Segunda Chance. escrita por Isabella


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Enfim, aqui é apenas uma one-short criada com o único motivo para lhes passar uma pequena lição. Vemos-nos nas notas finais.

Boa leitura.



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Segunda Chance. – Capítulo Único.

O carro luxuoso passeava nas ruas de Tóquio, ousando em ultrapassar o limite de velocidade, e até mesmo os sinais vermelhos. Porém, o dono do carro sofria de uma falta de paciência absurda, por isso o motivo de ele faze-lo afinal qualquer um com os nervos a flor da pele, se irritaria ainda mais nas ruas agitadas, por assim dizer, que Tóquio possuía. Mas que a verdade seja dita, o Uchiha já frequentara lugares ainda pior, mas ainda assim, conseguia ficar fora do serio naquele lugar. Inferno! Ainda tinha de aguentar sua esposa, com seus carinhos excessivos, claro que no começo era tudo perfeito, no entanto, com o passar dos tempos seus carinhos e beijos tornaram-se melosos demais, irritantes demais. Embora, ele não pudesse negar que a amava.

Sendo assim, ele aumentou a velocidade de seu carro, até o limite que era permitido pelo mesmo, enquanto fazia a curva cantando pneus. Uma das coisas que o rapaz mais gostava era a adrenalina, achava que quando se estava com ela no corpo, era capaz de fazer tudo. Ele abaixou a velocidade de seu carro, entrando na garagem de seu prédio, o manobrista já o aguardava contente, pois sabia que receberia uma boa gorjeta mais tarde. Rapidamente o Uchiha saíra de seu carro, entregando as chaves para o homem que se segurava para não saltitar ali mesmo.

–Cuide bem dessa belezinha. – Murmurou o Uchiha, a voz rouca, e um pequeno sorriso de canto, resumia seu caráter perigosamente elegante.

Diante de suas pronuncias ele, passou pelo manobrista, não permitindo que ele respondesse a sua fala, seguindo direto para o elevador, onde apertou o numero de seu andar, sendo mais especifico, esse que era o terceiro. Assim, que a grande porta metálica se abriu ele passou por elas, indo direto para seu apartamento, que ocupava todo o andar, e agilmente ele abrira a porta, trancando-a logo em seguida.

O lugar era refinado, o chão de madeira escura, e os moveis brancos, decoravam elegantemente o recinto, e o cheiro de comida chegou-lhe ao seu olfato, assim, como a música calma que tocava chegara a seus ouvidos. Apesar dos defeitos de sua mulher ela tinha um gosto refinado para as músicas, e ele adorava aquela que estava tocando, um Jazz instrumental do Bossa Nova Smoothnice, definitivamente perfeito. Assim, ele andou pelo local, escutando seu sapato social fazer barulho na madeira, o que fez com que sua esposa tomasse conta de sua presença.

–Oi amor. – A voz fina da belíssima mulher, dera uma leve fincada na cabeça do rapaz.

–Oi. – Ele limitou-se a apenas isso, porém, aquilo não preocupava a mulher de estranhos cabelos róseos, sempre soube que seu marido não era muito bom em demonstrar seus sentimentos.

Então, a passos lentos ela aproximou-se dele, enlaçando seu pescoço com seus braços finos e delicados, seus lábios tocaram levemente nos dele, que apenas continuou parado sem nada fazer, obrigando que a jovem o olhasse, e assim fora feito, porém, o que a magoara fora a expressão nervosa de seu marido. Ele delicadamente tirou os braços dela de si e voltou seu olhar para a comida que borbulhava no fogão.

–Eu não estou com fome, e Sakura, por favor, será que depois de tantos anos, você não aprendeu que eu odeio que fique grudada em mim?

Sua voz rouca saíra em um fio de irritação, fazendo a mulher baixar o olhar, fitando seus próprios pés, desapontada e magoada, mesmo não devendo ficar assim, mesmo que devesse já estar acostumada, por ele sempre a tratar assim, era algo difícil de ignorar afinal ela o amava, droga. O rapaz, ignorando a mulher a sua frente, andou até seu quarto, a fim de tirar aquele terno.

