E Se fosse verdade? escrita por PerseuJackson


Capítulo 1
Eu brinco de esconde esconde com um Cachorro


Notas iniciais do capítulo

ooiiii galera! Espero que gostem da minha fanfic. hehe. Tá um pouco longo né? kkkk mas é que eu queria explicar umas coisas nesse primeiro capit. XD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/403035/chapter/1

Bem, antes eu imaginava que ser um meio-sangue era a coisa mais legal do mundo. Achava que seria ótimo ir às aventuras e missões, mas eu não esperava que isso fosse acontecer comigo um dia. E não esperava que eu fosse me arrepender disso. Odeio essa vida de semideus.

Por que? Você irá descobrir mais adiante.

Meu nome é Raphael Victor, tenho 15 anos de idade.

Antigamente eu morava numa pequena casa, num vilarejo, situado em Nebraska. Não era grande coisa, mas eu gostava de lá. Morava com minha mãe. Tinha amigos por toda a parte. Eu me divertia saindo com eles para passear, lanchar e etc... Mas, coisas estranhas aconteciam quando eu saía com meus amigos. Coisas realmente estranhas. Como na vez em que saímos para comer pizza, e minha mãe ligou para mim querendo saber como eu estava. Eu me afastei uns metros da mesa dos meus amigos e falei com ela. Quando desliguei o celular, avistei uma senhora olhando diretamente para mim com um sorriso do mal. Ninguém acreditou em mim quando eu disse que ela tinha presas como de um animal.

Quando contei isso a minha mãe, ela ficou realmente séria e tensa. Depois de alguns meses, nos mudamos para Nova Yorque. Eu me senti totalmente perdido e muito triste. Não sabia o porquê de termos nos mudado. Minha mãe me matriculou numa escola particular um pouco longe de casa. Ela disse que a minha vida aqui seria muito melhor. Mas eu tinha a sensação de que, aqui nessa cidade, minha vida iria piorar... e muito.

Na semana seguinte, começou o período das aulas. Eu estava um pouco nervoso por frequentar uma nova escola, mas minha mãe me assegurou que tudo ia ocorrer bem. (É, bem mal.)

Chegando na porta da escola, senti um frio no estomago. Eu quis sair correndo mas forcei-me a entrar. Havia uma porção de garotos e garotas na porta da escola, o que me deixou ainda mais nervoso. Em minha antiga escola, em Nebraska, eu era ridicularizado pela a maioria das pessoas de minha classe, chamando-me de estúpido, Lesado, e muito mais desses elogios. Não queria que aqui fosse igual.

Andei até a porta e entrei, olhando para frente. As meninas do meu lado me olharam como se eu estivesse a um mês dentro de uma lata de lixo. Não olhei para elas. Segui em frente descendo uma rampa que havia lá, e sem querer, esbarrei em um garoto alto e com cara de rebelde. Nesse momento, soube que minha vida ia se tornar um inferno. O cara me lançou um olhar de desprezo enorme. Segui em frente andando apressadamente quando esbarrei em mais alguém.

Essa é boa, pensei. Agora tenho dois inimigos logo no primeiro dia.

– foi mal cara. – disse um garoto. – É que eu sou meio distraído.

Ele tinha os olhos claros e cabelos também claros, e espichados para cima. Pele parda, e tinha uma boa aparência pode-se dizer.

– Hã... tudo bem. – disse eu. – Não tem problema.

– Vi que esbarrou em Dylan. – disse ele.

– Quem?

– Dylan. O cara em que você se esbarrou. Ele é da minha sala. – disse ele com um tom de desprezo. – A propósito, qual o seu nome?

– Raphael. – falei.

– Eu sou Israel. Bem vindo a nossa escola.

– Obrigado. – falei meio sem jeito. – Hã, onde é a minha sala?

– Não sei. Que ano você faz?

– O primeiro.

Ele sorriu.

– Sério? Então você é da minha sala.

– Ah. – sorri pouco à vontade.

O sinal da escola tocou, indicando que todos deveriam ir para as suas salas.

– Vamos. – disse Israel.

Chegamos a nossa sala. Era um pouco comprida e larga. Vários meninos e meninas conversavam e riam dentro.

– Se eles falarem algo com você, – disse-me Israel. – não ligue. Só ignore-os.

Entramos na sala e as conversas cessaram. Todos me olhavam como se eu fosse um tipo raro de garoto.

