I Miss You. escrita por Lux


Capítulo 11
Vídeos, planos e água.


Notas iniciais do capítulo

Queria começar pedindo desculpas pela demora, podem me xingar, eu deixo! É que esses últimos dias foram difíceis, fiquei doente e até o final da semana vou ficar "de cama". Ainda não estou 100%, mas me esforcei pra escrever esse capítulo (que ficou mais curtinho). Espero que gostem.
Boa leitura!



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Na mansão Hyuuga.

O almoço foi servido na mesma hora de sempre, ao meio dia em ponto. A mesa já estava posta, onde os quatro únicos habitantes daquela enorme casa comiam em silêncio. Hinata encarava o prato a sua frente sem muito interesse, seu pensamento estava longe dali e seu apetite parecia esta mais ainda. Ao seu lado estava sua irmã mais nova, a que todos chamavam de prodígio da família. A sua frente seu primo Neji, considerado um gênio por todos principalmente pelo pai de Hinata, que se encontrava na cabeceira da mesa.

– A comida não esta de seu agrado? – Seu pai perguntou, sério como sempre.

A garota ficou um pouco nervosa e procurou desviar o olhar.

– Não, não é isso, é só q-que... – Gaguejou ao tentar se explicar.

Seu primo Neji logo percebeu do que se tratava e tentou ajudá-la.

– Acho que ela esta nervosa com a prova para entrar na universidade – Ele tentou convencer se tio – Não é isso, Hinata?

– Sim, sim. É isso – Ela concordou.

– Pois bem então – Disse o senhor Hyuuga, afirmando com a cabeça. – Mas ficar sem comer não irá te ajudar em nada, minha filha.

– Eu sei, papai. Me desculpe.

Essas foram as únicas palavras trocadas durante a refeição. Depois disso o silêncio voltou a reinar.

Assim que terminaram de comer, se retiraram para seus afazeres. O pai de Hinata voltou para o trabalho na empresa Hyuuga, sua irmã mais nova entrou na biblioteca da casa, e como Neji e Hinata já haviam terminado a escola e era mês de férias, eles apenas se dirigiram aos seus respectivos quartos.

Hinata acompanhou Neji de longe pelo corredor, vendo-o entrar no quarto e fechar a porta atrás de si. Ela queria conversar com ele e estava juntando coragem para fazê-lo, não queria parecer desesperada sobre aquele assunto.

A Hyuuga respirou fundo e fez menção de bater a porta, mas antes que fizesse isso...

– Entre. – Neji se pronunciou do lado de dentro.

Ele sempre a assustava quando fazia isso. “Eu percebi que você queria falar comigo” era o que ele dizia, dando a explicação de que era muito analítico, porem Hinata desconfiava que ele apenas a conhecia muito bem.

A garota entrou e encontrou seu primo sentado na cadeira giratória para escritório, então sentou na cama, de frente para ele. Não precisou esperar muito para que o silêncio fosse quebrado.

– Hinata, o que está acontecendo? – Neji perguntou um pouco preocupado – Você mal tocou na sua comida hoje. Está assim por causa do Naruto?

Bingo.

Sim, ele a conhecia muito bem.

– Já faz três dias que ele não me manda mensagem, não retorna minhas ligações. Estou preocupada, Neji. – Os olhos perolados de Hinata marejaram – E se ele não quer mais saber de mim?

Neji suspirou. Ele sabia que não era isso.

– Você acredita mesmo nisso? – Perguntou olhando fixamente para a prima – Acredita que o menino que brigou comigo na frente da escola toda por você, perdeu o interesse fácil assim?

As palavras de Neji surpreenderam Hinata, fazendo com que suas lágrimas cessassem.

– Sabe... – Ele continuou. – A última vez que estive com Naruto, ele estava muito abalado. Talvez só precise de um tempo sozinho pra por a cabeça no lugar. Não deve ser nada grave.

Dito isso o coração da Hyuuga se acalmou.

– Obrigada, Neji. – Ela agradeceu sorrindo.

– Disponha.

Na delegacia Uchiha.

Dois homens conversavam na mesma sala de antes. Obito e Madara. O primeiro estava receoso sobre o plano, achava que estava na hora de parar com aquilo enquanto o segundo tentava lhe acalmar explicando tudo.

– Ora Obito, é simples – Madara dizia calmamente, sentado em sua grande poltrona de coro preto encarando o homem sentado a sua frente, do outro lado da mesa de mogno. – O tempo que passei com Sasuke, enquanto Itachi estava fora, foi suficiente para perceber que um dia ele se tornaria um problema para os meus planos. Itachi e Sasuke são herdeiros diretos de tudo que leva o sobrenome Uchiha, mas diferente do seu irmão mais velho, Sasuke tem total interesse pelos negócios da família. Logo ele faz 18 anos e já poderá assumir seu papel na empresa e isso, claro, me atrapalharia. Simplesmente não poderia deixar isso acontecer. Então...

– Então você o isolou – Obito se pronunciou, parecendo entender a linha de raciocínio – O mandou para o outro lado do mundo...

– Pois é... Lembrei de um velho conhecido meu que era perfeito para cuidar de Sasuke por mim. Com Orochimaru, Sasuke provará da verdadeira solidão, sendo obrigado a esquecer a todos que já amou e se focar apenas em alimentar seu ódio. E quando voltar, se ele voltar, estará com os sentimentos tão bagunçados que será fácil manipulá-lo.

– E o que pretendes fazer com eles? – Obito se referia a Naruto e Sakura.

– Ora, ora... Isso eu ainda não me decidi, mas não tem com o que se preocupar. Vamos esperar até que Sasuke receba as notícias e os vídeos, depois disso Orochimaru vai fazê-lo acreditar que seus preciosos amigos passaram dessa para melhor.

