Undisclosed Desires escrita por Dama do Poente


Capítulo 20
19 - I Taste You On My Lips


Notas iniciais do capítulo

Apesar de estar com um bloqueio criativo enorme, eis aqui o capítulo nosso de cada semana. Espero que gostem. *Atualização 20/10/2016* ironicamente o título deste capítulo é uma referência a Worse Than Nicotine, outra fic Thalico que tenho.



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P. O. V Thalia:

Sempre achei que ruborizar era clichê, coisa de protagonista de comédias românticas, algo que não combinava em nada comigo. Todavia, naquela tarde o vermelho dominava meu rosto, e eu não sabia dizer se era por vergonha ou raiva.

Afeto, em geral, não me deixava tão desconfortável: eu conseguia lidar com abraços, mãos dadas e esse tipo de coisa. Embora muitos considerassem estranho que uma ex-caçadora abraçasse pessoas, eu jamais abandonara minha personalidade enquanto era devota a Ártemis ― isso ficou claro em meu primeiro dia, quando abracei Percy. Sempre prezei amizades, e foi por isso que não me incomodei quando Nico me abraçou; mas beijos ainda estavam num nível pós-caçada que eu não desbloqueara.

― Se me beijar de novo, sem minha permissão, eu vou arrancar seus testículos e dar para o Cérbero comer. ― digo para Nico, assim que Lorenzzo para o carro em frente ao hospital.

― Quer dizer que você não teria reclamado se eu pedisse? ― ele ri, seguindo-me em direção ao hospital. ― Thalia Grace, dar-me-ia a honra de beijar-te novamente?

― Não! ― entro no prédio antes que ele possa continuar com suas piadas, ou me agarrar de novo.

Eu queria apenas ficar quieta, encolhida em uma cadeira, esperando até o momento em que pudesse ver Sam. Na correria daquele dia, entre consolar Nico, discutir o conceito dos vídeos da era American Idiot, e ser beijada pelo filho de Hades, eu quase me esquecera do garoto que fora internado.

― Gente, o que foi isso? ― Valentina aparece, praticamente pulando sobre mim ― Agora você realmente beijou o Di Angelo?

― Como assim, você beijou o Nico? ― Will surge também, com um estranho sorriso no rosto. ― Alguém gravou? Tirou foto? Nico di Angelo, vem aqui me explicar isso!

Por um momento quase senti pena de Nico, porém como fora ele o culpado por nos colocar naquela situação constrangedora, ele que se virasse para lidar com o conselheiro mais louco de todos. Eu já estava tendo minha quota de Crias Malucas de Apolo.

― Poxa vida, pensei que você quisesse me beijar e não ao emo estranho que faz participação especial no time das líderes de torcida. ― Sam nos surpreende, sentado ali perto.

Parecia bem melhor, mais corado do que costumava ser, tendo um brilho realmente feliz no olhar. Ele parecia mais forte, usando uma camisa do My Chemical Romance, calças jeans e tênis. Confesso que o invejei por conta da camisa, e invejei Maite por ter o poder de roubar aquela camisa na hora que quisesse.

― Sam! ― Maite o abraça com força, girando para ficar de frente para mim enquanto o apertava contra si. ― E Thalia, eu quero saber direitinho dessa história.

Estava prestes a lhe mandar beijar Sam, ou tomar contra da própria vida, quando tenho mais uma prova de que a sorte nunca estaria ao meu favor.

― Posso fazer um replay para vocês, se quiserem! ― Nico volta para perto de mim, abraçando minha cintura.

― Nico, nem pense em...

― Você fala demais, Lia! ― e ele me beija pela terceira vez naquele dia.

Eu não posso dizer que seus lábios, com sabor de menta, fossem a pior coisa que provei na minha vida, mas ainda assim não sabia ao certo como reagir ao ser beijada por ele, na frente de todos os nossos amigos. Para minha surpresa, e para ser completamente sincera, eu gostei da sensação de ser puxada contra seu corpo e sentir seus lábios pressionados contra os meus; uma de suas mãos segurava meu rosto próximo ao seu, e mais uma vez eu me vi correspondendo ao seu toque.

― Por favor, diz que você fotografou isso, ou pode ir se preparando para uma greve! ― ouço Valentina dizer.

Aproveito a distração para empurrar Nico para longe, mas o máximo que consigo é afastá-lo o suficiente para que ele se recostasse tranquilamente em uma parede e me puxasse junto, lançando-me um sorrisinho cínico ao abraçar meus ombros.

― HD, meu amor! Está filmado, também! Quando eles tiverem filhinhos, nós mostramos para eles. ― Eleazar ri, guardando seu celular no bolso traseiro ― Olha só o que o titio Eleazar tem aqui, crianças: o primeiro beijo dos seus papais!

