Vida Complicada escrita por Cel di Angelo, Cel di Angelo


Capítulo 2
Não se ela fosse metade maga...


Notas iniciais do capítulo

Sei que o último capítulo foi fail, mas esse é mais dramático...



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Let's turn on that radio as loud as it can go

Wanna dance until my feet can't feel the ground

Say goodbye to all my fears, one good song, they disappear

And nothing' in the world can bring me down - Jonas Brothers, Play My Music

––––––––––––––––––––––––––

Flashback on

De uns dias pra cá, minha mãe estava mais agitada do que de costume, andando pela casa apressadamente e arrumando as coisas. Eu chegava da escola e ela parava abruptamente, como se tivesse sido pega por um holofote. Três dias atrás eu mandei na cara, depois de ela ter pulado quando eu abri a porta de casa:

– Tá fugindo de que? – perguntei irritada.

– Nada, querida. Nada. – ela tinha dito como se "nada" fosse a pior coisa do mundo.

Flashback off

Agora eu via que as histórias que ela havia me contado eram verdade, pelo menos a lenda do pégaso.

– O que é isso? – perguntei pausadamente, quase engasgando no final.

– Um pégaso – disse o garoto.

– Eu sei que é um pégaso – respondi – mas isso é real? Não, claro que não é real. Pégasos não existem! Eu devo estar sonhando de novo. É. É isso. Eu estou apenas sonhando.

– Celynne, você é quem mais conhece mitos antigos da sala. Por isso começamos a observar você e esse seu interesse por mitos. Falamos com sua mãe. Ela nos disse que você é uma semideusa, assim como nós.

– Uma semideusa? – engasguei. – Vocês estão loucos! Eu sou uma semideusa apenas nas histórias da minha mãe! São histórinhas para dormir! Acordem!

– Você tem dislexia, não tem? – disse Thalia – E também tem TDAH, assim como nós. Encare os fatos. Você é uma semideusa.

Uma semideusa...

– Err... É muito para processar – eu disse me encostando ao muro frio e com a cabeça girando.

Vocês devem estar se perguntando: Se você diz tanto que não acredita, porque você está assim? O problema é que eu tinha uma suspeita desde pequena, que talvez o que a minha mãe me dizia poderia ser verdade, eu nunca admitiria em voz alta, mas, sim, eu acreditava nas historinhas bobas da minha mãe.

– Ei, nós precisamos voltar à sua casa para avisar sua mãe que você já está vindo conosco. E tem que ser bem rápido, a não ser que queira que monstros nos ataquem. Somos muitos e provavelmente estamos emitindo tanta aura de semideus que qualquer monstro à dez quilômetros daqui sabe onde nos encontrar – disse Percy.

– Para aonde vão me levar? – perguntei.

– Acampamento Meio-Sangue – disse ele.

– Vamos? – disse Thalia.

– Vamos – concordei.


Cheguei em casa igual a um furacão, chamando minha mãe.

– Aqui, querida – respondeu ela.

Sua voz parecia vir da sala, então é pra lá que eu fui, seguida por Thalia, Percy e Annabeth. Ao vê-los, minha mãe ficou pálida.

– Já chegou a hora? – perguntou ela.

– Sim – disse Annabeth. – Temos que levá-la, mas antes temos que perguntar: você sabe quem é o pai dela?

– Poseidon – respondeu minha mãe.

– Impossível – disse Percy – Eu sou filho de Poseidon. Somos muito poderosos. É quase impossível esconder nosso cheiro.  Ela teria sido atacada muito antes.

– Não – disse a minha mãe – se ela fosse metade maga.

Todos olhamos chocados para ela.

– O que??? – perguntei ao mesmo tempo em que Percy, Thalia e Annabeth.

Então, como se meu dia não tivesse sido estranho o bastante, minha mãe foi até seu quarto e buscou uma bolsa. Eu já vira ela usar aquela bolsa milhares de vezes, mas nunca havia visto o que havia dentro.

Minha mãe abriu a bolsa e da lá tirou uma estranha espada, a lâmina tinha uma curvatura em forma de lua crescente e parecia horrivelmente não prática, uma varinha, um cajado, um pedaço de corda e algo parecido com argila para modelar.

– É uma Kopesh, – disse minha mãe, mostrando a espada. – A varinha é usada para feitiços defensivos e o cajado para os feitiços ofensivos, a corda é encantada para amarrar qualquer inimigo e a argila é para o meu shabti, uma espécie de boneco que trabalha para mim. Ele é feito dessa argila.

– Hã... Ok – disse Annabeth, se recuperando. – faça logo a mala! – disse ela, virando-se para mim.

– Vou ficar lá quanto tempo?

– Provavelmente até o final do outono.

Corri  para o meu quarto. Ele era todo pintado de preto e com um monte de pôsters de bandas famosas de Rock.

Puxei a mala de cima do guarda-roupa, ela era preta com desenhos de caveiras em branco. Abri de supetão o guarda-roupa e tirei, numa braçada só, todos os cabides de roupas.

– Você só tem roupa preta? – perguntou Annabeth.

– Não – eu disse. – Eu apenas só uso roupa preta. – disse correndo e colocando minhas calcinhas e sutiãs na mala.

Corri para a minha cômoda e coloquei meus acessórios e minhas bijuterias, meus cremes e cds, meu notebook, meu celular (embora Annabeth tenha me dito que isso não era recomendável), arranquei meus pôsters da parede e coloquei na mala (vai saber porque eu coloquei isso), fones de ouvido extras, sapatos, meu travesseiro com fronha preta e as palavras Green Day bordadas em verde (eu não durmo com outro), meu cobertor preto felpudo preferido (mesmo caso do travesseiro) e livros (eu amo ler, mesmo com a dislexia).

Não sei como tudo aquilo coube na mala, mas tá valendo. Fechei o zíper correndo e fomos para a sala.

– Já estão indo? – disse a minha mãe.

– Temos que ir antes de sermos atacados! – respondeu Annabeth.

– Vamos – eu concordei. – Tchau, mãe. Vou sentir sua falta. – disse correndo para abraçá-la.

Não esperei sua reação e saí correndo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
Bem, vai ter muito mais ação no próximo capítulo
~Cel saindo. Beijos com gostinho de Billie Joe Armstrong *o*