Clarity - Primeira Temporada escrita por Petrova


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Vamos lá, postei esse capitulo na quinta porque nao sei se vou ter tempo amanhã, além de provas vou ter um seminário de biologia para apresentar, vai ser muito cansativo, então, é isso!Ooooooooutra coisa, tô muito feliz com os novos leitores e os comentários de vocês, vocÊs realmente gostam, interagem de uma forma que me deixa muuuuuuuuuito feliz, fico rindo feito uma boba para seus comentáriosAhhh, e sobre o sexo: andrew e nina vão está muito mais fogosos nesses capitulos, maaaaaaassss, não vai ser agora a GRANDE PRIMEIRA VEZ DA NINA, tem uma surpresa ainda até lá e esses ultimos capitulos (mov jajá tá terminando) vai ser muito complicado, porque eles estarão bem perto de descobrir sobre a morte de Jeffrey, o assassino de Rachel e Amber e ainda tem a festa de Halloween e a despedida de um personagem que vai dessa para uma melhor, ou seja, alguém vai morrer nos proximos capitulos! Quem vocês acham que é ou quem vocês não suportam que deve sei lá, dá uma sumida??? Comeeeeeeentem, eu amoooo vocês anjos. Ignorem os erros, tô sempre esquecendo de corrigir :(



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– Você está me levando para onde? – eu pergunto pela milionésima vez desde que saímos do cemitério e estamos caminhando pela auto estrada de Sponvilly até North Pole.

– Você só tem essa pergunta, baby?

Eu fico irritada.

– Céus, você pode simplesmente me dizer de uma vez? – eu viro meu corpo em contra ataque para ele, com muita raiva.

– Sabe, - ele espera um segundo para manobrar o carro durante uma curva então olha para mim. – você parece um gatinho fantasiado de leão e isso é muito engraçado.

Eu bufo de raiva.

– Você é a única pessoa que está feliz por terem descoberto seu segredo maligno. – eu me viro de volta para frente, encarando a estrada na minha tentativa de não parecer nem um pouquinho como uma criança emburada.

– Você está se ouvindo? – ele sorri. – Dei todas as pistas para que você descobrisse e está chateada por isso, baby?

Tem um nó na minha cabeça, eu não consigo compreender nada.

– Estou irritada, é diferente. – eu digo bufando de raiva. – E outra, o que diabos é essa coisa de “baby”?

– Não gostou? – ele pergunta inocentemente.

– Isso é ridiculo.

– Você pode pensar o que quiser sobre isso, mas ainda será “baby”, baby. – ele dá de ombros, se virando para a estrada.

Eu fico irritada por nada, mas não é o simples fato de Andrew estar muito feliz – o que conta bastante -, mas é eu estar aqui, é eu não conseguir odiá-lo nem um pouquinho, é eu estar aqui ao lado dele mesmo quando eu sei seu terrível segredo arrasador.

– Está calada. – Andrew fala baixinho, mas é o suficiente para md despertar.

Eu o ignoro quando percebo que já passamos por esse caminho mais vezes do que eu havia percebido.

– Por que estamos andando em circulos?

– O quê? – ele me pergunta meio confuso, mas então observa para onde estou olhando.

Andrew examina o lugar e depois vira o corpo para trás, espreitando as duas extremidades da estrada.

– É mesmo. – ele diz. – Quando estou com você meio que perco o rumo das coisas.

Meu coração acelera e eu o ignoro.

– Onde estão seus tios? – ele pergunta de repente, não consigo compreender sua curiosidade e assimilar ao mesmo tempo quando estamos fazendo uma curva cumplicada e ele não sabe dimunuir a droga da velocidade.

– Isobel deve estar surtando neste momento no hospital quando eu saí sem avisar, Rick deve estar com meu turno na livraria e Maison está numa reunião com um sócio em Anchorage, ele está lá também para contar alguns problemas para Helena.

– Helena é sua mãe. – ele diz, para confimar. – Que problemas?

Eu olho sua feição e vejo que ele está mesmo interessado.

– Você sabe que problemas. – eu dou uma olhada para ele meio sugestiva.

– Ah, claro, Michael. – eu ouço seus dentes rangindo de raiva.

Meu coração congela.

– Você o conhecia?