― Eleazar, se um dia eu tiver filhos, não vai ser com esse idiota! ― digo, tentando me afastar de Nico.

― Sinto muito, Thalia, mas acho que vai ter que ser com ele sim! Até seria o pai dos seus bebês, e eles seriam lindos, mas eu sou da Maite! ― Sam interrompe meu surto, juntando-se ao deboche.

― Viu só? Vai ter que se contentar comigo! ― Nico dá de ombros.

Eu estava completamente em desvantagem naquele lugar. Todos os meus amigos me encaravam com sorrisinhos debochados, esperando por um chilique meu; entretanto, como sempre estivera no inferno de todas as situações, resolvi abraçar o capeta daquela.

― Isso vai significar que vou poder bater em você a qualquer hora? ― prendi o corpo de Nico contra a parede, ajeitando a gola de sua jaqueta.

Posso ouvir Maite sugerir que eu poderia bater o quanto eu quisesse em Nico, desde que estivéssemos em uma cama, e consigo abrir um sorriso com isso. Quase me via prendendo-o a uma cama de sacrifício, vingando-me lentamente.

― Eu apanharia de você numa boa! ― Nico dá seu melhor sorriso cafajeste, afastando uma mecha de cabelo do meu rosto.

― Espera! As brincadeiras tão boas e tudo o mais, mas, você não estava internado? ― Stephanye, sua abençoada, obrigada por ser lógica.

Assim que o motivo de nossa ida ao hospital voltou a ser o foco, aproveitei para me afastar de vez, deixando-me cair sobre uma das cadeiras desconfortáveis da sala de espera, que se encontrava um tanto vazia para um hospital ― o que era um alívio: poucas pessoas doentes, poucas pessoas para me ver pagando mico...

― Estava, mas recebi alta ainda há pouco. Minha mãe ta assinando os papéis ali, e estou indo para casa: vou passar um tempinho lá. ― Sam responde, evitando entrar em detalhes.

― Você não vai à festa amanhã? ― Maite pergunta sem esconder seu desapontamento.

― Não, gatinha! ― ele responde, com as mãos no pescoço dela ― E se você não quiser ir, pode ir lá pra casa. Na verdade, deve!

― Eu já estou lá! Na verdade, estou indo quando você for.

― Viemos à toa? ― pergunto, vendo que eles sequer nos davam atenção.

Para minha total falta de sorte, Catarina nega meu questionamento, explicando que como sabíamos que Samuel ficaria bem, e teria uma “enfermeira particular”, poderíamos ir ao shopping comprar as roupas para a festa do dia seguinte. Perguntei-me o que havia feito contra Zeus, ou se esses castigos eram obras de Hera.

― Ah, vou ficar segurando vela sozinha? – Agatha reclama, lançando olhares para Will e Steph, que ouviam alguma coisa num celular.

― Não, eu posso voltar com você! ― me ofereço gentilmente, sem nenhum interesse em paz e sossego. Não se tem essas coisas quando se está perto de Apolo ou um de seus filhos.

― Uma ova que você vai voltar com ela! ― Nico e Catarina falam, e se entreolham.

Antes que eu pudesse expressar minha confusão, outra companhia surgiu para atrapalhar meus planos de escapar de mais constrangimento e sensações estranhas. Por que Hermes sempre faz seus filhos surgirem nas horas mais inóspitas, como quando se quer uma carona?

― Connor? ― Agatha se engasga ao ver seu ficante atual.

― Agatinha! ― o filho de Hermes aparece, e já vai beijando a surpresa filha de Atena.

Lembrei-me que Catarina costumava dizer que sexta era dia de maldade, e jamais havia compreendido sua frase, mas depois de hoje a entendia muito bem. Sexta era dia de maldade mesmo, a maldade de surpreender garotas, beijando-as e deixando-as confusas.

― Pronto, agora você não me escapa mais! ― Nico sussurra, abraçando-me pelos ombros enquanto voltávamos para o carro.

― Eu mereço! ― reclamo, tendo um emo não tão emo assim fazendo cócegas em mim.

P. O. V Autora:

Minha intervenção desta vez será rápida, apenas para lhes relatar o mesmo que Nico contou a Will quando este lhe pediu por explicação. Afinal, Thalia não era a única a confidenciar coisas para a melhor amiga, garotos também fazem isso... É uma obrigação se você for amigo de um filho de Apolo.

― Então, era sobre isso as mensagens que me mandou? O quão espontâneo você tem sido? ― Will pergunta, servindo-se de um pouco de água.

Ele tinha a mania de falar coisas inconvenientes, assim como as gêmeas, e os três aprenderam que era sempre bom ter algo para manter a boca ocupada nessas ocasiões. Especialmente se sua companhia pudesse fazer as almas desencarnarem.

