Unbroken escrita por Lady Allen


Capítulo 11
Before the storm


Notas iniciais do capítulo

Heeeey! Gente, amados, último dia do ano! Resolvi postar algo sobre uma personagem na qual eu amo muito, que é a Pansy (oficialmente apelidada por mim de Pan). Espero que gostem! Gostaria de agradecer a Lya Coldest que fez a primeira recomendação da fic! Lya, a gente agradece do fundo do coração. Continue assim! Gente, sigam o exemplo da Lya. São somente algumas palavrinhas sobre o que acham da história. Beeijos!



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Pansy desceu do banquinho onde subira para ler a notícia, e saiu do salão sozinha, sem falar palavra alguma. Estava assim nos últimos dias. Quieta, solitária, e cheia de segredos. Ela tinha plena consciência de que era o alvo mais fácil de –GG, e por isso não contara nada a ninguém; Obviamente ela aguardava como todos, o seu dia de chegar. E sinceramente? Ela sentia que estava muito próximo.

Ela se sentou bem no fundo da aula de química, que hoje era teórica, e baixou a cabeça para tentar ser despercebida. Os alunos foram chegando, e ninguém sequer pensava em sentar ao seu lado. Isso era bom. Ela não queria que o mundo a visse, pois não achava que eles poderiam entender o que ela sentia.

Então ela sentiu um perfume bom ao seu lado, e se deparou com um ruivo ao seu lado. Ele era um dos Weasleys, com olhos bem azuis e cabelos bem ruivos.

– O que faz aqui Fred? – perguntou meio surpresa com a aparição do garoto, em uma turma duas vezes mais nova, sem o irmão gêmeo.

– Como sabe que sou eu? – perguntou o garoto surpreso.

– Essa não é a questão. O que faz aqui? Nessa sala? Do meu lado?

– Desculpe Srta. Incomodada, mas este era o único lugar que tinha para a minha recuperação com o diretor da casa de vocês.

Pansy bufou. Era tudo o que merecia nesse dia estressante. Pergaminhos, segredos, e um ruivo ignorante e chato ao seu lado. Virou a cabeça para o outro lado, tirou um caderninho, e começou a escrever em uma caligrafia bonita e caprichada:

Diário,

Pode parecer chato, ou até mesmo entediante, mas as palavras que eu usaria para descrever perfeitamente a situação de Hogwarts, seriam: caótica e estressante. Não é de hoje que venho observando as pessoas com suas reações monótonas, com suas vidas monótonas, nessa escola monótona, revelando seus segredos monótonos. Andam com aquela expressão culpada e desconfiada, como se – GG estivesse os seguindo. Como se fossem tão importantes para ela. Como se cada segredo fosse mais revelador que o outro. É terrível perceber que isso já virou rotina, e que até mesmo eu, me afastei de todos.

Se todos tivessem coragem de contar seus segredos, tudo estaria resolvido. Mas como e disse: a vida deles é muito monótona para um pouco de emoção. A minha vida é. É incrível que com a Granger, essa avalanche estressante começou em minha vida. Vamos combinar! Ela veio, Draco brigou comigo, Blaise foi suspenso, Snape foi humilhado, e isso são somente coisas da minha casa!

Se a situação continuar assim, os segredos vão virar intrigas, as intrigas vão virar ódio e esse ódio se transformará em rancor, que por vez se tornará em vingança, onde resultará em morte.

P.P

Ela fechou o diário e virou o rosto se deparando com uma imensidão azul quase colada aos seus olhos. Deu um gritinho inaudível. Ele sorriu ao ver os olhos arregalados da menina. De leve, e sem ninguém ver, raspou seus lábios aos dela, provocando um pequeno formigamento na superfície. Ela ficou embriagada pelo cheiro de menta de sua boca, e assustada e longe de si, ouviu a voz rouca perguntando:

– Parkinson, Parkinson, você está bem? – arregalou os olhos. Fora uma imaginação. Somente uma... Ah, como era boba. Pronto, agora tinha mais um segredo. Riu de si mesma.

– Estou Weasley. O que foi?

– Você... Parecia assustada.

– Acredite. Todos parecem assustados aqui. Ou você acha que é tranquilizante acordar sabendo que existe sim, a hipótese de que o seu segredo seja o próximo do pergaminho? Sabe o que ais e irrita em –GG? É que ela consegue manipular todo mundo sem as pessoas ao menos perceberem o que ela está fazendo. Se as pessoas agissem indiferentes as ações dela, ela não teria toda essa onda misteriosa que ela está causando. Ela seria mais uma menina tentando se aparecer.

