POV - Gina

Depois da aula, fui para o apartamento acompanhada de Harry, passaríamos a tarde lá.

– Lar doce lar - eu disse quando chegamos

– Eu venho tanto nesse apartamento que parece que eu vivo aqui - Harry riu, enquanto colocava minha bolsa - que ele sempre fazia questão de carregar - em cima do sofá

– É verdade. E não seria uma má ideia, né? Você morando aqui comigo... - me aproximei dele

– Hum... isso é um convite?

– Interprete como quiser - dei-lhe um selinho

– Você sabe como provocar, garota. Mas essa ideia é uma loucura.

– Eu sei, é óbvio que você não pode morar aqui. Mas é bom fazer uma loucura de vez em quando.

– Você é o tipo de garota que faz loucuras?

– Eu sou o tipo de garota que faz loucura o tempo todo– coloquei meus braços em volta de seu pescoço

– Você é demais! - ele riu

– E você? É o tipo de garoto que faz loucuras? - perguntei

– Não mesmo. Você sabe muito bem que eu sou o tipo de garoto que nunca faz loucuras.

– Talvez eu possa mudar isso em você

– Como?

– Vamos fazer loucuras - eu ri

– Que tipo de loucuras?

– Deixe-me pensar... - fui até o sofá

– Tudo bem

– Tive uma ideia. Venha aqui - eu o chamei e dei tapinhas no sofá para que ele sentasse ao meu lado

– Vamos lá, me conte sobre sua ideia - ele se sentou e me encarou, sorrindo

Sentei em seu colo, coloquei meu rosto a centímetros do seu e então sussurrei:

– Vamos dar uns amassos - ri

– Bem, talvez seja uma loucura, mas é algo que fazemos quase todos os dias - ele riu

– Não, vamos dar uns amassos em cada canto desse apartamento

– Isso é um pouco diferente

– E então, estamos de acordo?

– Se estamos! - ele pegou minhas pernas e colocou-as cada uma de um lado, me deixando de frente para ele. Puxou meus quadris até que não sobrasse nenhum espaço entre nós, e então me segurou pela nuca e atacou meus lábios ferozmente.

Retribui o beijo com mesma intensidade, mordiscando seu lábio inferior sempre que tive a oportunidade. Ele adorava mordidas.

Ele me afastou

– Acho que o sofá já recebeu amassos o suficiente. Pra onde vamos agora? - ele perguntou

– Cozinha - falei

Harry me segurou e levantou do sofá comigo em seus braços, minhas pernas em volta de sua cintura. Ele me levou rapidamente até a cozinha e me sentou na mesa. Atirei no chão tudo que estava em cima da mesa e o puxei para perto, sem querer manter meus lábios longe dos dele por mais tempo.

Ficamos por minutos ali até que ele me afastou mais uma vez.

– E agora? - ele perguntou mais uma vez

– Banheiro

– Sério?

– Cada canto dessa casa – sorri, e me segurei firme enquanto ele me levava no colo até o banheiro.

Ele me levou para dentro do box e me pôs no chão, sem parar de me beijar. Tirei a camisa dele e explorei suas costas definidas com as mãos.

Ele me afastou mais uma vez

– O que acha de um banho? - ele sugeriu, com um sorriso safado de tirar o fôlego

– Quem está na chuva é pra se molhar - falei, abrindo o chuveiro

Nos beijamos enquanto a água fria molhava os nossos corpos, nos deixando ainda mais sedentos um pelo outro.

Harry foi me despindo, até que fiquei apenas de calcinha e sutiã.

– Acho que já podemos ir para outro lugar - ele disse, quando paramos de nos beijar para respirar

– Tudo bem. - fechei o chuveiro - Para o meu quarto

– Como quiser - ele disse, e me puxou do banheiro até o quarto que eu dividia com Cho.

Me deitei na cama e fiz um convite provocativo, o chamando com o dedo indicador.

– Vamos molhar sua cama inteira - ele disse, subindo na cama

– Eu não me importo - o puxei para um beijo

Nos enroscamos nos cobertores enquanto nos beijávamos ardentemente, ele puxava meus cabelos molhados e depositava mordidas por meu pescoço, eu mordia sua orelha e beijava cada centímetro de seu corpo que pudesse alcançar.

Comecei a abrir o zíper de sua calça quando ele se afastou e me encarou com uma expressão séria.

– O que aconteceu? - me espantei

– Não acha que estamos indo longe demais? - ele perguntou

– Não, não acho. Pra mim estamos perfeitamente dentro do limite

– E vamos continuar de onde paramos? Quero dizer, nós vamos...

– Transar? Por quê não?

– Não quer que sua primeira vez seja mais... romântica? Especial?

– Primeira vez? Quem disse a você que essa é a minha primeira vez?

– Espere - ele se sentou - você não é virgem?

– Não - me sentei também

– Nossa, eu não sabia disso. Por quê não me contou?

– Você nunca perguntou...

– Ok, isso é estranho. Eu podia jurar que você fosse virgem.

– Eu já tive alguns namorados, então eu já transei umas duas vezes na vida. Nada muito especial, não achava nenhum daqueles caras bons o suficiente.

– Bem, e se eu não for bom o suficiente?

– Você é o melhor do mundo. - segurei o rosto dele com as mãos - Harry, você é virgem?

– Sim - ele disse, enrubescendo

– Ok, isso sim é estranho. O cara é virgem e a garota não. - ri

– Você não está me ajudando muito, Gina - ele falou

– Desculpe.

– Acho que não quero mais fazer isso

– Por quê não?

– Bem, você nem é virgem. Isso realmente estragou nosso momento.

– Claro que não!

– Claro que sim, Gina! Eu queria te fazer ter a noite dos seus sonhos, te fazer ter sensações que nunca experimentou, te tornar a mulher mais feliz desse mundo. Mas você já teve tudo isso antes de mim.

– Você está exagerando. Olhe só, - me aproximei dele e olhei fundo em seus olhos verdes - você é o cara mais especial que já conheci. Eu amo você e amo tudo o que estamos vivendo. Não se sinta intimidado só porque eu não sou mais virgem. Nenhuma das vezes em que transei foram especiais, nenhuma foi boa porque eu não estava com alguém capaz de me fazer feliz ali. Agora eu estou. E eu sei que você vai me dar o melhor dia da minha vida. Nós não vamos transar, nós vamos fazer amor. E você vai se deitar comigo nessa cama e me fazer a mulher mais feliz do mundo, pois só você é capaz de fazer isso. Então, se deite comigo e me faça sentir coisas que nunca senti e eu farei o mesmo com você. Me dê a primeira vez que eu nunca tive, me ame como ninguém amou.

– Seu desejo é uma ordem, meu amor - ele disse