– Quem é o seu novo amiguinho Israel? – perguntou um garoto com o cabelo estilo moicano. Israel não respondeu nada.

– Ele também é estranho que nem você? – todos riram como idiotas. Olhei para ele. Eu já estava começando a me sentir envergonhado e irritado. O garoto olhou para mim.

– Iai novato? É seu primeiro dia de aula hoje?

Eu poderia não ter dito nada. Poderia só ignorá-los, como fez Israel, mas eu não consegui.

– Não. É o meu ultimo dia de aula. Algum problema com isso? – Eles me olharam com desprazer. Desejei não ter aberto minha boca.

– Oh! Ele está dando uma de durão. – ele fingiu estar com medo. Quando Dylan, o garoto com cara de rebelde, entrou na sala junto com o professor. Todos se sentaram e se ajeitaram em suas cadeiras.

– Esse é o sr. Brayck. – disse-me Israel. – Ele é professor de matemática.

– Para a minha sorte. – murmurei.

Eu nunca me dei bem em matemática. Aquilo tudo de números junto com letras não entravam na minha mente. Tenho dislexia, e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. Isso, somado com a minha vontade de estudar (que não era tão grande assim), “ajudava” muito na hora de prestar atenção nas aulas.

Nunca tirei nota acima de cinco em matemática. Em Química, minhas notas eram de quatro para baixo. Não conseguia me lembrar de fórmulas químicas e moleculares, muito menos saber a tabela periódica. Todas as matérias que precisavam de cálculos eu me dava mal. Ah, e ainda por cima, matérias de leitura como Português também, eu tirava nota baixíssima.

– Pessoal – disse o professor Brayck. – Hoje temos um novo aluno. O nome dele é Raphael Victor.

Senti que ele devia estar com muita fome, pois, quando ele pronunciou o meu nome, ele ficou com um ar esfomeado. Os alunos atrás de mim bateram palmas sem vontade.

– Bem vindo a nossa escola. – disse uma voz do meu lado esquerdo. Virei-me, e dei de cara com uma menina. Ela tinha os cabelos lisos e pretos, com uma franja na testa. A pele parda e os olhos claros. Ela estava usando óculos, o que a fez parecer bonita.

– Obrigado. – falei. Ela sorriu. Olhei para o sr. Brayck, e vi que ele estava me encarando. Eu desviei o olhar rapidamente.

***

Depois de alguns dias, eu me acostumei um pouco com a escola. O bom era que eu pelo menos fizera muitos amigos (duas pessoas), Israel e Dayane.

O ruim, era que o sr. Brayck, o professor de matemática, parecia não gostar muito de mim (Que novidade.). Ele achava que eu era um "preguiçoso que não tem vontade de estudar, e noob." E sempre me olhava com desprazer. Tentava me envergonhar na frente de todos.

– Sr. Victor. – me chamou um dia. – Venha aqui à frente.

Que coisa, pensei. Por que sempre eu?

Não importava se havia uns trinta ou dez mil alunos na classe ele sempre me escolhia.

– Hã... prefiro ficar aqui. – murmurei, meu rosto ficando quente. – O que devo fazer?

– Quero que resolva essa simples equação. – disse ele.

Olhei para a lousa, e não tinha ideia do que fazer. Os números e as letras começaram a flutuar para fora da lousa. Podia sentir os olhares dos alunos da classe sobre mim. Se eu desse a resposta errada, todos ririam.

– Não sei senhor. – eu disse por fim.

O sr. Brayck bufou.

– Você sempre não sabe! O que você faz aqui então? Devia ir para o jardim de infância para aprender tudo de novo. – Todos riram, exceto Dayane e Israel.

– Você não precisa fazer isso. – disse Israel. – Estamos aqui para aprender. Se nós já soubéssemos não estaríamos aqui! – Gostei da resposta dele.

– Se não me engano, eu estava falando com o Raphael e não com você. – disse o sr. Brayck. Senti vontade de gritar com ele. A raiva estava crescendo dentro de mim. Ele não tinha o direito de falar assim com a gente.

– Da próxima vez que você não souber responder, – Latiu ele para mim - serei obrigado a lhe tirar dois pontos.

De repente os olhos dele brilharam. Um brilho que fez meu corpo estremecer. Ele voltou a dar aula.

