de quando virou uma coisa super empolgante enfrentá-los?


- Sim, vai ser logo no início – a fadinha falou. – O que vai nos dar tempo pra Bella proteger o local – e bateu palminhas.


Edward pareceu ler a mente da pulga, pois me olhava com os olhos brilhantes e um sorriso presunçoso. Era o que me faltava. Eu seria a dona do espetáculo, e eles que sabiam o que eu ia fazer. Ótimo!


- Vocês me irritam – fechei a cara, peguei qual quer roupa no armário e fui pro banheiro me trocar. Os dois não falaram nada, só me observavam.


 “Por que você está assim?” A voz de Edward soou em minha mente, me dando um susto e fazendo eu cair de bunda no chão.


Po, precisava falar justamente enquanto eu estava colocando a calcinha? Sacanagem!


Lá de fora eu só ouvia a gargalhada de Alice. Merda! Por que mesmo que eu mantinha essa barreira em volta dela? Ah sim, pra não ter que levar meus pais pra um velório.


“Que horror, amor” Edward.


“SAI DA MINHA CABEÇA” respondi, pensando o mais alto que dava.


Me levantei colocando a calcinha e o resto da roupa. Passei só um corretivo, uma base e pó compacto, pra disfarçar minha noite mal dormida. Quando saí do quarto os dois me olham sérios.


Ah, qual é? Hoje eles tiraram o dia pra me irritar.


 


Edward POV.


 


Eu não sabia o que eu tinha feito, mas pela cara de poucos amigos da mulher da minha vida, era algo sério.


Bella saiu do quarto pisando fundo e eu e Alice fomos atrás, mantendo uma distância segura. Não que eu achasse que ela fosse nos atacar, simplesmente não queria deixá-la mais nervosa.


No café minha Bella deu patadas em todo mundo, o que resultou numa refeição tensa e silenciosa. Nem Rosalie ficava nesse estado – e olha que quando Emmett pega seus sutiens escondido ela vira uma fera. Não me pergunte por que ele faz isso, prefiro não saber. Eu só vejo as brigas na mente deles.


Olhei pela grande janela que dava pro jardim e me deparei com a Sra. Glow fazendo gestos em nossa direção. O mais bizarro é que ela estava com uma roupa verde, camuflada atrás de uma moita – a mesma que Emmett, um dia, caçou uma borboleta.


- Gente, olha aquilo – falei baixo, pra que só o nosso pessoal escutasse e apontei a direção.


Eles se viraram sincronizados, e nada discretos, pro local. Emmett ao ver a cena gargalhou alto e, por incrível que pareça, Bella também. Era ótimo ver seu sorriso estampado novamente.


“Edward, leve os outros pro local da praia imediatamente” pensou me encarando.


Tenho que dizer, não é muito agradável ser encarado pela Glow.


Toquei a mão de Bella e me controlei pra não falar nada que pudesse fazer com que ela brigasse comigo, ou me batesse. Ué, sei lá. Com esse humor dela eu não duvido nada dessa hipótese.


“Gostosa, a Glow tem algo a falar com a gente, e pediu para que fosse encontrar com ela” tentei soar o mais carinhoso possível. Não gostava de vê-la irritada.


Ela me lançou um sorriso quase que tímido, e eu não entendi aquilo, mas gostei e retribuí.


- Gente, discretamente venham conosco – ela disse com seu jeito habitual e se levantou delicadamente, ainda segurando a minha mão.


Nos guiou até o hall e paramos pra esperar os outros.


“Eu te amo” ela pensou me encarando.


“Eu também, linda” sorri e coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha.


Bella fechou os olhos e sorriu pro meu gesto. Não tinha como existir pessoa mais perfeita que ela. Mesmo com essas mudanças de humor ela ainda era a minha Bella, e eu a amava cada dia mais.


Ela me abraçou forte e me olhou com suas bolas chocolates arregaladas. Além disso estavam... Marejadas?


Ah meu Deus! O que eu fiz? Será que eu a machuquei? Ou falei alguma coisa, sem saber que eu estava falando?


Para! Isso é ridículo. Minha convivência com esse grupo não estava me fazendo muito bem.


Bella riu e enxugou suas lágrimas.


- Sabe, esse negócio de ler mentes é realmente muito eficiente – disse docilmente.


- É, acho que sim – falei mexendo em meus cabelos e sorrindo sem graça.


O que fez com que o sorriso dela alargasse ainda mais, como de costume.


- Desculpa pela mudança de humor – disse já voltando ao normal. – Deve ser TPM. Pelo menos é o que Alice diz – e piscou pra mim.


Bella era demais. Ela e a irmã pareciam gêmeas, mesmo sendo aparentemente opostos. Era impressionante como se conheciam. Um olhar ou um mínimo gesto já significava muito vindo de uma pra outra.


- Chegamos – falando na diaba, Alice e os outros já vinham em nossa direção. – O que aconteceu?


- Vamos lá pra fora – olhei desconfiado pros lados e rumei pra saída. Vai saber.


Atravessamos o portão de entrada e andamos uns 100 metros na estrada até eu parar.


- A Glow pediu pra que a encontrássemos lá na praia, na antiga “central de comando” – fiz aspas no ar.


Alice pareceu animada por ouvir o nome de nossa antiga base ser pronunciado do jeito que ela havia batizado.


- Então vamos – puxou Jasper pela mão e continuou o caminho arrastando ele.


Emmett deu de ombros, passou um braço pelos ombros de Rose e seguiu o caminho. Bella se agarrou de lado na minha cintura e sorriu. Linda.


Scooby-Dooby-Doo Where are you? We have some work to do now” Bella cantava alegremente em seus pensamentos.


