Totalmente Humana? escrita por Ana Mercedes


Capítulo 5
Sentimento muito humano


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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“Sabe Jeb...” comecei pensativa, será que ele saberia algo do que estava acontecendo com o Ian? Afinal eles eram amigos e homens “ não é comigo em si que estou preocupada... não sei direito essas coisas Jeb, eu posso ter passado por diversos planetas, mas nunca em algum que eu queria realmente estar e agora nesse daqui eu além de encontrar uma família, encontro um amor, estou meio que me sentindo... não sei, sinceramente não sei, de como funcionam essas coisas, pois esse corpo nunca amou, ou vivenciou o amor, no entanto sinto em cada parte de mim a ligação forte que tenho com Ian, mas não sei como fazer!” desabafei, me segurando para não chorar, pela primeira vez me veio na mente a palavra: “ataque histérico”.

“Poxa, não sabia que era tanto, vamos andar um pouco, acho que eu preciso de um ar para poder responder ou tentar te ajudar, está bem Peg?” pela primeira vez vi também Jeb não ter uma resposta na ponta da língua.

Andamos, até estarmos na minha parte favorita na caverna, onde dava pra ver os espelhos refletidos e como a “mágica” de Jeb funcionava, estávamos trabalhando ali com o arroz e o trigo e agora seria mais fácil, tendo mais mãos para ajudar.

“Bom...nunca tive essa conversa com minha filha, pensando bem, acho que ela nunca me ouviu, sempre preferia ouvir a mãe dela, aquela velha rabugenta” brincou Jeb, ele ria mas eu sentia o amor que ele tinha por Tia Maggie.

“Não consigo entender ainda, esse corpo não traz muitas lembranças e nem muito menos de experiências” admiti, desapontada

“Não sou bom com essas coisas!” disse Jeb, mais pra si mesmo do que pra mim

Ia começar a falar e questionar, quando Jeb se colocou na minha frente com as palmas das mãos estendidas demonstrando pra eu esperar.

“Quer saber? Tenho você como minha filha Peg ,mas esses assuntos ‘femininos’, melhor outros tratarem, a Melanie talvez. Ela é nova, mas tem bastante experiência e sabe das coisas” ele dizia como tivesse feliz em pular essa conversar “e se não conseguir, por ultimo me procure, por favor, me livre desse trabalho” brincou ele, enquanto virava as costas e ria sozinho.

Sentia-me como se estivessem me escondendo algo, como da vez que me esconderam o ‘trabalho’ do Doc, quando entrei na sala e vi...melhor nem lembrar, aquela era uma lembrança na qual me esforçava pra nunca mais me lembrar.

Apostei corrida mentalmente sozinha, ainda mesmo que tivesse em outro corpo, trouxe um pouco das manias de Melanie, como amar correr e até mesmo futebol...falando nisso, lembrei, hoje teria a ‘união’ de todos lá, esse seria um evento no qual não poderia faltar, mas eu queria, afinal passando pelos lugares correndo, em cada canto aqui me lembrava de Ian, seus olhos, suas mãos em minha cintura, seus beijos...

Paah! Trompei de tudo com Melanie com umas caixas que trouxemos no caminhão. Certamente roupas.

“Hey, vai salvar quem agora?” disse ela, se levantando e me ajudando a levantar, com esse corpo pequeno que ganhei, era dificil eu não me machucar por ser fraquinha. Mas já me acostumei com esse corpo e não o que acabei de derrubar.

“Ninguém, ao contrario preciso que você me ajude!” – disse, já me limpando, estava com uma calça jeans e uma blusa regata azul. Melanie esta também de calça, mas um pouco desbotada e uma blusa branca com detalhes pretos, usava um óculos de sol que já tinha visto, só que com Jared.

“Hmmn, como poderia fazer isso? Com certeza, vou te ajudar, mas me diga como poderei fazer isso?” algo nela me deu a impressão dela já saber, será que Jeb já tinha encontrado ela antes?

“É sobre o Ian, eu não consigo entender o que eu fiz pra ele me tratar tão friamente, ele te disse algo? O que eu fiz? Foi algo que eu disse? Que eu não disse? Ele tá bravo? Ou triste comigo? Como faço pra me desculpar?...” começaram a borbulhar perguntas de não sei onde.

