não precisamos existir fora desse lugar. escrita por zênite


Capítulo 1
sair é super estimado.


Notas iniciais do capítulo

Hyoga x Shun é o meu OTP ever de Cavaleiros do Zodíaco, e revendo o anime eu tive que escrever uma fanfic deles, delicar uma fanfic para os dois. ♥



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Não precisamos existir fora desse lugar.

‘Sair é superestimado’

Ernest Cline.

X

                E você gritava e me mandava sair de baixo da droga da coberta enquanto perguntava a quanto tempo eu não abria ao menos as cortinas. Eu nem ao menos fazia noção que era dia até o sol bater forte contra minhas pálpebras me obrigando a abrir os olhos.

                Calça jeans, blusa branca dois números maiores e você nunca esteve tão lindo, tão simplesmente perfeito. E eu tive vontade de gritar ‘me ame’ mil vezes, mas eu apenas sorri e você revirou os olhos e me acertou com uma almofada, e tudo é tão lindo.

X

                E estávamos deitados vendo filme e eu não entendia porque você insistia em querer sair daquele pequeno mundo, o nosso pequeno mundo perfeito, e me levar junto. E havia pipoca para todo lado e tocava uma música qualquer daquele filme Cult que eu sempre amei ver com você, mesmo você detestando-o. E os seus lábios tinham gosto de cereja e chocolate amargo, e eu me pergunto: como, por todos os deuses, você pode ter gosto de doce quando acabou de comer comigo um pote enorme de pipoca meio queimada meio sem gosto?

                E talvez esse seja seu gosto natural.

X

                E você me beijava tantas vezes que eu já havia perdido a conta de quantas. Você murmurava palavras bonitas e poéticas enquanto nos livrava das roupas incomodas, e não era a primeira vez que fazíamos aquilo, mas é como se fosse. Sempre é.

                E não importava que estávamos sobre um sofá pequeno e desconfortável porque o meu emprego tem um salário ridículo, não importava que a almofada estava me machucando as minhas costas, ou que de manhã nós fossemos pensar que definitivamente o sofá não fora feito para esse tipo de coisa, e o que importava mesmo, a essa altura do campeonato?

X

                Você sorrio, e tudo cheirava a café e sexo, mas eu não me importei tanto assim com o sêmen seco que havia escorrido entre as minhas pernas.

- Eu estou podre.

- Eu estou feliz.

                E eu não pude deixar de sorrir, porque eu também estava feliz. E essa era a primeira vez que você passava mais de doze horas sem dizer que eu deveria sair um pouco de casa.

X

                Você ria e brincava com o meu gato, espantado por saber que ele ainda estava vivo.

- Por que não estaria?

                Olhou-me com escárnio perdendo momentaneamente aquela infantilidade que é sua por direito. E de repente me sinto tão velho para a minha idade. Mas você sempre fez eu me sentir tão, tão vivo. E faz dez dias que você não vem me ver, e me pergunto se você se cansou.

X

                Acordei com o sol batendo forte contra as minhas pálpebras fechadas e você estava sentado na beirada da minha cama. E o sorriso nos meus lábios foi tão natural, porque ele era. E eu disse que já havia entregado o rascunho para o editor.

- Ser escritor combina com você.

                E eu sorrio, porque você sempre é verdadeiro, eu te puxo e logo estamos rolando pelo colchão, e isso é tão certo. E seus beijos são tão casuais que me sinto parte de algo.

E eu repito sete vezes para dar sorte ‘me ame, me ame, me ame...’, você sorri e entrelaça nossos dedos.

- Eu amo.

X

                E nós rimos, porque havíamos colocado fogo no óleo onde iríamos fritar as batatinhas para ter algo que descesse na garganta, e descobrimos porque sempre comemos coisas pré-prontas. E você brinca, nem se a cozinha pegasse fogo eu sairia de casa.

- Sair é superestimado.

                E você volta a rir, e é tudo tão belo. Tão certo.

- Fica aqui comigo, pra sempre.

                E você concorda. E mentiras agradáveis nos interessam, mas é tudo tão lindo que nós não ligávamos. Nunca ligamos.

X


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Notas finais do capítulo



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