I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 19
Novidades.


Notas iniciais do capítulo

Tenho até vergonha de conversar com vocês aqui. Sei que eu demorei e olha a hora que eu to atualizando, senhor Zeus tenha piedade de mim! Confesso que escrevo os capítulos rápido, o problema é conseguir me desligar de tudo e me concentrar com tanta coisa na minha cabeça. Não vou pedir pra vocês entenderem, porque vocês não tem nada a ver com meus neurônios KKKK
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Boa leitura.



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Em algum lugar de New York.

Já era tarde, o sol já mostrava a todos que em instantes começaria a sua costumeira despedida.

Itachi havia levado Maya para o loft onde estava hospedado. Não era nada muito luxuoso (não para os padrões Uchiha), porem, era convidativo. Por isso a garota não recusou o convite.

– Tome um banho, vai acabar pegando um resfriado se ficar com essas roupas molhadas – Itachi sugeriu a ela assim que entraram no apartamento.

Ele a deixou na sala e caminhou até seu quarto, voltando de lá com algumas roupas nas mãos.

– Arigato! – Maya agradeceu um pouco sem jeito, vendo Itachi lhe estender a muda de roupa. Ela as analisou agora em suas próprias mãos.

– Hm... Sei que vai ficar grande em você, mas...

– Tudo bem – Ela o interrompeu de forma gentil. – Está perfeito – E sorriu para ele.

O modo como os olhos dela se estreitavam ao sorrir encantava o Uchiha, que não conseguiu evitar que seus lábios se erguessem discretamente. E, talvez, se ele não prestasse atenção nos detalhes mais bobos, não teria notado. Mas, o olhar de Maya era triste. Apesar do grande esforço que ela fazia para sorrir. Tudo nela tinha um toque de solidão, um toque de carência, fragilidade.

A questão era que Itachi estava determinado a reverter isso, mostrar a ela que mesmo tendo a procurado para achar Sasuke, ele estava disposto a acolhê-la e torná-la sua mais uma vez, e para sempre.

– Onde fica o banheiro? – Maya perguntou olhando em volta.

Ele desviou seus pensamentos e mostrou o caminho a ela. Em seguida o Uchiha foi para cozinha preparar algo para comer. Na verdade preparar a comida para Maya era sua intenção, porem não tinha nada ali. Claro, ele estava hospedado ali ha poucos dias e não havia comprado comida. Resolveu então pedir serviço de quarto. Suspirou. Não foi difícil lembrar do que Maya gostava de comer.

Itachi se lembrou da primeira vez que quis levá-la a um restaurante e ela disse: “Por que eles servem esses pratos tão bonitinhos e cheios de frescura? Além do mais é caro. Eu precisaria comer três vezes pra ficar satisfeita. Vamos pedir uma pizza!”

A lembrança o fez rir. E, sem muita pressa ele foi até o telefone.

– Fried Chicken with mashed potatoes, para dois e duas cocas, por favor!

– Ok. – Respondeu a voz da recepcionista do outro lado da linha. – E de sobremesa?

Itachi sorriu.

– O maior sundae que você tiver.

A moça ficou em silêncio por alguns instantes.

– Hãm... Tudo bem, Sr. Uchiha. Seu jantar será entregue em breve.

– Obrigado – Ele disse antes de desligar.

Maya demorou cerca de vinte minutos no banho. Logo já estava se secando enquanto se olhava no espelho embaçado. Era tentador ficar ali deitada na banheira em meio às espumas por um longo tempo, mas ela mais do que ninguém sabia que o tempo ao lado de Itachi é precioso, e não queria perder nem mais um segundo sequer.

Por um lado foi bom Maya ter escolhido tomar seu banho na banheira ao invés do chuveiro, assim teve tempo suficiente para pensar e por suas idéias no lugar. Era obvio que seu coração o queria, entretanto a pouca razão que lhe restava a repreendia. É o tipo de dilema que todos já passaram ou passarão um dia. Infelizmente.

