The Innocent Of Konoha escrita por DKRF


Capítulo 20
Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

A missão do time Tobirama acabou. A Aliança Hirano foi derrotada. E diante do nascer do sol, os sentimentos de todos começam a ressurgir. A viagem de volta para Konoha começa, mas ninguém contaria com o estado em que a vila se encontrava.



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Um mês e dezoito dias após a guerra.

O último momento.

Sakura e Suigetsu haviam se recuperado completamente durante a madrugada, o que forçou o Time Tobirama ficar em Kumogakure, pelo menos até amanhecer. Tobirama conversou um pouco com Seisui e Shibafu. Eles não gostariam de se aliar a Aliança Shinobi, mas também não atacariam mais, tanto Kirigakure, quanto Kumogakure, inclusive Konohagakure. Aki e Kenmei se recuperaram, e não ficaram com tanta raiva daqueles que os machucaram, talvez porque entenderam que eles quem estavam errados.

Sasuke estava um pouco melhor em relação à Juugo. Quando Suigetsu soube, também ficou muito triste. Porém, isso não é algo de seu feitio, então não durou muito tempo para que ele se recuperasse. O corpo de Juugo deveria ser levado para Konoha dali um dia, por ninjas de Kumogakure. Naruto e Sakura queriam visitar o templo Tsuki no Me, e decidiram ir caminhando até lá. Tobirama convenceu todos a irem caminhando também. “Caminhar faz bem, e além do mais, não temos pressa.” Foi o argumento de Tobirama, qual ninguém conseguiu rebater.

Em uma sala de um prédio perto da fronteira de Kumogakure, – onde todos estavam hospedados – Naruto e Hinata conversavam de madrugada, pouco antes de o sol nascer. As vidraças davam vista para o horizonte, além da Rokki Heigen. Hinata não teve tempo de se impressionar, e agora prestava mais atenção na paisagem.

- Aqui é realmente bonito, não acha Naruto-kun?

- É verdade. Não tinha notado isso. Mas me dá medo ver essa imensidão vazia, só com rochas.

- Medo eu tinha do que poderia acontecer ali. Mas finalmente, tudo acabou bem.

- Você foi valente, Hinata. Eu vi você lutando contra Aki. E você também nos protegeu de Seisui. – Naruto sorriu.

- Mas eu fui pega. Servi de isca e-

- Isso não importa. Importa é que você lutou, e nos ajudou.

- Naruto. Você foi uma peça importante também, você sabe. Quantas vezes você não nos defendeu?

- Eu estou cansado de fazer isso.

- Fazer o que?

- Proteger a todos. Não, não que deixarei de proteger! Mas é que... Às vezes cansa ser aquele em que todos contam. Aquele em que todos confiam e se sentem seguros. É muita responsabilidade.

- Mas é o que nos esperaria de qualquer forma. Responsabilidade é o que mais existe nesse mundo. – Hinata olhou pelo vidro, e o céu começara a ficar laranja.

- Com tantas responsabilidades, talvez mais uma não faça diferença nesse peso. Ou talvez, porque não pese. Porque seja uma responsabilidade boa de carregar.

- Do que você está falando, Naruto? Que responsabilidade? – Hinata corou.

- A responsabilidade – Naruto que olhava para o horizonte, agora se vira para Hinata. – de amar alguém, Hinata.

O sol nascera, e começara a espalhar sua luz.

A luz alaranjada que invadia a vila.

E nas sombras desta luz laranja,

Os rostos se aproximaram,

E um toque suava foi dado.

Ambas as bocas estavam juntas,

De forma que ninguém pudesse mais impedi-los.

Impedi-los de sentir o amor um do outro.

Karin pediu para que Suigetsu a levasse até o paredão, para que pudessem olhar o sol nascer. Suigetsu foi convencido à base das pancadas. Já que não tinha escolha, desceu do prédio azul ao lado da ruiva. Foram até o grande portão e conseguirão o escalar. Karin se segurava sobre Suigetsu, que tinha dificuldades. Logo chegaram em cima do portão, e caminharam até sua extremidade para poderem se sentar no paredão. Ainda olhavam a escuridão que cobria o horizonte, quando Karin quebrou o silêncio.

