Kurt Hummel, O Mediador. escrita por BabyMurphy


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Anandaaaa obrigada pela recomendação. Façam como a Ananda. APSKOAPKSOAP
Não demorei dessa vez. :D



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17

– Tá, deixa ver se eu entendi. – Quinn e eu estávamos sentados em uma mesa no refeitório, almoçando. Já mencionei que o refeitório aqui é ao ar livre? Bem, isso não vem ao caso. – Você achou um mediador no seu trabalho de verão, que dava em cima de você e que é bonito, e você não quer ele? Por quê?

– Cala a boca, Fabray. – Revirei os olhos. – Já disse que ele não é uma boa pessoa.

– Se ele beijar bem, que se dane se ele é uma boa pessoa ou não. – Ela riu maliciosa.

– Você voltou do inferno uma verdadeira capetinha. – Levantei e ela me seguiu.

– Sempre fui assim, Hummel. – Ela deu uma piscadinha e riu.

Largamos nossas bandejas no balcão e nos dirigimos para o prédio. A grande maioria ainda estava no refeitório aproveitando o Sol da Califórnia. Eu não gostava tanto de aprecia-lo, ele acaba com meu tom de pele.

– Sebastian voltou em uma péssima hora, Fabray. Blaine saiu de casa. Acha que é errado o que fizemos. – Ela parou de supetão.

– Certo não é, né Hummel. – Ela me olhou rindo e logo ficou séria. – Ele só está preocupado com você.

– Ele nem sequer falou comigo. – A raiva começou a subir.

– Dá um tempo pra ele. No tempo dele as coisas não eram assim. – Continuamos a andar.

– Ótimo, lá vem ele. – Olhei para o chão.

– Blaine? – Quinn arqueou uma sobrancelha.

– Não. Sebastian. – Ela fitou o castanho vindo em nossa direção.

– Ele é bonito. Muito bonito. – Ela mordeu o lábio.

– Ele é gay, lembra? – Disse rindo.

– Essa coisa de mediador é uma coisa de gay? – Ela me fitou séria.

– Diretora Sue é me...

– Nem termine. – Ela colocou a mão no meu rosto. – Concluindo, é uma coisa de gay.

– Você é uma mediadora agora. – Olhei para ela sorrindo. – Eu notei o jeito que olha para a Rachel.

– Cala a boca, Hummel. – Ela revirou os olhos e saiu na frente.

– Volta aqui sua ruiva fajuta. – Disse entre dentes.

– Olá, Kurt. – Sebastian parou na minha frente.

Ele estava com um blazer cinza, uma blusa social branca desabotoada no colarinho. Aquele sorriso que nunca largava o seu rosto. O olhar penetrante. Ele não podia ser mais sexy.

– Lembra que você concordou em ter aulas comigo? – O sorriso se alargou ainda mais.

– Sim. – Cruzei os braços.

– Podemos começar hoje, depois das aulas. – Ele me olhou dos pés a cabeça.

– Não sei. – Disse inseguro.

– Fechado então. – Ele tirou as mãos dos bolsos. – Me encontre no estacionamento, perto do porsche prata.

– Você tem um porsche? – Arqueei uma sobrancelha.

– Sou rico, queria o que? – Ele deu de ombros e saiu.

As aulas passaram voando, justamente porque eu não queria ser dispensado delas. Eu não queria ir para a casa de Sebastian, mas eu estava torcendo para que seus pais, ou que até mesmo Taylor estivesse lá. Até o cachorro, se ele tiver um.

Quando o sinal tocou todos saíram para suas casas. Dei as chaves do carro para Quinn ir embora e fui atrás de um Porsche prata. Foi fácil, já que era um dos poucos a ter um castanho escorado. Sorrindo malicioso.

– Pronto? – Ele perguntou girando as chaves no dedo indicador.

– Vamos logo. – Entrei no carro e cruzei os braços.

Achei que nunca íamos chegar até a maldita casa. Seguimos pela rodovia rente ao mar por quilômetros. Quando chegamos ao topo de uma colina, eu fiquei pasmo. Havia apenas uma mansão. As paredes de vidro, a visão panorâmica do oceano.

– Gostou? – Sebastian abriu a porta do carro.

– Seus pais tem bom gosto. – Disse ainda admirado.

– Não são dos meus pais, mas sim do meu avô. – Ela se dirigiu para dentro da casa.

Por dentro ela era ainda mais encantadora. Praticamente todos os moveis eram claros. Havia pouca decoração escura. Um vaso preto. Um quadro retratando a noite estrelada. A casa era perfeita.

Subimos as escadas e o andar superior não era diferente. Toda aquela decoração delicada e clara passava uma calma ao ambiente. Fiquei me perguntando como alguém arrogante como Sebastian podia viver em um lugar tão bonito.

– Então, onde está o seu avô? – Perguntei olhando para um quadro, onde um idoso estava sentado em uma poltrona, com livros em mãos.

– Aqui. – Sebastian apontou para uma porta aberta.

O quarto não era tão luxuoso quanto o resto da casa. Era simples. As paredes brancas, os moveis brancos e uma cama hospitalar onde um senhor repousava. Um garoto estava sentado em uma poltrona ao seu lado.