A loira pegou as roupas que havia levado para o banheiro e as fitou por alguns segundos antes de vesti-las. O símbolo Uchiha grande imponente estampado nas costas da camiseta preta, e a calça de moletom que precisariam ser dobradas nas barras. Perfeito, ela pensou encantada.

Assim que colocou a camiseta sentiu o cheiro de Itachi invadir suas narinas. Mais do que perfeito, repensou.

Secando os cabelos e com um sorriso tímido no rosto, Maya se dirigiu até a sala, deixando para trás suas roupas molhadas.

Ao chegar encontrou Itachi passando os canais da TV em uma velocidade incrível. Não era possível que ele estivesse mesmo prestando atenção no que estava vendo. Ou estava entediado demais ou nervoso demais. No caso de Itachi era mais comum que estivesse entediado.

– Está com fome? – Ele perguntou sem olhar para Maya, que se aproximava devagar do sofá.

– Um pouco – Confessou ela, sentando-se ao lado dele.

Só nesse momento ele pareceu de fato notá-la. Olhou para ela de cima a baixo e, por incrível que pareça, corou.

– Itachi? – Ela o chamou, incomodada com a “análise” que recebia.

– Hãm? – O moreno fixou seu olhar no dela.

– O que foi? Por que está me olhando assim?

– Nada. – Ele desviou o olhar e voltou a procurar algo para assistir.

O fato era que Itachi estava mesmo um pouco nervoso, mas o que o incomodava era ter pensado em como entrar no “assunto Sasuke” mais uma vez com Maya sem deixá-la nervosa ou magoada. E quanto mais ele pensava menos ele achava uma forma de fazê-lo.

Talvez depois do jantar, ele pensou, resolvendo adiar a conversa. O problema era que quando se tratava de Maya a mente de Itachi resolvia não colaborar.

De repente a campainha toca. Antes que Itachi pudesse se levantar, Maya já estava de pé.

– Pode deixar que eu atendo – Disse ela gentilmente.

– Serviço de quarto! – Anunciou o funcionário assim que a porta foi aberta. O homem era jovem, talvez mais novo que Itachi e Maya, aparentava ser um estagiário. Ele olhou para a mulher a sua frente e ficou abobalhado com sua beleza.

Maya não percebeu e continuou parada pacientemente enquanto esperava o funcionário empurrar o carinho com os pratos para dentro do loft, o que demorou acontecer. Itachi ficou incomodado com o silêncio e foi até a porta ver o que estava havendo.

– Algum problema? – Ele perguntou para Maya, porem, olhava serio para o funcionário.

– N-não, senhor. Nenhum. – Respondeu apressado o moço.

– Hm... – Itachi se irritou ao notar o olhar dele sobre Maya e logo tratou de segurá-la pela cintura, alertando ao outro que tirasse o cavalinho da chuva.

O serviçal acompanhou o movimento do Uchiha com os olhos, decepcionado. Colocou o carrinho para dentro e se retirou envergonhado, sem ao menos pedir uma gorjeta.

A garota ficou confusa, não tinha percebido a malicia do funcionário e não entendeu a carranca que se formou no rosto de Itachi. Mas resolveu não perguntar nada. Homens... pensou revirando os olhos.

Os dois se sentaram para comer em silêncio. A comida estava uma delicia e Maya ficou satisfeita com o que Itachi havia pedido. Frango e batata, isso é comida de verdade, dizia ela para si mesma em pensamento.

O jantar acabou e nenhuma palavra foi dita. O que era irônico já que ambos tinham muito a falar um para o outro. Porem, nenhum olhar foi trocado. O Uchiha apenas encarou sua comida e ao terminar se levantou da mesa sem dizer nada. Aquilo era definitivamente incômodo. Minutos depois, Maya largou seu prato inacabado e foi atrás dele, ou melhor, primeiro foi ao banheiro escovar os dentes e só então foi atrás dele. O encontrou na sala, no mesmo lugar e do mesmo jeito que estava anteriormente, decidiu então se sentar com ele.