– Isso é muito arriscado! E se Jiraiya se por atrás de mim com a polícia?

– Meu querido... – Madara se divertiu com a ingenuidade de Obito. – Se esqueceu? Eu sou a polícia!

Enquanto isso em um lugar desconhecido bem próximo dali.

O lugar estava mais frio do que antes, as paredes estavam úmidas e em algumas partes do teto de pedra se encontravam goteiras, nada disso passou despercebido por Sakura. Ela chegou à conclusão de que estavam um nível abaixou da superfície e que acima deles não havia casa ou qualquer outra coisa. Estava chovendo lá fora e eles estavam em algum tipo de abrigo para furacões ou terremotos, já que o lugar parecia aguentar impactos como aqueles por ser bem reforçado por dentro.

Há algumas horas atrás Obito estava parado frente a eles com uma câmera na mão, disse que guardaria aquelas cenas como recordação, mas nem mesmo Naruto acreditou naquilo. Ele e Sakura estavam bem machucados e totalmente sujos, suas roupas rasgadas e cabelos bagunçados e para piorar a rosada soluçava de tanto chorar.

– Olhe para a câmera, garota – Foi o que Obito disse para a Haruno, chegando bem perto dela enquanto filmava. – Diga por que choras. Diga do que sentes falta. Diga o que sentes agora.

Naruto não conseguiu acreditar quando a ouviu pronunciar o nome de Sasuke quase como um sussurro.

– Diga mais alto – Provocou Obito. – Diga com toda a dor que estas sentindo.

– Sa... Sasuke-kun – Ela disse com angustia, fechando os olhos com força e desviando o rosto da câmera.

– Já está bom. – O homem se levantou e apontou a câmera na direção do Uzumaki. – E quanto a você? O que tens a dizer a mim?

O loiro rosnou em resposta.

– Ora, ora! – Exclamou Obito. – Isso foi ótimo.

Então se retirou sem dizer mais nada.

– Sakura-chan! – Naruto a chamou. – Sakura-chan, por que você...?

– Eu não sei – Ela o interrompeu com a voz fraca. – Sinto tanta falta dele.

Foram as únicas palavras que ela disse, pois era a única coisa que ela conseguia pensar no momento.

Nos Estados Unidos...

Sasuke ainda não estava acostumado com o lugar onde viveria, o prédio em formato de U era realmente grande, deveria ocupar um quarteirão inteiro, porem só era composto pelo andar térreo e o subterrâneo, o qual ele era proibido de entrar em muitas salas e quartos. O garoto era tratado como um hospede naquele lugar, apesar de receber muitas ordens e não poder sair dali de jeito nenhum, sua saída era autorizada somente com o motorista que o levava para a escola militar e depois o buscava. Nada alem disso.

A escola militar era só para garotos e Sasuke não fazia questão de dirigir a palavra a nenhum deles. O Uchiha era o aluno mais aplicado da turma e por essa razão era, algumas vezes, motivo de piadinhas dos colegas de classe. Ele apenas os ignorava. Tinha em mente o que Madara o disse há tempo atrás: estar ali agora era um desejo de seu pai. Mal sabia ele o tamanho daquela mentira.

As coisas que aconteciam naquela grande casa ainda eram desconhecidas pelo Uchiha mais novo. Até onde Sasuke sabia só moravam ali: Orochimaru, Kabuto e ele. Porem algumas pessoas os visitavam com freqüência e o moreno era proibido de conversar com qualquer uma delas. Eram geralmente homens, que ao ver de Sasuke tinham muito dinheiro, devido as roupas e os carros que tinham. O que aqueles homens queriam com alguém como Orochimaru? Era isso que o garoto estava interessado em descobrir.

Em uma dessas visitas, Sasuke resolver seguir Orochimaru e o homem rico, sorrateiramente.

Nos primeiros corredores conseguiu mantê-los em seu campo de visão, mas em uma das curvas os perdeu completamente de vista. Ouviu passos atrás de si, vindo em sua direção. Kabuto, pensou imediatamente e se apressou a entrar na porta mais próxima, agradeceu a Kami-sama quando girou a maçaneta e ela estava aberta.

Do lado de dentro Sasuke encostou o ouvido na porta de madeira e esperou que os passos se distanciassem, só quando não pôde mais ouvi-los se concentrou em onde estava. Deixou seu corpo escorregar até sentar no chão, respirando aliviado. Semicerrou os olhos para se acostumar com a iluminação nada boa daquele quarto. Observou a existência de alguém deitado em uma cama e estranhou, não sabia que havia mais alguém morando ali.

Curioso Sasuke se levantou e se aproximou. Quando reconheceu quem era quase caiu para trás de surpresa.

– Suigetsu? O que você faz aqui?

O garoto de cabelos brancos abriu os olhos devagar, parecendo tão confuso quanto Sasuke.

Suigetsu se sentou na cama e olhou para cima, encarando os olhos ônix. De repente pareceu reconhecer quem estava em sua frente e abriu um sorriso sem vida.

– Sasuke? Sasuke, que bom te ver! – Exclamou com a voz fraca.

Em seguida Suigetsu abaixou a cabeça apoiando as mãos se apoiou nos joelhos e vomitou um jato de água.

– Mas o que!? – Sasuke estava incrédulo com o que acabara de ver. – O que aconteceu com você?

– Você não sabe? – Ele passou as costas da mão para limpar a boca e olhou malicioso para o moreno. – Não faz ideia de quem fez isso comigo?

– Orochimaru...


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso. Não posso prometer que o próximo vai vim rapidinho, já que né...
xx



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