Vida Complicada escrita por Cel di Angelo, Cel di Angelo


Capítulo 40
A Dracaena


Notas iniciais do capítulo

Hey, people, voltei! (Avá, jura?) Para sua alegria! Ou Não!
Bem, ao tão esperado capítulo ~sqn. Espero que gostem e DEIXEM REWIEWS. VOCÊS NEM IMAGINAM O QUE EU PLANEJO AQUI MUAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
Bem, sem mais blá blá blás ~le cover de Mr. D~ ao capítulo. Hope ya have fun!



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A constellation of tears on your lashes

Burn everything you love, then burn the ashes

In the end everything collides

My childhood spat back out the monster that you see

My songs know what you did in the dark - Fall Out Boy, My Songs Know What You Did In The Dark

–––––––––––––––––––––––––––––––

Olhei para o que estava em cima de mim. E então soltei um grito de desespero.

O que eu olhava não era nem de longe humano. Aquilo era um monstro, saído diretamente dos meus piores pesadelos.

Eu não sei descrevê-lo. Parecia uma mulher normal da cintura para cima, exceto talvez pelas asas de couro, pontudas e afiadas. E os cabelos que brilhavam, vermelhos como o fogo. Da cintura para baixo era uma cobra, na verdade dois corpos de cobras, como pernas. No rosto haviam presas – grandes e afiadas presas de bronze – e olhos completamente vermelhos.

– Filha do mar – ela sibilou. – Finalmente consegui te pegar.

Tentei me movimentar, rolar para o lado, mas os braços do monstro me prendiam no chão e suas garras estavam segurando meus ombros. Tentei chutar e espernear, mas o monstro afundou suas garras nos meus ombros e eu gritei de dor.

Olhei para Nicolly que estava parada em choque atrás do monstro. Eu sabia que ela estava desarmada. Droga.

Fiz a única coisa que me ocorreu. Tirei meu anel da mão direita e o atirei. O monstro desviou e riu.

Pense rápido, Nick, eu pensei.

– Achou mesmo que iria me acertar com um anelzinho bobo? – o monstro sibilou rindo.

– Acho que acertei – eu disse vendo Nicolly pegar o anel e o transformar na minha espada. – Devia aprender a olhar para os lados quando atacar.

– O que... – ela não completou a frase pois Nicolly cortou sua cabeça fora. Ela soltou um sibilar estranho e se desfez em pó.

– Parabéns – eu disse à Nicolly enquanto levantava a mão para limpar a poeira do meu rosto e me arrependi no mesmo instante. Ai. Senti uma dor aguda e lascinante nos meus dois braços. Fiquei parada no mesmo instante.

– Fique quieta – ela ordenou. – Não tenho certeza se você pode movimentar o braço. – ela pareceu pensar. – Fique aqui. Eu vou chamar o Nico. Ou o Quíron.

– Não mesmo – eu disse. – Se o Nico me ver assim ele vai ter um ataque. Me ajuda a levantar. Vamos falar com o Quíron.

Ela me ajudou a levantar, o que foi pior do que a dor de levantar o braço. Sustentar o braço machucado era ainda pior.

– Consegue colocar o braço no meu ombro? – ela perguntou.

– Acho que sim – tentei ignorar a maldita dor no braço e me apoiei nela.

– Vamos – ela disse.

– E o monstro? O que era aquilo?

– Não sei – ela disse. – Ainda bem que você teve a ideia de mandar o anel para mim. Eu estou desarmada.

– Aprendendo do pior jeito o que acontece quando se anda desarmada – eu disse tentando fazer piada.

– A questão é: o que aquilo estava fazendo aqui? – perguntou Nicolly.

– Não faço a menor ideia – eu disse. – Vamos falar com o Quíron.

– Tem razão – disse Nicolly. – Vamos lá.

Saímos andando o mais rápido possível em direção ao refeitório. Todos se viraram para nós e nos olharam com curiosidade – as duas semideusas, as únicas filhas de Poseidon, com as roupas sujas, completamente cheias de terra e poeira de monstro e uma com os braços totalmente ensanguentados. Fomos até onde Quíron e o Sr. D estavam e paramos para recuperar o fôlego.

– Um... monstro... nos... atacou – eu disse entre arquejos, enquanto tentava fazer minha respiração voltar ao normal.

– VOCÊ FICOU MALUCA?!? – gritou Nico levantando da mesa de Hades e vindo em nossa direção. Droga. Todo o esforço de andar até ali para ele não me ver machucada foi por água abaixo (porque isso soou irônico? Só porque eu sou uma filha de Poseidon? O.o). – O QUE EM NOME DE HADES ACONTECEU COM ELA? POR QUE NÃO LEVOU ELA PARA A ENFERMARIA? – ele gritou. Parou na minha frente e me pegou no colo de um jeito delicado.