– Você viu isso? – perguntei para Israel.

– Isso o que?

– Os olhos dele... Brilharam. – falei um pouco nervoso. – Sério, você não viu aquilo?

– Não. Calma cara. - disse Israel. – Deve ter sido o seu nervosismo. Eu também detesto esse professor.

Depois que a aula do sr. Brayck acabou, veio ainda aula de Inglês. Quase durmo, por que o professor que explicava a matéria falava com uma calma muito grande.

Depois tivemos aula de Historia. Eu não gostava muito, mas nesse dia o sr. James que era o professor, deu aula sobre os povos da antiguidade. Ele falou que iriamos aprender sobre o povo grego. Fiquei ouvindo o que ele dizia, por que eu achava muito legal mitologia grega. Ele falou sobre varias coisas. Os deuses gregos, os heróis da mitologia que se chamavam semideuses, os monstros da mitologia.

Nesse momento, em que eu estava começando a gostar de verdade da aula, Dylan Andrew, o menino em que eu havia esbarrado e detestava na escola, começou a jogar bolinhas de papel em mim.

Ele era um garoto alto, acho que o mais alto da turma. Tinha cabelos pretos longos e a cara de encrenqueiro. Tinha espinhas na cara e o nariz pontudo. Ele sempre fazia piadas com uns meninos da sala, e às vezes, eu era o motivo da piada. Ele ficava sentado no fundo da sala, e a sala não era tão grande assim. Eu sentia uma vontade de voar em cima dele e lhe dar um soco.

De qualquer modo, Dylan estava jogando bolinhas de papel em mim. Olhei para ele com um olhar de “joga mais uma pra você ver.” Ele sorriu um sorriso falso, e fingiu estar com medo. Eu ainda estava olhando para a cara feia dele, quando o sr. James disse:

– Sr. Victor?

Olhei para ele.

– O que você estava fazendo olhando para o sr. Andrew?

– Nada – eu disse.

– Vou lhe fazer uma pergunta então. – Claro, pensei. Pra variar – Quem foi o herói da mitologia grega que matou a medusa?

Fiquei aliviado, por que sabia, mas também um pouco nervoso.

– Ahn... Foi Perseu? – risadas atrás de mim.

– Sim, correto. – ele sorriu – Mais uma coisa, por que ele não podia olhar nos olhos da medusa?

– Porque se não ele viraria pedra.

– Muito bem sr. Victor.

Atrás de mim, Dylan imitou a voz do professor. Os meninos do meu lado falaram em voz baixa: "Seu estúpido" e riram como idiotas. O sr. James voltou a dar a aula. Nesse momento o sinal para o intervalo tocou. Todos se levantaram para sair.

– Não dê atenção a ele Raphael. – Disse Dayane sobre o Dylan – Ele só quer ser o centro das atenções.

– Eu sei, mas não estou aguentando mais.

– Se você ficar com raiva, – falou Israel – ele vai fazer isso mais vezes.

Saímos para o intervalo. Enquanto estávamos descendo as escadas, Israel me perguntou se eu queria que ele comprasse meu lanche. Dei a ele o dinheiro e fui esperar junto com Dayane nas mesas e bancos que tinha perto da cantina. Ficamos esperando um tempo, quando de repente veio até a mim um garoto que eu nunca havia visto na vida. Ele era branco e, logo de cara, um sério problema de acne. Usava um boné estilo rastafári e tinha uma barbicha no queixo. Debaixo do boné seus cabelos eram castanhos cacheados. Estava usando a farda da escola que, não sei por que, estava um pouco com cheiro de grama. Ele chegou para mim e disse:

– Olá.

Fiquei me perguntando da onde o conhecia.

– Oi – Eu disse meio desconfiado. Ele me olhava como se eu fosse à única coisa com que ele se importasse.

– Eu posso falar com você um instante? – Eu não era muito de falar com os outros. Gostava de ficar mais na minha.

– Pode – eu disse. E fui com ele. Pedi para que Dayane guardasse meu lugar e o lugar do Israel. Fomos andando, e percebi que ele andava de um jeito engraçado. Andava como se estivesse mancando, ou então aleijado, e eu me perguntei se ele era.

– Qual o seu nome? – ele me perguntou

– Raphael.

– Hum, belo nome.

– E o seu? – perguntei a ele.