― Não vai adiantar mentir, não é? ― Nico suspira, revirando os olhos. ― Na verdade, até tinha, mas naquela época eu não queria beijá-la.

― Ah, e agora você quer? ― nem mesmo a água poderia ajudar Nico a escapar dos comentários de Will.

― Eu to me sentindo você quando conheceu a Steph! ― o filho de Hades toma o copo das mãos do amigo, sorvendo o líquido de uma só vez. ― Ontem, sem querer, eu dei um selinho nela e passei a noite toda acordado. Aí hoje, eu resolvi seguir seu conselho e ser mais espontâneo, e quando vi estava beijando o pescoço dela.

― Que covardia, Nico di Angelo. Pescoço é o ponto fraco de todo mundo! ― Will balançou a cabeça, parecendo estar desapontado, abrindo um sorriso perverso logo depois ― Eu te criei tão bem. Que orgulho.

É a vez de Nico revirar os olhos. Will levava o papel de conselheiro longe demais, ao ponto de começar a agir como pai daqueles que ajudava. Nico era o filho mais velho, tendo Aria como irmã do meio, e as gêmeas Reymond como irmãs caçulas... Os quatro sofriam.

― Enfim, daí ficamos lá, ouvindo Green Day, e do nada estávamos discutindo e quando eu vi, estava beijando a Thalia! ― Nico enche o copo de água de novo, bebendo tudo de uma vez. ― E eu gostei o suficiente para querer fazer isso mais vezes.

Will realmente estava orgulhoso por Nico estar demonstrando sentimentos, mesmo que se preocupasse com o estado de nervos do garoto. Ele estava quase pedindo que sedassem o amigo, mas acreditava que tudo aquilo fosse, na verdade, uma reação do excesso de adrenalina correndo nas veias. O filho de Hades nunca era espontâneo, e não sabia reagir a situações simples como aquela.

― E por que não faz isso? ― o loiro pergunta, exibindo um sorriso calmo.

― Porque eu tenho amor a minha vida!

― Tem nada: você fica viajando pelas sombras que eu sei. ― o tom de Will era uma mistura de repreensão e deboche. ― Vou falar o mesmo que me disse quando fiquei em dúvida sobre a Steph: se arrisque e pare de choramingar! No máximo, ela vai bater em você, e como ela faz isso normalmente... Não tem problema nenhum.

Will até tinha razão, e Nico precisava admitir. Para alguém que atravessara um oceano em meio à guerra, o filho de Hades estava sentindo muito medo. Ele já vira pessoas sentindo a mesma coisa, e sempre os aconselhara a seguir seus instintos... Estava na hora de seguir suas próprias recomendações.

― Se eu morrer, a culpa é sua. E eu vou voltar para te assombrar.

― E se isso for adiante, quero ser o padrinho do casamento. ― Will abriu um de seus sorrisos brincalhões. ― Ah, mais uma coisa.

― O que? ― Nico, que já caminhava para o grupo, volta alguns passos, vendo Will remexer na carteira.

― Você precisa de camisinhas?

Se não estivessem em um local público, especialmente um em que o silêncio era requerido, com toda certeza o destino de Will teria sido bem pior do que um olhar mortal e um copo de plástico na cabeça. Contudo, o filho de Apolo sequer ligou: ele poderia não ter o dom da profecia, mas sentia que aquela história ainda teria muitos capítulos.

E, como sempre, Will estava certo.

P. O. V Nico:

“Nico, o que deu em você para beijar a Thalia?”; tal pergunta rondava minha mente, mas sinceramente eu não sabia a resposta, e não queria saber: meu único interesse era continuar repetindo a experiência. Portanto, seguir o conselho de Will: me arrisquei e parei de choramingar, sabendo que valeria à pena.

Os lábios de Thalia eram macios e viciantes, com um sabor inconfundível de morango. Talvez isso fosse culpa da quantidade exorbitante de pirulitos que ela tinha mania de comprar na cantina da escola ― que vendia ilegalmente, contra as orientações dos nutricionistas da Yancy, mas quem consegue negar algo para Thalia? Quem sobreviveu depois de ter negado? ―, mas eu não me importaria de experimentá-los de novo.

― Thalia? ― a chamei, enquanto Lorenzzo dirigia para o shopping mais próximo. Ela fingiu que não escutava ― Thaliaa... ― cantarolei seu nome, brincando com uma mecha de seu cabelo. ― Grace!

― Di Angelo, eu não estou te ouvindo! ― ela continua emburrada, virada na direção da janela.

― Ótimo! Não me ouça, apenas continue fingindo que não quer ser beijada! ― a puxo pelo braço, fazendo-a ficar de frente para mim, e provo mais uma vez o sabor de seus lábios.

