E Se fosse verdade? escrita por PerseuJackson


Capítulo 32
Confrontamos a Mãe do Minotauro


Notas iniciais do capítulo

Oláá galeraa! Comos estão? Estou bem... obrigado! Capitulo novo. (não me diga?) hehe. Espero que curtam muito (e comentem também.) :D



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Eu já devia imaginar que iria sonhar com alguma coisa quando dormisse. E assim foi.

No meu sonho, eu vi Luke andando pelo o labirinto com uma porção de monstros e semideuses inimigos. Eu levei um susto. Como Luke ainda estava vivo? Como ele sobreviveu àquela explosão? E os monstros? Aquilo não podia ser real.

– Ainda estamos longe. – resmungou Luke, segurando um mapa. Sua aparência estava totalmente do mal. A cicatriz ao lado de seu rosto estava um pouco avermelhada. – Precisamos caminhar muito ainda.

– Senhor, como vamos chegar até lá? – perguntou um garoto semideus.

– Não se preocupe. Lorde Cronos nos guiará. – assegurou Luke. – Será apenas uma questão de tempo, antes de invadirmos aquele acampamento inútil. Eles não serão capazes de nos resistir.

O lugar onde eles estavam era muito espaçoso. Havia uma pequena fogueira no centro. Diversos monstros e semideuses estavam sentados em redor. Alguns eu nem sequer conhecia. Havia um grupo de monstros grandes, com o corpo em forma de meia lua. As pernas eram escamosas. Outros tinham metade do corpo de dragão, e a outra metade de boi. Eram tantas coisas horríveis que eu fiquei arrepiado.

Nesse momento, um garoto chegou correndo até Luke.

– Tenho relatórios. – ofegou ele.

– Fale. – disse Luke.

– Eles conseguiram passar pelo o morcego gigante. Estão descansando, para depois prosseguirem.

– Eu sabia que eles conseguiriam passar. – disse Luke meio irritado.

– Devemos criar mais dificuldades para eles. – murmurou o garoto.

– Eu já cuidei disso. – Luke sorriu. – Duvido que eles consigam passar por ela. Sem aqueles heróis estúpidos para interromper, o acampamento será facilmente destruído.

O sonho se dissolveu. Alguém estava me sacudindo.

– Raphael. Acorda! – era a voz de Igor.

– Hã... o que? – disse eu sonolento.

– Vamos. Devemos ir agora.

Levantei-me ainda um pouco atordoado por causa do sonho.

– O que aconteceu?

– Ouvimos um barulho vindo dali. – ele apontou para trás. – Acho que não é algo bom.

– Só eu que estava dormindo? – perguntei.

– Sim.

Eu resmunguei. Não gostava de imaginar todos em alerta por causa do barulho, e eu ali, dormindo tranquilamente.

Não pude deixar de me lembrar do sonho. Luke estava no labirinto, junto com seu exército monstruoso. E estava enviando alguma coisa para nos atrasar. E pior de tudo, um de seus aliados estava nos espionando. Mas como?

– Annabeth... qual o caminho? – perguntou Igor.

Annabeth estava em frente aos dois túneis, quando se virou e dirigiu um olhar duro para ele.

– Eu ainda não sei. – rosnou ela.

– Cara, já é a quarta vez que você pergunta. – resmungou Israel.

– É por que Atena disse que ia nos guiar através dela. – lembrou Igor.

– Idai? – murmurou Percy. – Ela está fazendo o que pode.

– Aquela mulher de ontem era sua mãe? – perguntou Barbara para Annabeth.

– Sim. – respondeu ela.

– Ah. – ela fez cara de surpresa. – Então... quem é minha mãe? Ou meu pai?

Annabeth olhou para Percy.

– Ainda não sabemos. Mas eu tenho a suspeita de que pode ser Afrodite.

– Afrodite? – perguntou Beatriz. – A deusa do amor?

– Sim.

– E por que nós duas seriamos filhas dela?

– Talvez por que são gatas. – murmurou Stefferson. Barbara olhou para ele fazendo uma careta.

Annabeth bateu o pé de frustração. Dava para ver que ela estava emburrada com alguma coisa.

– Vamos tentar este túnel. – disse ela. – O da direita.

– Ok, sacagawea. – falei, tentando fazê-la sorrir, mas não deu muito certo.

Adentramos ao túnel. De inicio, nós andávamos normalmente em pé, mas depois o teto começou a ficar mais baixo. Quando notei, já estávamos engatinhando um atrás do outro.

