Pov Akira

“Eu estava saindo do colégio com Maya, de repente tudo muda, eu vejo rapidamente o rosto da Hiume, da Yayoi, da Asami e de outos tudo muito rápido, tudo ficava branco eu ouvia um estrondo, gritos e por ultimo choro. E por ultimo alguém fala “novamente começou a tragédia e um garoto morreu””

Eu acordei assustada, era mais um daqueles sonhos estranhos que eu tinha, eu respirei fundo, pois isso pode querer dizer que algo de ruim vai acontecer. Eu fechei os olhos tentando me lembrar do que aconteceu nos sonhos, mas só flashes de rostos e coisas rápidas a única coisa com clareza é a minha saída com Maya e a frase “novamente começou a tragédia e um garoto morreu”.

Aquilo queria dizer que era um garoto que ia morrer, mas quem? Não ia conseguir nada assim, eu me lembrei da conversa com Yayoi, e percebo que caso a calamidade comece o melhor seria a gente trabalhar juntas. Eu me levantei e já eram umas dez da manhã já que era sábado não precisava ir para escola, eu desci e fui tomar café. Ao chegar lá vejo alguns dos garotos da gangue já tomando café.

-Bom dia. – digo me sentando.

-Bom dia Akira, dormiu bem? – perguntou Shion.

Shion era um homem ruivo de olhos verdes que tem 24 anos e é o mais velho do grupo, sendo líder do mesmo, ele se preocupava com todos ali, como se fosse responsável por todos nós.

-Essa daí dorme como uma pedra, então é lógico que dormiu bem – disse Kyosuke.

Kyosuke tem cabelos castanhos e tem 22 anos, mas muitas vezes mostrava ter uma mentalidade de 12 anos, ele é muito brincalhão e um dos mais próximos a mim.

-Ei, eu não sou você – eu disse sorrindo – Shion eu dormir relativamente bem, obrigada por se preocupar.

-Relativamente? O que aconteceu para não dormires bem? – perguntou Shun

Shun tem 19 anos e se preocupa bastante comigo, pode ser dizer que é um verdadeiro irmão mais velho com o jeito dele comigo.

-Nada demais – disse com calma para eles não se preocuparem – Agora já vou.

-Ei vai para onde?– perguntou Izumo

Izumo é um cara de cabelos verdes que usa óculos, tem 23 anos e fundou essa gangue com Shion e pode-se dizer que ele é um vice-líder daquele lugar.

-Sair para tentar encontrar umas colegas.

-Não quer que eu vá com você? – perguntou Kaito

Kaito é um loiro de olhos azuis que tem 16 anos, ele é o único que estuda ali, além de mim é claro, ele é um de meus melhores amigos e apesar de ele não estudar na mesma escola que eu, ele sempre faz questão de me levar até minha escola e de me buscar, onde a maioria das garotas babam por ele.

-Não, além disso, essas garotas não vão babar em cima de ti – disse sorrindo.

-Mas eu não quero que ninguém babe em cima de mim.

-Não? Até parece que não gostas daquelas garotas babando em você quando vai me buscar.

-Eu só quero o bem da minha “irmãzinha” – disse ele mais sério.

-E os benefícios que vem ao ir buscar a “irmãzinha” – disse Kyosuke.

-Não se meta – disse Kaito para Kyosuke – E não é nada disso.

-Eu me meto se eu quiser – disse Kyosuke mostrando língua para Kaito.

Eu sai dali sem que eles percebessem, eu não gosto de falar da calamidade com eles, pois eles se preocupam demais comigo naquela sala, e eu ia sair atrás da Yayoi para falar sobre a possibilidade de iniciar a calamidade e todos ali sabem da minha rivalidade com ela.  Quando eu estava numa rua já meio distante liguei para Hiume que deveria ter o numero da Yayoi, já que a Yukasa faz amizade com qualquer um.

POV Hiume

Eu acordei com o barulho do meu celular, eu devagar peguei ele, a minha vontade era joga-lo na parede, mas no final eu atendi a ligação.

-Alo?

-Yukasa aqui quem fala é a Kurosaki.

-Menos formalidade Akira, sabe que pode me chamar de Hiume – disse estranhando a ligação.

-Pelo pouco que lhe conheço achei que deveria estar dormindo e quis ser educada pelo menos...

-Realmente eu estava dormindo – eu disse rindo –Mas não precisava de tudo isso, agora me diga o que você quer?

-Eu quero me encontrar com você e quero que chame a Yayoi, por favor é importante!