Enquanto sua mulher ficara completamente decepcionada com aquela atitude de seu marido, e aquilo a magoava profundamente, tinha dias até, que ela pensava no divorcio como uma única saída para eles, mas não poderia, ela o amava demais. Assim, ela voltou à atenção para seus afazeres, desligando a música que antes animava o local, e apagando o fogo que esquentava a comida, serviu-se do que havia feito e sentou-se na bancada de granito escuro, era deplorável o que vivia, mas ainda assim era sua vida e ela não abriria mão dela, e talvez certamente não aguentasse por mais tempo, embora ela tivesse esperanças de aquilo pudesse ser diferente, diferente para o melhor. Então por fim, ela passou a comer lentamente a comida que tinha feito para os dois, mas infelizmente apenas ela comia, e deveria admitir, mesmo tentando saborear ao máximo não conseguia sentir o gosto da comida, o aperto em sua garganta não permitia, chegando até a doer toda vez que a comida forçava passagem em sua garganta. Mas ainda assim, ela comeu toda sua refeição, terminando-a e lavando o que sujara, seguindo logo em seguida para seu quarto, o quarto deles. E o que encontrou não a surpreendeu, ele sempre fazia isso, lá estava o Uchiha com seu notebook em seu colo, seus dedos trabalhavam sem parar no teclado, fazendo um barulho irritante para a jovem de cabelos róseos, e os óculos de grau que decorava o rosto do rapaz o deixando ainda mais belo.

O jovem Uchiha apenas ignorara a presença de sua mulher, enquanto escutava seus passos rumando para o toilette, o que ele fazia era certamente mais importante do que dar atenção para ela naquele momento, as contas que estava checando de sua empresa estavam todas, por graças a Deus, corretíssimas e nada constava algo tipo desvio de dinheiro. Assim, passando o olho pela ultima conta, ele desligou seu aparelho, retirando seus óculos e deitando-se na cama. Talvez o trabalho estivesse cansando-o ao extremo, pois dormira antes mesmo de sua mulher terminar de se banhar, e nem mesmo teve a oportunidade de vê-la em uma camisola de cetim, cor de sua pele, mas a Haruno não se importava estava cansada demais para se importar com aquilo, aproveitaria que amanhã seria sábado e poderia finalmente praticar de suas aulas de dança, atualmente ela praticava a arte da valsa, uma dança que sempre a encantara, e que a fazia se esquecer de como era sua vida conjugal.

(...)

O barulho de seu salto ecoava pelo quarto irritando o rapaz que tentava a todo custo voltar a dormir, e assim, o barulho incessante o tirara completamente fora de seus hábitos normais, fazendo-o gritar com sua esposa.

–Merda sakura, será que é impossível pra você, não me acordar todo sábado!? – Esbravejou o Uchiha assustando a jovem que ali estava, olhando-o incrédula com a atitude que acabara de tomar, assim, ela nervosa, apressou mais seus passos pelo quarto terminando de se arrumar, e caminhando até seu marido para dar-lhe um beijo, porém, o que recebera fora seu afastamento.

–Você sabe que detesto beijos pela manhã. – Balbuciou o rapaz, virando o rosto na direção contraria ao de sua mulher, que apenas saiu do quarto, magoada com ele, e seguira assim, para sua dança.

Mesmo com a saída de sua mulher o moreno não conseguira dormir novamente, então se rendendo ele levantou-se da cama, indo direto fazer sua higiene matinal, e quando por fim terminou seguiu direto para a sala, ligando a enorme televisão. Fazia tempos que não assistia televisão, pois a maioria dos finais de semanas ele também tinha de trabalhar, e ficara extremamente aliviado por ter este descanso. Sendo assim, ele passou a mudar aleatoriamente os canais de sua televisão, procurando algo que o agradasse, e por fim deixou, em um canal de música clássica, apreciando precisamente a obra. Ele batia o indicador no sofá ao ritmo da música, gesto este que indicava explicitamente o quanto ele gostava daquele gênero musical, de fato, ele sempre apreciara as músicas que ao certo representavam também sua própria elegância, sempre adorara as coisas refinadas.

E como se tivesse jogado pedra na cruz, seu celular tocou interrompendo o gracioso momento, e nervoso ele o atendeu.