– Sr. Smythe, finalmente. Preciso comprar remédios para o seu avô. – Ele falou com Sebastian e logo me olhou. Assim que o fez sorriu.

– Vá, eu fico aqui. Não demore. – Disse Sebastian notando que o garoto me olhava.

– Sim, Sr. – Ele sorriu mais uma vez e saiu do quarto.

Eu me aproximei do homem na cama, ele era tão frágil. Tinha aparelhos ligados ao seus braços. Respirava através de um tubo preso ao seu nariz. A pele ressecada e meramente bronzeada.

– Kurt, vamos. – Sebastian estava na porta esperando.

– Mas... – Parei e olhei o senhor de novo. Sebastian bufou e saiu do quarto.

Parecia que o velho estava apenas esperando por isso. Assim que Sebastian sumiu de vista ele abriu os olhos. Castanhos brilhantes. Ele enrugou a testa ao me ver.

– Você é novo por aqui. – Sua voz era roupa, como se fosse um esforço imenso falar.

– Sim, vim estudar com Sebastian. – Sorri.

– Oh, querido, não confie no meu neto, a alma não é tão bonita quanto o rosto. – Ele sorriu. Pude ver as rugas ao lado dos olhos. Ele os fechou de novo enquanto podiam-se ouvir os passos na escada.

O enfermeiro entrou com uma sacola em mãos. Ele a colocou em cima da mesa que ficava próxima a janela, que até então eu não tinha reparado. A vista era magnifica. O mar cristalino.

– Se você quiser algo melhor que Sebastian. – Ele me entregou um pedaço de papel.

– Com certeza. – Sorri. – Alias, onde é o quarto dele?

– Última porta do corredor. – Ele sorriu. – Boa sorte.

– Obrigado.

O que havia de simples no quarto do avô Smythe havia de grandioso no quarto de Sebastian. Uma casa de casal enorme. Uma janela gigante com vista para o mar. E uma boa decoração. Ele estava sentado na cama, com livros ao seu redor.

– Senta. – Ele apontou para o lugar a sua frente.

Eu hesitei, mas logo cedi. Sentei-me a sua frente e logo ele colocou um livro em meu colo.

– Está vendo? Esses são nossos antepassados. Mediadores. – Ele apontou para uma figura escura. – Eles acreditavam que os Mediadores podiam fazer tudo. Viajar entre dimensões. Controlar o tempo.

– Controlar o tempo? – Arqueei uma sobrancelha.

– Não do tipo parar o tempo, sabe, mas ter controle do tempo em que você está. – Ele pegou outro livro, folheou até que achou o que queria. – A quarta dimensão, Kurt, é o tempo. – Ele sorriu.

– Isso quer dizer que... – Fui interrompido.

– Sim, podemos viajar no tempo. – Ele sorriu ainda mais.

Um silencio tomou conta do quarto. Eu não vi Sebastian se aproximar. Quando eu vi ele já estava sobre mim devorando minha boca. E eu correspondi. O desgraçado beijava bem. Não tive a intenção de suspirar durante o beijo, juro. Eu precisava sair dali.

Empurrei Sebastian para o lado e lhe encarei sério.

– Sabia que tentaria alguma coisa. – Disse limpando a boca.

– Vai fingir que não gostou? – Ele sorriu e cruzou os braços. – Seu namoradinho fantasma faz você se sentir assim?

– Não. – Disse. – Ele faz com que eu me sinta melhor.

Saí do quarto e bati a porta. Eu o ouvi me chamando, mas não dei bola. Desci as escadas as pressas. Droga, estava sem carro. Parei na frente da casa olhando pro nada. Liguei para Quinn para que ela viesse me buscar.

Ela não demorou muito, o que foi bom. Eu fui andando pela estrada para que Sebastian não viesse falar comigo. Droga. O que eu fiz?

– Só um beijo, Kurt, nada demais. – Quinn sorria.

– Não, eu não podia. Droga. – Passei as mãos nos cabelos.

– Mas foi ele que te beijou, se você tivesse... – Ela freou. – VOCÊ CORRESPONDEU O BEIJO?

– Não?

– Ai meu Deus. – Eu achei que ela iria me bater, mas então ela começou a rir que nem uma doida.

Chegamos em casa e assim que entrei no quarto tive que ouvir Rachel choramingando que Quinn não deixou ela ir junto. E ela queria o relatório do que eu havia feito durante a tarde. Disse que tinha ficado na escola estudando, mas tenho certeza que ela não acreditou.

– Kurt, não minta. – Eu já estava cansado.

– Rachel por favor, chega. – Sentei na cama quando vi o ar tremeluzir.

Ali estava ele. As mesmas roupas bregas de sempre, parecendo um caubói. Os cabelos cacheados e negros, os olhos dourados. Eu paralisei quando o vi.

– Ah, Rachel... – Começou Quinn. – Preciso falar com você.

– O que? – Rachel a encarou. – Não precisa, não. – Ela cruzou os braços.

– Vem logo, nariguda. – Quinn puxou uma Rachel furiosa para fora do quarto.

Voltei o meu olhar para o garoto na janela. Ele sorria ao ver a cena, mas logo ficou sério. Blaine olhou fundo nos meus olhos. Eu senti um arrepio subir a espinha quando ele disse.

– Oi, ma belle.


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Notas finais do capítulo

ma belle



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