– Meu nome é Grover Underwood. – eu quase gargalhei, quer dizer, uma pessoa com um nome “Underwood”? Tive que me conter.

– Underwood? Que tipo de nome é esse?

– Não interessa. – ele soou meio ofendido.

– Ahn... desculpe se eu... – tentei falar.

– Você faz qual ano? Que idade você tem?

Ta certo, pensei, ele vai me entrevistar.

– Faço o primeiro ano – eu disse. - e tenho quinze anos.

– Quinze anos? – ele falou surpreso.

– Sim, por quê?

– Não, por nada. É... eu posso ser seu amigo?

É meio estranho quando alguém pede pra ser seu amigo, mas sorri com a pergunta dele.

– Claro, por que não?

– Obrigado. – Ele olhou em volta, meio preocupado.

– Esta tudo bem? – perguntei.

– Sim, está. – Neste momento o sinal do recreio tocou, era hora de voltar para a sala.

– Então tudo bem, vejo você por ai... Grover. – Ele assentiu.

Saí de perto dele, e antes de voltar à sala de aula, fui beber água em um bebedouro que tinha perto da cantina. Assim que acabei de beber, um jato de água espirrou em meu rosto. Fiquei perplexo, e olhei para o lado. Dylan estava lá, rindo, e segurando a mão em um dos bebedouros. Entendi que foi ele quem jogou água em mim. Não pude aguentar. A raiva cresceu instantaneamente. Eu teria avançado em cima dele mas nesse momento, senti uma dor nas minhas entranhas. Uma dor tremenda. Eu gemi e me curvei com as mãos na barriga.

De repente o bebedouro que estava perto de Dylan começou a tremer. Ele olhou, e assim que tentou sair de perto à água explodiu em um jato para fora, quebrando o bebedouro e atingindo Dylan bem na cara. Ele ficou se debatendo e pondo as mãos no rosto. Todos que estavam em volta dele caíram na gargalhada. Ele olhou para mim com ódio e avançou, mas os outros bebedouros também explodiram em jatos d'água encharcando ele completamente e fazendo-o cair. Todos os alunos estavam rindo, mas nesse momento o diretor da escola chegou. Quando ele veio para perto de mim, a dor na minha barriga foi parando e os jatos de água cessaram.

– Todos vocês para a sala, agora! – berrou ele.

Os alunos correram para suas salas. O diretor me olhou, e eu pude ver que ele não me deixaria ir embora.

– Então, dando uma de engraçadinho não é?

– Hã? – eu ainda estava tonto por causa da dor na minha barriga.

– Agora, sr. engraçado, você vai ficar na diretoria até as aulas acabarem.

– O quê? – falei. – Mas não fui eu que fiz isso. Não fui eu.

– Não, não. – disse ele sarcasticamente. – Foi o bebedor que estava com vontade de fazer xixi, ai jorrou água pra fora.

Achei aquilo tão injusto que mandei ele ir se catar. Isso não ajudou a melhorar as coisas. Fiquei na diretoria escrevendo "Não devo destruir o bebedouro da escola.”.

Depois que as aulas acabaram finalmente pude ir pra casa. Dayane chegou perto de mim.

– Uau, aquilo foi muito show. – disse ela sobre o estranho acontecimento no bebedouro. – Como aquilo aconteceu?

Não respondi. Achei aquilo tudo estranho. Parecia que eu havia tido o controle de todos aqueles bebedouros. E quando Dylan jogou a água em mim, eu me senti mais forte e renovado.

– O que aquele garoto estranho queria com você? – perguntou ela. Pensei em como responder.

– Ah, nada de mais. Ele apenas queria ser meu amigo. – eu disse sorrindo.

Israel e eu fomos juntos para casa, por que o caminho da casa dele era o mesmo do meu. Dayane deu tchau para nós e foi embora. Vi o garoto que falara comigo, Grover, me observar enquanto eu ia embora com meu amigo.

Durante o caminho, Israel e eu ficamos conversando a respeito de várias coisas. Por fim, chegamos a uma avenida em que nós teríamos que nos separar. Dei tchau para ele e sai andando.

Poucos minutos depois de ter saído de perto do Israel, escutei um estranho rosnado. Um rosnado grave e assustador. Olhei para os lados, mas não havia nada. Era umas onze e meia da manhã. O sol começando a ficar mais quente, quase não tinha gente na rua. Minha casa ficava um pouco longe de onde eu estava, e eu tinha que subir uma ladeira para chegar lá. Apressei o passo, e ouvi novamente o rosnado. Agora um pouco mais perto. Comecei a ficar assustado e então, sem pensar, dei no pé. Corri sem olhar para trás.