– Não gostei do jeito que aquele cara te olhou – Itachi disse de repente, ainda irritadiço.

Maya se surpreendeu.

O Uchiha se virou para ela e lhe beijou os lábios suavemente, quase como se lhe fizesse um pedido. De imediato Maya o segurou pela nuca e aprofundou o beijo, não queria ter tempo para pensar duas vezes e correr o risco de desistir.

– Itachi... – Ela separou seus lábios dos dele em alguns centímetros.

– Sim. – Respondeu ele, um pouco ofegante.

– Eu decidi. Vou te ajudar a achar seu irmão.

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Um telefone toca.

– Delegacia de polícia Uchiha, escritório do senhor Madara, quem deseja? – Atendeu a secretária.

– Aqui quem fala é Orochimaru. Preciso falar com Madara.

– O senhor Uchiha está ocupado no momento...

– Eu sei que ele não está ocupado – Orochimaru a interrompeu. – Diga a Madara que preciso falar com ele, é importante.

– Mas...

– Minha querida, eu conheço o Madara, sei que nesse momento ele está apenas sentado sem fazer nada. Agora passe a ligação para ele e evite que eu me aborreça, sim?

– S-sim, senhor. Só um momento...

Alguns segundos depois.

– Orochimaru, já disse para não me incomodar em meu horário de serviço. – Madara atendeu já irritado.

– Não vou gastar muito seu tempo, meu querido. Apenas liguei para avisar que Obito já chegou aqui.

– Hm.

– Então quer dizer que as coisas fugiram do controle do grande Uchiha Madara? – Orochimaru disse, divertido.

– Imprevistos acontecem – O Uchiha respondeu firme.

– Por sorte Obito não ficou preso por muito tempo, sabe que não podemos confiar muito na sorte, ele não age muito bem sobre pressão.

– Sei disso melhor do que ninguém – Esclareceu Madara. – Você achou mesmo que eu o deixaria preso? Eu soua autoridade por aqui! Não se esqueça disso!

– Claro, claro... Como quiser.

– E como está o Sasuke? – Perguntou sem muito interesse.

– Sobre controle. Não poderia estar melhor. Tudo correu bem durante aquilo.

– Ótimo. – Madara disse e em seguida desligou. Não precisava ouvir mais nada

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Hospital de Konoha – Japão. Sete dias depois.

– Podemos vê-la? – O pai da rosada perguntou apreensivo.

– Creio que não é uma boa ideia... – Respondeu a enfermeira.

– Por favor, eu preciso ver minha filha! – Suplicou Mebuki aos prantos. – Não negue esse pedido a uma mãe.

A enfermeira respirou fundo, parecia estar com dó do casal a sua frente. Não podia desobedecer as ordens de seu superior, porem, acabou cedendo.

– Ok. Vou levar vocês até ela, mas será muito rápido e só vão poder vê-la pelo lado de fora do quarto.

– O que!? – Kizashi perguntou alto. – Eu quero falar com a minha filha...

– Senhor. A mente de sua filha ainda esta um pouco confusa, não será bom para ela. Por favor, entendam.

Depois de alguns minutos de argumentação os pais de Sakura acabaram aceitando os termos da enfermeira e a acompanharam até o quarto da rosada.

Quando chegaram, a enfermeira entrou e por dentro abriu a cortina que dava visão para o quarto.

A mãe de Sakura abraçou seu marido e aos prantos eles olharam para a filha, que agora já estava acordada, mas que de certa forma parecia distante.

– Olhe para ela, Mebuki. Ela está bem! – Kizashi tentou sorrir para confortar a mulher.

