Ruquinha! escrita por Manu Vecce, Mitty


Capítulo 15
Vagaranho!


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Ficamos um pouco na praça, tomando sorvete e conversando. Sara já havia ido para casa há um tempo. O Luca ficou do meu lado, sentado no banco. Ele parecia o meu namorado. Ficamos de mãos dadas e ele ficava fazendo carinho na minha mão, de vez enquanto. Gente, hoje com certeza está sendo o melhor dia da minha vida!

— Tenho que ir para casa agora — disse Alan. — Tenho que ir pro curso ainda hoje.

— Leva a Miranda em casa? Fica no caminho — perguntei, com um sorriso malicioso na cara.

— Estava pensando em fazer isso — ele sorriu de canto. — Posso te levar em casa, Miranda?

— Pode... — respondeu, tímida.

— Luca? Toma conta da Ruquinha — pediu Alan e o Luca assentiu. Eu encarei eles.

— Eu sei me cuidar — me intrometi.

— Você que pensa — retrucou Alan, dando de ombros e indo embora com a Mira.

— VAGARANHO!!! — gritei e ele me deu dedo.

— Acho lindo o amor de vocês dois — afirmou Luca, irônico, me olhando.

— Hum... — murmurei, reparando que estava sozinha com ele.

— Quer que eu te leve em casa? — perguntou com uma voz tímida.

— Não precisa — respondi, querendo dizer SIM!

— Ouviu o que o Alan me pediu para fazer? — eu o encarei.

— Não sou uma criança! — reclamei.

— Pensei que era minha bebê... — ele brincou, me deixando de boca aberta.

Ele sorriu de canto e eu reparei que eu estava quase babando. Virei o rosto e fiquei fitando uma árvore com o rosto corado. Deus santíssimo dos corações apaixonados, eu te agradeço!

— Lily!!! — gritou uma voz conhecida. Olhei para trás e vi minha irmã, correndo em minha direção.

— Sua irmã, certo? — perguntou Luca.

— Sim.

Quando ela chegou perto, perguntou:

— O que você está fazendo aqui? — ela perguntou, sem reparar no menino ao meu lado.

— Conversando com o Luca — a ficha dela caiu.

— Ah. Oi, Luca. Sou Rebecca. Irmã dessa louca — eu dei uma risadinha sem graça.

— Oi, prazer — Luca se levantou e abraçou minha irmã.

Ela fez um sinal dizendo “Muito gato, arrasou!”. E eu respondi “Eu sei”.

— Estou atrapalhando, não é? Desculpa — perguntou minha irmã, depois que o Luca se sentou novamente ao meu lado.

— Imagina — a fitei com raiva.

— Posso ficar então? — perguntou ela.

— Nem dá. Vamos pra casa.

— Já? Está cedo — perguntou Luca, me olhando.

— Tenho que ajudar minha mãe em casa — menti.

— De tarde você vai estar livre?

— Que horas?

— Às duas horas.

— Estou, por que?

— Posso te pegar na sua casa? Quero te levar em um lugar — ele sorriu.

— Claro — sorri também.

— Então... Vamos, mana? — chamou Rebecca.

— Sim... — me levantei do banco. — Tchau, Luca.

— Tchau, Lily.

— Tchau, Luquinha — falou Rebecca e uma vontade de matar a minha irmã me possuiu, mas me controlei.

— Tchau, Becca — ele sorriu.

Como assim “Tchau, Luquinha”? Ela quer morrer? Ele é meu! Vou matar essa garota. Caminhamos em silêncio até um certo ponto, bem longe da praça e, eu virei pra ela, olhando bem no fundo de seus olhos, eu disse:

— Chama ele de novo de Luquinha que te mato afogada no banheiro! — ela riu.

— Relaxa, mana! Ele é só seu.

— Ainda bem que você sabe — rebati e ela sorriu.

— Como foi hoje na escola? — ela perguntou.

Isso não é coisa da irmã mais velha perguntar não?

— Foi muito louco! — sorri.

— Me conta tudo!

Enquanto andávamos, contei tudo nos mínimos detalhes para ela. Como minha irmã é minha irmã, ela dava gargalhada toda vez que eu contava das partes onde eu batia na menina (vagabunda) que sentou no colo do Alan. Do povo dançando no pátio da escola, do meu mico ao cair no chão de skate. Ela só sabia rir. Se alguém falar que ela não é minha irmã, essa pessoa deve estar biruta da cabeça. Ela é eu, só que na versão mais inteligente e loira; puxou meu pai.

Quando chegamos em casa, ela fez o favor de contar tudo pros nossos pais e, eu corri pro banheiro. Tenho que tomar um banho não é? Devo estar fedendo a suor. Fiquei relembrando tudo o que o Luca me disse na escola. Dele falando baixinho no meu ouvido. Só falto eu cair ajoelhada no chão do bainheiro. Ele é muito perfeito! Ainda custo a acreditar que ele gosta de mim. E custo acreditar que vou sair com ele hoje.


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