Tive que rir. Pelo jeito a maluquice estava se espalhando.


Durante a caminhada as únicas coisas que eu escutava era a mente de Bella cantando aberturas de desenho animado e a mente pervertida de Emmett que pensava em quão excitante ver Rose na batalha. Nojento.


Bella parou de cantar e deu uma risadinha, me olhando de lado com uma cara travessa.


“Sabia que é feio ficar na mente dos outros?” e sorriu mais largamente.


Eu ia responder mas começou a ventar forte e um clarão cruzou o céu, seguido de um som estrondoso. A chuva já começava a cair, então saímos correndo pelo resto do caminho que faltava.


Encontramos Glow espremida na parede do penhasco, de baixo de uma pedra que fazia uma cobertura mínima no local.


Levei um susto com um barulho de guarda chuva. Virei pra trás e vi Alice e Jasper felizes e meio secos. Eu já ia expulsar Jazz, mas Alice jogou outro guarda chuvinha pra Bella, que dividiu com Rose.


- Hoje encontraram uma porta arrombada na parte antiga do castelo – Shamira disse sem delongas. – Eu fui averiguar, e ficou claro que nenhum fantasma fez aquilo – completou pensativa.


- Então ele já está em ação? – perguntou Emmett.


- Por que ele e não ela? – Rose bufou. – Saiba que nós mulheres somos muito capazes! – cruzou os braços.


- Eu aposto que é a Victória – Alice disse entrando na discussão. – Ela é tão vadia que eu nem duvido.


- Não, ela é cão que ladra e não morde – Rose falou. – Mas pode ser a Jessica, essa é toda saidinha.


- Eu acho que é Mike Newton – depois que Emmett disse, um coro de “hã?” ecoou no local. – Sério, ele olha como um psicopata pra Bella – e apontou pra minha Bella.


- Ah, qual é – ela disse com uma cara emburrada. – Se vão abrir a casa de apostas, deixem eu dar meu lance – pediu. Como ninguém falou nada prosseguiu. – Pra mim é o James – disse diplomaticamente.


- Por quê? – Emmett perguntou. – Pra votar em alguém tem que ter uma justificativa, senão o público vai achar que é perseguição.


- Que público Emmett? – perguntei já me arrependendo. – Nós não estamos em nenhum programa de televisão.


A boca dele se tornou um “o” e logo depois ele sorriu sem graça, passando a mão freneticamente em seus cabelos curtos.


- Da pra vocês pararem com isso? – a Glow parecia irritada. – Será que nós nunca vamos conseguir ter uma conversa séria por aqui?


Vi Bella e Alice com os lábios presos pelos dentes, claramente tentando controlar a risada. Me surpreendeu ver Rosalie apertando a ponta do nariz e olhando pra baixo. Jasper estava vermelho, tentando manter sua cara séria, enquanto Emmett tinha as duas mãos tampando a boca.


Eu já ia perguntar de onde vinha tanta graça, mas só foi preciso olhar novamente para nossa “mentora”. Não é que ela tinha um lagarto no ombro? Sim, um lagarto. Não era um lagartão. O bicho era verde e parecia uma lagartixa mutante, ele estava parado e seu único movimento vinha de sua cabeça, que ia pra cima e pra baixo freneticamente. Como se fosse o Chaves dizendo “isso, isso, isso”.


Eu sei, Chaves é péssimo. Ou não.


- Agora eu quero que vocês estejam muito atentos, pois se a pessoa teve coragem de quebrar a porta dessa forma… - olhou na cara de cada um - …imaginem quanto a vocês? Entendido?


Não é que o maldito lagarto afirmou? Emmett que estava roxo começou a rir igual um desesperado, acompanho de Alice, Bella, Rose, Jasper e eu. Não tinha como ser mais cômico! Shamira finalmente encontrou alguém pra compartilhar seus momentos.


- Do que vocês estão rindo? Posso saber? – perguntou irritada.


- Nada – falei rápido demais.


Os outros me olharam e riram mais ainda.


- Nós entendemos, Glow e vamos tomar cuidado – eu disse o mais sério que pude.


Outro raio rasgou o céu, fazendo com que as três gritassem em coro. Eu achei que essa mania já tinha terminado.


- Vão pro castelo, senão daqui a pouco Dona Esme estará com cabelos brancos – disse toda braba apontando o caminho de onde viemos.


Corremos de volta pro castelo. Claro que eu tive que auxiliar Bella nessa hora. A falta de coordenação da coitada era de partir coração. O meu pelo menos, já que cada vez que ela tropeçava Emmett virava pra trás e imitava o lagarto.


Assim que passamos pela porta me toquei de que estávamos encharcados.


- Edward e Emmett Cullen – ouvi a voz da minha mãe ecoar no local. – O que significa isso?


Quando me virei pra encarar a fera, vi que não era só ela que estava ali e sim todos. E quando eu digo todos, quero dizer do meu pai até os mais moitas da excursão.


- Acho bom vocês responderem logo – Carlisle cruzou os braços enquanto todos nos olhavam curiosos.


E agora? Eu não posso simplesmente dizer a verdade mas também não posso mentir. Meus pais me conhecem bem demais pra isso.


Olhei pro lado e Rosalie estava branca. Me virei pra direção que ela encarava e pra minha surpresa, do topo da escada, vinha uma luz muito forte.


Não me surpreende que a maior preocupação dos meus pais era onde nós estávamos. Ninguém ali enxergava o mesmo que nós.


Quer dizer, tinha uma excessão.




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N/A: Escrevi esse capítulo correndo, pra não deixar vocês esperarem mais. Espero que gostem :)


Beeeeijos, Rafa.


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