It's Only Love. escrita por ElizaWest


Capítulo 4
Nemo - OneShot (SwanQueen/Evil Queen).


Notas iniciais do capítulo

***** DRAMA ALERT, DRAMA ALERT, DRAMA ALERT *****

hahaha Bom, o aviso está aí, essa one shot é super dramática e meio chatinha, mas eu gostei. Retrata uma Evil Queen sozinha e machucada por um afastamento resultante de alguma ação indesejada pela família. É "pós-Neverland", e aqui está o que eu imaginei: em Neverland, Regina e Emma descobrem esse sentimento maravilhoso entre elas, mas com a necessidade de usar a magia para encontrar o Henry, a Regina teve uma "recaída" e então, para que pudessem ficar juntas, a condição da Xerife era que ela se afastasse completamente disso. Cinco anos correram perfeitamente bem quando, de repente, Regina começa a ter sonhos confusos com sua mãe, Cora. Isso a leva a outra "recaída", e Emma vai embora levando seus dois filhos; Henry, o motivo da "viagem" para Neverland, e Jackie, uma garotinha que Emma e Regina foram, milagrosamente, capazes de conceber.

— E, aqui, o Rumpel é pai da Regina, algo que eu quero muito que seja verdade na série hahaha



Bom, quase escrevi um livro aqui nas notas, masok! hahahaha Espero que gostem, boa leitura!



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Este sou eu para todo o sempre

Um dos perdidos

Aquele sem nome

Sem um coração honesto como bússola

Este sou eu para todo o sempre

Um sem um nome

Estas linhas são o último esforço

Para encontrar a perdida linha da vida


Em questão de segundos, seus olhos percorreram a sala vazia. E não apenas a sala; a casa estava inteira envolta em uma solidão cortante que a deixava sem conseguir respirar. As lágrimas agora escorriam livremente por seu rosto e ela já não conseguia controlar os soluços altos que saíam de sua garganta. A morena estremeceu e ajoelhou-se no chão, no meio da sala de estar, apoiando as mãos nos joelhos e deixando que seus longos cabelos negros caíssem como uma grossa cortina cobrindo seu rosto. Ela não podia acreditar que aquilo estava acontecendo novamente. Os sonhos que agora estavam destruídos pareciam estar envolvendo-a, e eles eram tão reais que Regina podia jurar que conseguiria segurá-los em suas mãos se tentasse. Seus olhos fecharam-se e ela deixou que as lágrimas lavassem toda a dor que a consumia – ou parte dela, pelo menos.



A morena não sabia por quanto tempo permanecera ali, imóvel, ouvindo apenas as batidas descompassadas de seu próprio coração que agora estava começando a se tranquilizar. Por quanto tempo aquilo duraria? Seria o mesmo que da última vez? Não, ela rapidamente chegou a essa conclusão. Não seria nada parecido com o que houve da última vez. Antes havia uma maneira de voltar. Havia uma maneira de tentar de novo, se permitir sentir. Agora, tudo estava acabado. Realmente acabado. Ela havia sido deixada para trás mais uma vez. Seria esse seu destino? Viver sozinha para sempre? Ela levantou o olhar e encarou a sala vazia novamente. Seus olhos alcançaram os porta-retratos sem as fotos que antes os faziam parecer tão cheios de vida. Ela havia ido embora e levara tudo – tudo – com ela. Mas o orgulho era mais forte e Regina não iria, de maneira alguma, pedir para que ela voltasse. Acontece que, talvez, orgulho não fosse a palavra exata para definir aquilo que a estava impedindo. Era arrependimento. Ela reconhecia que a culpa nisso tudo fora sua. Seu destino repleto de solidão, dor e sofrimento estava sendo traçado por suas próprias mãos.


Ela finalmente criou coragem para se levantar. Era difícil; suas pernas não pareciam suportar o peso de seu corpo. “Nunca subestime o poder da consciência pesada”, era o que Rumpelstiltskin diria. Mas nem ele estava ali para lhe fazer companhia. Ele a deixara para trás assim como todos os outros. Sua própria filha. Porque Henry – o dedicado e amoroso Príncipe Henry – não poderia ser, na verdade, seu pai? Ela odiou Cora por isso. A lembrança de sua mãe matando-a aos poucos cada vez mais a cada dia a fez explodir em um acesso de raiva. Os copos e taças da cristaleira desfizeram-se em pequenos cacos que caíram ao chão. Ah, ela limparia aquilo pela manhã. Movendo a mão direita sobre a bancada, fez surgir uma taça de cristal cheia com vinho até a borda. Classe? Não, não era necessária naquele momento. Ela bebeu um gole. Dois. Três. Quatro. A taça estava vazia, mas isso não era problema. Em uma fração de segundos, ela estava transbordando novamente. Um único quadro sobrara na parede; aquele quadro Emma concordou em não levar, afinal fora um trabalho da morena. Uma pintura onde ela, Emma e Henry aproveitavam uma tarde ensolarada no parque. Seus olhos voltaram a se encher de lágrimas. Ela percebeu que não sabia se ainda fazia parte daquela família.