“Calma aê! Devagar, sou uma só, e, além disso, aqui não é lugar pra termos essa conversa, vamos pro meu quarto... Calma, não se preocupe, não será incomodo algum e Jared não esta lá para você não querer ir, ele esta descarregando as coisas também” ela disse rapidamente quando fiz uma careta na menção de ir pro quarto dela, até mesmo Jamie não gostava de ir lá, vai que íamos lá e víssemos uma cena...

“Esta bem!”

Caminhamos até o quarto dela e por costume não dava pra entrar ali e não lembrar das noites que passei dormindo aqui, como era bom ver as estrelas, e bom, a comparação de antes para hoje. Eu ri, algo nisso me fazia eu achar engraçado.

“Que foi de engraçado?” ela perguntou, jogando a caixa num canto do quarto e vindo em minha direção, mas logo se jogou na cama pra me ver melhor.

“Nada, deixa pra lá, bom Melanie, prefiro que tu me digas o que esta acontecendo, estou meio perdida nessa situação!” estava começando a me irritar.

“Está bem, vamos conversar. Primeiro você tira essa mania de culpa, você não fez nada de mal, Peg, você fez muitos amigos ultimamente, até mais que eu” brincou ela “Mas, um deles se destacou, o Burns, caramba, ele grudou em você que até mesmo pra mim era difícil chegar perto, você sempre estava cercada de muitos, admito que até senti um pouco de ciúmes, e saudades do tempo que vivia aqui dentro” disse ela, tocando na minha cabeça.

“Não entendo ainda, tipo eu entendo que me apeguei a eles, mas é comum pra mim, pois pra nós almas, sempre seremos criados com a intuição de ser sempre agradável com os outros, e eles sempre me queriam por perto. Burns é meu amigo, só, ele e eu conversávamos dos tempos que viajávamos pelos planetas, temos coisas em comum, além de termos trocado nossa espécie, e ciúmes? Não sei o que é isso, bom direito, teoricamente sei e não entendo o por que de você ter tido ciúmes de mim!” disse a mais plena das verdades.

Ela suspirou pesado antes de responder, ela tirou os óculos da cabeça e jogou longe, algo nos seus olhos estavam escurecendo. Tristeza.

“Peregrina, quem ama sente ciúmes, é natural, é um medo de ser trocado ou deixado, pode parecer bobo ou doido, mas é natural, eu que sou sua amiga, praticamente irmã senti, imagina Ian?! As vezes acho que é você que precisa de mim de volta pra dentro de seu cérebro, Ian te ama e está completamente louco de ciúmes. Quando ele ficava perto de mim e Jared, era mais pra se afastar de ver você com os outros, ver você dando tanta atenção e o Burns, esse com certeza o Ian detesta, ver ele te abraçando, rindo, te fazendo sorrir, fazia Ian o odiar, eu e Jared ficamos meio que em conflito se te contava ou não, pois sabíamos que isso você não entenderia!” declarou ela.

“Mas...não tem motivos pra isso, amo vocês, nunca trocaria vocês, amo o Ian mais que tudo!” era difícil colocar tudo em processamento, Ian com ciúmes de Burns, eu sendo tola de fazer Ian sofrer, sendo o motivo da ira de Ian...

“Vai devagar com os pensamentos, pois te conheço bem, algo em você sempre faz sentir que a culpa é sua, mas não é... e Peg, Ian pode estar frio agora, mas ele te ama sim e quer um conselho? Corra atrás de Ian e beije-o, esqueça tudo. Vai ser feliz irmã.” ela conclui o conselho, com um sorriso.

“Melanie...” comecei a falar, mas ela colocou as mãos na minha boca e me levantou, empurrando pra porta e dizendo no meu ouvido:

“Teremos todo o tempo do mundo, agora já esta me matando ver o Ian e você sem estar com os maiores sorrisos nos rostos, vai logo, depois conversamos, vai beija-lo”.

“Okay,obrigada Melanie, e sinto o mesmo por ti, você é minha irmã. Te amo e até depois” disse, mas já começando a correr.

“Também te amo, Peg!” – gritou Melanie, quando eu já estava no corredor.


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Notas finais do capítulo

n/b: Oiie, gente! Tudo bem com vocês? Espero que sim...
Por favor me digam o que estão achando da fanfic, comentem e ajudem a Ana a escrever cada vez melhor e mais.
Obrigada a leitora Thalita que comentou na capitulo anteiror, vamos lá temos oito leitores acompanhando a fic, saiam de seus esconderijos e apareçam, please!
Bem é isso, quando vocês comentarem, terá mais, semana que vem.
Beijo
beta lalac



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