Crônicas De Whitörn escrita por maisutoGUN


Capítulo 15
Intentos de Guerra


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltooooou! xD



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As balistas estavam a postos. O Rei Farris tentava novamente derrubar os portões de Vindin, uma monéria do Protetorado de Hylobändak que faz fronteira com Santagar ao Sul. Lá era o posto avançado que Sir Roswell comandava a mando do Rei Garthän. Foi enviada uma carta pelos corvos do exército que chegou através de um pajem até a mão do próprio Sir Roswell, que levantou uma sobrancelha ao olhar para o pedaço de papel.

– Obrigado, Henzil! – Sir Roswell permanecia sentado em sua cama na sua tenda, que ficava bem a frente dos altos muros que impediam o total avanço do Rei-logo-abaixo. Sua tenda era feita de couro, como a maioria das coisas do povo de Beilerivhov. A maioria dos castelos dos fidalgos tinham seu próprio armeiro-chefe, seu próprio bardo e seu próprio coureiro. Havia as mulheres que teciam as peças casuais dos nobres e seus estandartes, mas os trajes de guerra eram feito de couro e tudo quanto fosse possível também o era. O couro era resistente as chamas por propriedades medicinais descobertas na natureza pelos Grão Alquimistas da Relíquia de Kryvenön. Na monéria de Tånfyrar havia uma proeminente floresta, essas escassas em todo o Continente do Norte. Elas brotavam em pontos isolados daquela região que era predominante rochosa e com poucas árvores. Uma das florestas entretanto estava no domínio dos melhor Alquimistas do Norte e lá eles desenvolveram esses revestimento que cobria até as roupas feitas de metal do povo de Gankse, a quarta relíquia de Imbelor.

Após derreter a cera que envolvia o envelope e retirar o papel que havia lá dentro, Sir Roswell se sentou novamente em uma das cadeiras que envolvia a mesa de conferências de guerra e começou a ler o que a carta de Sir Drevyan:

"Saudações, Irmão em armas,

Fazia tempo que não vos mandava um encerado, mas a ocasião pedia o método mais rápido e eficiente de envio e com a maior segurança. Estou neste momento na corte do Rei Garthän. Ele recebeu Ollyne de forma deveras emocionante, mas não trouxe sua filha comigo. Não havia lhe contado, mas iria levá-la à Ordem Paladina dos Sete Rios e treiná-la eu mesmo, mas ouve imprevistos e tivemos que sair correndo do seu lar. Irei o mais rápido possível para Vindin e então conversaremos pessoalmente, mas posso adiantar que encontramos o bastardo do Modric no caminho e ele assumiu a tutela de Monserrat por mim, enquanto trazia sua mulher a corte do pai dela. O importante é que eles seguem para Ravenya, e chegaram lá bem se não houverem maiores imprevistos. Darei maiores detalhes quando nos encontrarmos!

De seu estimado amigo,

Drevyan"

Sir Roswell não sabia qual sentimento ter. Não sabia se ficava aliviado por sua filha estar com Modric ou se sentia aflito por sua filha estar com Modric. Nos tempos de aventuras a Tormenta do Crepúsculo era seu braço direito. Um grupo com três guerreiros, um alquimista, um arqueiro e um bardo pode ser difícil de lhe dar sozinho, e seu parceiro fez bem o papel de seu intendente e conduziu todo aquele pessoal com a sua sabedoria infinda e destreza nos contatos sociais, apesar de ser tão ríspido quanto qualquer outro cavaleiro com quem ousasse atacar um dos seus, ou mesmo quando os seus se atacavam. Era um bom homem para se lutar ao lado, mas será que o era para sua filha?

O homem sabia que sua filha estaria bem protegida com Drevyan. Ele era um homem que gostava de crianças, era atencioso e seria bastante amigo de sua filha. Modric era mais seco, disciplinador, de menos palavras. Talvez sua filha gostasse dele, já que queria ser uma paladina da justiça divina. Ao menos estaria indo para o lugar certo.

Nesse momento a nostalgia voltou a assolar o coração do líder do assentamento de Vindin. Os tempos de aventura, a batalha de Valmorra, que deu o título de Flagelo de Dragões à Drevyan, o título de Tormenta do Crepúsculo à Modric e o título de Caçador de Feras ao próprio Roswell, já havia passado a muito, mas não era sem carinho que apesar dos tormentos e dificuldades manteve um forte laço de amizade com homens que sempre que possível voltavam para se ajudar. E agora ele tinha mais uma dívida impagável com dois deles e não se sentia mal por isso. De qualquer forma eram bons homens e o mínimo que poderia fazer era dar sua vida para salvar a deles. E isso poderia começar lutando lado-a-lado com Drevyan, como nos velhos tempos, para salvar o reino de Garthän das mãos do Escudo de Prata, Kharnion Mallister e do Rei-Logo-Abaixo Farris Goldwing.

Os sinos tocaram novamente e isso significa que os inimigos estavam avançando novamente. Sir Roswell se levantou com um suspiro e um sorriso satisfeito pela visita. Saiu da tenda sustentando seu sorriso, seus homens também estavam confiantes, eles eram o povo de Beilerivhov e não se curvariam ou renderiam pela simples pressão.

– Nossos amigos vieram nos visitar novamente, homens! – Sir Roswell gritava a plenos pulmões. – Preparem o óleo fervente, as balistas e os arqueiros, fiquem a postos. Que o banho de sangue ilumine nosso alvorecer. Em marcha, soldados!


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Notas finais do capítulo

Curtiram? Hoje não tem PS. Capitulo só pra conhecer mais sobre o passado da galere! :) É pra isso que o Roswell serve mesmo! xD