Stories And Demons escrita por Vlayk


Capítulo 4
The visit Taremá




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/401434/chapter/4

Não havia sol naquela manhã, o silencio irritante crescia, cercando a casa de mistério e medo, nem ao menos o vento atrevia-se assoviar por aquelas bandas, Taremá, sua senhora, havia proibido seu festejo. Foi assim que Natally acordou aquele dia. Ela não se lembrava como havia chego até o quarto, ou porque havia sangue em todo o seu redor.

-Ugh – grunhiu olhando para sua mão, do corte jorrava sangue abundante, em uma cor escura, que denso, corria livre e pingava na seda branca dos lençóis, conspurcando-os em tom vermelho.

-Eis que a vejo acordada, humana – uma voz sombria e sussurrante, como uma brisa suave disse a sua direita. A castanha ergueu os olhos e encarou a demônio, Taremá estava ali, absolutamente nua, se não fosse pelos longos cabelos escuros como a noite, cobrindo-lhe os seios, mas abaixo da cintura, era como se fosse uma mancha disforme como se ela não estivesse de fato ali. Ela era de um branco doentio, seus lábios eram de um roxo escuro e tinha olheiras. – sou Taremá, mas não ei de perder meu tempo com apresentações, sabes quem eu sou. – um brilho intenso iluminou seus olhos escuros.

-Sei – Natally murmurou, encolhendo-se embaixo dos lençóis manchados, Taremá sorriu. – apenas não sei por que apenas eu que recebo visita de vocês.

-Ah, estamos aqui por sua causa – Taremá sorriu – tu és o receptáculo de nossa mãe mortal, Marie. – a demônio avançou, sua sombra cobria o quarto, deixando-o abafado. – vim mostrar-lhe o passado, pois tu és a escolhida e determinara aquilo o que nosso pai busca.

-Pai? Quem é o pai de vocês afinal? – a humana perguntou, arqueando a sobrancelha.

-Verás, contar-te ei uma história sobre nosso nascimento. – a demônio sorriu e inclinou-se por sobre a garota, sua sombra cobriu-a e seus lábios cobriram os da humana, Natally por sua vez caiu na cama, pálida como a morte e Taremá sumiu em uma nuvem escura; sua voz ecoando no quarto, enquanto este sumia gradativamente, tomando a forma da historia que ela contava.

O fim da tarde cobria os céus, o crepúsculo cobria e tingia de cores alaranjadas o alto da torre do castelo de Malrior; projetando sombras disformes nos terrenos. Malrior era o maior e mais complexo feudo da região, o mais povoado também, embora ali não estivessem seus moradores para apreciar as cores quentes e sentir o embriagante cheiro do trigo e da água.

Porque há anos, Malrior estava abandonada, não que única alma viva morasse ali, moravam, mas viviam com medo de sair para alem de suas casas ou abrir as janelas, medo, desde que a fera chegou.

Não se avistava única alma viva que se atrevesse a sair sem o abrigo do sol e quando o faziam, era rápido e silencioso o suficiente para não se demorarem fora.

O próprio senhor feudal vivia enclausurado em seu castelo, em sua torre mais alta, cercado por soldados fortes, que tementes à morte, trancavam-se na sala junto ao seu senhor.

Não se conhecia muito da fera, ou sabia-se como ela era, embora os moradores alegassem que era um enorme dragão, mas o que se sabia era que a fera havia matado a esposa do senhor feudal, Senhora Mirian.

Ela gostava de realizar sua caminhada noturna com suas damas de companhia, foi quando a fera encontrou-a, naquela noite, estava sozinha, dizem que ela gritou o mais alto que podia, mas de nada adiantou. Sua pequena filha, Marie, foi abandonada pelo pai, e enfim, pelos servos, pois nem mesmo o mais devotado suportava encara-la, por ser uma copia perfeita da mãe, morta.

