Dead Wrong escrita por Luiza Holdford 2


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Só como observação, é como uma página (ou mais de uma) do diário do Stefan, ok?



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Quando eu vim a Mystic Falls, eu tinha quase uma necessidade a cumprir. Quer dizer, eu eventualmente tinha que vir a Mystic Falls checar a propriedade da família, mas eu não tinha me assentado aqui.

Não até salvar aquela família do acidente na ponte. Não a família toda, eu quis salvar todos, mas somente a garota sobreviveu. Elena. Quem diria que aquele dia seria minha salvação e minha derrota?

Elena era a cópia viva e humana de Katherine, uma doppelgänger, e eu estaria sendo incorreto se não dissesse que isso me atraiu logo de cara. Mas foi sua personalidade e luz que me fizeram se apaixonar.

Por um longo tempo eu a observei, tentando entender o motivo da semelhança com a minha ex, e nesse mesmo período de tempo eu fui me vendo cada vez mais envolvido e inebriado por ela.

Eu tinha que continuar ali, eu tinha que conhecê-la. Pessoalmente. Cumprimentá-la, ouvir sua voz doce dirigida a mim, sorrir para ela. Eu não tinha esperanças que ela se apaixonasse por mim também, eu só queria vê-la.

Mas ela o fez, e eu posso jurar, eu a amei com todas as minhas forças. E eu realmente quero acreditar que ela sentia o mesmo, eu preciso acreditar. Tudo que vivemos não pode ter sido mentira.

Cada beijo, cada abraço, cada noite de amor e amanhecer juntos, cada “eu te amo” sussurrado, não foram em vão. Eu poderia me lembrar perfeitamente da noite onde ela disse que era tão feliz que poderia morrer. Era verdade por que eu me sentia igual.

O mundo poderia explodir que nada mais importaria. Quem liga para luz do sol, pudim de chocolate, sms de surpresa, encontrar dinheiro no bolso e todas essas coisas aparentemente banais quando se tem Elena Gilbert?

O que nos separou foi aquilo que eu sempre tentei fugir: trevas. O vampirismo é um mergulho no escuro, e você não consegue mais achar a saída.

Elena era um farol que, se não me tirava da completa escuridão, ao menos indicava o caminho da saída. Ela me fazia querer mil vezes mais ser bom, digno dela. Sua bondade me guiava na direção da minha.

Quando eu acidentalmente a transformei em vampira, eu assinei o atestado do nosso fim. Aos poucos, ela foi puxada ao escuro também.

Eu tentei o máximo que pude permanecer ao seu lado para quê, mesmo perdidos, pudéssemos vagar juntos. Mas é complicado seguir o mesmo caminho quando se não pode ver para onde se vai.

Enquanto eu continuei na minha caminhada por autorredenção, ela gostou da escuridão. Eu não podia julgá-la, por muito tempo eu também aproveitei da oportunidade de viver como se bem entendia, porque não havia ninguém ali para te julgar. Eu não sou ninguém para reprová-la, mas eu sei as consequências disso depois. Eu quis avisá-la.

E ela, cada vez mais, mergulhou naquele mundo. Foi quando ela viu que eu não servia mais para ela, que meu irmão seria uma escolha melhor. Mesmos hábitos, mesmo prazer, mesmos objetivos, por que gastar seu tempo com alguém que pateticamente busca algo que nunca vai conseguir?

As coisas só pioraram quando Jeremy morreu e Damon tomou a estúpida decisão me mandá-la desligar. Só como detalhe, isso era algo que eu nunca iria fazer.

Eu não sei quando exatamente a ficha caiu que talvez fosse o fim. O real fim. Talvez nós terminássemos por ali.

Não posso dizer que não dói, dói muito, mas não há muito o quê fazer. Eu não posso obrigá-la a me amar, só amá-la um pouquinho menos todos os dias. Não é uma tarefa impossível por que... Ah, essa é a parte dramática e um tanto ressentida da narrativa...

Por que eu deveria me importar tanto com alguém que fez o que fez? Ela não só dormiu com meu irmão, jogando fora todos os nossos momentos juntos, mas também queria que eu ficasse bem com isso.

Ela queria agir como se nada tivesse acontecido. Nós, nada, para ela seria um sinônimo.

Pensando bem, talvez eu pudesse ficar feliz por termos acabado. Pode ser só a mágoa falando, mas um peso saiu de minhas costas. Carregar a vida e a morte de alguém é complicado, e eu pude ver-me livre da carga que Elena Gilbert foi.

Certo, eu me arrependi das minhas palavras agora, e quase quis riscá-las. Não é que eu me sentia feliz em vê-la ir, eu me sentia miserável, mas é bom não sentir mais a culpa pela morte dela. Ela, no fundo, gosta. E tem a cura, sempre tem a famigerada cura e a disputa por ela.

Eu só não quero ser uma mancha confusa no passado, eu só não quero ser afastado assim.

Eu não preciso, e nem vou, viver mendigando o amor dela. Vai doer, já dói, mas eu terei que superar assim como ela fez comigo. Agora dói menos, está tudo bem então.

Não era mais possível viver de expectativas e palavras nunca ditas, com um amor que já não é mais grande coisa, só porque estamos acostumados. Há certas tristezas que viciam.

Talvez Elena tenha que ser alguém que eu costumava conhecer. Vamos nos cumprimentar e sorrir, mas no fundo, não é a mesma coisa, não é a mesma pessoa. Sempre haverá algo errado naqueles sorrisos amistosos.


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Notas finais do capítulo

Na verdade, tirando o título, que realmente me veio a cabeça pensando na música com esse título, The Fray não tem nada a ver com essa fanfic. Só pus nas notas porque estou postando isso enquanto escuto mesmo.

Não esqueçam do comentário, fazer isso é muito rude viu, aposto que a mãe de vocês deu educação, e é para usar :)



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