– Isso realmente não é necessário – eu disse. À essa altura todos os campistas que estavam no refeitório já haviam feito uma rodinha em volta de todos nós. – Eu vim andando aqui sozinha. Me ponha no chão.

– Não mesmo.

– Depois vocês discutem quem põe quem no chão. Expliquem o que aconteceu. Agora. – disse o Sr. D.

– A gente tava nadando... – eu disse.

– Típico – disse algum dos campistas.

– E fomos até o chalé de Poseidon para trocar de roupa para virmos jantar. Depois que nos trocamos, viemos andando até o refeitório – disse Nicolly.

– Quando passamos na frente do bosque, do nada um bicho muito estanho pulou em mim e... – eu continuei.

– Espera. Como era esse bicho, love? – perguntou Nico. Ouvi algumas garotas do chalé de Afrodite suspirarem quando ele disse "love".

– Eu não sei descrevê-lo. – eu disse. – Parecia uma mulher normal da cintura para cima, exceto talvez pelas asas de couro, pontudas e afiadas. Da cintura para baixo era uma cobra, na verdade dois corpos de cobras, como pernas. – eu disse me encolhendo ao lembrar daquela cena horripilante. Nico me abraçou com mais força.

– E no rosto haviam presas, grandes e afiadas presas de bronze, e olhos completamente vermelhos – disse Nicolly completando.

– Dracaena – disse Quíron.

– Quíron, como ela conseguiu entrar? – perguntou Percy se aproximando.

– Não sei, Percy – disse Quíron. – Sr. D? A barreira. O senhor consegue senti-la. Tem alguma ideia de como o monstro entrou aqui?

– Alguém aqui de dentro deve tê-lo convocado. A barreira está intacta – respondeu o Sr. D examinando as marcas de garras no meu braço.

Ouve um burburinho por entre os campistas. Eu não ouvia as palavras exatas, mas podia imaginar sobre o que era. Uma missão e um ataque de monstro no mesmo dia? Eu podia ver porque eles estavam apreensivos.

– Hum – Dioniso ainda analisava meu braço. – Não está envenenado. Isso pode ser facilmente curado – ele passou a mão por cima do meu ombro e os machucados se fecharam.

Os campistas estavam todos em choque, até mesmo Nico e Quíron. Acho que não esperavam que o Sr. D curasse uma campista, ainda mais uma novata.

– Obrigada – eu disse.

– De nada, querida – mais burburinho ainda pelo "querida". – Quero você na minha sala depois que jantar. Vamos descobrir como esse monstro entrou aqui – e ele se virou e saiu do refeitório.

Os campistas se recuperaram lentamente do choque e voltaram à suas mesas, exceto Nico, que ignorou totalmente as regras e se sentou do meu lado na mesa de Poseidon. Quíron fingiu que não viu. Ele parecia saber que não adianta discutir com o Nico. (N/A: Porque será que isso me lembra alguém, hein, Kamilla? kkkkk).

– Como vocês acham que aquela coisa entrou aqui? – perguntou Nicolly para Percy.

– Só há duas formas de entrar no Acampamento. Ou pela barreira mágica, que só entram campistas autorizados e seus acompanhantes, ou pelo Punho de Zeus, que é uma rocha que já foi a entrada para o Labirinto.

– "O" Labirinto? – perguntei. – O de Dédalo?

– Esse mesmo – disse Nico. – Mas ele foi destruído quando Luke Castellan, o servo mais dedicado de Cronos, atacou o Acampamento e houve a batalha do Labirinto. Dédalo morreu. E o Labirinto morreu com ele. Então o Punho de Zeus não é uma opção.

– E se... – começou Percy, mas se interrompeu. – Não, esqueçam. É bobagem.

– O que? – perguntei.

– E se o Labirinto não foi destruído de verdade? E se ele foi apenas vedado? E se Dédalo estivesse enganado sobre o Labirinto estar ligado à sua força vital? Quer dizer, ele era filho de Atena, mas ele poderia se enganar – disse Percy.

– Não é possível... – disse Nico. – Ou é?

Nenhum de nós sabia a resposta. Comecei a comer minha comida em silêncio, tentando pensar numa resposta. Se eu fosse um monstro, como eu entraria no Acampamento Meio-Sangue sem ser vista? Pela frente, havia o dragão, Peleu, protegendo o velocino. Pelas árvores, talvez. Mas como chegar lá sem que nenhuma ninfa, sátiro ou mesmo um campista visse? E ainda haviam os arqueiros que treinavam em árvores mortas no bosque e com alguns monstros que eram mantidos ali para treinamento. E o capture a bandeira de quatro dias atrás. Não, tenho certeza de que alguém teria notado um monstro diferente no bosque. Então por onde aquilo entrou?

