– Me passa a lasanha? – Apesar de Mylena nem ter respondido ainda, a garota já foi pegando um pedaço enorme de lasanha e jogando em seu prato.

– Você quer que eu morra de fome? Já sou magra e você pega toda minha lasanha. – Mylena disse, com raiva da sua amiga gulosa.

– Se quiser, tem mamão, My. – Disse Dandara, sentando na mesa onde estava as outras meninas.

– Você deveria ir se lavar, quem sabe apaga um pouco do seu fogo, Dandara. – Respondeu Lara Páz, percebendo que Damds ainda não tinha tomado banho após o treinamento.

– Mas eu estou com fome.. Tá, eu vou tomar banho, mas depois quero todas vocês no meu quarto, ok? – Disse fazendo uma cara pervertida

– Eu hein, o fogo nunca apaga? – Indagou Fernanda.

– Falando em fogo, soube que a garota que vai entrar botou fogo na última plantação de chicletes da Barbie existente. – Falou Martinho enquanto se aproximava e se metia no assunto.

– E como podemos ter certeza? – Mylena perguntou desconfiada.

– Ela vai chegar em.. – Olhou no relógio. – 20 minutos.

– MAS JÁ? Como conseguiu essas informações? – Todas o encararam, esperando uma resposta.

– Eu sei de tudo. – Martinho se levantou, jogou um micro-fio de cabelo pra trás e saiu rebolando.

– Kamylla, larga essa droga de bola. – Douglas reclamou, entrando no refeitório.

– Se você quebrar alguma coisa, enfio um bolinho de arroz na sua bunda e roubo suas tanga de índia pra todo mundo ver. – A faxineira da semana, Isis, ameaçou o Mário traveco que jogava uma bola colorida de um lado pro outro.

– Além de termos criminosos, temos gente retardada. – Renata cochichou de um canto qualquer do refeitório.

    Depois de terem expulsado a menina e sua bola do local, ficaram mais uns minutos reclamando de regras no refeitório, até que ouviram um barulho vindo da porta da frente. Como não podiam ver quem haviam chegado, alguns se levantaram e se acumularam na porta para espiar.

– Tira a mão da minha bunda! – Disse Leandro, chutando seja lá quem estivesse atrás dele

– Ai! – Reclamou, André, pondo a mão na sua pipoca, onde Leandro havia chutado.

– Francy, não vai ter mais filho. – Avisou Douglas.

– Calem a boca! – E assim todos ficaram quietos, apenas observando quem havia chegado.