Oh, como eu desejo uma chuva suave

Tudo o que eu quero é sonhar novamente

Meu coração amoroso perdido na escuridão

Por esperança eu daria meu tudo




Depois de apagar as luzes no andar de baixo ela subiu vagarosamente as escadas deixando que seus dedos passeassem livremente pelo corrimão. Aquela era a casa perfeita. Grande, bonita, perfeitamente cuidada. Mas ela nunca mais veria Henry correndo por ali, ou ouviria os risos da pequena Jackie ecoando pelos cômodos. Nem mesmo a voz desafinada de sua amada Emma cantando no chuveiro a faria acordar todos os dias pela manhã, horas antes de seu horário comum. Ela não deixava a loira saber que estava acordada; cobria-se até a cabeça e fechava os olhos para poder ouvir com mais atenção a doce melodia que a Xerife cantarolava. Ela costumava pensar que aquilo era o Paraíso. E era, na verdade.




Com passos curtos ela chegou até o quarto das crianças. A cama de Henry perfeitamente arrumada não parecia a mesma sem seu cobertor e travesseiro do Homem-Aranha com livros e cadernos jogados sobre ele. O menino adorava desenhar; era algo que ele havia herdado de Regina. O berço lilás no canto do quarto fez seu coração apertar. Ela passara tão pouco tempo com sua pequena garota... Aquela que, por um milagre, Regina e Emma foram capazes de conceber: uma doce garotinha de olhos amendoados e grossos cabelos castanhos que emolduravam seu rosto branco como a neve em grandes cachos. O fruto do amor verdadeiro. Ou não tão verdadeiro assim. Agora era fácil duvidar de todas as palavras ditas e todas as promessas não cumpridas entre as duas. As roupas perfeitamente dobradas de Henry e os vestidos e laços de cabelo da pequena Jackie já não enchiam mais o guarda roupa. Ela debruçou-se em uma das prateleiras e deixou que suas lágrimas manchassem a madeira. O acordo fora uma vez por ano. Ela não conseguiria ver seus filhos apenas uma vez por ano. Agora, ela tinha sérias dúvidas sobre se conseguiria sobreviver.


Após apagar a luz e trancar a porta, ela se dirigiu ao seu quarto. O quarto que ela dividira com sua amada por cinco longos anos e que fora palco de grandes discussões e quentes noites de amor. Sentou-se na cama e correu seus dedos pelo travesseiro branco, puxando-o para si e sentindo aquilo que havia restado do cheiro da loira. Lavanda. Regina ditou-se na cama em posição fetal, abraçando forte os joelhos. Depois de alguns minutos que pareceram ser uma eternidade, seus olhos fecharam-se e ela foi chamada para um sono sem sonhos. Solitário, como seria sua vida daquele momento em diante.


Minha flor, murcha entre

As páginas dois e três

O florescer único e eterno

Se foi com meus pecados

Ande pelo caminho escuro, durma com os anjos

Peça ajuda ao passado

Toque-me com seu amor

E revele para mim meu nome verdadeiro




Ela tentou se convencer de que conseguiria viver sem a Xerife. Durante os oito meses que se seguiram ela saía para caminhar nas docas todos os dias, sentir a brisa fria da manhã tocar seu rosto e fazê-la se sentir viva. Certo dia, ela avistou Ruby vindo em sua direção. A loba fora a única pessoa que ficara ao seu lado depois que tudo aquilo acontecera e, surpreendentemente, elas tornaram-se grandes amigas. Um abraço apertado, foi isso que recebeu da garota de longos cabelos castanhos assim que se aproximaram. Ela quis saber como Regina estava se sentindo. “Como sempre”, foi sua resposta. Nada mudara. Sem sua família, o tempo parecia estar parado, como quando Storybrooke estava sob a maldição; a única diferença é que ela não se sentia realizada. Era como se sua mente tivesse se perdido em um grande portal que levava a uma dimensão não conhecida pela morena e por ninguém mais. Ruby dissera que trazia uma notícia. As duas sentaram-se em um dos bancos, lado a lado, Regina com a cabeça encostada no ombro da loba.




Era uma notícia de Emma. Os olhos da morena brilharam como antigamente. Fazia um bom tempo que não ouvia falar no nome da loira, e aquilo a animou. Ela desejava todas as noites antes de dormir que Emma estivesse bem, onde quer que fosse. Ruby sorria ao contar que Jackie estava frequentando aulas de balé e Henry, aula de equitação. Um sorriso largo abriu-se no rosto da morena. Era isso mesmo que ela estava pensando? Emma estava realizando todos os sonhos que a Rainha tinha para seus filhos. Isso queria dizer que a loira ainda se importava, não é? Foi a vez das notícias sobre Emma, então. Ela estava bem. Neal participava da vida de Henry, mas eles não estavam juntos. O coração de Regina pareceu ficar em chamas com a notícia. Seus olhos encheram-se de lágrimas quando Ruby tirou do bolso da jaqueta um pequeno papel amassado e um pouco molhado. Regina reconheceu de imediato a caligrafia de Emma.



Henry e Jackie sentem sua falta... E eu também.



Obrigada pelos dois maiores presentes da minha vida, minha Rainha.


Eu te amo”.




Oh, como eu desejo uma chuva suave

Tudo o que eu quero é sonhar novamente

Meu coração amoroso perdido na escuridão

Por esperança eu daria meu tudo.














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Notas finais do capítulo

Deixem reviews se acharem que merece.

Kisses ♥

PS: Essa cena da Gina chorando me corta o coração :(