A Prenda Imensa escrita por daghda


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Sétimo capítulo, sétima estrofe



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E apesar de terem conversado muito, e falado bastante sobre suas aventuras, e de sentirem tão fortemente o cansaço no corpo e na alma, não queriam ainda se separar. Queriam ainda saborear a presença uns dos outros ali, e não queriam que aquele momento acabasse. Então começaram a se observar carinhosamente e notaram mais uma vez, de uma forma diferente, que todos carregavam em seus corpos, mais do que em suas almas, feridas e hematomas.


Sim, as almas de todos sofriam amargamente a dor das crueldades da batalha, das mortes presenciadas, dos massacres e destruições testemunhados. E os corpos estavam bem deteriorados.


Hermione foi a primeira, talvez por ser a que mais dominava este tipo de feitiços, a curar as feridas mais graves de Rony e de Neville. Luna a acompanhou e começou a curar Harry e Gina. Muitos cortes foram fechados, muitos ematomas e inchaços também foram sarados. Por fim uma curou a outra na medida que seus conhecimentos permitiam.


E Harry se lembrou, um tanto descontraído de apresentar suas novas cicatrizes para os amigos que ainda não as tinha visto. E Levantou a blusa e mostrou o peito com uma marca arredondada,e  explicou que naquele lugar o medalhão de Slitherin que abrigava uma parte cruel da alma de Voldemort havia queimado e se prendido, e que a corrente que o prendia tentara matá-lo sufocado.


E Rony mostrou a cicatriz no braço, do momento em que havia estrunchado em uma aparatação.


Neville tinha uma coleção delas pelo corpo, todas causadas pelas torturas sofridas nas mãos dos Carrow.


Luna mostrou as suas, adquiridas enquanto estava aprisionada na mansão Malfoy.


Gina e Hermione as tinham em menor quantidade, mas ainda assim, também tiveram as suas para mostrar.


Enfim, começaram a falar emocionados das suas angustias e medos, do receio de nunca mais estarem reunidos como naquele momento. Harry falou, talvez pela primeira vez, e com certeza da forma mais profunda e intensa de sua vida, de seus medos e dores internas. E contou aos amigos que enquanto caminhava rumo àquilo que acreditou ser sua irremediável morte, tivera a companhia de seus pais, e de Sirius e Lupin, graças aos poderes da pedra que deixara perdida na floresta. E chorou. Chorou como uma criança. Como raras vezes na vida fizera. E se entregara aos braços de Gina, e aos olhares de seus amigos, todos orgulhosos dele, de seus feitos, e satisfeitos por que ele era um bruxo, um ser humano, tão igual a eles mesmos. E todos choraram junto com ele.


Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus



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