POV OLIVIA

Eu não conseguia acreditar que aquilo realmente havia acontecido. Meu coração batia descompensado, sem ritmo, completamente acelerado. Por alguns segundos pude sentir o calor percorrer por todo meu corpo.

De fato se tratava de adrenalina em meu sangue, suava frio e sentia leves palpitações. Mas isso não me incomodava. De forma alguma.

Tudo bem que se tratava de apenas um beijo, mas não significava “apenas um beijo”. Não mesmo. Afinal se tratava de Elliot Stabler, meu melhor amigo, meu único confidente, meu parceiro de longa data e .. E o melhor de mim, o grande amor da minha vida.

Mesmo que ainda fosse oculto.

Segredo.

Guardado a sete chaves.

Não importava mais nada, somente aquele tão esperado beijo.

Não tenho dúvida alguma, eu preciso de Elliot tanto quanto necessito de respirar. Eu o amo, sempre o amei e desejei tê-lo em algum momento de minha vida.

Talvez esse seja o momento.

XxxxX

Olivia se encontrava em total estado de nostalgia, como se tudo aquilo que tivesse acontecido fosse irreal, já sentia saudade daquele momento com Elliot e tristeza por ter sido apenas por pouco tempo.

Ela rolava na cama de um lado para o outro, numa tentativa fracassada de adormecer, mas não funcionava, estava cem por cento “acessa”. Ainda tinha aquele sorriso realizado nos lábios, sentia “borboletas no estomago”, inquietação e ansiedade fora do comum.

Era como se tivesse uma segunda oportunidade de se tornar adolescente novamente, amar pela primeira vez e sentir toda a sensação de um sentimento verdadeiro.

POV ELLIOT

Nunca fui capaz de entender esse sentimento louco que tenho por Olivia, esse desejo impulsivo de “explorá-la”, de conhecer o inexplorado, incitando meu sexo de “prová-la” e tê-la como nunca tive mulher alguma.

Olivia sempre foi diferente de qualquer outra mulher, diferente em todos os sentidos, como se fosse uma “pedra” preciosa a ser lapidada. E eu estou pronto pra isso.

Quero passar o resto de minha vida ao seu lado.

Quero cuidar de Olivia.

Quero preservá-la de tudo e de todos.

Eu estou disposto a abrir mão de qualquer coisa para tê-la por perto.

Qualquer coisa.

XxxxX

Olivia estava encolhida na cama, agarrada a camisa que tirara de Elliot – assim poderia sentir seu cheiro – mas não era mais o suficiente.

Queria mais.

Precisava de mais. Precisava sentir aquelas mãos fortes a tocarem novamente, seus lábios sutis e ao mesmo tempo intensos mais uma vez.

Precisava de mais uma dose daquele êxtase.

Ela se levantou e saiu dali o mais rápido que pôde, não visava mais nada.

Não pensava em mais nada.

Ela precisava dele.

Sem receio ela começou a bater na porta, uma, duas, três vezes.

Não podia esperar.

Não queria esperar.

POV OLIVIA

Elliot abriu a porta e eu não dei tempo para que ele me dissesse nada, me joguei em cima dele e comecei a beijá-lo loucamente, fechando a porta atrás de mim.

O agarrei pelo pescoço e comecei a morder seus lábios pouco a pouco, porém com tamanha intensidade que o fizera arfar entre nossos lábios. Ele por sua vez me prensou contra a porta e me segurava forte pela cintura.

Sentia a palma de sua mão adentrar por baixo de minha blusa, novamente mordi seu lábio, desta vez com mais força, fazendo sangrar naquele local. Podíamos sentir o gosto de sangue se misturar aos beijos, dando um sabor delicioso.

Acho que nesse momento ele jogou todo seu peso contra mim, me prensando ainda mais forte contra a porta, gemi com o impacto dos meus seios em seu corpo. Mas era uma dor prazerosa, melhor dizendo, quase não doía.

Arranhei seu pescoço e fui descendo minhas mãos, as pausei em seus ombros e apertei forte, devido a mais um impacto. Ele desgrudou propositalmente seus lábios dos meus, apenas para me ouvir gemer, sem hesitar o fiz.