– Não muito bem. Eu o caçei, na verdade. – ele dá de ombros, enquanto diz. – Desde aquela noite, quando te salvei no beco, eu venho procurando todas as possibilidades, até que na noite do clube, você me mostrou quem ele era. Não exatamente, mas quando voltei e o vi curioso a procura de alguém pela festa eu descobri quem era o culpado.

Eu parei na parte de que ele havia “caçado” meu perseguidor. Estou tentando compreender todas as partes.

– Você o quê? – pergunto, perdida.

Andrew ri.

– Você gostou da palavra “caçar”, não foi? – ele me olha docemente. – Ele tinha que pagar pelo o que fez a você, mas o imbecil conseguiu sumir com seus parceiros.

– Foi ele quem matou a Amber? – a curiosidade fulmina dentro de mim, passei semanas criando teorias para os acontecimentos sobrenaturais que envolviam a cidade e agora eu tinha diretamente da fonte.

– Não. – seus olhos ganham uma expressão diferente, meio irracional. – Você precisa entender uma coisa Nathalie.

Eu olho nos seus olhos profundos.

– O quê?

– Nem todos nós somos, você sabe, ahm, como posso explicar...

– Sedentos? – eu digo, chutando.

Andrew me olha surpresa, mas sorri com a minha resposta.

– Isso. – ele balança a cabeça na minha direção. – Michael é imprudente, ele está fazendo seus estragos sem motivo algum, mas quando esse esbarrou em você, ele viu algo que certamente despertaria curiosidade de qualquer vampiro.

Ouvir com a sua voz me tras caláfrios, mas eu tenho que me acostumar com essa verdade.

– O que eu tenho? – a pergunta pula da minha boca sem mais nem menos. – É meu sangue? Você também quer o me...

– Não. – ele interrompe rapidamente, franzindo a testa. – Eu não desejo o seu sangue Nathalie, por Deus, claro que não.

Eu fico constrangida.

– Alguns vampiros podem se aproximar por isso e outros pelo ser especial que você é. – ele completa tão misterioso quanto antes.

Ele sabe que não estou compreendendo nada do que ele está falando, é por isso que Andrew estaciona o carro no acostamento, em segurança. Nossos olhos se encontram assim que não estamos mais em movimentos.

– Você precisa saber sobre mim, primeiro. – ele diz, virando seu corpo para o lado, sua perna direita encostando nas minhas mãos apoiadas entre o meu banco e o seu.

– Por onde começar? – eu pergunto, sentindo que ele está esperando por mim.

– Minha mãe não era vampira, Nathalie, é por isso que eu estou aqui, Adam está e Estenio. Nós somos um tipo diferente de vampiros, somos conhecimentos pela raça dampir, ou melhor, um vampiro mestiço.

– E isso faz de vocês mais... Mortais? – a pergunta soa estupidamente estranha, mas não tive como evitar.

Ele sorriu.

– Digamos que seja mais fácil ser um mestiço ao lado dos humanos, como controlar ataques de raivas ou de sede, que é comum em algumas espécies de vampiros. – ele responde tão calmo como se estivéssimos falando sobre o que comer no café da manhã.

– Por isso nunca sentiu vontade de...

– De beber o seu sangue? – ele comentou quando eu não tive palavras para continuar. – Como posso responder isso sem soar estranho... – ele murmurou pensativo.- Nathalie, seu sangue não é nenhum atrativo para mim.

Enrugo a minha testa.

– Há algo de errado com ele?

– Não. – ele ri. – Claro que não. Eu nunca poderia me atrair pelo seu sangue Nathalie, a nossa história não permite. Na verdade, eu estou atraído por você de outra forma bem mais comprometedora e prazerosa.

Enrubesco com a sua sinceridade. Andrew acaricia meu queixo e me faz olhá-lo. Nós não somos estranhos, tenho que passar por cima dessa fraqueza que tenho quando estou perto dele.

– Onde paramos? – ele sussurrou meio deslumbrado ao segurar meus olhos.

Forço a memória para lembrar dos detalhes, mas os lábios carnudos dele me chamam a atenção, o cheiro do seu perfume, a famosa confusão que ele exala, eu fico voando por alguns segundos até tomar a consciência.

– Sim, o que aconteceu com a sua mãe, depois de descobrir sobre seu pai? Ela se transformou?

– Rebecca só se tornou vampira alguns anos depois quando a vida dela ficou em perigo quando ela finalmente resolveu dividir a vida com meu pai. – ele troca de posição quando pergunto, estando numa distância mais confortável para os nossos sentimentos.