Fred sorriu para ela.

– E como você sabe que –GG é uma menina?

– Intuição feminina. Alguém que chama outras garotas de vadia, que aconselha garotas a ficar com o Potter, que espalha fofoca pela multidão, e que tem sempre aquele ar misterioso – Pansy soltou um riso sarcástico – Dificilmente seria um garoto. Posso estar muito errada, mas o seu irmão? –GG? Na boa, ele é muito babaca para fazer algo tão grande. No mínimo alguém teria que ser inteligente para fazer isso. Existem várias pessoas que podem ser –GG aqui. Eu, você, seu gêmeo, a Granger, sua irmãzinha... Por que não até algum professor? O professor Flitwick andava muito estressado com os alunos ultimamente.

Fred ia falar alguma coisa, mas uma voz severa e áspera não permitiu.

– Atenção. – disse Snape – O professor Dumbledore tem um comunicado a dar. Seria de ótima conduta de vocês, Gryffindors e Slytherins, que ficassem em silêncio... Absoluto. – disse, encarando Pansy e Fred.

– Obrigado professor Snape. Depois do transtorno que –GG causou no primeiro pergaminho, com a Srta. Granger, nós da equipe diretiva tentamos ao máximo amenizar a situação. Mas a pessoa por trás desses pergaminhos foi muito longe. Discutimos muito se deveríamos fazer isso, e por fim, concordamos que sim. Até que o responsável apareça, todos estão proibidos de ir a Hogsmeade ou pegar seus celulares.

– Vocês não podem fazer isso! – gritou Pansy. Draco olhou para a garota como se dissesse para ela se sentar e ficar quieta. Fred tentou-a puxar para baixo, mas ela se desvencilhou dele e encarou os professores desafiadoramente.

Snape começou a subir as escadas. A sala havia mudado, pois algum aluno havia explodido a sala de química (razão pela qual a aula era teórica). Havia fortes indícios de que haviam sido os gêmeos. Quando chegou ao último degrau, se encaminhou para a mesa de Pansy e a encarou. Uma brisa fria chegou ao rosto da garota. Mais fria que aquele dia. A mudança de temperatura de um dia para o outro fora impressionante. No dia anterior, estava quente de matar, e no atual, o frio era insuportável.

– E por que não? – perguntou Snape, com uma voz ríspida.

– Vocês não percebem que Hogsmeade é a única coisa que mantém as pessoas sãs. Isso descontrai. Mantém a gente fora da insanidade. Sem Hogsmeade iremos enlouquecer.Estamos morrendo aos poucos aqui dentro desse inferno que chamamos de escola. Quer saber? Não vejo a hora de –GG me pegar. Não vejo a hora de ser expulsa daqui do mesmo. Se alguém aqui for – GG... – disse Pansy pegando sua mochila e cadernos, e saindo da mesa indo até a porta – Vá. Se. Ferrar.

E saiu andando apressadamente para o dormitório da Slytherin. Seria expulsa, e sabia disso. Sentou-se em sua cama e foi para baixo das cobertas. Lá, ela dormiu em um sono profundo.

Lábios colados. Azul no Azul. Um ruivo e um morena se beijavam em frente ao lago. Até que eles se separaram e o ruivo sorriu misteriosamente.

– O que foi Fred?

Ele riu.

– Agora você tem mais um segredo... Parkinson.

Ela arregalou os olhos enquanto o ruivo saia calmamente.

– Fred... Fred... Volte aqui! FRED!

– Pan? – chamou uma loira sacudindo a garota que suava frio e gritava o nome do garoto. – Pan!

Ela acordou ofegante. Olhou para os lados e se viu em seu dormitório. Deitou a cabeça novamente no travesseiro ao perceber isso. Com as mãos enxugou o suor, repetindo para si mesma “Foi só um pesadelo”.

– Você está bem Pan? Estava gritando o nome do Weasley.

– Estou bem Lily. Foi só um pesadelo com –GG.

– Falando em –GG, o que foi isso na aula ontem? Está todo mundo comentando, ainda mais que você não apareceu nem no café e nem na janta...

– O que? Ontem? Mas não faz nem cinco minutos que eu dormi...

– Você está dormindo desde que saiu da sala. Posso confirmar porque eu saí logo depois porque estava passando mal. Acredita que o Snape fez a gente tirar sangue do nosso dedo? Eu via o dedo do Weasley, o Ronald, estava sangrando muito! Babaca, cortou mais do que devia. – Pansy sorriu. Levantou-se toda dolorida.