– Ai, está ficando quente. – reclamou Dandara.

– E apertado. – completou Marcos.

– Por favor, galera – implorei. – essa é uma péssima hora para soltar peidos. Então, tentem não fazer isso.

– Ouviu Grover? – murmurou Percy.

– Ei! – protestou ele.

Nesse momento, pude ouvir vozes acima de nós. Vozes humanas. Todas rindo e conversando. Fiquei perplexo quanto a isso.

– Estão ouvindo? – perguntei.

– É claro. – disse Israel.

Parecia que estávamos embaixo de alguma festa de aniversário. Marcos murmurou:

– Será que podem nos ouvir?

– Acho que não. – falei.

– Vamos tentar. – Dandara pigarreou. – OLÁ! AQUI EMBAIXO!

– O que você está fazendo garota? – exclamou Stefferson. – Para de gritar.

– Não... eles não ouvem. – concluiu ela.

Continuamos a engatinhar.

– Seria tão engraçado se eles pudessem nos ouvir. – sorriu Israel. – Eu falaria: Aqui é o diabo! Chegou a hora de vocês!

Não conseguimos ficar sem rir.

– E imagina o susto. – disse Igor rindo.

– Ah, socorro! O diabo está embaixo da gente! – Matheus gargalhou.

Estávamos rindo constantemente, quando uma névoa fina e suave começou a encher o nosso pequeno túnel. Pensei que alguém estava fazendo fumaça em algum lugar do labirinto.

– O que é isso? – quis saber Grover.

– Não sei. – respondeu Percy.

Finalmente, o pequeno e estreito túnel onde estávamos se abriu em uma enorme sala. Começamos a sair e a olhar em volta. A névoa estava enchendo todo àquele local. As paredes eram feitas de cimento. O chão estava sujo. A névoa passava por nossas pernas, envolvendo-as.

– Isso é estranho. – murmurou Annabeth.

Eu concordei. Sentia que alguma coisa estava errada. Alguma coisa havia por trás daquela névoa.

– Bem vindos, meios-sangues. – saldou uma voz feminina.

Olhamos em volta tentando ver quem disse aquilo.

– Quem é você? – perguntou Percy.

– Você logo irá descobrir. – riu ela.

A névoa começou a se dividir ao meio, deixando um longo caminho até o fim da sala. Quando uma mulher apareceu, do nada, a uns dez metros da gente.

– Olá! – ela sorriu jovialmente.

A mulher usava um elegante vestido azul sem mangas. Pedrinhas brilhantes cintilavam no vestido. O cabelo escuro estava solto, mas enfeitado com fios de ouro. Em seu pescoço havia um colar dourado. Ela era bela, mas irradiava poder.

No mesmo instante fiquei em alerta. Quando alguma mulher aparece do nada, em meio a um véu de névoa, e ainda por cima banca a simpática, isso significa um problema muito grande.

– Hã... olá. – falei, cautelosamente. – Quem é você?

– Sou Pasífae.

Barbara arquejou.

– Eu me lembro dela. A esposa de Minos.

– Minos? O rei de Creta? – perguntou Marcos.

– Sim.

Olhei para a mulher, pasmado.

– Foi você quem deu a luz ao Minotauro? – eu não pretendia sorrir quando falasse isso, mas não pude me conter. Achava aquela historia horrível, e ao mesmo tempo, engraçada. – Mas... como ele conseguiu passar pela... – eu me interrompi. – quer dizer... os chifres não machucaram um pouco?

– Silêncio idiota! – rosnou a mulher. A névoa se espessou a minha volta. – Você não sabe de nada.

– O que está fazendo aqui? – perguntou Annabeth.

– Ah, minha querida, eu vim ajudar vocês. – disse ela calmamente. – Vocês estão em uma sala sem saída. Ficaram presos. Estou aqui para lhes darem uma saída.

Um corredor feito de névoa apareceu do nada ao nosso lado direito.

– Uau! – disse Matheus impressionado.

– Esse é o caminho. – assegurou. – Vão.

– Não! – exclamou Annabeth. – Não deem ouvidos a ela. Ela é uma feiticeira. Está aqui para nos atrapalhar.

Nesse momento, lembrei-me do que Luke dissera em meu sonho: “Duvido que eles consigam passar por ela.”

Era isso. Pasífae era “ela”. Era uma das armadilhas de Luke para nos atrasar. Mas como passaríamos por essa mulher?