– Se seu pai era vampiro, por que ele morreu?

Seus ombros se encolheram, ele não parecia desconfortável, mas sim triste.

– Eu não sei, na verdade. – seu sorriso é deprimente. – Meu pai abriu mão de muitas coisas para ficar com Rebecca e passou por cima de muitas regras que existem e nosso mundo, eu não o amaldiçou por isso, e ela também abriu mão de muitas coisas, de uma vida humana, de envelhecer, de esperar que as pessoas notem as diferenças de acordo com a idade. Quando meu pai morreu, foi uma surpresa para todos.

Engulo secamente, compartilhando sua dor. Eu ultrapasso o limite de nosso bancos e coloco minha mão sobre a sua.

– Eu sinto muito. – sussurro e seus olhos alcançam os meus.

– Tudo bem. – ele dá de ombros. – Rebecca está vivendo em uma fortaleza no interior da Inglaterra, nos campos mais afastados da vida humana, é onde a maioria está morando, na Europa. Muitos estão escolhendo a Inglaterra por causa do nosso único poder eminente, aquele que parece todos temerem. São vampiros reais, originais, surgiram alguns anos depois da nossa criação.

– E por que vocês os temem?

– Eu não. – ele concerta. – Mas a maioria sim, você nunca esteve sendo julgado por um grupo de velhos que podem amassar sua cabeça num piascar de olhos ou com a ideia de que uma estaca de madeira não vai funcionar. Eles são a prova viva da imortalidade. Eles não morrem. Confesso que passei muitos anos da minha vida provocando-os... – ele pausa apreensivamente imerso.

– Por quê?

Seus olhos sem expressões em encaram.

Por quê? – seus olhos me analisam.

– O que eles fizeram de tão grave?

Andrew tem aquela feição complicada, de quem está relutando contra suas próprias verdades, mas essa é a única chance que ele tem para provar que realmente confia em mim ou até mesmo o contrário, eu preciso descobrir toda a verdade sobre ele, antes que eu realmente aceite seu mundo.

– Meu pai era um deles antes de morrer, um Triarco – ele disse, explicando-me. – há uma parte de mim que os culpam pelo o que aconteceu, porque eu sei que existe algo que eles me escondem e não suporto essa ideia. Quebrei muitas regras para que eles me notassem, eu queria cutucá-los, tirá-los da sua zona de conforto, qualquer coisa que os deixassem em perigo, queria que eles sentissem o que é perder o controle, da mesma forma como senti, quando meu pai morreu.

Eu estive a segunda de ir até ele e abraçã-lo, porque eu sabia de todas as formas possiveis o é perder o controle e o rumo quando se perde alguém. Eu queria que ele soubessa das minhas intenções, mas eu não sabia primeiramente como fazer.

– O que aconteceu depois? – estou intrigada com a história.

Andrew desvia a atenção dos seus pensamentos conturbados.

– Eles descobriram meus planos e começaram a marcar meus passos, houve ameaças e algumas confusões, eu estava começando a conseguir o que eu queria, a minha vingança, até que Adam me fez desistir. – ele disse perdendo toda a feição doce para consternado .

Deus, ainda bem! – tenho um lampejo de alívio e isso chama a atenção de Andrew. – Você se ouviu? Esses vampiros fazem coisas terríveis sem esforço algum e inclusive, você não pode sair se arriscando dessa forma.

Ele sorri.

– Eu sei, foi exatamente o que Adam fez questão de me dizer. – ele dá de ombro. – Mas não importa, não foi isso que me fez desistir, Nathalie.

– Do que você está falando? – pergunto com interesse.

– Eu estava sacrificando muitas coisas da minha vida se eu continuasse, principalmente a segurança da minha mãe, e eu não podia perdê-la, como perdi meu pai. Ou era desistir ou perder. E eu não gosto muito de perder.

– Você fez a escolha certa. – digo.

– Talvez. – ele olha para o lado, para a estrada.

– Eu posso fazer mais uma pergunta?

Andrew se desperta, sua feição tão neutra quanto antes.

– Eu fiz algumas pesquisas, antes de chegar aqui e na conclusão do que você realmente é. – eu começo.

– Falando nisso, estou muito curioso o modo como descobriu tudo. – ele cruza os braços, com interesse.