– Então, é sábado... E está nevando? – disse ao olhar para janela e constatar que os pequenos flocos brancos que caiam, era neve. O tapete branco se estendia por todo o chão. – Quando começou a nevar?

– Ontem de noite.

– Nossa! Isso é incrível!

– Você age como se nunca tivesse visto neve.

– Eu ajo como alguém normal, que vai aproveitar um dia na neve, em vez de ficar se preocupando com –GG.

– Falando nessa víbora novamente... Ela deixou uma mensagem.

– Para quem dessa vez? – disse a morena somente de sutiã, procurando alguma roupa na mala.

– Fred Weasley. Aqui, eu tenho o meu pergaminho em algum lugar da minha cama... Achei! Tome.

Pansy estendeu a mão, e agora com uma blusa preta, pegou o pergaminho. Abriu restritamente para Fred Weasley.

Bom dia, colegas. Vou fazer isso rápido, fácil e limpo. Fred, Fred, Fred... Tsc, tsc, tsc... Se apaixonar por Slytherins não é bom. Ainda mais por aquela Slytherin.

–GG

– Estão todos desconfiando de Jorge. Ele era o único que sabia, segundo Fred. Os dois tiveram uma discussão gigante. Eu não sei se eles se perdoam. Eu realmente acho que não.

A morena suspirou assentindo. Virou-se para pegar uma calça e recebeu uma exclamação da colega.

– Pan! Seu cabelo...

– Eu sei. Está com mechas coloridas. É resultado de um líquido que eu tomei três dias atrás. Ficou legal, não?

– Magnífico!

Ela sorriu e pegou uma calça Jeans preta e uma blusa de lã, cinza com branca. Nos pés, uma bota cinza e nos braços uma mochila com desenhos de gatos. Pegou seu violão do lado da cama, junto com o Anel que estava pendurado em uma espécie de cabide para jóias. Então saiu do quarto dando um tchau para a amiga que estava vidrada na unhas e nem sequer notou.

Desceu às escadas, e por onde passava, todos da escola apontavam. Bufou. Estava começando a ficar irritada com as ações das pessoas. Foi até a porta do salão principal, até que se irritou de verdade e gritou.

– O que foi? Nunca viram uma garota com o cabelo colorido e com coragem suficiente para enfrentar –GG? Para enfrentar o professor Severo Seboso Snape? Vão para o inferno!

E então saiu com a cabeça fervendo. Andou apressadamente até a árvore em frente ao lago e se sentou. Pegou o violão e fechou os olhos sentindo a brisa no seu rosto. Baixinho começou a cantar uma música aleatória. Até que sentiu alguém se sentando ao seu lado.

– O que quer? Ser mais um me julgando por falar verdades? – perguntou ao ruivo ao eu lado.

– Na verdade, não. Eu concordo com você. Sabe, se todos agissem com indiferença, ela não teria tanta percussão. Já sabe que fui o último alvo?

– Sei...

– Pois é. Eu tentei abrir os olhos de Jorge. Eu não estava o incriminando. Estava somente perguntando se ele contou isso a alguém. O que –GG escreveu. Não nego que seja verdade. Falei para todos, em alto e bom som, que era verdade. E falei que se –GG quisesse falar quem era a garota, eu não me importava. O máximo que vai acontecer comigo é levar um fora. Jorge entendeu tudo errado. Achou que estava o culpando. Não sou capaz de culpar o meu irmão. Não sou tão ruim ao ponto disso.

– Eu pensei que seria expulsa.

– Você ia. Ouvi os professores conversando sobre sua atitude. Mas Dumbledore agiu em sua defesa. Disse que com os pergaminhos, as emoções de todos estão à flor da pele. Principalmente de quem tem segredos. Falando em segredos, você deixou cair isso quando saiu da sala. – disse estendendo o diário – Juro que não li.

– Pode ler se quiser. Não é como se tivesse algo seriamente sério ali dentro. Somente... Algumas coisas que eu penso. – disse pegando o caderno.

– Você toca? – disse apontando para o violão.

– Algumas coisas. Só para passar o tempo. Olha, eu tenho que ir. Não é porque pensamos da mesma maneira que somos amigos. Mas, o papo foi bom. – disse dando um beijo na bochecha dele e indo embora. Abrindo o diário, havia um papel.

Você deveria pensar no que diz antes de dizer.

–GG

Arfou. Não queria sentir medo do que estava por vir. Mas como não?


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Notas finais do capítulo

E então? Espero que tenham gostado! Beijinhos! Feliz ano novo para vocês, corações lindos. 2013 valeu a pena para vocês?