Eu devo estar drogado, só pode. Talvez John estivesse cultivando alguma erva duvidosa e não tivesse me contado, ou talvez esta fosse a reação comum após ser beijado pela Grace. Ela de fato parecia estar fingindo não querer ser beijada, pois cada vez que nossos lábios se tocavam, ela se inclinava mais contra mim, ao ponto de segurar-me pelo cabelo para impedir de me afastar.

― Olha a putaria no meu carro! ― Lorenzzo ri implicante.

― Como se você nunca tivesse beijado sua namorada dentro de um carro! ― reviro os olhos, deixando os lábios de Thalia para beijar seu pescoço.

― Está certo, então se sintam a vontade para continuar! ― se o dono do carro liberou, quem seria eu para negar?

― O quê? Ninguém me defende aqui? ― Thalia reclama, estremecendo quando mordo o lóbulo de sua orelha. Posso ouvi-la suspirar, e inclinar mais o pescoço, permitindo-me mais contato.

― Não! E nem pense em acertar um raio nele! ― Catarina responde ― E para de fingir que não está gostando: mentir é feio, titia!

É por essas e outras que vou adotar Cathy, e comprar um monte de camisas de seus animes favoritos; talvez eu começasse com uma de Naruto, em que o Sasuke aparecesse: assim ela sempre se lembraria de seu tutor favorito.

― Pelo menos tente não acertá-lo dentro do meu carro. ― Lorenzzo fala, fazendo-me desistir da idéia de adotar Cathy: não queria meu conterrâneo como genro.

― Socorro, um emo não tão emo assim está me agarrando! ― Thalia começa a gritar quando passo a fazer cócegas nela. Pequenas lágrimas escorriam por seu rosto enquanto ela ria, deixando-a ainda mais fofa.

Quantas vezes eu já a havia achado fofa naquele dia?

― Feche a janela dela! ― Catarina pede à Lorenzzo.

― Affz! ― Thalia afunda mais no banco, franzindo o nariz ao fazer uma careta.

― Quanto mais você reclamar, mais eu vou te agarrar: você fica extremamente desejável quando ta com raiva. ― confesso, brincando com a cara dela, passando meus braços ao seu redor.

― Se controla Thalia, daqui a pouco você vai voltar pra escola e vai poder desinfetar sua boca! ― ela recita como se fosse um mantra.

― Não teria tanta certeza! ― murmuro em seu ouvido, e a sinto estremecer ― Sussurros no ouvido te deixam arrepiada? Bom saber! ― continuo, mordiscando o lóbulo de sua orelha.

― Nico, pelo amor de tudo que é sagrado, sossega! ― ela pede, com a voz fraca, encarando-me com súplica.

Sinto a velocidade do carro diminuir, sabendo que nosso tempo junto estava chegando ao fim antes mesmo de Lorenzzo estacionar perto do shopping e dizer a Thalia que tinha uma “boa notícia” para ela.

― Qual? – ela pergunta, desvencilhando-se de mim.

― Você só vai me ver amanhã! ― eu respondo, saindo do carro ao mesmo tempo em que ela. ― Pode ficar feliz!

― Como assim? ― ela parece confusa, deixando Lorenzzo e Catarina numa despedida melosa dentro do carro.

― Eu não vou participar da sua tarde de compras: Lorenzzo, eu e os outros garotos vamos sair por aí, e como eu estou te deixando sozinha, você vai ter que ir para a festa do pijama, enquanto eu vou voltar para a escola e ficar tranqüilo no meu dormitório, jogando vídeo-game com meu amigo filho de Deméter e sua gatinha com nome de cereal! ― respondo, segurando suas mãos.

― Seu filho da mãe sortudo! ― ela reclama, com a voz transbordando raiva ― Tomara que o Playstation não funcione, que o Xbox quebre e que o Wii queime!

― Uhum, tenha uma boa tarde também! ― sorri, e a beijei pela última vez.

Não me surpreendi muito quando ela jogou seus braços ao redor do meu pescoço, e me puxou para mais perto. Porém fiquei surpreso quando recebi uma descarga elétrica, sentindo o choque descendo por minha espinha e enfraquecendo minhas pernas.

― Com certeza, vai ser ótima! ― ela me soltou, e seguiu Catarina, rindo da minha cara.

― Acho que alguém está chocado! ― Lorenzzo murmura, baixando a janela do carona.

― Péssimo trocadilho! ― respondo, entrando outra vez no carro ― Mas ela vai ver, vai ter troco!


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Ah, gostaria de pedir que lessem minhas outras fics:
Home Is In Your Eyes (uma one-shot Dwen (Dakota + Gwen), vocês não vão se arrepender) e The Lace House, uma original! *atualização: o que acharam dos comentários do melhor ser do universo, conhecido como Will Solace*