Elliot estava na sala, arrumando o tapete com alguns brinquedos. Olivia seguiu ate a sala, bufando com raiva, jogou a camisa em cima do homem.

–O que foi?

–Não Elliot, você me fala o que foi. O que você fez ontem de noite?

–Nada, eu só sai com os caras.

–Que merda de marca de batom é essa na sua gola?

–Olivia, não é o que você esta pensando...

–Não né, não é o que estou pensando...quem é a mulher Elliot? Eu não posso acreditar que você fez isso comigo, não você. -Olivia desabou no sofá, o choro saiu impiedosamente. Ela não acreditava que Elliot estava fazendo aquilo, não o Elliot, não o homem que ela ama e sempre deu tudo. Elliot foi ate ela, se aproximou, mas não a tocou.

–Olivia...me escuta. Não é nada disso que você esta pensando. Eu não te trai, como eu poderia trair a mulher que eu amo? O que aconteceu é que ontem, a Dani Beck veio ate nossa mesa, ela passou a noite toda se jogando em cima de mim e eu passei a noite toda fugindo dela. Mas na saída, eu fui ao banheiro antes de ir embora e ela me seguiu, quando eu sai, ela me agarrou. Eu juro que não quis, eu a afastei. Me desculpa Liv, eu não queria. -Olivia não agüentou ouvir aquilo que Elliot a tinha dito, ela saiu da sala, mas Elliot a segurou pelo braço. -Liv, por favor. Aquilo não significou nada pra mim, você sabe que eu amo é você. Isso significa mais pra mim. -Elliot a puxou colando os lábios, sua língua foi envolvida pela dela, mas logo ela interrompeu o beijo e um tapa foi acertado na face do homem.

–Eu te odeio Elliot! Eu não acredito que você fez isso comigo. Você? Me esquece Elliot, acabou tudo entre a gente. -ela tirou as mãos dele de seu braço e entrou no quarto de hospede.

–Liv, aquilo não foi nada. Acredite em mim. Abre a porta.

–SOME DA MINHA VIDA, VOCÊ É MESTRE EM FAZER ISSO, ENTÃO FAÇA.

–Olivia...por favor.

–PORRA ELLIOT! ME ESQUECE. -Elliot não deixaria a porta do quarto tão cedo e Olivia não deixaria o quarto tao cedo, mas os planos mudaram ao ouvirem o choro ecoar pela casa. Olivia abriu a porta do quarto e correu pro quarto onde a menina estava, Elliot fez o mesmo. -Eu to aqui Emma, não chora amorzinho.

–Liv...

–Me deixa.sozinha. -Olivia falou entre os dentes. Elliot fez o que ela pediu e a deixou no quarto sozinha.

–Não chora amor, a mamãe esta aqui. Quer mamar? A mamãe te dar o peito. -Olivia abriu a blusa e colocou a menina no seio. A menina logo começou a mamar, mas logo que parou começou a chorar. -O que esta acontecendo? Você não é de chorar assim pequenina. Você tá dodói? Chora não meu amor. Sua fraldinha tá limpa, você tomou banho, você mamou.-Olivia levou a menina pro quarto e a deitou na cama, deitando-se ao lado dela. Começou a acariciar as costinhas da pequena que ainda chorava, desesperadamente. -Ei Emma, isso é cólica? Eu vou te dar o remedinho e você vai melhorar. -Olivia pegou a menina, foi ate a farmacinha e pegou o remédio em gota, uma mamadeira com água e uma chupeta. Depois voltou pro quarto com ela, colocou as gotas na boca dela e depois a deu um pouco de água, mas da mesma maneira a menina não parou de chorar, o que estava deixando Olivia preocupada e com medo.

–Posso entrar?-Elliot estava parado na porta do quarto, Olivia estava de pé, balançando sua pequena pra acalma-la, mas seu rosto estava cheio de lagrimas. Ela apenas concordou com a cabeça. Elliot foi ao banheiro, lavou a mão, bem lavada. -Eu acho que sei o que é, deve ser os dentinhos nascendo. -Olivia apenas o encarou, o homem pegou a menina dos braços de Olivia e a deitou nos seus, abriu a boquinha dela, pra ver se era visível e depois tocou em uma parte da gengiva dela. -Aqui, esta meio inchado, é por causa do dentinho. Segure ela e eu vou pegar o remédio e a chupeta pra isso. -Olivia continuou a ignora-lo, ele voltou com o remédio que era misturado a água e uma chupeta com a ponta diferente. Com a ajuda de Olivia ele deu o remédio a menina, Olivia colocou a chupeta na boca da menina, a menina diminuiu o choro e Olivia a deitou em seu seio. -Liv...

–Obrigada Elliot, mas agora pode me deixar sozinha? Eu vou fazer a Emma acalmar, dar banho nela...

–Posso te ajudar?

–Não precisa, talvez a Danielle precise mais do que eu.

–PARA DE SER CRIANÇA, QUE MERDA. -Elliot deu um grito que assustou a pequena que estava se acalmando. Olivia olhou pra ele, querendo o matar. Elliot deixou o quarto, batendo a porta. Olivia levantou e continuou fingindo que tudo aquilo não estava acontecendo.