Sakura não estava 100% saudável, seu corpo ainda tinha as marcas dos dias em que esteve presa, vários arranhões e manchas rochas se espalhavam por sua pele, até mesmo em seu rosto. Mas, por incrível que pareça, a rosada sorria e mostrava em seu olhar uma ternura antes esquecida. Ela fitava a paisagem do lado de fora da janela do quarto com uma expressão sonhadora.

– Temos que ir – A enfermeira avisou, preocupada. E assim eles voltaram a caminhar para onde estavam, a sala de espera.

Os pais de Sakura se sentaram, iriam apenas esperar para conversar com o psiquiatra que estava tratando de sua filha e em seguida voltariam para casa. Apenas aguardando notícias, como estava sendo nos últimos dias.

Antes que o médico aparecesse, Kizashi viu Sasori se aproximar caminhando lentamente pelo corredor. O ruivo encarava o chão, mantendo uma das mãos no bolso enquanto na outra trazia um ramo de flor de cerejeira. Esse garoto já conhece o caminho de cor, pensou o Sr. Haruno.

Sasori até notou a presença do casal ali, mas ele não era do tipo que socializava, então iria somente até o balcão e pediria para entregar as flores a Sakura, depois voltaria para casa, já que não era permitido das informações para pessoas que não eram parentes ou que não constavam em uma tal lista. Ele não estava mais freqüentando o hospital por conselhos do Itachi, que lhe convenceu a relaxar um pouco. E desde então a mente do ruivo andava mais tranquila, raciocinando melhor. Porem, sempre que podia mandava entregar flores sem remetente no quarto da rosada.

Kizashi analisava o garoto de longe até que resolveu se aproximar. Chegou mais perto, colocou a mão sobre o ombro de Sasori e o olhou com ternura. Desde o primeiro dia que pôs os olhos nele, Kizashi sabia que aquele rapaz amava sua filha. Estava escrito na testa do coitado. Então decidiu que ele merecia algumas explicações.

– Desde que acordou, Sakura não perguntou por ninguém. Nem por mim, nem por Mebuki, nem por Naruto. Ela simplesmente não sabia por que estava no hospital, não conseguia se lembrar de nenhum nome. Parece que ela perdeu parte da memória. O médico que está cuidando dela afirmou que ela está bem fisicamente, mas a mente dela ainda está uma grande bagunça. Eles não entendem muito bem o que ela tem, mas disseram que farão alguns testes importantes em breve.

Nenhum nome. Então ela se lembra do meu rosto, mas não do meu nome, pensou Sasori ligando os pontos.

O ruivo resolveu contar a Kizashi sobre o que aconteceu quando entrou escondido no quarto de Sakura.

– Ah Kami! – Exclamou o homem aliviado. – Você não sabe como é bom ouvir isso.

– O que!? Como assim? – Sasori perguntou confuso.

– Rapaz, Saber disso é um sinal de que a memória dela não se foi por completo.

– Então ela pode voltar a se lembrar de tudo...

– É uma chance! – Kizashi disse esperançoso. – Vou contar isso ao doutor. Espere aqui! – Avisou chamando sua mulher e saindo com ela pelo corredor.

Uma chance... pensou Sasori abrindo um sorriso verdadeiro que não via a muito tempo. Uma chance...


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Notas finais do capítulo

Ok. Nada importante sobre ItaMay nesse capítulo, se não ia acabar escrevendo só sobre eles aqui e não pode né? Tenho que me controlar. Mas logo mais vocês saberão sobre o passado de Maya e o que Orochimaru tem haver com ela. Pra aguçar a mente de vocês, deixei um link na palavra LOFT lá no começo do capítulo que é só pra ter uma ideia de como seria o tal loft.
Sobre o estado da Sakura-chan: Não quero que vocês pensem que eu to forçando um drama, por favor, não! Eu só me coloco no lugar dos pais dela e até mesmo do Sasori e imagino que eles estão MESMO preocupados com ela, mesmo ela estando razoavelmente bem.
É, é isso. Espero que tenham gostado. Até o próximo xx



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