Eu, Meu Irmão e Nossa Namorada escrita por DebsMarfil


Capítulo 15
Conversas de aeroporto!


Notas iniciais do capítulo

Mais um, mais um! ;]



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Ah, faltam dois dias pra eu embarcar num avião e dizer “Adeus Brasil!”, por um longo e maravilhoso mês. Até aqui foi uma longa caminhada. Passaram-se quatro meses desde que Henry me contou da viagem. E muita coisa se passou. Algumas eu preferia que não tivessem acontecido.

Eu e o Rodrigo brigamos porque ele achou injusto eu ir à Europa sem ele depois de tantos planos pra irmos juntos. Disse que eu sou uma ingrata e que ele deveria ir ao meu lugar. Que eu não mereço essa viagem. Isso me chateou de verdade. Porque, poxa, acima de tudo somos amigos. Melhores amigos! E agora ele me vem com essa. Mas tudo bem, depois a gente se resolve.

Meus pais também resolveram complicar a minha vida. “Como se isso fosse novidade...”. Cismaram que eu sou nova demais pra fazer uma viagem pra um país desconhecido e que, ainda por cima fica em outro continente. “Ainda bem né, mãe? Imagina se ficasse aqui do lado? Aí eu é que não ia querer ir pra lá!”. Claro que eu não disse isso a ela. Mas vontade não faltou.

No fim das contas, aqui estou eu, mais uma vez chorando escondida no banheiro. Ninguém. Repito. Ninguém sabe que eu ando chorando ultimamente. Não sei bem o motivo de tanta emotividade. Eu sempre fui muito emotiva apesar de não demonstrar isso. As pessoas me acham fria, mas tenho que admitir que também me ache meio fria, sim. Nunca me apaixonei de verdade e isso me deixa frustrada. Nem sei o que é amar.

Mas não é por isso que estou aqui chorando feito uma tonta. Tonta, sim! Não tenho motivos pra isso. Minha vida vai ter uma grande virada agora. Vou conhecer outro país e conhecer a minha banda preferida. Mas acho que isso é o medo. O medo de me decepcionar com os garotos da banda. De que eles não sejam nada do que aparentam ser. De que ao invés de serem caras legais, sejam pessoas estúpidas e que vêem as fãs como fonte de riqueza apenas. Mas tenho que pensar positivo, certo? Deixe-me chorar só mais um pouquinho vai...

[...]

Meu Deus! Que nervoso. Não sei quem está tremendo mais aqui: eu ou meus pais. Principalmente meu pai que tem medo de altura e morre de medo de avião. Já me deu uma “aula” sobre o que fazer em caso de queda do avião, pois é!

Estamos todos sentados na área de embarque do aeroporto esperando pelo Henry e o seu maravilhoso tio, David Jost. Que logo, logo vai ser meu titio também. Eu nem viajo, né? Mas tudo certo.

Assim que eles chegarem aqui, nós poderemos, enfim, ir embora desse lugar. Pena que daqui a um mês eu tenha que voltar. Mas quem sabe o Bill não se apaixona por mim e me pede em casamento? Não custa nada tentar.

Depois de mais alguns minutinhos, ouço minha mãe com a voz mais trêmula que eu já vi na vida, dizendo que vai sentir muito minha falta e que, apesar de viver pegando no meu pé, ela me ama mais que tudo. Ouvir tais palavras de forma tão espontânea me deixaram com um nó enorme na garganta. Eu nunca tinha parado pra pensar no que sinto pela minha mãe; no quão intenso é o amor que sinto por ela.

Por um instante até pensei na possibilidade de levá-la comigo, mas ela logo cortou as próprias chances.

- E vê se não fica tomando friagem hein, garota?! Eu não gastei todo aquele dinheiro em jaquetas e calças e meias pra você não usá-los e ainda por cima ficar doente. – “Ai céus... Como eu sou bobinha. Até parece que eu vou levar a minha mãe. Imagina ela dizendo: ‘Dani! Vai colocar uma roupa quente, não tá vendo que tá nevando lá fora?’ Ai, imagina só o mico, ainda mais se ela disser isso na frente dos meninos. Eu me mato!”

- Tá mãezinha. Já entendi que é pra me agasalhar. – disse com um sorriso cínico.

Minha mãe continua me dizendo o que devo ou não fazer e meu pai está, agora, tentando interrompê-la para repetir todas as medidas de segurança que devo tomar se o avião cair. Estão curiosos pra saber quais são? Ok... Aí vai parte do que ele disse:

[Flashback]

         - E se o avião cair no meio do oceano, você não nada, tá! Fica só movimentando levemente os braços e as pernas pra não afundar e não se cansar muito depressa. Assim você deve agüentar uns dois ou quem sabe, até três dias flutuando. – “Ai. Meu. Deus! Que coisa mais ridícula!” Nem preciso dizer que eu estava me matando de rir, preciso? Mas o melhor era a expressão séria dele. Ele estava totalmente concentrado tentando se lembrar de mais dicas de sobrevivência.

         - E não esquece! Quando você sentir uma turbulência mais forte, corre até o carrinho de comida e enche a bolsa de barrinhas e amendoins e tudo que for empacotado ou vácuo, tá filhinha?!

         - Tá certo pai. – respondo tentando segurar o riso.

[Flashback off]

         Riu muito? Pois fique você sabendo que é muito feio rir da desgraça alheia, ok?! Principalmente quando a pessoa vive nessa desgraça. Mas eu admito: eu ri demais!

         Mas voltando aqui. Meu pai conseguiu fazer a minha mãe ficar quieta e agora ele está dando suas dicas infalíveis de sobrevivência em alto mar. Nem preciso dizer que nem estou ouvindo, certo?

         Olho em volta, procurando por certas pessoas que já estão ficando atrasadas, quando avisto aquelas duas beldades. O Henry porque é lindo maravilhoso e o Jost, porque é o produtor do meu futuro marido. Ai até que enfim. Adeus Brasil, olá Alemanha!

 


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Notas finais do capítulo

Quam tá curioso levanta a mão! o/
deixem reviews ok!!?? posto mais qndo tiver mais reviews.



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