-Mas por quê? – eu perguntei confusa

-Depois eu explico, me encontre numa cafeteria perto da escola com a Yayoi.

-Espera... – ela já tinha desligado. –Louca

Eu me levantei e fui me arrumar, pensando como eu levaria a Yayoi para encontrar a Kurosaki já que ambas não se suportam, além disso, que merda a Akira iria querer falar com a Miyuki, só tem uma coisa que talvez una aquelas duas que é a calamidade, então realmente devia ser algo importante sobre a calamidade.

Assim que eu sai do banheiro com uma calça jeans e uma camisa branca simples fui para minha cama e peguei meu celular ligando para Miyuki.

-Alo Miyuki?

-Quem mais seria? –perguntou ela.

-Desculpe, ei eu e mais uma pessoa queremos falar com você, poderia ir me encontrar na cafeteria perto da escola.

-Com quem? E sobre o que? – perguntou séria.

-Lá você descobre – eu disse sorrindo e usando a mesma tática da Akira de desligar na cara.

Eu comi uma maçã para não ir com fome e fui me embora para tal cafeteria, quando eu cheguei lá procurei em todo o lado da cafeteria a Akira até que alguém acena para mim e vejo que é ela só que com uma roupa que parecia masculina.

-Cadê a Yayoi? – ela perguntou impaciente.

-Mandei ela me encontrar aqui, afinal você quer que eu fale o que? – eu disse séria – Ah ei Miyuki vá me encontrar com sua rival, inimiga, a pessoa que você não gosta, pois ela quer falar com a gente.

Ela começou a rir e depois começamos a conversar trivialidades enquanto esperávamos a Miyuki chegar na cafeteria.

Pov Miyuki.

A Hiume desligou e eu fiquei irritada, pois ela não revela quase nada e ainda  por cima me intima a ir encontrar ela e outra pessoa que eu nem sabia quem era.

-Quem era Miyuki? – perguntou Dora que estava na sala com Sonorahai.

Eles passaram a noite aqui em casa para um tipo de festa do pijama e eles ainda estavam até agora para assistirmos um filme que seria cancelado.

-A Hiume, eu preciso sair para encontrar com ela.

-Eu vou com você – disse Sonorahai.

-Nós vamos! – disse Dora.

-Não, vou sozinha afinal ela ligou para mim e disse para eu ir, não para levar vocês.

-Mas Miyuki – disse Dora fazendo uma cara bonitinha.

-Dora eu... – respirei fundo – Eu não posso levar vocês.

-Ok, vamos para minha casa Dora – disse Sonorahai animada.

Nós fomos até a porta e nos separamos não que eu não quisesse que eles fossem, mas se fosse um convite aberto ela não teria ligado para mim ou não teria feito tanto suspense. Eu cheguei e vi Hiume conversando com alguém que quando eu cheguei perto percebi ser a Kurosaki vestida de menino, eu não gostei de Hiume ter me chamado para me encontrar com a ruiva, mas não conseguir ficar séria.

-Qual é? Festa a fantasia ou no final só é um menino mesmo? – eu disse rindo

-É confortável – ela respondeu – Agora sente que é sério.

-Para a Hiume ter feito eu me encontrar com você ou é importante ou ela quer que viremos amigas

-Fui eu que pedi para chama-la – Kurosaki disse séria.

-Hm... Então comesse a falar que eu estava ocupada.

-Fazendo o que? Vive sozinha – disse Akira com desdém.

-Estava com meus amigos, coisa que você não tem. – eu disse irritada.

-Ah é a fúria rosa e o menino que você gosta.

-Ei, parem com isso – disse Hiume enquanto eu estava vermelha. – Akira você disse que era importante e por isso eu chamei a Yayoi, mas se for para só implicar uma com a outra eu vou embora e a levo junto...

-Ok, ok, você está certa – Kurosaki fechou a cara – Bem, depois daquela conversa sei que posso lhe chamar para falar da calamidade.

-Ok, mas por que a Hiume está aqui?

-Eu precisava de alguém para te chamar e para apaziguar nossas diferenças e ela é a única que é amiga das duas ou que pelo menos poderia te chamar para sair e tem uma certa amizade comigo.

-Vamos direto ao ponto – disse Hiume impaciente – Eu estou curiosa desde cedo.

-É que... – ela respirou fundo – Não sei como falar.

-A gente não tem todo o tempo do mundo Kurosaki – eu disse

-Vocês ainda não entenderam que é porque ela acha que a calamidade vai começar – disse Akio saindo de uma mesa e chegando perto da gente.

