And a girl walk by won't matter, 'cause you're looking so much better

Don't ever need to get caught up in jealously

She could be a supermodel, every magazine the cover

She'll never ever mean a thing to me - Jesse McCartney, She's No You

–––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

– O Time Azul venceu! – declarou Quíron.

Todos comemoraram. Então Nico me colocou em seus ombros e Jason foi levantado em cima de um escudo por alguns guerreiros. Todos gritavam nossos nomes e eu sorria como nunca. Não cabia em mim de felicidade. Eu, uma novata, conseguira vencer de campistas experientes. Claro, eu tive a ajuda de Jason, mas eu não me sentia inferior à ele. Eu sentia como se pudesse ser sua parceira, e não sua aprendiz.

Eles nos carregaram até o pavilhão para recebermos coroas de louros. Devo admitir que eu estava à ponto de chorar de felicidade quando Quíron pôs a coroa na minha cabeça. E depois, quando Nico me beijou na frente de todos, eu quase desmaiei.

Ficamos comemorando até tarde. Quíron nos deixou passar um pouco do toque de recolher para podermos comemorar. Eu recebia vários tapinhas nas costas e milhões de "Bom trabalho!" ou "Muito bom, garota!". Mas o melhor foi quando Percy apareceu e me abraçou.

– Estou muito orgulhoso de você, irmãzinha. – ele disse.

– Obrigada, mano – eu disse. Então Nicolly empurrou Percy e me abraçou.

– Muito bem, mana. – ela disse. – Você precisava ter visto o que aconteceu enquanto você tinha ido buscar a bandeira. Primeiro vieram os chalés inteiros de Afrodite, Anfitrite, Tritão e Circe. Houve um monte de duelos para todo lado. E então, quando todos eles estavam presos no chão como reféns, vieram os chalés de Ares, Hermes, Íris e Deméter. Foi uma confusão. Os filhos de Íris e Deméter não são violentos, então foi fácil. O chalé de Hermes, que é o deus dos ladrões, tinha  muitas armadilhas e vários de nós fomos capturados. Eu não fui capturada porque estava perto de Percy, lutando contra os filhos de Ares. Por serem filhos do deus da guerra, eles são MUITO violentos...

– É, eu notei – respondi indo para perto de Nico e me sentando em seu colo, fazendo-o sorrir. – Eram dois filhos de Ares que guardavam a bandeira.

– Então, e eles atacavam-nos com toda a força, mas nós estavamos dentro do riacho. E eu fiquei, tipo, alôo, baby, somos filhos de Poseidon. Temos poderes na água. Dãaa. Idiotas. Então eles foram derrotados e você chegou com a bandeira. Como você conseguiu pegá-la? – perguntou Nicolly se sentando ao lado de Nico.

Essa parte todo mundo quis ouvir, então tinha uma multidão olhando para mim com expectativa. Então eu narrei a história toda, desde o meu plano de ir pelas árvores até o salto nos guerreiros que guardavam a bandeira. Jason de vez em quando me interrompia e completava alguma coisa que eu tinha deixado passar. E quando ele contou como eu atacara os guerreiros com a água do riacho, vi vários rostos me olharem com admiração. Percy, Annabeth, Thalia e Nicolly me olhavam com orgulho, assim como Nico, que passava o dedo delicadamente no corte no meu rosto. Corei.

– Uau – disse um dos filhos de Apolo. – Você é bon... – então ele viu a cara de desgosto que Percy fez para ele – boa. É, você é muito boa.

Depois desse comentário, eu só vi Nico indo pra cima do garoto e ele caindo no chão com o nariz sangrando. Eu tentava separá-los enquanto Percy e Nicolly riam igual retardados e gritavam para Nico bater mais no garoto.

– BATE MAIS NELE, NICO!!! – gritava Nicolly. Menina barraqueira essa. (N/A: E ela está aqui do meu lado dizendo isso kkkkk / N/Nicolly: Adoro uma briga kkkkkkk)

– Que besteira, garotos! – disse Kamilla, tentando me ajudar a parar os garotos.

– Nico, foi só um elogio! – eu gritei. E, quando eu consegui fazer com que Nico parasse de brigar e me ouvisse, o filho de Apolo deu um soco em seu rosto – Dá pra alguém segurar o filho de Apolo?!? – perguntei gritando, enquanto tentava separar Nico do outro garoto de novo.

Kamilla e um menino que surgira do além se juntaram para segurar o filho de Apolo enquanto eu e Annabeth segurávamos Nico. Era difícil, ele era muito mais forte do que eu, mas, pelo visto, a Ann era mais forte do que ele. Fomos arrastando Nico (que xingava igual a um condenado e gritava insultos para o filho de Apolo, que fazia o mesmo) até o seu chalé.

– Pode me deixar aqui – eu disse para Annabeth. – Eu cuido disso.

Ela apenas assentiu e saiu do chalé.

Tranquei a porta e coloquei a chave na bainha da minha espada.

– O que foi isso? – perguntei irritada à Nico que estava emburrado em cima da cama. – Não sabia que você era tão ciumento. – disse, indo ao banheiro e enchendo uma bacia com água gelada e peguei um pano seco.