– Tudo começou na livraria, você sabe disso. – eu fico um pouco constrangida coma forma como ele me olha, é tão intenso que chega a me deixar zonza.

– Ah, o gato gigante! – ele fez uma cara de divertimento.

– Era mesmo o gato?

– Não. – ele dá uma risada antes de responder. – Nós estamos falando de Gale, ele estava na cidade para me investigar.

– E por que ele estava na livraria, era o ultimo lugar que você estaria, não acha?

Andrew faz que não com a cabeça.

– Ele sentiu sua presença. – ele diz como se fosse algo natural a dizer. – Da mesma forma que eu senti a sua.

Eu fico confusa.

– Isso não faz sentido algum, Andrew. – eu disse. – Como ele poderia notar a minha presença se nunca haviamos nos visto antes?

Andrew se remexe desconfortável no banco.

– Este não é o melhor lugar para conversar isso com você Nathalie, é muito complicado. – ele diz vagamente. – Gale estava ali para me vigiar, em outra ocasião eu lhe direi o por quê dele ter te pressentindo também.

– Que tal essa ocasião ser agora? – digo impacientemente.

– Tenha calma, baby. – ele sorri.

– Ah, “baby” de novo não.

Andrew ri.

– “De novo não”. – ele dá de ombros. – Nós precisamos arranjar um lugar ideal para termos esse assunto.

Seus olhos rapidamente se viram para mim.

– Eu conheço um lugar, mas... – ele balança a cabeça como se quisesse sumir com a ideia. – Não, melhor não. Você disse que seu tio, Maison, estava viajando, não disse?

Eu faço que sim com a cabeça.

– Então já temos um lugar para ir. Vamos para a mansão.

Nós dobramos a esquerda antes de começarmos a ver os telhados da mansão de Maison. O mais curioso não foi eu ter deixado que Andrew me trouxesse até aqui para termos finalmente “aquela conversa”, mas sim o caso dele não ter feito esforço nenhum para achar o caminho, foi espontaneamente rápido e nem precisou da minha ajuda. Ele estacionou o Hamann um pouco distante da porta de entrada e parecia esbanjar aquele sorriso presunçoso.

– O que foi? – ele me perguntou, enquanto fechávamos a porta e eu ainda ficava olhando para os lábios dele.

Eu fico constrangida, mas não vou dar esse gostinho a ele.

– Estou me perguntando o por quê de você estar tão feliz. – eu dou meia volta no carro quando ele fica parado esperando que eu o alcance.

– Mistérios da felicidade, Nathalie. – ele diz sem muita compreensão.

A sua camisa de botões se prega no seu corpo malhado tão divinamente tentador que eu fico deslumbrada com a ideia de vê-lo sem todo esse pano. Minhas bochechas queimam com a ideia e a próxima coisa que tento pensar é desviar a atenção, mas tarde demais. Tropeço no primeiro degrau do alpendre sendo amparada pelos braços ágeis de Andrew.

– O que seria de você sem a minha incrível habilidade de ter fisgar? – ele sussurra, seus lábios grudados na minha bochecha enquanto permaneço presa nos seus braços.

Seus olhos pretos – mais do que nunca – estão fixados nos meus, segurando-o com muita intensidade e o calor dos seus lábios queima a minha pele, mas não é nada relacionado a temperatura do seu corpo, que é muito fria, muito pelo contrário. É eu que estou quente.

– Por que você está vermelha?

– Eu não estou vermelha. – tento me defender me sentindo mais desconfortável do que antes.

– Você está nos meus braços neste momento Nathalie e seu coração está em descompasso, eu tenho uma teoria para isso. – diz baixinho. – Você me quer.

Eu perco a dimensão do lugar, estou me desligando do estranho mundo lá fora onde estamos agarrados em frente a casa do meu tio onde certamente Rose deve estar preparando o almoço, por via das duvidas. Eu nem estou me importando com isso.

– N-n-ã-o. – gaguejo, meio sem jeito.

Andrew sorri.

– Você é a pior mentirosa da face da terra, baby.

Eu desperto com a ideia de ir beijá-lo, eu tenho que ser forte. Eu empurro seu peito para o lado, mantendo-me finalmente em pé sem sua ajuda.

– Melhor entrarmos, está frio aqui.

Ele me dá um sorriso ordinário.

– Como queira, baby. – ele me segue, poucos centimetros atrás de mim.