Ele tomou meus lábios depois do meu feito, e mais uma vez nos entregamos a mais um beijo.

Tinha total acesso ao seu corpo, fui passando minhas mãos por suas costas, desta vez eu não o arranhava, acarinhava docemente, raspando minhas unhas e apertando com as pontas dos dedos.

Elliot deslizava sua mão em minha cintura e fora subindo também até minhas costas, a colocou por cima do sutiã e em sequencia sentia alguns de seus dedos por debaixo.

Não sentíamos mais o gosto de sangue, mas ainda assim era incrível beijá-lo. Já não era mais tão intenso, creio que fomos perdendo o fôlego, então se tornava mais delicado.

Ouvíamos os estalos dos beijos, ele trocou de posição inclinando sua cabeça para a direita, fazendo-me tomar a direção oposta. Desci um pouco mais minhas mãos e as coloquei em sua bunda, que por sinal era grande.

Novamente intervemos de posição. Ele desceu suas mão até minha cintura e começou a acariciar.

Sentia que a qualquer momento fossemos encerrar o beijo, já não tínhamos mais fôlego. Apenas não tínhamos coragem.

Não demorou muito para que começássemos a entrar em consenso, fomos os dois encerrando o beijo, porem não totalmente, fomos diminuindo a intensidade e logo tínhamos somente os lábios pressionados uns sobre os outros.

Ele me deu um longo selinho e quando terminou comecei a sorrir e abri meus olhos, ele também fez o mesmo.

Respirávamos ofegantes, Elliot aos poucos fora afrouxando aquele impacto de meu corpo contra a porta e seu corpo contra o meu. Subi minhas mãos até sua nuca e as deixei ali, ele ainda sorria, e seus olhos demonstravam pequeno espanto perante a minha invasão.

Logo me dei conta da loucura que havia cometido, mas não senti vergonha, não desta vez. Estava satisfeita com o que tinha feito. Bom na verdade, me sentia pouco, bem pouco constrangida.

Eu: eu não conseguia dormir – disse baixinho

Elliot: eu também não – sussurrou entre nossos lábios – não parava de pensar em você Liv – completou com um selinho

Eu: e eu não parava de pensar nisso – sorri

Elliot: nisso o quê? – me provocou

Eu: isso!

Novamente roubei seus lábios levando-os comigo. A boca de Elliot era tão gostosa que eu não conseguia estar tão perto dela e não o beijar. Era quase impossível, não sei como pude aguentar por tanto tempo.

Ainda respirávamos com dificuldade, o beijo logo se finalizaria mais uma vez por conta disso. Queria aproveitar o máximo, passava minha língua pelos dois lados de sua boca e comecei a passá-la na dele.

Elliot expirou forte e me segurou fortemente quando o fez, trocando-nos de posição. Desta vez ele estava contra a porta, deixando-me de frente para ele.

Suas mãos percorriam por minhas pernas, algumas vezes ele ousava apertá-las e raspar suas unhas sob minha pele. Era uma sensação gostosa.

Tirei minha boca da dele e comecei a beijar seu queixo, dei algumas mordiscadas e fiz o mesmo em seu pescoço. Logo desci meus lábios e comecei a distribuir beijos em seu peitoral.

Ele me olhava satisfeito e realizado, mas no fundo, podia “enxergar” que aquilo não era o suficiente. Como para mim também não era.

Talvez se ele tomasse a segunda iniciativa, afinal, eu tomei a primeira invadindo seu quarto..

Elliot começou a me fitar com os olhos diferentes, completamente diferentes, eu não conseguia decifrá-los.

Ele ainda passava suas mãos em minha perna.

Será que essa era a iniciativa?

Elliot: eu te amo Olivia – disse encarando-me ainda com aquele olhar

Eu: eu .. Eu tamb .. Também te amo El

Gaguejei ao sentir suas mãos apertarem minha perna, subindo até minha cintura e mais uma vez subindo.. Desta vez até o fecho de meu sutiã.