Make Me Love escrita por minsantana


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Bom, aí tá uma parte do encontro...
Daqui pra frente as coisas mudam um pouquinho.... hehehehe



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- você está machucada, moça? – ele perguntou. Sua voz era picante como vinho tinto e isso despertou uma sensação estranha nela.

Lorraine não respondeu. Continuava caída no chão e isso só piorava a situação. Não sabia se corria ou gritava. Os homens que a seguiam passaram a ser cautelosos e andavam mais devagar. Ela estava confusa, mas pelo clima estranho deduziu que eles e o rapaz bonito não deveriam ser amigos.

- vamos, me dê sua mão. Eu te ajudo a levantar. – ele insistiu tentando um sorriso forçado.

Ela não relutou mais. Ofereceu os braços em direção ao rapaz e ele a levantou rapidamente, fazendo seus corpos ficarem bem próximos um do outro com um encontrão. O sapato continuava preso no buraco, mas o rapaz gentil abaixou e o tirou com cuidado. Ele continuava intacto apesar da força que Lorraine havia feito para tentar tirá-lo de lá antes.

- o... obrigada. – Lorraine disse sem graça, colocando o sapato de volta ao pé descalço.

Ele apenas sorriu.

Os homens que a estavam seguindo passaram pelos dois fazendo cara feia. O rapaz que a ajudou colocou o braço em volta da cintura de Lorraine para disfarçar ao perceber o que acontecia ali. Ou o que iria acontecer se ele não tivesse aparecido. Assim, eles não pareciam mais do que um casal apaixonado que havia acabado de se encontrar.

Lorraine achou estranho o abraço repentino, mas não se mexeu e prendeu a respiração. Depois que os homens viraram a outra esquina, ela deixou escapar um suspiro de alívio.

- me desculpe pelo abraço, mas pelo que percebi era necessário. – ele sorriu mais uma vez, dessa vez com as bochechas corando, mais ainda estavam abraçados.

- obrigada mais uma vez. Eu estava com medo, eles estavam me seguindo e se você não tivesse aparecido, quem sabe eu não...

Lorraine não terminou a frase e um silêncio constrangedor tomou o lugar depois que o rapaz desconhecido, percebendo a situação, desfez o abraço meio sem jeito e voltou a colocar as mãos nos bolsos da calça.

- bom... eu já vou indo. Está tarde. – ele esticou o braço para um aperto de mãos e ela repetiu o gesto.

– aiiii... – ela se encolheu e fez uma cara de dor.

- o que foi??  - ele perguntou preocupado.

- meu braço. Esqueci do arranhão. – ela virou o braço e o rapaz viu um enorme arranhão perto do cotovelo, sujo de terra e com vestígios de sangue seco.

- vamos cuidar disso antes que inflame.

- espere. – ele a encarou confuso. – eu nem sei o seu nome.

- ah, que falta de educação! – ele riu e ela continuou séria. – Gerard Arthur Way, muito prazer.

Vendo que ela continuava em silêncio, ele achou estranho e achou melhor perguntar.

- e o seu, linda moça?

Apesar do elogio, o sorriso bobo que estava no rosto de Lorraine desapareceu ao lembrar que em pouco tempo seu sobrenome mudaria após o casamento... se houvesse algum.

- o meu nome... – Gerard esperava ela completar a frase com curiosidade. – eu me chamo Lorraine Johnson, muito prazer. – ela tentou rir em vão. Seus lábios não se moveram nem um centímetro.

Confuso pelo jeito que obteve a resposta de Lorraine, Gerard resolveu se manter calado. Fez um sinal para que ela o acompanhasse até que se deu conta de que não tinha pra onde ir. Não podia voltar pra casa, pois era bem provável que um carro de polícia o estivesse esperando em sua porta junto com sua família e, quem sabe, com toda a imprensa junto. Se alguém o visse, provavelmente ele seria levado de volta para o hospital ou internado em um hospício por fugir do hospital sem ser notado.

- você mora aqui perto, Lorraine? – ele disse alguns metros depois que começaram a caminhada.

- na segunda rua à esquerda. E você?

- eu... eu moro em New Jersey.

- New Jersey? – uma pontada no peito atingiu Lorraine ao se lembrar da cidade onde morava até pouco tempo atrás...

- sim, por quê?

- nada, nada...

Gerard olhou pra Lorraine sem entender o porquê da súbita surpresa estampada em seu rosto, mas resolveu não insistir. Talvez fosse melhor não saber a resposta. Talvez.


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