– Opa! Uma feiticeira? – Israel recuou.

– Muito esperta filha de Atena. – Pasífae sorriu. – Pena que a sua inteligência não será muito útil agora.

A caverna inteira se dissolveu em escuridão de repente. Eu não via nada. Um corredor de névoa começou a se formar por todos os lados. Saquei minha espada, pronto para a luta.

A voz de Pasífae ecoava pela a sala.

– O que é isso? – choramingou Beatriz. – O que esta acontecendo?

Nesse momento o chão começou a rachar. Todos gritaram e saíram correndo.

– Não! – berrou Annabeth. – Não corram! Não se mexam!

Comecei a andar para frente, mas um alçapão se abriu repentinamente. Ouvi sons de serpentes ao fundo. Recuei em pânico, mas uma parede de névoa (Que por acaso, era uma névoa bastante sólida.), surgiu as minhas costas.

– Socorro! – gritei.

– Aaahh! – ouvi o grito de Matheus. – Estou sendo espremido!

– Socorro! – gritou Grover.

– Aranhas! – berrava Annabeth.

– Zeus está atrás de mim! – Percy gritou.

Minha mente foi a mil. Como conseguir nos livrar daquilo?

– Não adianta gritar. – a voz de Pasífae ecoou numa risada. – Foi bem mais fácil do que imaginei. Eu posso manipular a névoa. Vocês não têm para onde ir.

– Eu vou largar um soco nessa sua cara! – rosnei. Pulei o alçapão, e comecei a correr. Tudo era feito de névoa. Outro buraco surgiu diante de mim, mas pulei sobre ele. Corri mais alguns metros, entrando em corredores, e quase fui esmagado por um enorme machado que caiu do teto.

– Filhas de Afrodite. – Pasífae riu com desdém. – É a coisa mais inútil que já vi.

– Você vai ver quem é inútil sua vaca! – gritou Beatriz. – Apareça!

Por um breve momento, Pasífae apareceu no meio da sala, e a névoa diminuiu por um momento.

Ela rangeu os dentes.

– Seu charme é inútil! Vocês são inúteis!

Era isso. Não podíamos lutar contra ela corpo a corpo, mas podíamos usar o charme da Beatriz e da Barbara.

– Barbara! – gritei. – Use seu charme! Faça-a parar. Beatriz você também!

– Não vai conseguir me parar! – exclamou Pasífae.

– Que tal dormir um pouco? – provocou Beatriz. – Durma um pouco. Você está cansada. Se deite!

– Não! – gritou Pasífae. – Eu sou imortal! Vocês não podem me matar, e muito menos me impedir.

– Pare essa névoa! – gritou Barbara com firmeza. A névoa começou a ficar um pouco mais suave.

– Se deite! Você está cansada! – gritava Beatriz.

– Desfaça essa névoa! – berrava Barbara.

– Argh! Parem! – Pasífae colocou as mãos sobre as orelhas, o que a fez perder a concentração. A névoa foi sumindo. Comecei a ver a sala novamente. Estávamos todos separados, um em cada canto da sala.

– Quem é inútil agora? – disse Beatriz, correndo em direção a ela. Pasífae tentou manipular a névoa novamente, mas Beatriz deu-lhe um chute seguro na canela. Ela desabou no chão.

– Maldita! – gemeu Pasífae.

– Você conseguiu! – disse eu, impressionado.

– Você pode ser imortal. – murmurou Annabeth. – Mas não é aprova de dor.

– Eu vou mata-los. – rosnou Pasífae.

Dandara apontou sua flecha para ela.

– Vamos fazer um experimento para ver se ela é mesmo imortal.

– Haverá uma próxima vez. – disse ela. – Fiquem alerta.

E assim, ela desapareceu numa espiral de névoa.

– O Minotauro não deve estar muito feliz. – disse Percy.

– Cara, que mulher chata! – resmungou Stefferson.

– Ei! – exclamou Barbara. – Olhem. Uma saída.

Ela apontou para frente, e lá, havia um corredor quadricular. Avançamos em direção a ele.

– É realmente uma saída. – sorriu Dandara. No fim daquele corredor, conseguia-se ver um pequeno feixe de luz.

– O que será que é aquilo? – perguntou Israel.

Annabeth suspirou.

– É o que vamos descobrir.


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Notas finais do capítulo

Digam o que vocês acharam. Please! Não quero mendigar comentários. kkk



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