-Por que você acha isso Akio? – perguntou Hiume

-Porque ela não querer falar e dizer que estava errada – eu disse percebendo o porquê dela não conseguir dizer.

-Ok, é isso mesmo – a ruiva respirou fundo – Eu acho que mais cedo ou mais tarde algo vai acontecer.

-Mas está funcionando – Hiume disse assustada

-Pensem comigo – disse Akio sem emoção alguma ao se sentar perto da Hiume – Nunca nenhum modo foi encontrado além do “não-existente” na hora que passaram a falar de mim como se existisse e Hiume falou comigo tudo foi quebrado e isso pode ter iniciado a calamidade e ela esteja só esperando para nos atacar.

-A calamidade é muito traiçoeira – disse Akira - Se só a medida do “não-existente” funcionou com outros, por que funcionaria com a gente?

-Nós não podemos contar com a sorte é isso que querem dizer – disse Hiume.

-Sim, isso mesmo. – respondeu Kurosaki, enquanto Akio se mantinha calado

-Mas por que mudou de ideia sobre seu plano tão de repente? – eu perguntei – Antes estava tão confiante que ele estava funcionando e que era melhor que eu.

-Pois depois daquela conversa percebi que não podemos nos confiar nisso, a calamidade começa do nada e não sabemos quando pode começar.

-Mas e se ela começar? – perguntou Hiume

-Teremos que fazer algo – disse Akio – Ou vocês vão preferir esperar a morte?

-Não, iremos procurar algo, mas o que? – eu perguntei

-Vamos investigar melhor as outras calamidades – disse Hiume

-Boa ideia, mas isso não pode sair daqui, seremos um time, você aceita nos ajudar Akio? – perguntou Akira

-Sim, mas não ficarei me encontrando com vocês e nem digo que viraremos amigos.

-Ok, não queremos virar amigos, só nos ajudaremos, né Yayoi? – perguntou Kurosaki.

-Sim, apesar de não nos darmos bem vai ser melhor nos juntarmos – eu disse, afinal já tinha pensado nessa possibilidade.

-Mas começaremos fazendo o que? – perguntou Hiume.

-Que tal indo na biblioteca e olhando o histórico das outras salas 3-3? - Perguntou Akio – Eu já fui lá várias vezes e pode ter coisas importantes lá.

-Mas demoraríamos semanas ou até meses para ver todos os históricos ou para achar algo importante por lá – eu disse.

-Precisamos começar por algo – disse Akira – Akio, segunda depois da aula poderia ir lá conosco e nos ajudar na parte dos históricos.

-Sim, agora já vou – ele disse e se levantou – Tchau e até outra hora.

Ele estava... Normal? E isso para mim era mais estanho do que aquelas reações deles ou seu jeito estranho, mas ele iria ajudar e era o que importava. Tudo bem que continuava frio e um tanto direto, mas nada exagerado como normalmente.

-Será que ele tomou algum remédio? – perguntou Kurosaki - Estava tão... Normal, ou pelo menos mais normal que... Sempre.

-Ah, talvez assim faremos amizade com ele. – disse Hiume

-Ele não parece querer, pareceu vir aqui só para falar da calamidade. – eu disse.

-De qualquer modo o importante é a calamidade – disse Kurosaki  - Agora eu preciso ir, segunda nós nos encontramos.

 -Tchau – disse Hiume – Vamos?

-Vamos – eu disse me levantando – Por que não me disse que era para encontrar com a Kurosaki.

-Você viria se eu dissesse que iriamos nos encontrar com a Akira?

-Não, você fez bem – eu disse ao sairmos da cafeteria – Eu vou para casa da Sonorahai, até mais!

-Até – disse ela indo para o lado contrario do meu.

E então eu fui para casa da minha melhor amiga tentando esquecer tudo, e me lembrei da Akira dizendo que eu gostava de Dora, apesar de não admitir até acho que gosto dele. Ao chegar lá entro sem bater e vejo algo que não queria ver Dora e Sonorahai juntos, fecho a porta e vou irritada, apesar de saber que Sonorahai gosta de ficar com garotos não esperava ela ficar com ele.

Fui para casa e fiquei fazendo carinho no meu gato Nowaki e pensando em tudo que aconteceu hoje, a conversa sobre a calamidade e os dois se beijando, o dia foi bem movimentado hoje e a calamidade pode começar a qualquer hora.