A liberdade tem um preço! escrita por Coriolanus Grimes


Capítulo 30
A arena - Dia 07!


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, desta vez eu exagerei no capítulo eu sei, é o maior capítulo da arena até agora. Mas apenas fiz isso porque agora só vou postar segunda-feira. Por isso aí está um capítulo grande (nem tão grande) para recompensar. Tomara que tenham gostado. E por favor, se seu personagem morrer não abandone a história. Antes eu tinha pelo ao menos 15 comentários por capítulo na minha história, agora tenho apenas uns 6 ou 7, e 10 olhe lá. Então até mais e boa leitura.



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Kather Willians cuidava de Keven ao lado do riacho. Keven dizia estar estar bem e confortável, mas Kather sabia que ele só dizia aquilo para consolá-la. Keven na verdade sentia dores horríveis. Sua perna latejava sem parar, e parecia que o sangue não parava de sair. Keven passou a maior parte do tempo dentro da água gelada do riacho, o que ajudava a estancar o sangue, mas mesmo assim ainda não fazia nenhum milagre em meio a dor de Keven. Vez ou outra Keven pedia para Kather ir olhar as armadilhas que havia construído. Ele fazia por duas razões: Primeira: Para conseguir mesmo alimento para os dois, uma coisa que quase sempre há. Segunda: Ele quer gritar e chorar de dor, coisa que ele não faria na frente da irmã. Nunca dirá a ela que está morrendo de dores, e que provavelmente, MUITO provavelmente vai morrer com alguma infecção ou algo do tipo. Ou poderá morrer também se algum tributo vier lhe matar, pois não conseguirá correr ou se defender nessas condições. Acima de tudo, agora é praticamente morte certa.

– Não precisa mentir pra mim! - diz Kather - Eu sei que você está morrer de dor.

– Que ótimo! - responde ele - Mas você acha errado, porque eu não estou!

Kather da mais uma olhada na perna do irmão, que parece ter piorado muito desde a última vez que olhou: Mais ou menos uma hora.

– Eu devia ter ido á aquela aula de primeiros socorros que deram de graça no nosso distrito. - diz Kather - Eu poderia estrar te ajudando agora.

– Eu vivo me lamentando por não ter ido em várias aulas que a Capital nos deu de graça! - responde ele - Mas agora já é tarde, e não vale chorar pelo leite derramado.

De repente pode-se ver uma gota d’água escorrendo do olho de Kather. É a primeira vez que Keven a vê chorar em muito, muito tempo.

– Por que vocês são tão idiotas?!!!! - grita Kather para uma câmera que sabe que se encontra ali - Por que não mandam um paraquedas para meu irmão se curar, e assim podermos lutar com os outros tributos e trazer mais audiência aos jogos? Por que não junta todos os tributos num jantar? Ainda são tantos! Quem sabe os jogos possam acabar mais rápido, e esse inferno chegue ao fim!

Kather já está pensando em uma outra frase quando Keven dá um pulo desesperado e agarra sua mão.

– Me ajuda! Por favor! - diz ele olhando em seus olhos. Kather o tenta puxar, mas algo o está puxando também do outro lado. Algo mais forte, algo que pode puxá-lo fácil se quiser. Kather enquanto puxa o irmão tenta olhar o que o está puxando dentro da água. E quando menos espera, uma cabeça gigante e muitos tentáculos (mais do que o normal) aparece se erguendo na água. Eles estão acompanhados de uma lula-gigante.

Catarine começa a acordar devagarinho. Ela sente pontadas de dor, mas á algo ali. Algo como panos úmidos e folhas que ajudam a retirar um pouco da dor que está sentindo. Ela ainda consegue ouvir algumas coisas, mas nada tão firme a ponto de entender. Ela não consegue nem abrir os olhos direito, mas quando uma mão toca seu rosto ela instintivamente a empurra com suas próprias mão e com um esforço abre os olhos: Sleeve Hitheny está ali.

Quando Cat já está parcialmente curada, Sleeve explica tudo. Cat olha em volta e percebe que há mais alguns tributos ali, e a história de Sleeve vai se desenrolando. Ele conta que teve a ideia de juntar os melhores tributos e fazer uma aliança mais forte, e teve essa ideia quando começou a encontrar vários tributos machucados e desmaiados, mas não teve a coragem para matá-los dormindo, dizendo que isso é muito cruel e até covarde - o que fez Catarine pensar a respeito de Penny. Sleeve diz que ao todo a aliança é composta por8 tributos: Ele mesmo; Charlotte Jenkins; Jefferson Vasconcellos; Reyna Mackenzie; Raphael Gost - que foi o único que se juntou a ele apenas porque Reyna implorou; Lucie Hedwig; Matthew Quingley; e agora Catarine Elizabeth White.

– Como...como eu fui encontrada? - pergunta Cat ao perceber suas roupas não são as mesmas que estava.