–Que é!?

–Olá senhor, aqui é do hospital, ligamos para informar que sua esposa sofrera um acidente e bem...

–Como? Não, não pode ser ela está na dança. – Balbuciou o Uchiha entrando em desespero.

–Senhor, necessitamos de sua presença aqui.

–Ela está bem!? – Indagou o rapaz ainda mais nervoso.

–Não é algo que possamos tratar por telefone.

Maldição! Ela tinha de estar bem, tinha de estar bem, ele não poderia perder sua mulher, se não ficaria desolado, não saberia o que fazer. Assim, ele desligou o telefone, e saiu vestido em apenas uma calça azul escura de moletom e uma blusa de manga cumprida preta. Ora, não se importaria em prezar sua elegância naquele momento, nada mais importava a não ser saber se ela estava bem.

Ele com a mesma rapidez que saíra de seu apartamento adentrara seu carro, dando partida já em alta velocidade, não se importando com os protestos que os outros motoristas faziam com suas buzinas. Eles que fossem para o inferno, sua mulher estava no hospital e ele não se importaria com isso. Com uma rapidez incrível, ele chegou ao hospital, saindo apressado do carro, e entrando no recinto clichê em suas cores brancas e um verde pálido.

–Minha mulher, onde está minha mulher!? – Perguntara exaltado para a balconista.

–Como ela se chama? – Perguntara a mulher, a voz calma como se aquilo pudesse acalma-lo.

Haruno Sakura.

A expressão da mulher ao escutar aquele nome, entregou que tinha acontecido o pior, então ela simplesmente pediu licença a saiu dali, voltando logo em seguida com um médico, que certamente seria o que tinha atendido sua mulher.

–Então doutor onde está a minha mulher? – Perguntara com um sorriso sem emoção alguma nos lábios, ele temia a resposta.

–Infelizmente meu caro, ela não aguentou e já não está entre nós.

–Não... Não! – Gritou o rapaz, assustando as pessoas ali presentes, ele não queria acreditar naquilo definitivamente não.

(...)

–Que Deus a tenha como um belíssimo anjo, e abençoe a alma que já não está entre nós e neste caixão jaz Haruno Sakura.

Ao terminar a fala, o homem olhara com pena, para o Uchiha que agarrava com força, a mão gelada de sua esposa, ele agora era um viúvo, porém, não iria esquecê-la, não iria deixa-la.

–Vamos meu filho. – Murmurou sua mãe puxando-o pelo braço.

–Não! Eu não vou a lugar nenhum, eu não vou deixa-la meu amor! – Gritou o rapaz, enquanto as lágrimas escorregavam por seu rosto, suas pernas fraquejaram fazendo-o cair frente ao caixão onde possuía o cadáver de sua mulher.

–Eu te amo meu amor. – Sussurrou ele.

–Sasuke.

Ele abrira rapidamente os olhos, que continha lágrimas pelo pesadelo terrível, e sorriu aliviado ao ver sua mulher ali, bem ao seu lado.

–Sakura. – Murmurou ele, abraçando-a como se sua vida dependesse daquilo.

–O que houve amor? Você não parava de gritar, fique assustada...

–Eu te amo Sakura, sempre te amei, e peço perdão por minhas grosserias, por favor, me dê uma segunda chance meu amor?

A Haruno ficara pasma com o que ouvira, porém, lágrimas escorriam por seus olhos feliz com o que tinha ouvido, com o que esperara ouvir desde o inicio de seu casamento, assim impossibilitada de falar ela apenas balançou a cabeça, recebendo em troca um beijo carinhoso de seu marido.

“Não deves deixa para depois, não deves deixar para amar depois, pois nunca se sabe se realmente o depois existira. Afinal todos nascem com o proposito de nascer e morrer, e quando você menos esperar pode ser tarde demais, tarde demais para correr atrás, para consertar seus erros, então preze o resto de sua vida, e agradeça pelas pessoas que convivem ao seu lado, as pessoas que te amam, e ame-as como se sempre fosse o ultimo dia, como se fosse o fim, porque acredite ele não esta tão distante quanto pensamos.”


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Notas finais do capítulo

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