(Mini Fic) Destinos Cruzados escrita por Jhenny


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Decidi postar um cap hj...
Obg..Alice Candido,PalomaVeloso,Jeeny Bal,Mari Aninha e Dani por favoritarem..
aqui esta o motivo do Leon tratar a Vilu mal...



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Violetta acordou cedo. A casa estava silenciosa. Ela se sentou na sala a espera de André. Ia lhe pedir uma carona até a cidade.

Resoluta, pretendia procurar a Biblioteca Municipal onde trabalhava e se colocar à disposição e depois ia procurar outro lugar para morar.

André apareceu e a olhou com surpresa.

— André você poderia me dar uma carona até a cidade?

— Você precisa falar com Leon, ele é responsável por você.

— André, por favor, hoje é sábado, Leon não trabalha e é seu dia de folga.

— Mesmo assim. Fale com ele antes.

Olga apareceu e a olhou com ternura.

— Acordou cedo.

—Olga eu queria ir até a cidade e André não quer me levar, ele me disse que preciso da autorização de Leon.

Olga a olhou seriamente.

— André está certo. Fale com Leon primeiro. Daqui a pouco ele está aqui. Ele costuma levantar cedo.

Violetta olhou-os resignada e foi até a cozinha que já cheirava café. Encheu uma xícara e foi até a piscina e se sentou numa cadeira a sombra que encontrou e bebericando seu café, ficou perdida em pensamentos. Estava tão envolvida com sua dor que não percebeu que Leon estava ao seu lado e só o notou porque ele lhe falou.

— Olga me disse que você queria falar comigo.

Violetta levantou o rosto e deu com o rosto preocupado de Leon.

— Gostaria. Vamos até a biblioteca?

Ele concordou e lhe deu as costas. Ela o viu fazer a curvatura lateral inteira evitando andar ao lado da piscina e entrou em casa.

Isso lhe doeu o coração, pois lhe veio com força à lembrança da doença dele.

Ela contornou a piscina e o encontrou no sofá com os olhos fechados. Quando ele a ouviu abriu os olhos. Violetta percebeu que ele estava abatido. Seu coração se apertou. Viu na mão dele o tubo de comprimidos. Ela sentou-se ao seu lado.

— Leon você poderia autorizar o André em me levar para o centro?


Leon a olhou perdido.

— Você precisa de alguma coisa?

—Eu vou até a biblioteca em que eu trabalhava para assumir novamente minha função e vou procurar algum lugar para morar.

Depois de olhá-la por um tempo como se não a visse.

Ela viu que Leon empalideceu. Suas mãos tremiam. Ela o olhou sem ação e ele respirou fundo e fechou os olhos. Ele encostou-se ao sofá e apertou os olhos com força.

Violetta foi correndo procurar Olga.

—Olga, Leon está passando mal.

Olga a seguiu até a biblioteca e o viu caído de lado inconsciente.

— Vamos deitá-lo no sofá.

Violetta lhe tirou os sapatos e colocou as pernas no sofá e Olga a ajeitou a cabeça dele no travesseiro. O comprimido que estava nas mãos dele havia rolado no tapete. Ela o pegou e colocou na mesinha.

O olhou com pesar.

— Vem Violetta, não há nada que podemos fazer. Daqui á pouco ele volta.


Violetta seguiu Olga até a cozinha , sentou-se na cadeira e desabou no choro. Olga se comoveu com sua dor e chorou também.

— Olga eu o amo! Eu o amo tanto, mas ele me afasta dele o tempo todo. Eu sei que ele me deseja. Eu não o entendo. Por que ele resiste? Por que ele se fecha em si mesmo?


Olga a olhou com surpresa.

— Fico feliz que você o ame. Leon se tornou assim depois que ele se apaixonou por uma moça. Estava a mil maravilhas até ela começar a perceber nele um Leon: calmo, que não dirigia que não ia à praia, não frequentava lugares fechados, que tinha medo de água, não pegava escadas, que não se arriscava. E que ás vezes tinha essas crises... — E com um olhar triste completou — Ela não o entendeu e terminou com ele... Ele a amava. Depois disso ele se fechou. Sei que ele saiu com algumas mulheres, mas sem compromisso nenhum.

Violetta a olhava surpresa. A revelação de Olga abria-lhe a mente para entendê-lo um pouco mais. Ela queria muito provar para ele que ela era diferente.

— Eu sei de todas as dificuldades dele. E gostaria de provar a ele que eu não dou à mínima. Eu o amo do jeito que ele é.

Olga lhe pegou as mãos que estavam na mesa e apertou.

— Eu conheço Leon de pequeno e sei que ele te ama. Ele está tendo essas crises por que ele está te resistindo, ele não percebe que ele só piora as coisas desse jeito. Já passou meses sem que ele tivesse um desmaio. O cérebro dele deve estar a mil... A epilepsia é um defeito no cérebro que se protege de fortes emoções. É como se ele se defendesse da dor, da preocupação, da angustia. Ele simplesmente apaga. Desde o acidente do irmão Leon não é mais o mesmo.

— Olga por quê?

