O Festival Do Terror escrita por Sayu
Notas iniciais do capítulo
Oi gente! Uma história de terror aqui, não sei bem se é terror... Mas enfim, espero que gostem. Tentei deixar um pouco de humor negro também, mas não exageradamente, porque não sei ser muito cruel. Mas espero que gostem!
“Paranparampam, vamos iniciar o festival!”
“F-Festival?”
“Sim, sim, exatamente. O festival da morte! Vai ser divertido!”
“O-Onde estamos? Para onde estão me levando?”
“Desespero, dor, infelicidade.”, uma risada escandalosa inundou o lugar. “E o prato principal, a vingança! Então vamos, vamos, vamos começar!”
Em certo tempo, e em certo local, existia uma pequena e pacata vila. Mas um acontecimento quebrou toda a felicidade e simplicidade do lugar. O nascimento de uma criança, de olhos vermelhos como sangue.
Haha, isso não posso significar algo bom, não é? Bem, pelo menos é isso que os moradores acharam. E essa criança sofreu por muito tempo nas mãos daqueles humanos. Dez, vinte, trinta, quarenta anos. Todo esse tempo passou e a criatura mantinha sua aparência frágil e infantil. E por todo esse tempo, os moradores continuavam a maltratá-la.
Vamos ver... Que atrocidades eles cometiam? Falar que a tratavam como um cachorro seria bondade. A pequenina criatura teve sua pele terrivelmente queimada em uma fogueira, enquanto chorava aos prantos. Sua língua foi cortada ao meio, com uma navalha não tão pontiaguda, tornando realmente doloroso o processo.
Hum... O que mais mesmo? Ah! Lembrei. Seus dedos foram cortados, um por um. Seu cabelo fora arrancada de forma terrível e o mais dolorosa possível. E finalmente se cansaram do monstro, então simplesmente resolveram acabar com aquilo e mata-lo. Amarraram todos os seus membros em quatro cavalos e depois fizeram os animais correrem num disparo só. Acho que não preciso dizer mais nada.
Não demorou nem uma semana para que a criatura simplesmente aparecesse inteirinha novamente. O que deixou os aldeões um pouco chocados, mas também fascinados e curiosos sobre o poder que a criatura tinha. Oh! Erro do monstro! Melhor seria ter ficado com seu corpo á sete palmos da terra, ops, não a enterraram. Então... Bem, é apenas uma forma de expressão!
Com a medicina avançando, os aldeões decidiram que seria interessante fazer experimentos com o monstro. Mesmo que seu corpo estivesse novinho em folha, a dor permanecia na criatura, como se tivesse uma maldição. Suas pernas, braços, pele, tudo. Ainda era doloroso como se houvesse acontecido naquele mesmo dia.
E mais dor estava por vir. A criatura foi submetida a testes cruéis com seu corpo. E foi mantida presa por muitos e muitos anos. Mas onde estão os pais delas? Os seus amigos? Por que não a ajudaram? Você deve estar se perguntando isso, certo?
A criatura fora abandonada por todos eles. Amigos... Palavra distante que o monstro nunca ouvira falar, mas por algum motivo, ao pensar sobre ela seu coração começava a doer. Sem sentimentalismo bobo, ok?! Se não a história não vai ficar divertida.
Mas como numa boa história, a criatura conseguiu fugir. Por mais incrível que pareça, o monstro estava com seu corpo forte. Era como se o seu poder havia sido acesso, de uma hora para outra. Simplesmente acordara e sentira que aquela era a hora de finalmente revidar.
O corpo da criatura pegou a forma de uma mulher atraente, mantendo seus cabelos negros e olhos avermelhados. Mas ela estava totalmente diferente, não só o seu exterior, mas seu interior também. Estava com uma sede de sangue intragável.
A criatura deu um riso louco, enquanto planejava a sua tão amada e esperada vingança. E isso foi no dia do Festival, algo que acontecia para comemorar a boa colheita. Que triste! Parece que a colheita não foi tão boa afinal!
As luzes do Festival foram apagadas, as pessoas gritaram com o susto. Logo uma risada insana ressoou pelo local. “A festa começa agora”, uma voz surgiu. E houveram cinco minutos de loucura, de dor, de desordem. As pessoas começaram a correr, se perderam, foram pisoteadas.
“Fogo!”, alguém gritou desesperadamente. As pessoas ficaram apavoradas, mas aquilo já havia virado um mar de fogo, impossível de escapar. No fim de tudo, não acham que a criatura fora bastante piedosa? Quer dizer, o modo que eles morreram, apesar de doloroso e desesperador, não chegou perto do sofrimento que ela passou.
Triste que o tempo do monstro passa diferente dos humanos e aquelas pessoas, pobres coitados, não tinham absolutamente nada a ver com o que fizeram a criatura. Que história mais irônica! Tenho certeza que depois de um tempo, aquelas pessoas vão poder rir de tudo aquilo. Hum... Ou talvez não.
“Q-Que história terrível.”
“Do que está falando? Eu realmente me arrependi!”
“Você?”
“Sim, sim. Mas acidentes acontecem com qualquer um”, a criatura de olhos vermelhos falou, gargalhando.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por lerem! Espero que tenham gostado. Chequem minhas outras histórias por favor.