– Primeiramente fique tranquila, não foi nenhum de nós garotos que te achou. - responde ele - Foi a Lucie e a Charlotte enquanto colhiam frutas. - Catarine dá um sorriso de alívio - Você foi encontrada perto de uma toca de coelho, na verdade um buraco. Metade do seu corpo já estava dentro da toca, e o que é que tenha tentado de puxar pra dentro apenas não conseguiu porque seu braço ficou totalmente enrolado em alguns cipós bem resistentes. - Não sei como você conseguiu se amarrar lá, mas foi sua salvação.

Sleeve ainda está contando sobre a sorte que teve, e como os bestantes que a tentavam puxar desistiram facilmente.

– A arena está cheia de bestantes agora. - diz Matthew se intrometendo e sentando num tronco perto de onde Cat agora está sentada. - Não sei o porque, só sei que ela está e todos são muitos ruins e diferentes um dos outros. Além do mais…

A mão de Lucie tapa sua boca. Ele faz um sinal com a mão, e Matthew entende, assim como todos os outros tributos. Sleeve se vira pra Cat e coloca o dedo indicador na frente da boca, como se a pedindo para ficar quieta. Cat obedece, e percebe que todos estão se posicionando pra atacar algo que está vindo da floresta.

– Me ajudem por favor!!! - grita Kather saindo de trás das árvores. Os tributos hesitam, mas Matthew pergunta:

– Ajudar no que?

– Meu irmão, ela ta muito ferido mesmo! - diz Kather puxando Keven que mesmo acordado parece estar quase desmaiando e não consegue nem ficar em pé direito. Todos os tributos largam as armas, e alguns vão ao encontro de Keven para tratar seus ferimentos. Kather se junta a eles para comer uma coxa de galinha, e agradece mil vezes por tê-los ajudado.

Na Capital, Letícia Flickerman está boquiaberta, e tenta montar as palavras certas em sua cabeça. Até que diz:

– É pessoal, parece que os Jogos Vorazes deste ano estão mesmo prometendo! - ela dá uma pausa ainda com a face de uma pessoa mesmo bem surpresa - Uma aliança de 10 tributos é coisa séria mesmo! Agora, além da nossa hiper-aliança temos apenas mais cinco tributos: Penny Lancaster, Ryan Ferdinand, Mackenzie Fowlstyuer, William Adans e Charlotte Jenkins, a nossa grávida. O que será que os espera?

O dia na arena continua. Já está lá pelas 16:00hrs da tarde quando Keven já está curado a ponto de poder falar e debater. Todos os 10 tributos se juntam num pedaço de solo sem se preocupar com os outros 5 que podem aparecer a qualquer momento.

Os dez debatem sobre a aliança, os tributos e os bestantes, até que o rosto de Keven se ilumina, ao mesmo tempo uma face de surpresa e uma face de preocupação.

– Quantos já morreram? - pergunta ele. Os tributos cochicham entre si e chegam a um resultado: 9. - Quantos...quantos tipos diferentes de bestantes vocês lembram de ter visto? - pergunta Keven sem cerimônia. A aliança novamente começa a cochichar entre si, e o resultado não é exato. Eles acham que é de 7 á 10 bestantes a margem de erro, pode ser mais ou menos. - Alguém aqui precisa morrer.

A frase de Keven trás surpresa aos rostos de todos, uma frase realmente assustadora.

– Por que realmente isso deve acontecer? - pergunta Lucie indignada.

– É a única maneira de comprovar se minha teoria está certa ou não. - sem pensar Keven arranca do chão exatamente 10 pedacinhos de grama. Com o dedo eles os corta igualmente, mas deixa 1 menor do que os outros. - Quem pegar o menor vai ser o escolhido.

As graminhas vão passando. Primeiro as meninas, depois os meninos. Quando todos já pegaram eles percebem que quem ficou com o menor foi Catarine. Ela se assusta, mas sabe que é por uma boa causa. Eles estão prestes a furá-la com a ponta de uma adaga quando um barulho novamente é ouvido na folhagem.

– Acho que não será preciso né?! - diz Cat á todos querendo os convencer. Eles balançam a cabeça em afirmação com um sorriso no rosto. Mas o sorriso logo sai quando eles se posicionam para ataque e Ryan Ferdinand aparece...sozinho. Alguns tributos ficam enduvidados e pensam que até pode ser uma armadilha para pegá-los de surpresa e ter alguma pequena chance de ganhá-los. Mas antes que os tributos possam pensar em alguma hipótese, uma flecha apenas aparece de repente e atravessa o pescoço de Ryan. Todos olham para Catarine e percebem um arco na sua mão.

– Vocês são lerdos demais! - diz ela. Um tiro de canhão é ouvido, e eles sabem que é o tiro de Ryan. Keven pede para que todos fiquem em silêncio, e então, após o tiro de canhão é ouvido um rugido de leão: Mais um bestante.

– A cada tributo morto um novo bestante é liberado na arena! - diz Keven em alto e bom som - Então se matarmos os tributos, seremos apenas mais e mais e mais caçados!

– E..e o que a gente faz pra eles não nos matarem? - pergunta Lucie.

– Fácil! - responde Keven com um olhar autoritário - A gente acaba com eles antes que eles acabem com a gente!


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