Maré De Sentimentos escrita por R_Che
Notas iniciais do capítulo
Hey!! Já mudei tudo para a casa nova e fiz uma pausa para postar este capitulo. Mas devo demorar um bocadinho para postar o próximo. Porque não tenho net cá ainda (estou a apanhar a do vizinho), e tenho de arrumar esta casa toda que ainda tenho tudo dentro de caixotes!Disfrutem!!
Já sentadas no restaurante, o silêncio entre elas estava a tornar-se incómodo. Quinn queria somente a companhia de Rachel, e a morena não sabia como comportar-se naturalmente naquela situação. Quando Quinn percebeu que tinha de salvar o momento, puxou a conversa inevitável acerca do trabalho.
Q: Sabes, eu percebi o ponto de vista deles em não mudar o nome.
R: Eu também, mas a minha mãe estava nitidamente a tentar agradar os dois lados.
Q: Tu largaste a bomba de repente, nem eu soube reagir, quanto mais eles que foram apanhados de surpresa. – Quinn riu-se.
R: Então, não era para dizer? Estavam para ali com conversas, e assim ficou logo tudo em pratos limpos.
Q: Sim. – sorriu Quinn.
Novamente o silêncio constrangedor se instalou. Por muito que Quinn quisesse quebrar o gelo, ela sentia-se em território armadilhado. Tinha a sensação de que qualquer coisa que dissesse, Rachel ia responder-lhe mal. A morena por seu lado, estava nervosa, o que a fazia adoptar uma postura defensiva. Mas rapidamente largou essa postura quando cruzou o olhar com Quinn e a viu desanimada. Rachel achou que era a vez dela e quebrar o silêncio, e escolheu um tema que tivesse um bocadinho mais de assunto.
R: O que é que ficaste a fazer na casa de campo? – Quinn soltou uma gargalhada bastante simpática.
Q: Há quanto tempo é que me estás para perguntar isso?
R: Eu?! Não inventes. Lembrei-me agora.
Q: Sim, claro. Imagino que sim. – ela sorriu e houve novamente um silêncio constrangedor para ela.
R: Vais-me responder?
Q: Nada.
R: Nada o quê?
Q: Não fiquei a fazer nada. Estive lá fechada a ouvir aqueles cds interessantes que lá existem e a ler livros.
R: E a empresa que se lixe, não é verdade?
Q: Incomodou-te?
R: Só fiquei curiosa.
Q: Onde é que foste naquela noite? – e agora foi Rachel quem se riu com a pergunta.
R: Fui jantar com o Kurt e com mais um grupo de pessoas da faculdade. Era um daqueles jantares de “5 anos depois”. – disse a morena com um sorriso sincero.
Q: Gostaste de os rever?
R: Foi muito divertido.
Q: Eu ouvi a tua conversa com o Gaspar. – pelo tom de Quinn, Rachel não precisou de perguntar o que é que uma coisa tinha a ver com outra, pois percebeu que ela estava a mudar de conversa. Quinn estava pálida e Rachel notou que ela se tinha arrependido do que disse.
R: Qual conversa?
Q: Foi sem querer. Eu não tenho por hábito ouvir as conversas alheias. Mas eu ia ter contigo e antes de entrar ouvi.
R: É suposto eu ficar chateada? Estás a desculpar-te de algo que eu nem faço ideia o que é. Qual conversa?
Q: No terraço do hotel.
R: Sim, e então? O Gaspar estava armado em parvo, para variar.
Q: Eu ouvi tudo. Ou quase tudo.
R: Onde queres chegar com esta conversa, Quinn?
Q: A lado nenhum. Esquece. – a loira esboçou um sorriso triste e Rachel percebeu.
R: Podes dizer.
Q: É verdade?
R: O quê?
Q: O que lhe disseste. – e fez uma pausa antes de continuar. – É que se lhe disseste o que eu percebi que disseste, então parece-me estranho que continuemos a discutir. – Rachel só sorriu. – Pois, qualquer coisa é melhor que o Gaspar, também é verdade. – Rachel voltou a sorrir, mas desta vez olhou para Quinn com alguma ternura durante uns segundos, e depois desviou o olhar mas manteve o sorriso. – Não vais dizer nada?
R: Não sei o que queres que eu diga.
Q: Pois nem eu. – a loira baixou a cabeça.
R: Como é que achas que seria a tua vida se não te tivesses casado comigo? – Quinn estranhou a pergunta.
Q: Não sei, nunca pensei nisso.
R: Como não? – e agora foi a morena que estranhou a resposta. – Não acredito que não tenhas imaginado uma coisa diferente para ti.
Q: Honestamente? Tudo o que imaginei de diferente na minha vida, continuava a incluir-te. Nunca pensei nisso de outra maneira. – Quinn não queria que Rachel se incomodasse e se afastasse de repente, por isso, quando pronunciou estas palavras adoptou uma postura de naturalidade. Rachel não disse nada, e a loira percebeu no mesmo instante que ela s tinha perdido em pensamentos. Passados sensivelmente dois minutos, a morena apertou a boca e franziu os olhos numa expressão de estranheza e exclamou:
R: Tens razão. Eu também não. Parece que fomos codificadas pelos nossos pais, ou qualquer coisa do género. – Quinn sentiu o coração aos pulos de felicidade naquele momento.
Q: Lembro-me de o teu pai dizer, que por muitas granadas que mandássemos uma à outra, que nos sentíamos confortáveis. Eu sempre achei que ele não tinha razão.
R: Pois, também eu. Mas também, a mim custa-me sempre admitir quando ele tem razão.
Q: Vocês são iguaizinhos. – Rachel riu-se.
O jantar decorreu com uma conversa normal. Nenhuma tocou mais em temas que fugiam do seu controlo. No fim do jantar sentia-se o frio de Nova York na rua. Quinn ganhou imunidade ao frio, quando uma Rachel Berry de mala ao ombro e com o casaco apertado até acima, se encolheu e entrelaçou o seu braço com o dela. A loira baixou a cabeça e esboçou o maior sorriso que alguma vez tinha conseguido esboçar. Rachel fez-se de desentendida e ambas caminharam até ao carro.
Para surpresa de Quinn, quando estavam quase a chegar ao carro, a morena pára e obriga-a a parar com ela.
Q: O que foi?
R: Que horas são? – Quinn utiliza a mão livre para ver as horas no telemóvel que tem no bolso.
Q: 21h15. Porquê?
R: Há quanto tempo é que não vais ver um musical à Broadway? – a loira sorri feliz para ela.
Q: Nunca fui.
R: O quê? – Rachel abre os olhos espantada. – Como não?
Q: Não sei, nunca calhou.
R: Se corrermos apanhamos a sessão das 21h30. Ninguém que more em Nova York e no seu perfeito juízo, nunca foi ver um musical à Broadway. Isso é surreal. Vamos. – e puxou-a com pressa em direcção a um dos teatros.
Q: E vamos ver o quê?
R: Posso escolher?
Q: Sim claro.
R: Vamos ver o Wicked!
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:)Comentários?Beijinho*