— Leon se faz de forte mais tem um coração de manteiga. Ele se abalou com o acidente e teve uma crise na hora que recebeu a notícia. Logo ele se acalmou em ver que o irmão não tinha sofrido nada. Mas o problema foi quando ele soube que você tinha se ferido gravemente e Tomas ia te deixar para assumir o novo emprego. Deixando toda a responsabilidade para ele. Então Leon pirou. Ele não se conformou com a insensibilidade do irmão. Creio que veio á tona o sentimento de rejeição que ele enfrentou quando a moça o abandonou. Ele se condoeu por você.

Ela olhou Olga entendendo agora todo o mistério que o cercava. Gostaria de lutar pelo amor de Leon. Já não tinha certeza se queria ir embora.

Violetta foi até a biblioteca e o viu sentado com a cabeça entre as mãos com os braços apoiados nos joelhos. Violetta chegou de mansinho e se agachou ao lado dele e o abraçou. Ele estremeceu e a afastou.

— Não preciso de sua piedade Violetta.

— Leon, pare. Olha para mim.

Leon levantou o rosto cansado para ela e com uma expressão distante a observou. Ela sentou-se ao seu lado e com voz embargada lhe falou.

— Leon eu me importo com você, não é piedade que você vê em meus olhos. Eu nem me preocupo mais em me lembrar do meu passado. Eu não tenho ninguém Leon. E o namorado que eu tinha na hora que mais precisei dele me abandonou.

Leon se emocionou com suas palavras e a olhou de modo tão profundo que ela estremeceu.

— Você um dia disse-me que eu tinha você, mas você percebeu que nem você eu tenho.

Violetta não conseguiu evitar as lágrimas que desciam do seu rosto abundantemente. Leon ficou sem ação ele a olhava travando um conflito interior, então ele a puxou e a apertou de encontro ao seu corpo.

Ela sentiu o cheiro da colônia que ele usava o calor do corpo dele, ouvia seu coração que batia rápido no mesmo compasso que o dela. Ela deixou-se ficar ali. Tinha medo de falar alguma coisa e quebrar esse momento. Fechou os olhos e se acalmou sentindo a respiração dele e o bater compassado do coração dele.

Leon baixou os olhos e a observou. Ele a amava. Mas não podia permitir-se amá-la. Ele era um deficiente.

Ela era muito jovem para se ligar a uma pessoa como ele. Sua vida era pacata, não podia segurá-la a uma vida assim. Ele se restringia a tantas coisas. Não poderia acompanhá-la em vários lugares. Era claustrofóbico, tinha medo de água, de lugares cheios, não podia dirigir, tinha medo de altura. Se um dia tivesse filhos não os poderia jamais segurá-los no braços. Vivia com medo de apagar e não acordar mais. Não podia nem pensar nisso. Era horrível essa sensação de falta de controle de seu corpo.

Ele no fundo queria acreditar que ela o aceitaria assim, mas as sementes da dúvida já estavam em sua cabeça. Nunca estaria seguro de que ela estivesse bem ao seu lado. Sabia que ia sentir-se privando-a de muitas coisas.

Precisava permitir que ela partisse. Mas não conseguia. Precisava se desvincular dela. Mas seu coração ardia. Desceu o rosto nos cabelos perfumados dela e aspirou com prazer o cheiro de rosas que o embriagava.

Ele precisava ser duro com ela. Ele não conseguia lhe resistir, precisava fazê-la desistir dele. Tentou se afastar dela, mas ela lhe sentido o movimento abriu os olhos e vendo o rosto dele perto do dela, ela lhe sorriu.

— Peça a André para te levar no centro. — Disse-lhe seco.

Violetta se surpreendeu vendo lhe a máscara de frieza que ele havia colocado de novo. Ela incrédula se desvencilhou de seus braços e saiu.

Sentia as lágrimas escorrendo pelas faces. A emoção do dia fora demais para quem já estava descontrolada e abalada.



Violetta foi até a Biblioteca Municipal e conversou com um senhor simpático que a reconheceu. Ela não contou nada da amnésia e combinou que achando um lugar para morar ela ia voltar a trabalhar. Ele lhe assegurou que o emprego ainda era seu. E se despediram.

Ela visitou várias imobiliárias, que lhe deram vários endereços. André a ajudou a percorrer os apartamentos, as casas que estavam para alugar. Era tudo muito caro. E Violetta voltou já à tardezinha desanimada.

Quando entrou na casa viu o rosto preocupado de Leon. Ele logo foi-lhe perguntando.

— Achou alguma casa?


Ela olhou-o desanimada e acenou que não. Ele não via a hora dela ir embora. Ele a observou pensativo, seus olhos estavam pesados. Ele estava com a aparência cansada. Leon estava se matando. Ela sabia que ele estava dopado.


Ela estava cansada e foi para o quarto, trancou a porta e deitou na cama e chorou. Ele a queria longe dali. Doía-lhe o coração. Ela o amava tanto. Queria tanto ter o direito de abraçá-lo e consolá-lo.



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Notas finais do capítulo

E ai gostaram??? cometem favoritem... quem ai vai ficar ligadinho no pedido do Marco para namorar a Fran??? hj em V2...
Bjs....



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