- Eu fiquei com medo de que você não sobrevivesse.

- Conta outra, Karin. Sei que você estava torcendo para eu morrer.

- Credo! Não fale assim de mim, Suigetsu!

- Mas eu sei que é verdade. – Suigetsu virou o rosto lentamente em direção a Karin, que corou.

- Não, não é.

- Então por que ainda me bate? Se me quisesse vivo, pararia de fazer isso.

- Mas você merece!

- Isso não me explica nada. – Deu um sorriso vitorioso. Karin não lhe entendeu.

- Você merece um soco, não morrer. As coisas têm valores diferentes.

- Minha vida é de valor para você? – Karin ficou da cor de seu cabelo. Suigetsu riu baixinho.

- É claro que tem. Você é um idiota, mas precisávamos de você.

- Precisávamos?

- Juugo também. – Ambos olharam tristes para o horizonte, que começava lentamente a ser corado pela luz do sol.

- Eu devia ficar com raiva de Sasuke. Mas de alguma forma, algo em mim diz que ele não teve culpa.

- Ele realmente não teve! Ele só...

- Pare de defendê-lo, Karin. Ele não é tão inocente quanto parece.

- Eu descobri isso de forma brusca. Isso me machuca às vezes.

- Você estava cega. Parece não estar mais... Karin me diga com sinceridade.

- O que?

- Você ainda gosta do Sasuke? – Karin arregalou os olhos, mas logo voltou a si.

- Eu não sei mais. Eu não sei se ele merece o meu amor. Ele... Simplesmente me usou, e me traiu. Agora, o que ele fez me dá arrepios.

- Na batalha contra Danzou?

- Sim. Eu quase morri por culpa dele. Agora ele mudou, e meus sentimentos também.

- Eu esperava que isso fosse acontecer.

- Por quê? – Suigetsu ouviu Karin dizer isto, e acabou por se aproximar.

- Eu só esperava o momento em que você percebe tudo.

Ele tocou meu rosto de forma suave.

Deu um sorriso malicioso;

Que não pude ver, mas pude sentir.

Quando senti sua respiração,

Meu coração bateu mais forte ainda.

E eu senti.

E eu redescobri meus sentimentos.

A confusão passou.

Quem eu queria sempre esteve ali,

Sempre esteve ao eu lado.

No alto do prédio azul em forma oval, Sasuke refletia sobre a morte de Juugo, quanto ouviu passos e olhou para trás. Sakura vinha em sua direção, caminhando sobre o telhado, e com um sorriso, mas era visível que estava preocupada.

- Sasuke-kun!

- Sakura... O que você veio fazer aqui?

- Eu vim lhe ver. Parecia triste quando saiu do prédio. O que você tem?

- Nada demais. Vim só pensar um pouco. – Sakura se deu conta de que pensava sobre Juugo. Decidiu não insistir.

- O sol já nasceu. Temos uma ótima visão daqui.

- Eu não havia percebido. É bonito sim.

- É difícil ver essa cena em Konoha. Devemos aproveitar.

- Só olhar essa vista não é algo satisfatório.

- Como assim?

- Deve ter outras formas de se aproveitar essa vista. Esse local. – Sasuke se silenciou, e Sakura percebeu que tudo estava em silêncio.

- Esse silêncio é revigorante. Tudo estava agitado até agora pouco. – O único som que se ouvia agora eram o de pássaros vindo na direção dos dois.

- Mas se ficarmos falando não poderemos aproveitá-lo.

- O que há, Sasuke? – Sakura decidiu entender aquelas indiretas.

Sasuke que estava sentado com a perna esquerda esticada e a direita curvada, com sua mão direita apoiada nela, e sua esquerda forçando seu peso, tornou a se aproximar, tendo uma pequena dor na mão. Mas aquilo não importava. Sakura estava com uma perna em cima da outra, virada para Sasuke, e quando viu seus movimentos, apoiou seu peso na mão direita, colocando-a sobre o telhado, e tornado a se curvar também.