Foi meu grande erro.

Quando eu ainda estava correndo, resolvi olhar para trás e meu coração congelou. Havia um cachorro enorme no meu encalço. Não sei de onde ele saiu, mas ele era preto, do tamanho de um tanque de guerra, e olhos incandescentes como carvão de churrasco. Garras pontudas e dentes afiados como uma faca.

Assim que eu o vi, comecei a gritar, um grito desesperado. Corri como nunca na minha vida. Mas nunca poderia correr mais que aquela coisa. Ele pulou e caiu em pé bem na minha frente. Eu cambaleei para trás e entrei numa rua a minha esquerda.

Uma mulher que estava andando, e uns garotos que estavam brincando de futebol na rua, assim que me viram correndo com um cachorro gigante atrás, começaram a gritar e a correr junto comigo. Agora era eu e mais quatro pessoas correndo e gritando.

Nós cinco saímos correndo para uma rua mais movimentada, e a gritaria foi total. Agora era eu, e milhares de pessoas correndo e gritando. O cachorro grande não teve dificuldade em se desviar das pessoas. Corri e me escondi atrás de um carro. Várias pessoas estavam correndo, e eu pensei “tomara que o dono desse carro não saia agora”. Mas nem precisou, por que o cachorro me viu e rosnou zangado.

Como é que um cachorro cresce até esse tamanho? Perguntei-me. Ele veio correndo, e no ultimo momento eu sai, e ele jogou o carro tão longe que ele bateu em outro carro e explodiu. Mais pessoas gritavam. Corri e me escondi atrás de outro carro. Ele fez a mesma coisa. Desesperado, eu me escondi dentro de uma casa. Assim que eu entrei, uma senhora perguntou:

– Quem é você, e o que esta fazendo aqui?

– Eu... Ahn... – tentei falar, mas estava tremendo e ofegante. De repente a casa tremeu, e a senhora deu um grito que meu coração foi parar na garganta.

– Ah meu Deus! O que é isso?

Sem pensar corri para a cozinha, e a casa começou a se destruir, até eu ver o cachorro dentro da casa tentando me pegar. Pulei uma janela da cozinha e escapei.

Nesse instante vi uma moto encostada e ligada (que sorte). Tive uma ideia. Corri e montei em cima da moto. Eu já tinha andado antes de moto, não é assim tão difícil. O cachorro estava agora perseguindo algumas pessoas e eu gritei:

– Ei cachorrão!

Ele se virou e rosnou de novo mostrando os dentes pontiagudos, a baba pingando. E percebi que a boca dele estava tingida de vermelho, com algumas coisas que pareciam braços humanos. Não queria saber como ele tinha conseguido aquilo. Dei partida na moto e saí. Ele se virou e começou a correr atrás de mim. Acelerei a moto. Estava a 60 km por hora. O vento quente batendo no meu rosto. Estava quase chegando a minha casa quando, pro meu azar, passei por um buraco e a moto deslizou. Eu caí e rolei no chão. Minhas mãos ficaram totalmente arranhadas. A calça jeans estava rasgada, e minha mochila havia se soltado das minhas costas e se aberto no chão. Os livros e o meu caderno estavam caídos.

Foi quando notei um objeto metálico por entre os livros, uma faca de bronze. Afiada e do tamanho do meu braço. Corri e peguei-a. Não tive tempo de me perguntar o que uma faca estava fazendo nas minhas coisas. Dava para ver meu reflexo nela. Fiquei tão atento à faca que nem percebi o cachorrão vindo. Ele chegou e me arranhou com suas garras nas minhas costas, mas por algum milagre, só pegou de raspão. Mas mesmo assim, senti minhas costas ardendo em fogo. Ele tentou me morder, mas eu saltei para o lado e enfiei a faca no pescoço dele.

O monstro uivou e começou a se desmanchar. Não... Ele estava se desintegrando. Ele se foi, aos poucos. Fiquei lá, parado e aterrorizado. Tremia de medo e estava sangrando. Com dificuldade, peguei minha mochila e fui para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

iaaiii O que acharam?? mereço reviews? XD