Me sentei ao seu lado na cama e comecei à cuidar de seus machucados. Ele se machucara mais na batalha do Capture a Bandeira do que na briga. Limpei seus cortes enquanto ele fazia cara feia pra mim. Então dei uma olhada em seu nariz. Havia parado de sangrar, mas devia estar quebrado, devido ao murro que ele levou do outro garoto.

Por minha culpa, me lembrei. Se eu não o tivesse distraído, ele não estaria machucado.

E então o que? perguntei à mim mesma. Ele estaria brigando até agora se eu não tivesse intervindo.

– Acho que está quebrado – eu disse à Nico.

– Tem uma garrafa de néctar dentro da minha jaqueta preta – disse ele.

Peguei a garrafa e lhe entreguei. Pra que ele queria aquilo, eu não sabia. O que era o tal néctar? De acordo com a mitologia grega, Néctar era a bebida dos deuses, tendo poderes curativos em semideuses, desde que não ingerida em quantidades muito grandes, senão o sangue do semideus viraria fogo e os ossos virariam cinzas. Será que isso era real?

Ele deu um gole e imediatamente os cortes começaram a fechar. Vi ele segurar o nariz na posição correta para que ele não ficasse torto. E então ele o soltou. O nariz estava no lugar certo. Os cortes estavam fechados.

– Como... como isso é possível? – perguntei. Ele apenas deu um sorrisinho e disse:

– Mágica.

– Hahaha. – eu disse. – Sente-se melhor?

– Muito – ele disse e então corou. – Me desculpe por aquela cena no refeitório. – ele disse constrangido. – Eu apenas não consegui me controlar quando ouvi o que aquele garoto quase disse sobre você, e então o duplo sentido do "boa". – ele torceu o rosto. – Se eu o pego de novo, eu vou...

– Você não vai nada. – eu disse. – Você vai é tomar um banho e deitar. Vamos, vamos... Andando. – eu disse puxando-o para fora da cama e empurrando-o em direção ao banheiro. – Ande logo.

– Não sem antes cuidar dos seus cortes. Você cuidou de mim e agora eu vou cuidar de você.

– Nico, realmente, não é necessá... – não terminei, ele já havia me colocado ao seu lado na cama e estava passando o outro lado do pano no meu rosto gentilmente. Não pude deixar de sorrir.

Porém, quando Nico começou a limpar o corte no meu braço, não pude deixar foi de me encolher.

– Está doendo?

Apenas concordei com a cabeça. Depois de limpo, o corte no meu braço parecia bem pior, pelo menos o sangue mascarava um pouco o seu tamanho. Era um corte profundo.

– Aqui – disse ele me entregando da garrafa de néctar.

Tomei um gole. Levantei uma sobrancelha. O néctar tinha um gosto indescritível. Por fora, parecia suco de maçã, mas o gosto não tinha nada a ver. Era algo como chocolate belga derretido, o meu preferido.

– Tem gosto de que? – perguntou ele.

– Como assim? – perguntei. Ele havia tomado o néctar. Como ele poderia não saber de que era?

– Para cada semideus tem um gosto diferente. Para mim, é chocolate derretido.

– Para mim também – respondi surpresa.

Ele sorriu.

– Parece que combinamos, Srta. Fonseca – disse ele com voz de professor.

– Parece mesmo, Sr. di Angelo – respondi no mesmo tom.

Começamos a rir igual retardados.

– Pronto – eu disse lhe dando um selinho. – Você já cuidou dos meus machucados. – (N/A: Mentirosa, e o corte na barriga? / N/Cel: Shut the fuck up, ele não precisa saber que eu estou mais machucada u.u) – Agora você vai tomar um banho e ir dormir.

Ele suspirou.

– Tudo bem, você tem razão – disse ele me dando um beijo rápido.

Ele entrou no banheiro e eu ouvi uma batida na porta. Abri e vi Hazel. Eu havia me esquecido completamente dela quando tranquei o chalé.

– Ah, me desculpe! – eu disse e dei passagem para ela entrar. Ela entrou e se jogou na cama. – Eu esqueci que você também dorme aqui! Eu estava tão preocupada em segurar o Nico aqui que esqueci que você também precisava entrar! – ela riu e disse:

– E aí? Onde está o meu irmão brigão?

– Tomando banho – respondi. – Pelo menos ele ficou mais calmo depois que falou comigo. Então eu cuidei de seus machucados e ele foi tomar banho.

– Ah – respondeu. Então ela tirou a armadura e a guardou.

Minutos depois, Nico saiu do banho com apenas uma toalha enrolada no corpo e pegou algo no seu closet. Eu simplemente babava. Deuses, que visão divina.

– Hazel, se for tomar banho, pode entrar. – ele disse e entrou no closet.

Hazel entrou no banheiro e Nico saiu do closet alguns minutos depois usando somente uma bermuda (N/A: Avá, ele estaria usando duas, como alguém normal ¬¬' N/Cel: Você me entendeu). Ele deitou na cama e seu cabelo molhado fez sombra em seus olhos. Ele acenou para que eu me deitasse ao seu lado. Eu apenas me apoiei na cama e o beijei.

– Nico, eu tenho que ir. Eu já dormi aqui ontem, as pessoas vão falar.

– Você se importa com o que elas dizem? – ele perguntou.

– Não – respondi.

– Então?

– Tudo bem – cedi. – Eu só vou no meu chalé tomar banho e trocar de roupa e então venho pra cá, ok? – disse. – Já volto.