Os dois estavam próximos,

E o som dos pássaros ainda era ouvido distante.

Voavam em direção ao sol.

E diante do sol que saíra do horizonte completamente,

As sombras se conectaram.

De forma a ligá-los por um beijo,

Que perpetuou o silêncio;

Em resposta a vontade de gritar dos dois.

Pouco depois de o sol nascer, Tobirama procurou pelos integrantes de seu time, para que pudessem ir para Konoha. Ele já havia selecionado mochilas com alimentos e água, e mais alguns acessórios. Já havia resolvido o relatório com Killer A, e só esperava o time se reunir para poderem ir. Nesse meio tempo, se lembrou do seu encontro com o Shodaime Raikage, e o que havia pensado. Ele era um usuário de Ranton, e não parecia muito bem no dia. Tinha tudo para ser o assassino de Juugo. Mas por que faria isso? Ele não tinha motivo aparente. Pensando no Shodaime como o inocente, se lembrou de Orochimaru. Ele já havia falado sobre o comando que poderia dar aos Junsui Tensei. E se tivesse dado um comando para o Raikage? O piloto automático confirmou isso. Era impossível negar as missões. E elas poderiam ser enviadas mentalmente, e isso faria com que ninguém pudesse acusá-lo. E por que o Shodaime não contou a ninguém sobre isso? Talvez fosse outro comando. Orochimaru parecia mais culpado. Mas Tobirama não achava um motivo para que ele fizesse isso. E aliás, como sabia da missão em que Juugo estava? Logo se lembrou do dia em que chamou Juugo para a missão, e viu Orochimaru na varanda da pousada. Ele devia estar o ouvindo. Mas ainda não sabia por que queria matar Juugo.

Alguns minutos pensando, e Tobirama foi acordado por Naruto, que estava sacudindo seu ombro. Ele estava no mundo da lua, e se assustou ao ver que todos já estavam lá. Ele se levantou apressado, logo começando a falar sobre sua hipótese. Sasuke rangia os dentes de raiva, assim como Suigetsu. Tobirama pediu sigilo, e também pediu para que eles não fossem indiferentes com Orochimaru. Precisavam ter cuidado.  Sasuke se manteve por um tempo, mas foi convencido pelos bons argumentos de Tobirama. Logo, pegaram suas mochilas e foram em direção ao templo Tsuki no Me.

Eram por volta de sete horas da manhã quando estavam lá. Todos entraram, e Naruto contemplou a estátua de Madara e Obito. Depois começou a observar sua estátua. Como era um grande herói, teve sua homenagem lá. Killer B, os Hokages, os Shodaime, Kakashi, Guy, Sakura, Sasuke, todos tinham suas estátuas lá, todas enfileiradas nas paredes laterais do templo. Algumas velas ainda estavam acesas diante do altar que ficava na frente da estátua de Madara e Obito. As pessoas vinham aqui rezar pela paz. Depois de alguns minutos, todos saíram e voltaram a caminhar

Mais três horas de caminhada, e estavam perto de Konoha. O sol do meio dia estava forte, e todos estavam com calor – enquanto Suigetsu derretia. – e Tobirama reabastecia as garrafinhas d’água. Todos estavam cansados quando Naruto avistou o grande portão de Konoha. Deu um  enorme sorriso, e correu em direção à vila. Tobirama pediu para que ele esperasse, mas não deu muito certo. O time Tobirama se aproximou e todos mantinham os olhos na silhueta de Naruto, e quando pararam em seu lado, viram sua expressão.

Lágrimas escorriam por aquele rosto.

Todos nós olhamos para o portão aberto.

Aquele cenário estava amedrontador.

Vimos a vila de uma forma diferente.

Estava fazia.

Sem ninguém.

Completamente hostil.


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Notas finais do capítulo

Yoo minna! Espero que tenham gostado. Esse é o último capítulo da história :c Mas não se preocupem, estou postando a continuação: The Pandemonium of Poison. Continuem a ler se quiserem descobrir os verdadeiros planos de Orochimaru, huhuhu.
Mas enfim, até mais, minna!



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