Marie cresceu presa na torre leste, a mais alta de todas, havia sido prometida a um senhor feudal, muitos anos mais velho do que ela, mas o pai não se importava, queria mesmo era livrar-se da filha inconveniente. Assim, quando atingiu a tenra idade dos quinze anos, uma comitiva foi enviada para levar-lhe até o feudo de seu futuro marido.

Ela gostaria de dizer que estava triste em partir, mas não estava, no entanto, eles não foram muito longe, a fera os alcançou; e os gritos de terror dos homens mortos poderiam ser ouvidos ao longe, foram marcados na historia para sempre, mas eles nunca viram a fera, pois ela era muito mais rápida do que qualquer um deles, e ela tinha um propósito, roubar Marie para si. Ela foi à única mortal que realmente viu a fera.

Era um belo homem, alto e loiro, a pele branca e lustrosa, os longos cabelos loiros displicentes e penteados cuidadosamente e a bela armadura negra.

-Quem é você? – ela perguntou, mas não recuou quando enfrentou seu olhar, sustentou-o.

-Sou aquele a quem você pertence – ele informou aproximando-se e tomando-a pela mão – tua mãe prometeu-a para mim em sua morte.

-Foste tu que a matas-te, como ousa? – ela gritou puxando a mão e estapeando-lhe a face. Mas a fera não se importou, levou-a a força para sua sombria caverna nas montanhas.

Ali ele a possuiu e engravidou, Marie teve cinco filhos, quatro deles demônios como  a natureza maléfica do pai ditava e um anjo como a doce natureza da mãe pedia.

A Fera, conhecida por ser também o anjo negro, Lúcifer, apaixonou-se por Marie, ele escondeu-a, junto aos filhos, o quanto pode, mas ele sabia que a encontrariam, e o dia não tardou a chegar; foram os arcanjos que a mataram, Gabriel e Miguel, levando também a sua pequena filha, Gabrielle, do qual os irmãos nunca mais tiveram conhecimento.

Os quatro que restaram foram criados no recanto mais sombrio do inferno, cada qual com seu talento, embora fosse obvia a preferência do pai por Daenarys, ele sempre soube que Azraquiel era seu filho mais forte.

A demônio sorriu quando terminou de falar, olhava para Natally como se esperasse algo vindo dela.

-Ainda não sei por que eu, ou meus amigos – Natally murmurou olhando-a de soslaio, o cheiro de seu próprio sangue a enjoava e ela sentia-se fraca demais.

-Tu és a encarnação de nossa mãe, Marie – a demônio sorriu – e precisamos de você aqui para liberar nossa arma mais mortal e ameaçadora. Nosso pai foi preso ao inferno pelos arcanjos quando tentou ressuscitá-la, e agora, você esta aqui. – ela aproximou-se da castanha, seus olhos nos dela – O sangue dos cinco deve unir-se em um só, o receptáculo do qual saíram.

-Hu, espera, cinco? Não é um anjo o quinto irmão? – o sorriso da demônio foi ainda maior.

-Tu és esperta, sim, o quinto irmão, Gabrielle, mas não te preocupa, Gabe esta de nosso lado, ela sente a falta da mãe como nós, não sabe como sua presença nos da força jovem Marie; mas ainda não esta preparada, infelizmente, tem direito a uma escolha, foste o que Gabe pediu deixar teu livre arbítrio para que possa escolher o lado. – a demônio suspirou – Gabe quer conhecer-te, ela vira esta noite, quando minhas sombras a protegerem de outros anjos. Agora, teus amigos a esperam Marie; vá. – e com isso, a demônio dissolveu em uma nuvem escura. Natally piscou para o ponto onde a demônio havia sumido, era surreal demais para que ela cogitasse acreditar em tudo.

-Poderia ser pior – murmura olhando para sua própria mão, era surreal demais para acreditar, com um suspiro ela se levanta, estava na hora de encarar seus amigos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Stories And Demons" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.