Uma Pestinha Em Minha Vida escrita por sylphmelodies


Capítulo 26
Bônus: Chantageada


Notas iniciais do capítulo

Yo minna, como estão?

Ok, sei que estão querendo me matar, minha vida ainda não está estabilizada, parte dos meus problemas já está resolvida, em relação aos meus 3 trabalhos pra copa, já estou resolvida e na questão de eu estar sendo despejada, está parcialmente, ainda tenho umas tretas pra resolver em relação à casa de estudante que eu ainda moro e ainda tem todos aqueles trabalhos de faculdade e empresa júnior, mas consegui uma brecha e escrevi um pouco para matar a saudades (:
Créditos à linda Samyra-chan pela ideia, obrigada!



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Vez ou outra sentia alguns calafrios assolando seu corpo, as mãos suavam e os batimentos cardíacos estavam descompassados. Puxou o ar para dentro de seus pulmões e soltou-o lentamente, na tentativa de se acalmar. Precisava mais do que nunca manter-se calma neste momento, ou pelo menos aparentar estar calma. O que era praticamente impossível.

Caminhou pelo corredor com cuidado, observando atentamente cada pessoa que se encontrava naquele vagão de luxo. Uma bela paisagem campestre podia ser vista pelas janelas, com montanhas ao fundo e um belíssimo por do sol, mas precisou ignorar tudo aquilo neste momento para se concentrar no que aconteceria assim que o encontrasse. As únicas certezas que tinha naquele momento é que definitivamente aquele homem era perigoso e que toda cautela do mundo não seria o suficiente para lidar com ele, não poderia ter certeza de nada assim que ele pusesse os olhos nela. Estar sempre na defensiva e ser cautelosa, era o que sua mente lhe dizia o tempo todo: tinha que se manter calma. Uma vida dependia daquela conversa. Ou esperava que pelo menos fosse apenas uma conversa, não apenas a vida dele estava em perigo como a sua também apenas pelo simples fato de ter de conversar com este homem.

Poucas pessoas lhe correspondiam o olhar enquanto ela passava, sendo a maioria homens, que a olhavam com desejo. Ignore e continue procurando, preciso encontra-lo para poder ter uma chance de salvá-lo, pensava. Já estava próxima da porta que dava passagem para o próximo vagão, quando uma mão segurou seu pulso firmemente, parando-a.

– Você demorou. Achei que tivesse desistido, minha querida. – falou de maneira suave, fazendo com que um arrepio percorresse o corpo da garota. – Sente-se.

Acatou a ordem e tomou o lugar à sua frente, prestando atenção em cada movimento dele. A beleza do homem era inegável, mas o que tinha de belo, tinha de perigoso, tinha que ter cuidado, muito cuidado com qualquer movimento e na escolha de palavras.

– Está servida? – ofereceu-lhe vinho enquanto enchia uma taça até a metade.

– Não, obrigada. - É uma pena. – tomou um gole. – E então, como posso ajuda-la, senhorita?

– Quero que liberte meu pai.

Ele riu. Uma risada simples e discreta e a garota se perguntou qual a graça no que ela havia dito, mas nada contestou, continuou encarando-o. Ele se ajeitou de maneira a ficar mais confortável no banco acolchoado e a garota pode ver uma pistola escondida em seu paletó durante seu movimento, o que a deixou mais tensa ainda.

– Libertar seu pai, um homem que me deve milhões, assim, de graça? – arqueou uma sobrancelha enquanto agitava o líquido rubro levemente pela taça. – Onde está meu lucro, senhorita?

– Conhece bem minha situação financeira no momento, não é? – abaixou a cabeça a fim de segurar as lágrimas, já imaginando a resposta final do homem.

– Sim, e é por isso que está aqui, não é? Sabe, aquele homem me deve realmente muito dinheiro...

– O que o senhor quer? – perguntou ainda de cabeça baixa.

– Se não pode pagar a dívida, sugiro que aceite os fatos e vá embora. Não temos mais nada a tratar.

– Por favor, senhor, não aprovo as atitudes de meu pai, mas ele continua sendo meu pai, por favor senhor, liberte-o, darei um jeito de pagar a dívida.

– “Dará um jeito”? Não me faça rir e saia daqui.