Olhei para fora do refeitório. O pavilhão, em estilo grego, era aberto, então eu podia ver o bosque. Desviei os olhos para o mar. As ondas estavam se revolvendo com uma força maior do que o comum. Será que papai estava preocupado comigo e com Nicolly? O mar parecia muito bravo.

O mar, pensei. Um lugar tão bom de ficar e nad...

~le barulho de freio de mão de carro dentro da minha cabeça~ Espera. Para tudo. Para o mundo que eu quero descer. O que eu acabei de pensar?

O mar.

Era isso. Arregalei os olhos quando percebi. O mar. A barreira não cobria todo o mar. Alguém poderia facilmente mergulhar e prender a respiração por tempo suficiente para atravessar a barreira. O que o tubarão dissera? Aqui é perigoso. A barreira é mais fraca debaixo d'água. Monstros se mantém longe, mas alguns ainda arriscam. Só os mais fortes conseguem passar, mas o Senhor Poseidon pediu a todos os seres marinhos desse lugar que matássemos qualquer monstro que ousasse tentar atacar o Acampamento onde estavam seus filhos.

Só os mais fortes conseguem passar. Talvez a tal dracaena tenha passado despercebida pelos animais marinhos. E então eu me lembrei dos detalhes mais pavorosos de todos: o movimento da água perto da rocha, justo quando eu levantei, a chama vermelha que eu vira em baixo d'água, que combinava perfeitamente com a cor dos cabelos da dracaena.

– Não foi a primeira vez – eu sussurrei com os olhos arregalados, interrompendo Nico enquanto ele falava algo.

– O que? – perguntou.

– Não foi a primeira vez – repeti.

– Como assim? – disse Nico. – Claro que foi a primeira vez que um campista é atac...

– Na verdade – interrompeu Percy. (N/A: Realmente, Nico. Tá difícil pra você falar, hein? / N/Nico: ¬¬'). – Eu já fui atacado assim, e...

– Não é sobre isso que eu estou falando – interrompi-o. Me virei para Nicolly, que me olhava com curiosidade. – Lembra de quando estávamos indo embora daquela rocha debaixo d'água, um pouco antes de irmos ao chalé?

– Lembro – ela disse me olhando com curiosidade.

– Dá pra explicar pra gente o que está acontecendo? – perguntou Percy. O ignorei.

– Você lembra o que eu te perguntei antes de deixarmos o rochedo? – perguntei.

– Sim, você me perguntou se... – a verdade pareceu atingi-la. – Deuses! Ela estava lá!

– Sim – eu disse para Nicolly. – Ela deve ter tentado me atacar com as garras, mas eu me levantei no exato momento em que ela foi me atacar. Por isso eu só senti o movimento da água. E segundos antes de sairmos, eu vi um pouco do cabelo vermelho.

– Do que vocês estão falando? – perguntou Nico frustrado.

– Deuses! – disse Nicolly. – Ela estava mesmo lá! Ela deve ter nos seguido da praia, mas perdeu nosso rastro. Então foi para o bosque. E nós passamos lá logo em seguida, tentando-a a atacar novamente.

– Di immortales – eu disse.

Nico segurou meu queixo e o virou em direção ao seu rosto.

– Dá pra nos dizer o que está acontecendo? – perguntou ele.

Contei a eles minhas conclusões e como eu achava que a dracaena tinha se infiltrado dentro do Acampamento.

– Temos que colocar vigias lá – disse Percy quando eu acabei. – Vou falar com Quíron – ele terminou, se levantando da mesa.

– Vamos – disse Nico. – Temos que dormir. Mesmo com esse ataque de hoje, ainda temos que partir em uma missão amanhã.

– Tem razão.

Nos levantamos da mesa. Fomos andando calmamente, de mãos dadas, até o chalé de Poseidon.


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Notas finais do capítulo

Me mandem para o Tártaro por terminar o capítulo ae kkkkkkkk
Mereço rewiews? Recomendações? Tiros na testa? Cartas-bomba? Declarações de amor? Planos para dominar o mundo? Talvez planos terroristas? Bombas nuclares?
E no próximo capítulo: Hentai *o* e os últimos preparativos para a missão começar! Vocês nem imaginam os meus planos para essa missão MUAHAHAHAHAHAHA ~le risada maníaca~ cof cof cof kkkkkkk
~ beijinhos com gostinho de Billie Joe Armstrong *OMFGs*