Eu abro a porta esperando ouvir qualquer barulho que remeta Rose estar em casa. Mas não ouço nada, então penso que Andrew deve ter a audição melhor que a minha.

– Alguém em casa? – eu me viro para ele, perguntando.

Ele fica perdido.

– Está perguntando isso para mim? – ele se faz de desentendido. – Alguns minutos atrás você estava surtando com a ideia do que eu sou e agora está usando minhas habilidades?

Eu faço cara feia e ele se diverte.

– Estamos finalmente sozinhos. – ele sorri animado e deslumbrado. – Agore me deixe ajudá-la.

Ele caminha lentamente até mim, virando meu corpo de costas para o seu enquanto seus dedos caminham pelos meus ombros e ele me ajuda a tirar meu casaco. Ele fica perto por tanto tempo que eu não quero que ele vá, mas é inevitável os segundos não passarem.

– Melhor? – ele me pergunta, quando nossos olhos se encontram.

– Aham. – é o máximo que consigo dizer quando estou imaginando seus dedos pela minha pele outra vez.

– Ótimo, agora onde é seu quarto? – Andrew morde o lábio inferior e observa os comodos lá trás com muita curiosidade.

– O que disse?

Ele me olha.

– Seu quarto. Por que está me olhando desse jeito? – ele se faz de desentendido. Ele resolve fazer o caminho por si só, me deixando no corredor e indo em direção a sala.

Andrew parece tão tranquilo, como uma criança solta em liberdade. Suas feições são leves, seus sorrisos são sempre sinceros e grandes demais. Resolvo me mexer e sigo-o até a sala. Andrew está lá, sem muita preocupação, enquanto eu me aproximo.

– Nós podemos conversar aqui. – dou a volta no sofá e o vejo observando o lugar com muita atenção.

– Mudou as cortinas. – ele diz baixinho. – Espere, você disse alguma coisa?

– Eu disse que podemos ficar aqui, estamos sozinhos de qualquer maneira mesmo. – o jeito como eu digo parece que estou tremendo de pavor.

Mas é a verdade, estou com medo de estar sozinha com Andrew, estou com medo de acabar cedendo devido aos meus sentimentos.

– Você não parece feliz por causa disso.

– E você parece muito feliz por causa disso. – retruco, me sentando no sofá.

– Feliz não é o adjetivo correto, baby. – ele se mantém em pé. – Eu estou demasiadamente animado com a ideia de estar a sós com você.

As minhas respostas se prendem na minha garganta.

– Andrew... – eu peço, imploro.

Ele pende a cabeça para os lados, paciente dessa vez.

– Tudo bem. – ele se senta meio sem vontade. – O que quer saber agora?

Na verdade eu não tenho essa resposta, na verdade eu não sei como dizer a ele as inumeras perguntas que rondam a minha cabeça, é como se estivesse em constante transformação, há tanto para saber que eu não sei por onde começar. Ou se devo realmente começar pelo o que eu quero.

Então suspiro para mim mesma, eu sei o que devo perguntar, é o estive me perguntando desde o momento que descobri a verdade.

– Por que eu?

Ele franze a testa para a minha pergunta.

– Por que eu me sinto como se eu estivesse ligado a você? – eu digo outra vez, sendo mais sincera.

Seu rosto se suavisa, ele agora entende o que eu quero saber.

– Porque realmente estamos ligado, Nathalie. – ele diz. – Nós temos um passado de antecedentes, existiram pessoas como nós dois que estiveram ligados da mesma forma como estamos neste exato momento.

– Espere, espere. – eu peço. – Estou um pouco confusa agora.

– Você é uma emissária, Nathalie. A nossa história começou no seguinte dia que você nasceu, há 18 anos atrás. Eu estive esperando por você todo esse tempo, é nosso destino estarmos ligados.

Emissária?

– Não siga este caminho ainda. – ele me interrompe. – Você precisa compreender o modo que surgimos, a nossa verdade. Nós nascemos do pecado, uma bruxa cruzou o lado da bondade, estava tão escura pelos desejos carnais que criou a única espécie que poderia ser tão perfeita quanto ela. Os Upyrs, como os eslavos chamam. Ou como nós chamamos, Vampiros. Ela estava tão obececada com seus poderes que cruzou o circulo, ele quebrou a ligação que tinha com as suas irmãs para criar seu desejo carnal, alguém que seria fiel a ela, alguém que alcançaria a perfeição por ela. Aaron.

– E qual a sua ligação com esse vampiro, Andrew? Quero dizer, qual a minha ligação com o seu mundo? – pergunto, impaciente e nervosa.

– Tudo. Aaron fez surgir o primeiro descendente McDowell de todos os tempos, Edmund. Se houvesse uma criatura tão incrível quanto o próprio, era Edmund. Todas as outras feitiçeiras enloqueceram com a maravilhosa perfeição do McDowell, até que uma realmente tocou profundamente o coração que ele ainda tinha. Com ciumes da traição de Aaron, Aura tomou para si o coração da sua crianção e de Edmund, amaldiçoando todas as outras criaturas criadas pelas mesmas bruxas que seguiram os passos obscuros de Aura.

– O que quer dizer com arrancar o coração? – pergunto inocentemente.

– Quer dizer que eles perderam toda a ligação com seu lado humano, desligaram os sentimentos.

Não bem a resposta que eu esperava, era muito além disso, eu estava tão confusa com o mundo de Andrew que era impossível ele não notar. O mundo dele é confuso.

– O que aconteceu com Edmund e a mulher por quem se apaixonou? – eu resolvi perguntar, intrigada.

– Meredith fez o que pode para que Edmund se lembrasse de todo o amor que sentiu por ela, até que a feitiçeira desistiu de mostrá-lo realmente. Edmund estava tão cego com seus sentimentos desligados que os proximos anos foram terríveis, os recém vampiros criados estavam insaciáveis, só existia uma maneira para que isso mudasse.

– Aura devolver o coração?

– Ela não o faria. – ele negou. – Mas as outras feiticeiras o fizeram. Aura ficou tão irada com a ousadia das suas irmãs, que amaldiçuou os vampiros a noite, presas do sol, amaldiçuou o restante de suas irmãs tornando-as frágeis a verbena, muitas vezes usados pelas feitiçeiras.

– Verbena. – sussurrei, relembrando de algumas noites antes. – Você já sabia?

– Não. – ele confessou. – Mas Adam sabia, ele esteve tentando me avisar todo esse tempo sobre você, e naquela noite eu realmente abri os olhos para a verdade. Você era a emissária.

– Então eu sou alguma descendente de Meredith? – espreitei sua feição para mais respostas.

– Essa é uma boa pergunta, aconteceu muitas coisas desde que Meredith foi amaldiçoada por Aura. – ele disse, maneirando um pouco. – O resto de humanidade que Edmund tinha, ele a duou completamente para Meredith, amando-a por muitas anos seguintes, longe o suficiente dos poderes de Aura. Embora isso não tenha sido o suficiente. O medo de que Aura algum dia pudesse achá-los e certificar ela mesmo da morte deles, Meredith resolveu ligar a sua vida com a de Edmund por um fio enfeitiçado, mesmo que eles se separassem algum dia, eles nunca seriam capazes de ir, realmente, nem nas proximas vidas, como eles acreditavam.

– Por que parece que Meredith e Edmund não conseguiram ficar juntos?

Andrew sorri.

– Aura soube da ligação, não importava o quanto ela tentasse ferir um ao outro, essa ligação seria forte o suficiente para protegê-los.

– Mas eles não ficaram juntos. – afirimei.

Ele deu de ombro.

– É uma parte sem importância Nathalie, alguns fins são mais curtos que os outros. – ele sussurrou.

– Você já disse isso. – o lembrei.

– É verdade. – ele procura meus olhos.

Eu mordo o lábio inferior articulando alguns pensamentos, sei que não vou conseguir guardá-los por muito tempo.

– Então quer dizer que eu estou ligada a você romanticamente?

Andrew me olha surpreso e não consegue segurar seu sorriso ordinário, aquele que ele usa para seduzir alguém. Ou apenas a mim.

– Infelizmente não. – sua sinceridade é surpreendente. – O que aconteceu com Meredith e Edmund foi casual, aconteceu e pronto. Nós fomos uma consequência, talvez sim, talvez não.

Para ser sincera fico decepcionada com a sua resposta.

– Ok, eu entendi. – eu faço que sim com a cabeça.

– Tem certeza? Você não parece animada com a minha resposta. – ele me examina com seus olhos pretos.

Eu sei o que ele está querendo fazer, está querendo arrancar a minha verdade, os meus sentimentos em relação a nós dois. Ao invés de bolar alguma desculpa e ser pega na mentira, eu resolvi ficar em silêncio.

Baby, - ele sussurra.

– Eu tenho uma duvida. – eu o interrompo de mais um discursso sobre nós. – Surgiram pessoas iguais a nós antes de nós?

Ele faz que sim com a cabeça.

– McDowell e O’Connel seguem sempre a mesma linha, nós não podemos intervir nisso. – ele fala com convicção, sem arrependimento algum.

Eu fico aliviada pela descoberta, mesmo que Andrew seja um poço fundo de segredos, ele não sabe esconder que sente alguma coisa por mim, algo ainda em discussão, mas ele não sabe evitar.

As linhas da sua testa somem de vez, como se ele estivesse preparado para a minha pergunta. A feição leve e angelical dele volta, seu cabelo preto e volumoso caem para o lado tão divinamente espontaneo que sinto a vontade de ir até ele e ajeitar os fios soltos, quase batendo na extemidade do seu maxilar quadrado e masculo.

– Então eu surgi, você surgiu. – eu disse, suspeitando. – E isso me faz o quê?

– Isso faz de você a minha emissária Nathalie, nós estamos ligados pela sua humanidade e pela minha falta dela. Nossos caminhos estão destinados desde a nossa existência, não importasse o quanto durasse, você caminharia para mim e eu caminharia para você, é o nosso destino.

– Langdon disse que estou aqui para descobrir a verdade e guardá-la. Eu por acaso sou algum anjo da guarda seu?

Andrew ri que treme os ombros.

– Digamos que eu é quem esteja mais para seu anjo da guarda, baby. – é interessante como o tom da sua voz muda quando ele me chama de “baby’.

Eu fico vermelha, mas é a verdade, quem estou querendo enganar? Eu nunca serveria para o papel de heroina para ninguém.

– Até que ponto nossas vidas estão ligadas, Andrew? – eu sussurro.

Andrew move o corpo para frente para perto do meu tão ansioso por esta pergunta do que eu julgaria estar. Se vampiros pudessem ler mentes ou adivinhar o futuro, parecia que ele sabia exatamente quando eu iria perguntá-lo.

A sua presença perto de mim me deixa embrigada, não de uma forma ruim, mas doce e aceita.

– Até o fim de nossas vidas. – seu hálito tem cheiro de menta e canela. – Nós não temos escolhas baby, você nasceu para ser minha e eu estou vivo para ser seu.

Os lábios dele selam a sua verdade nos meus com muito carinho. Seus dedos percorrem a linha dos meus braços até o topo do meu ombro, segurando-o e o puxando para perto do seu peito duro feito mármore. Meu coração pode estar em descompasso e minha mente desodernada, mas eu sei o que eu quero.

– Eu quero você, Andrew. – seguro a sua nuca e o trago para mim.

Nossos movimentos mudam de novo. Sua lingua acaricia meu lábio inferior numa tentativa sedutora de esperar a passagem, eu deixo. Eu agarro suas costas com muita força e seu corpo desliza pelo sofá e cai exatamente em cima do meu, em extase. Seus dedos percorrem o caminho dos meus cabelos, enrolando-os nas pontas Andrew suspira perto do meu rosto e abre lentamente seus olhos cor de noite que se fixam nos meus, ele está tão limpo, seus olhos tão doces, sua feição tão angelical e eu estou indiscutivelmente apaixonada pelo o homem destinado a mim.

Abro o caminho para a sua lingua explorar todos os espaço da minha boca, me levando a loucura, é como se eu o beijasse pela primeira vez, como se eu sentisse sempre o mesmo ápice, sempre o mesmo êxtase de estar caminhando num jardim com gardênias, o cheiro dele. Seus braços flexionam para cima, seu corpo pesado me dá um segundo de alívio enquanto ele espreita minha feição e eu espreito a dele coberta de outro sentimento. O sentimento do desejo. Ele caminha os dedos para a barra da minha blusa e sou fisgada pela sensação de que eu o quero tanto quanto quero ser dele, mas não sei se estou pronta.

– Andrew... – sussurrei. – Eu sou virgem.

Ele baixou seus olhos pretos para mim tão cuidadosos e sorriu:

– Tudo bem. – ele beijou de leve meus lábios. – Posso me contentar apenas com os beijos, baby.


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Notas finais do capítulo

o que acharam anjos?