Pov Mônica on

Lá estava eu, em mais umas das rotinas repetitivas.... acordar.... tomar banho .... escovar os dentes... se vestir ... e escola. Não vejo a última alternativa uma rotina, e sim uma obrigação desnecessária. Sei muito bem que 2+2 da peixe, e é claro que foi o professor Licurgo que ensinou isto. Mas deixando de chatice, sou Mônica Souza, tenho 14 anos e tenho um pai chamado Seu Souza, e uma mãe chamada Dona Luiza. Amo muito meus pais, mais ás vezes eles falam demais...

Pov off

- Mônica Souza! – Chamou pela menina que logo pensou ( Vish chamou pelo nome inteiro não é coisa boa.)

- Quié mãe? – Perguntou com má vontade, já sabendo a resposta

- Está atrasada! Anda vai tomar o café...! – Falou em tom autoritário, retirando um suspiro da menina – Vamos ta no mundo da lua?

- Já to indo mãe... – Logo atrás Dona Luiza bateu a porta, retirando um suspiro de Mônica, mas desta vez de alivio.

-Mônica Souza você ta atrasada! – Imitou a mãe com cara de deboche.

Logo Mônica se vestiu e desceu, vendo sua mãe sentada sozinha á mesa, com um prato de panquecas e suco.

-Mãe cadê o pai? – Perguntou com típica feição de confusão, geralmente seu pai acompanhava com a família o café da manhã.

-Ah oi pra você também querida – Falou sarcástica, fazendo Mônica revirar os olhos – Seu pai foi trabalhar mais cedo... vá logo está...

-Atrasada, sei – Disse cortando sua mãe . Dona Luiza deu de ombros, já estava acostumada com a má educação da filha. Mas era de fato compreendida pelo que acontecera no passado. Depois disso Mônica nunca fora a mesma.

Pov Mônica on

Depois de fingir que gostei daquela gororoba, peguei a mochila e não disse uma palavra á minha mãe, se bem que posso á chamar assim. Já na rua avistei Magali chegando com uma cara de preocupada, era triste ver sua amiga assim. Logo cheguei perto e a interroguei.

-Magali? O que aconteceu? – Disse perto de minha amiga, ela apenas tentou disfarçar a tristeza e fazer um sorriso, mas o mesmo saiu torto, geralmente é por causa das brigas com seu namorado, mas agora ela me parecia muito mais triste.

-M-mônica... ele ... Mingau ... – Falou chorosa, só respeitei e esperei que ela se acalmasse e explicasse sua reação. Claro que do meu jeito!

-Fala logo criatura! – Falei impaciente, não tava com humor pra choradeira. Magali só me olhou assustada e disse de imediato.

- O mingau... foi roubado! – Disse engolindo o choro, mas de nada adiantou, logo ela encharcou minha blusa de lagrimas, e eu que á muito tempo não sabia o que era sentimentos pensei ( tudo isso só por causa de um gato? )

- Mas era só um gato Magali! – Minha amiga pareceu surpresa, e me olhou com certo desprezo.

- Não é só um gato pra mim Mônica! Desde que aquele incidente aconteceu você ficou com um cacto enorme no lugar do coração! – Disse e depois se virou para ir embora, mas eu á segurei, ela tinha razão eu estava sendo muito fria com ela...

-Tudo bem Magali, me desculpa, eu te ajudo a procurar, mas agora estamos atrasadas... depois agente vê isso! – Exclamei confiante. Eu ia achar aquele gato custe o que custar!

- Ta bom! – Disse com os olhos brilhando, nesse momento me senti uma heroína, coisa que a muito tempo não sentia... a confiança.

Continua...