– Por favor, senhor, estou implorando.

– Está me fazendo perder a paciência, senhorita.

– Por favor! – aumentou o tom de voz sem perceber, já deixando uma lágrima escorrer.

O homem fez um sinal e outros dois homens, enormes, diga-se de passagem, levantaram-se de suas poltronas na outra extremidade do vagão e se aproximavam vagarosamente deles, para executar o trabalho sem chamar a atenção dos outros passageiros. Já sem paciência com a garota, e agora irritado com a demora de seus subordinados, o homem já colocava a mão por dentro de seu paletó a procura da pistola para realizar o trabalho ele mesmo, quando foi surpreendido por uma atitude da moça. Ela, num movimento rápido, por cima da pequena mesa que estava entre eles, alcançou a pistola e a atirou pela janela. E no segundo seguinte, afundou seu rosto no pescoço do homem, segurando-o pela camisa social e implorando súplicas enquanto deixava as lágrimas escorrer. O homem, ainda surpreso, fez um sinal para seus subordinados pararem.

– Vejo que é determinada, senhorita, ágil, bela e impulsiva, devo acrescentar.

– Por favor, senhor. – suplicou mais uma vez, retomando a postura, mas permaneceu de cabeça baixa.

Ele a analisou por um segundo, jamais esperaria tais atitudes de uma jovem de aparentemente vinte anos e com aparência tão delicada e inocente. Seria perfeita.

– Muito bem. Há outra forma de pagar a divida, não se preocupe, senhorita, não a molestarei e nem tocarei em você, a não ser que queira, e libertarei seu pai, com uma condição.

– Qual seria, senhor? – perguntou sentindo uma chama de esperança brotar em si. Poderia salvar a vida de seu pai! E faria qualquer coisa, agora que tinha a oportunidade.

– Você terá de...

– Espiando a Lucy também, Levy?

– KYAAAAA! – Quase morri do coração, mas a pessoa que falou comigo tapou minha boca e me escondeu no meio dos arbustos. No meio deles, vi que Lucy e Sting olharam para minha direção, mas logo Sting voltou a falar com ela.

– Essa foi por pouco, está louca? Gritar desse jeito? Você é uma péssima espiã!

– A culpa foi sua, Loki! E o que está fazendo aqui?

– O mesmo que você, agora passa o binóculo!

Sem meu consentimento, ele arrancou o binóculo da minha mão e começou a espionar os dois.

– Ei! Quem disse que você podia?

– Você nem estava prestando atenção! Sabe-se lá o que já aconteceu e você perdeu! Então aquele é o tal de Sting...

E não é que o filho da mãe tem razão? Droga! Realmente, sou uma péssima espiã, mas inspiração, quando bate, não pode ser simplesmente ignorada! Mas ele não entenderia.

– E então, o que é que está acontecendo?

– Eles estão apenas conversando, mas a Lucy não parece estar muito animada.

– Me passa isso aqui!

Arranquei o binóculo da mão dele e realmente, Lucy parecia bem entediada. Se aquelas meninas do colégio que são loucas por ele soubessem disso, no mínimo um barraco elas fariam, seria divertido ver, como sou má!

– O que vocês estão fazendo?

– KYAAAAA! – Duas mãos diferentes taparam minha boca e minha cabeça foi empurrada novamente para dentro dos arbustos.

– Poxa vida Levy, de novo! – Loki bronqueou.

– Tem que gritar desse jeito?

– Oh, desculpe-me se você me matou do coração! O que está fazendo aqui, Natsu?

– Dragneel? Não deveria estar em casa ou com sua namorada?

– Lucy é minha amiga e eu não confio naquele cara. Passa esse binóculo pra cá!

E assim, Levy passou a espionar a melhor amiga junto de Loki e Natsu, e a história teria sido esquecida, até o dia em que Levy voltasse a olhar seu bloco de notas e a desse continuidade.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?

No comentário do capítulo anterior, a Samyra comentou sobre postar um dos contos da Levy e aí está! E se quiserem saber como continua, esta é uma fanfic que eu estou na cabeça faz um tempo e finalmente decidi começar a escrevê-la! Vai demorar um pouco pra sair, mas vai sair, eu juro!

Espero poder postar o próximo capítulo em breve! Nos vemos mais tarde (: